por: Sara J. Shammah Lagnado e Luis Eduardo Ribeiro do Valle (Laboratório de Física da USP – Universidade de São Paulo) Entendendo as Bases 1. Características da onda sonora As ondas sonoras são formadas por uma alternância de condensação e rarefação de moléculas do meio externo que se propaga longitudinalmente. A pressão exercida pela frente de condensação e rarefação está relacionada com o volume ou intensidade do som, expresso em decibéis. A freqüência da onda sonora, ou número de ciclos por segundos, em Hertz, está relacionada com a altura do som. Baixas freqüências correspondem a sons graves, e altas freqüências […]
por: Sociedade Brasileira de Otologia A exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva. Muito se pode fazer para prevenir a perda auditiva induzida por ruído, mas pouco pode ser feito para reverter os danos que ela causa. Algumas vezes, uma simples e única exposição a um som muito intenso pode ser suficiente para levar a um dano auditivo irreversível. Isso ocorre porque o som de alta intensidade lesa as células sensoriais auditivas, causando perda auditiva proporcional ao dano gerado, podendo levar a zumbidos e distorção sonora. Os sintomas iniciais da perda auditiva induzida por […]
por: Cláudia Collucci Folha de S.Paulo – 15/02/2004 – 07h22 Os foliões que se cuidem no Carnaval. A exposição a sons muito altos, como os de um trio elétrico, pode causar trauma sonoro agudo, que leva à perda auditiva temporária ou permanente. Essa é a segunda causa mais comum de deficiência da audição. Nesse tipo de trauma, são lesadas as células sensoriais auditivas, chamadas de ciliadas ou ciliares, localizadas na cóclea (ouvido interno) e responsáveis pela captação de sons de alta freqüência. As pessoas percebem os sons como “abafados” e têm a sensação de ouvido entupido. Também é comum terem […]
por: Fernanda Mena Folha de S.Paulo – 16/09/2002 – 14h29 Pelas ruas, você segue de walkman com o volume no talo. Em casa, sua mãe e seu pai vivem gritando para você abaixar o som. Na balada, com a música bombando, você se posiciona estrategicamente em frente às caixas para sentir o corpo todo tremer a cada batida. Se for a um show, prefere ficar colado no palco. Tudo bem que ouvir música baixo muitas vezes não tem graça, mas você já parou para avaliar se não anda exagerando? Nos EUA, uma pesquisa do Centro para Controle e Prevenção de […]
por: Paola Emilia Cicerone Curioso destino, o do ruído: todos reagimos com aborrecimento, quando é excessivo, mas não o consideramos uma ameaça real para a nossa saúde. Ou, pelo menos, tendemos a minimizar os seus efeitos: todos sabemos que a exposição prolongada aos ruídos fortes, no local de trabalho ou numa discoteca, danifica o ouvido. Mas não pensamos que o ruído de fundo que nos acompanha quando trabalhamos num ambiente superlotado ou vivemos em lugares barulhentos pode traduzir-se em ansiedade, stress, insônia e até em patologias cardiovasculares. Na verdade, nós mesmos acabamos por contribuir para o problema, por exemplo, levantando […]
por: Projeto Ciência Viva (Ministério da Ciência e da Tecnologia – Portugal) Nas grandes cidades estamos muitas vezes expostos a uma série de barulhos, algumas vezes muito prejudiciais ao nosso sistema auditivo. É conhecido que sons de intensidade superior a 85dB são já considerados de risco. Contudo, é também necessário avaliar os seus efeitos, tendo em conta o tempo de exposição. É que quando o ouvido é “agredido” com uma intensidade de pressão acústica elevada, ele necessita de tempo para recuperar. Se a “agressão” for contínua, o ouvido não repousa, pelo que existe o risco de perda de sensibilidade auditiva. […]
Antes de analisarmos os problemas causadores das perdas auditivas, vamos apresentar o interior de uma cóclea saudável.
por: Willian J. Dawson, M.D. Todos nós estamos expostos ao som quando tocamos ou escutamos música. Estes sons têm características especiais que o nosso cérebro reconhece e define como música. Eles nos alcançam pelo ar e entram pelos nossos ouvidos, a parte externa de nosso mecanismo auditivo. Eles também nos alcançam diretamente por meio do contato dos instrumentos com os nossos corpos, uma vez que as ondas sonoras são transmitidas para o ouvido interno através de nossas mandíbulas, dedos e outras partes ósseas. A maioria das pessoas nasce com a audição normal – a habilidade de escutar sons fortes e […]
por: RJTV Entrevista com Andréa Pires de Mello Até que ponto o hábito de se expor a sons exagerados leva a um real comprometimento auditivo? E que cuidados se deve tomar pra garantir um ouvido saudável por muitos e muitos anos? Confira a entrevista com a médica da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, Andréa Pires de Mello. RJTV: Quem trabalha em lugares com muito barulho pode ter problemas auditivos? Andréa Pires de Mello: Sem dúvida. É importante a gente esclarecer que, para que essa perda auditiva provocada e induzida pelo ruído se estabeleça, três fatores são primordiais: o nível de exposição […]
O ouvido humano, é o órgão responsável pela nossa audição e pelo nosso equilíbrio. A figura seguinte mostra como ele está dividido e quais as principais partes: Fig. 1 – Esquema do ouvido O ouvido encontra-se dividido em três partes: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. O ouvido externo é constituído pelo pavilhão auditivo, pelo canal auditivo e pelo tímpano e é responsável pelo direcionamento das ondas sonoras para as regiões mais internas do ouvido. O ouvido médio que se encontra após o tímpano é constituído por três ossos interligados, o martelo, a bigorna e o […]
Constituição do Sistema Auditivo Humano Projeto Ciência Viva(Ministério da Ciência e da Tecnologia – Portugal) O ouvido humano pode ser separado em três grandes partes, de acordo com a função desempenhada e a localização. São elas: o ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. Segue-se então uma vista panorâmica do sistema auditivo humano na qual as suas três zonas constituintes são discriminadas. autores: Stephan Blatrix, Rémy Pujol Figura 1 – Vista panorâmica. 1. O Ouvido Externo Fazem parte do ouvido externo o pavilhão auricular e o canal auditivo, cujas funções são recolher e encaminhar as ondas sonoras até […]
por: Alexandre Gonçalves O hábito cada vez mais comum, principalmente entre jovens, de ouvir música em tocadores de MP3 e celulares com o uso de fones de ouvido por longos períodos e volume alto já causa reflexos em consultórios e clínicas médicas: casos freqüentes de pacientes com problemas de audição. Apesar de pequenos, alguns desses aparelhos são capazes de produzir um volume máximo equivalente ao de uma britadeira, algo em torno de 120 decibéis (dB). A legislação brasileira, por exemplo, permite que um operário permaneça só sete minutos por dia exposto, sem proteção auricular, a sons acima de 115 decibéis. […]
por: Fernando A. B. Pinheiro Antes de partir para os decibéis nas igrejas, vejamos algumas informações necessárias: Situação Pressão Sonora (decibéis SPL) Tempo Máximo de Exposição Diária Referência de Volume Avião a 30m, disparo de revólver próximo ao ouvido 130 Surdez instantânea Limiar da dor. Sirene de alarme a 1 metro 120 1 minuto Doloroso Trovão forte, show de rock, trio elétrico, peruinha de som a 1 metro. 110 15 minutos MP3 Player até 100 1 hora Muito Alto Boates entre 90 e 110 Picos de música ao vivo 90 4 horas Liquidificador 85 […]
por: Josemar da Silveira Reis Pretendo abordar um tema bastante atual. No entanto, sinto necessidade de exaltar em bom tom minha imensa admiração pelo agradável som musical, seja o clássico popular, seja o clássico mais tradicional, como também o popular clássico. Entendo a música como o elo mais antigo de interação entre os seres humanos, estando presente na vida diária das pessoas, desde a mais distante antiguidade, assumindo importante função de comunicabilidade. Entendo a música como um som agradável, e ao ouvi-la, sempre associamos a fatos e momentos marcantes em nossas vidas. Todavia, quando usada de forma e sonoridade intensa, […]
A perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) é a diminuição gradual da capacidade de ouvir em razão de uma longa exposição à ruídos sem a devida proteção. A exposição repetida ao ruído excessivo pode levar, ao cabo de alguns anos, à perda irreversível e permanente da audição. Como sua instalação é lenta e progressiva, a pessoa só se dá conta da deficiência quando as lesões já estão avançadas. Os trabalhadores que sofrem com a PAIR começam a ter dificuldades para perceber os sons agudos (como os de telefones, apitos, tiquetaque do relógio, campainhas, etc), e caso continuem se expondo à […]