Diana Goulart: Você leu várias explicações sobre este tema nas perguntas anteriores. Veja agora dicas bem práticas sobre a forma de se comunicar com os seus músicos a este respeito. Existe uma convenção internacional para identificar os tons. Este é o código: Para indicar os outros tons, acrescente os símbolos # (sustenido) ou b (bemol) após a letra correspondente ao tom. Por exemplo, Eb = mi bemol; A# = lá sustenido e assim por diante. Todos os tons podem ser maiores ou menores. Todos. Se o tom é maior, escreva apenas a letra correspondente, e, se for o caso, o […]
Diana Goulart: É uma seqüência de sons consecutivos em movimento ascendente (do mais grave para o mais agudo) e descendente (do mais agudo para o mais grave), limitada pela oitava, cuja nota representativa é o centro de atração. Esta sequência de notas têm um “desenho” característico, ou seja, obedecem a uma estrutura que determina a distância exata (intervalo) entre cada som e o próximo. Consequentemente, a estrutura também define os intervalos entre cada som e o centro de atração (que é o primeiro grau). Por exemplo, as notas dó – ré – mi – fá – sol – lá – […]
Diana Goulart: Existe uma grande ansiedade, ou insegurança, ou desconforto, com relação a esta hora – o momento de começar a música. Você se sente perdido, o pianista faz sinal, o violonista olha para você, mas nada adianta: você não sabe quando nem como a música começa. Aqui vão algumas dicas para você superar este problema. Relaxe. Lembre-se que esta dúvida é comum, e pode acontecer com qualquer cantor, inclusive com profissionais. O cantor não tem teclas como um piano: ele depende somente do ouvido para saber em que nota vai começar a cantar. O pianista pode olhar para o […]
Diana Goulart: Errado. Ninguém pode cantar todas as músicas no mesmo tom. O tom de uma música depende da construção da melodia, e da maneira como foram usados e encadeados os elementos melódicos presentes na composição. Cada canção tem uma estrutura melódica diferente. Não existe uma “regra” obrigando o compositor a começar sempre a música num determinado ponto (grau) da escala. Por exemplo, “Parabéns pra você” começa no quinto grau, que coincidentemente é também a nota mais grave; a nota mais aguda desta música é o quinto grau uma oitava acima, o que nos faz ver que “Parabéns” tem uma […]
Diana Goulart: Esta pergunta, que ocorre com freqüência, indica que você está fazendo confusão entre vários conceitos como tom, maior e menor, alto e baixo. Então vamos por partes. Você pensou certo: se a música está muito alta, ou muito baixa, vamos mudar o tom. Assim ela ficará mais confortável para a sua voz. No entanto, o fato de ser um tom maior ou menor não tem nada a ver com a altura da música. Se você leu as perguntas anteriores, já sabe como funciona a questão da transposição, e também entendeu a mecânica de encontrar um tom adequado para […]
Diana Goulart: No estudo da voz falada, a palavra tom está relacionada à frequência de um som, e portanto refere-se à altura, em Hz, de um som. Um fonoaudiólogo pode dizer que você fala num tom agudo, ou que o tom da sua voz é grave. Ou seja, usa-se “tom” significando “som”. Pode-se também usar “tom” significando intenção – “não gosto desse seu tom irônico”, ou “ele disse isso num tom suave”. Em música, tom é sinônimo de tonalidade, e está ligada a um conjunto de sons interrelacionados, uma família de sons, e não a um som apenas. Então na […]
Diana Goulart: Na música popular, o tom de cada música deve ser definido em função do conforto para a voz do cantor – não existe nenhum compromisso em se cantar no “tom original” em que a música foi composta. Aliás, muitas vezes a gente nem sabe qual foi o tom original. O compositor faz a canção, grava com violão-e-voz, só para mostrar a um cantor famoso, que então grava a música num tom adequado a ele. A música vai se tornar conhecida pela gravação do cantor famoso; como é que o público vai saber qual foi o tom original? Portanto, […]
Diana Goulart: Existem várias causas para a desafinação, e o “tratamento” vai depender destas causas. Alguns casos são muito fáceis e rápidos, outros podem demorar mais tempo. Felizmente a maioria dos casos é curável! Muita gente confunde voz desafinada com voz desagradável. Afinação não tem nada a ver com qualidade vocal. Se sua voz é estridente, áspera, rouca, trêmula ou muito anasalada, então você tem um problema na qualidade vocal, na sonoridade da sua voz (o timbre). Você pode ter problemas vocais sem necessariamente ser desafinado. Cantar afinado significa reproduzir fielmente uma melodia, respeitando as distâncias entre uma nota e […]
Diana Goulart: Vamos examinar algumas casos de desafinação (13): Caso 1 – você tenta cantar junto com o CD, mas não alcança todas as notas (claro, o cantor deve ter uma extensão diferente da sua!) e, na tentativa de imitá-lo, você força a voz e… desafina. Por que isto acontece? Cada instrumento pode tocar uma gama determinada de notas; um contrabaixo não pode tocar as mesmas notas que uma flauta. O mesmo acontece com as vozes humanas: cada uma tem uma extensão própria. Você não pode cantar todas as notas do mundo! Caso 2 – você não conhece direito a […]
Diana Goulart: A noção de ritmo está ligada ao tempo e também ao nosso dia-a-dia. Nosso coração pulsa num determinado ritmo, que fica mais rápido quando fazemos esforço. Sabemos se o telefone está chamando ou se está ocupado porque o toque tem um ritmo diferente. Na música, o ritmo é definido como a combinação de sons e silêncios (pausas) de diferentes durações dentro de um padrão regular (compasso). Quando você canta uma nota longa, tem que prolongar a sílaba para que ela dure mais tempo. Vamos representar esquematicamente o ritmo através da distribuição das sílabas na canção infantil “Atirei o […]
Diana Goulart: Isto depende da sensibilidade ou da resistência de cada pessoa para cada um destes itens. Algumas pessoas sentem dor de garganta ou ardência depois de beber um gole de água gelada; outras tomam litros de sorvete e bebem água geladíssima sem serem afetadas. Como regra geral, deve-se evitar os gelados durante as aulas de canto e apresentações, e também algumas horas antes e algumas horas depois. Mas no dia-a-dia, tudo vai depender da sua reação individual: se não afeta a sua voz, pode beber à vontade. Quanto aos refrigerantes, existe um outro problema além da temperatura gelada: o […]
Diana Goulart: Vejamos alguns fatores que costumam agredir a voz e algumas sugestões para tentar minimizar seus efeitos nocivos. Cantar por um longo tempo sem preparação vocal adequada Shows muito longos, com muita coreografia, ou bailes que duram quatro horas ou mais exigem muito da voz. É fundamental estar bem preparado vocalmente para enfrentar tamanha jornada de trabalho. Como se preparar? Com exercícios vocais regulares e com hábitos saudáveis para a voz. Não se esqueça: antes de subir ao palco, faça um aquecimento vocal. Não se esqueça de ter sempre à mão uma garrafinha de água sem gás em temperatura […]
Diana Goulart: A dor é um sinal de alerta do organismo, avisando que algo não vai bem. Se a garganta só dói quando você canta, é provável que a dor seja provocada por algum gesto, tensão muscular ou algum tipo esforço que você faz, sem perceber, durante o canto. Mas em todo caso procure logo o seu otorrinolaringologista. Dor tem que ser levada a sério, não dá para ficar esperando ela passar sozinha. Muito cuidado com os famosos sprays e pastilhas recomendados por pessoas não habilitadas: estes produtos escondem a dor, impedindo que você perceba o problema e dando a […]
Diana Goulart: Rouquidão, assim como a dor de garganta, é sinal de que algo está errado. Pode ser que você passe a noite toda respirando pela boca, o que indica que precisa modificar o padrão respiratório (procure um fonoaudiólogo). Pode haver algum problema orgânico em sua laringe (procure um otorrinolaringologista). Enfim, não pense que é natural acordar rouco. Não é. O que é natural é acordar com a voz um pouco mais grave, um pouco mais fraca ou um pouco mais soprosa; mas só um pouco, e nunca a ponto de tornar sua voz irreconhecível. E ela deve voltar ao […]
Diana Goulart: Não. Cantar em baile pode ser extremamente prazeroso. O público manifesta sua aprovação à música durante a própria execução, dançando com entusiasmo (espera-se!). É uma grande escola para o cantor: desenvolve o repertório e a “antena” musical, já que costuma haver pouco ou nenhum ensaio. O cantor aprende a se comunicar melhor com os músicos que o acompanham e a entender as “dicas” musicais que eles oferecem. Num baile, a platéia está primariamente interessada em dançar, e não em observar o cantor; isto diminui a ansiedade e deixa o cantor à vontade para fazer experiências de interpretação, como […]