por: Fábio Lindquist Como adjetivo, a palavra “romântico” tinha uma longa e nobre história. Deriva dos antigos “romances” – as lendas de cavalaria popularizadas pelos trovadores na Idade Média – e foi usada para expressar as qualidades evocativas e imaginativas típicas destas obras. Os românticos opunham-se ao classicismo, proclamando a superioridade da emoção sobre a razão. Exigiam o direito à livre expressão, em lugar da antiga ênfase na contenção; elevaram o poder da imaginação a um estatuto quase divino. Os artistas podiam fazer tais afirmações em grande parte devido ao fato dos seus patronos não serem já as cortes aristocráticas, […]
por: Fábio Lindquist Dois séculos de música tonal, numa sociedade cada vez mais dominada pelo poder econômico e político do grande capital industrial, acabaram, no fim do século XIX, por consolidar uma situação cultural, onde as manifestações musicais, agora definitivamente sobre a forma de produção e consumo de uma mercadoria chamada arte, servia de alimento ideológico indispensável à burguesia. Os músicos, produtores desta arte, assumiram o papel de verdadeiros apóstolos, cuja função residia em fornecer a essa burguesia consumidora as suas obras. Atendendo às necessidades da divisão social do trabalho, estes compositores se ocupavam em produzir apenas os projetos de […]
por: Anselmo Silveira da Costa O que é Música Antiga? Da Interpretação da Música Antiga A Música Antiga no Brasil Ambiente Medieval Modos Gregorianos e Escalas Simples Notação Musical Os Trovadores O Pentagrama – Guido d’Arezzo A Escola de Paris – Criatividade Música Vocal – Introdução Os Mestres Inglêses e Franco-Flamengos do Século XV Música Vocal no século XVI O que é Música Antiga? (*) Existem basicamente duas definições distintas, mas relacionadas entre si, de “Música Antiga”. A primeira é baseada em um período histórico, ou seja, é a música da Idade Média, Renascimento e Barroco. Mesmo sendo uma definição […]
por: Fábio Lindquist O século XVIII é freqüentemente descrito como a Idade da Razão. À medida que os filósofos e cientistas começavam a desafiar os pressupostos tradicionais sobre a natureza da fé e da autoridade, era posto em questão o poder ilimitado da Igreja e da Monarquia. O seu espírito de investigação tinha raízes numa abordagem crítica que muito contribuiu para dar origem aos acontecimentos turbulentos que depressa iriam irromper no mundo ocidental. Em meados do século, no entanto, essas convulsões não passavam de nuvens distantes no horizonte. O estilo prevalecente nas artes era o Rococó, que os arquitetos franceses […]
por: Fábio Lindquist Desde os imemoriais tempos primórdios da História (ou até incluindo o que chamamos de “Pré História”) o Homem cultiva a arte da Música. Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que a mais antiga das Artes é a Música, pois antes que o ser humano pudesse pintar, esculpir, escrever ou projetar algo, ele já podia produzir e apreciar os sons. O primeiro instrumento musical foi a própria voz humana. Sabemos, com base nas Sagradas Escrituras, que a música surgiu primeiramente nas Côrtes Celestiais. Sua função era honrar e louvar a Deus. Quando Deus criou Adão e Eva, os […]
por: Fábio Lindquist A partir de meados do século XII, grandes mudanças assolam a Europa. O crescimento demográfico e o aperfeiçoamento dos métodos agrícolas e comerciais proporcionam as bases pelas quais o Ocidente deixará de viver encolhido sobre si mesmo. Na ordem política, vê-se uma crescente afirmação do poder real frente às desagregadoras do feudalismo. A consolidação das monarquias e do sentido nacional, a prosperidade econômica regida pela indústria manufatureira e pelo comércio, que vai gerar um grande crescimento das cidades e o surgimento da classe burguesa, vai por um fim definitivo à sociedade feudal. As peregrinações e as Cruzadas […]
por: Fábio Lindquist O Ser Humano possui em sua vida sete “dimensões”: Física, Espiritual, Intelectual, Social, Profissional, Afetiva e Familiar. De todas as realizações do Homem, a Arte é a que mais intrinsecamente permeia todas essas dimensões da existência humana. E de todas as Artes, a mais antiga é a Música. Assim como o percurso da História do Homem, na suas lutas e realizações, se desenvolve na medida de milênios, do mesmo modo a Arte, expressão espontânea, necessidade da humanidade, floresce em tempos igualmente amplos. É uma exigência a tal ponto irresistível que não há momento do viver humano, por […]
por: Fábio Lindquist No início do século XV, as monarquias estavam em vias de desenvolver uma potencialidade política independente. Elas encontrariam na burguesia os meios necessários para a realização de seu poder. Até então, os reis e imperadores medievais, como supremos soberanos situados no ápice da pirâmide hierárquica da nobreza feudal, haviam exercido seu poder numa dependência quase absoluta da Igreja, a qual se identificava com o Estado. As monarquias, por mais amplo que fosse seu poder, de fato nunca haviam passado de meros prolongamentos do verdadeiro Estado que era a Igreja. Essa situação viria alterar-se totalmente com o surgimento […]
por: Fábio Lindquist Por volta do século IX, livres da opressão do Império Romano, os povos europeus começam a desenvolver suas próprias manifestações culturais, como língua, Música, Arquitetura e outras Artes. Como período artístico que sucedeu o do Império Romano, foi denominado de Românico, que marca o início da Idade Média, na Europa feudal. No período do fim do Império Romano, a Europa estava arrasada após séculos de dominação romana e de ataques de povos bárbaros. As cidades, outrora grandes, se reduziram a feudos murados e pequenas vilas rurais. A única instituição que perdurou do período imperial foi a Igreja […]
No âmbito da música, os compositores procuram tornar mais complexos os procedimentos composicionais, assim como estabelecer, também, todas as combinações sonoras e rítmicas possíveis.
por: Fábio Lindquist Publicamos aqui um breve resumo da história da música, enviado ao Música Sacra e Adoração por seu autor, Fábio Lindquist. Introdução Gênese Antigüidade Românico Gótico Renascimento Barroco Classicismo Romantismo Vanguardas do Século XX Bibliografia
por: Fábio Lindquist A História da Antigüidade ocidental começa, geralmente, pelo período greco-romano, também conhecido como Antigüidade Clássica. No desenvolvimento artístico de diversas civilizações, é quase sempre possível vislumbrar um momento, de maior ou menor duração, que se costuma denominar “clássico”. É a culminância, freqüentemente luminosa, de perfeição formal e integração espiritual. Nenhuma civilização e nenhum país deu, todavia, a este conceito de clássico, uma contribuição tão decisiva e essencial que aquela dada Grécia, num período relativamente breve, que abarcou, mais ou menos, os séculos V e IV a.C. O classicismo grego revela, pela primeira vez, uma manifestação artística que […]
por: Fábio Lindquist Podemos definir o a arte barroca como a manifestação de um poder estabelecido e, quase sempre, absoluto. Uma forte carga ideológica influenciou a prática artística, gerando um barroco da burguesia protestante, e um barroco da Igreja e da Corte. Os artistas lutarão para ser considerados nobres e, sua arte, liberal. A conexão entre arte e sociedade trará consigo o desenvolvimento de obras perfeitamente adequadas às preferências dos diversos encomendadores, sobretudo nas manifestações da Corte e da Igreja, em que a ideia artística, ma maioria dos casos, será produto da mente daquele que encomendou a obra, convertendo-se o […]
por: Fábio Lindquist Beck, Jean – “La Musique des Troubadours” – Genève – Slatkine Reprints – 1976. Bracons, José – “Saber Ver a Arte Gótica” – São Paulo – Martins Fontes – 1992. Gympel, Jan – “História da Arquitetura” – Colônia, Alemanha – Könemann – 1996 Iazzeta, Fernando – “Música: Processo e Dinâmica” – São Paulo – Anmablumen – 1993. MacDonald, Fiona – “Uma Catedral Medieval” – São Paulo – Editora Manole – 1991. MacDonald, Fiona – “Um Castelo Medieval” – São Paulo – Editora Manole – 1993. Manuel, Rolan – “A Música” – São Paulo – Arcádia – Vol. […]
por: autor desconhecido [*] Pré-História A música nasceu com a natureza, ao considerarmos que seus elementos formais, o som e ritmo, fazem parte do universo e, particularmente da estrutura humana. O homem pré-histórico descobriu os sons que o cercavam no ambiente e aprendeu a distinguir os timbres característicos da canção das ondas se quebrando na praia, da tempestade se aproximando e das vozes dos vários animais selvagens. E encantou-se com se próprio instrumento musical – a voz. Mas a música pré-histórica não se configurou como arte: teria sido uma expansão impulsiva e instintiva do movimento sonoro ou apenas um expressivo […]