1. Introdução e Noções Básicas
por: Filippo Valiante Filho
Quando estamos numa igreja, num teatro, ou num show, ouvindo um belo som estéreo vindo das caixas acústicas, não nos preocupamos com o que foi preciso fazer, ou com o que aconteceu, para que aquele som chegue aos nossos ouvidos. Mas é preciso que muita coisa aconteça…
Os vários sons, de cada um dos microfones e de cada um dos instrumentos, precisam ser misturados para que possamos ouvi-los todos de uma vez. Esse é o papel da mesa de som, fazer a mistura e permitir que alguém a controle. A mesa se som fornecendo em sua saída um único “som” com todos os outros misturados.
Só que a aparelhagem, o tamanho do local, a arquitetura, e muitos outros fatores, também influenciam no som. Para compensar essas influências, entram em cena o equalizador e alguns outros equipamentos periféricos.
E também têm aqueles equipamentos que tiram os chiados; dão uma “freada” nos vocais, oradores e instrumentistas mais empolgados; os que produzem efeitos como a sensação de se estar num estádio, quando se está em uma sala pequena, ou de se estar em uma sala pequena, quando se está num salão de grande porte; os que…
No final, “essa história toda” tem que chegar a nossos ouvidos. Para isso existem os amplificadores e as caixas acústicas. Pronto! Aquele belo som estéreo da primeira frase já está chegando aos nossos ouvidos que, a essa altura, já imaginam um pouco do que foi preciso fazer para que isso acontecesse.
Que tal conhecermos melhor esses equipamentos? Saber como ligá-los e, principalmente, como manuseá-los! Nos próximos capítulos, falaremos sobre o que é som e quais são suas características. Teremos uma noção básica dos principais componentes de um sistema de sonorização: microfones, mesas, equalizadores, compressores, gates, amplificadores e caixas acústicas. Vamos aprender como ligar um sistema de sonorização simples, ajustá-lo e, o principal, operá-lo.
A esta altura, você já deve ter reparado que a mistura que fizemos dos sons dos instrumentos e vocais, e também o “som” que passa pelos equipamentos, não está em uma forma audível. O som, para ser trabalhado dentro de cada equipamento, está em forma de eletricidade. Portanto, a partir daqui, vamos chamar esse “som” em forma de eletricidade de sinal (elétrico). Para que possamos ouvir esse sinal, ele precisa ser convertido em som “audível”.
Os microfones são os equipamentos que converte o som “audível” em sinal elétrico. Os captadores magnéticos de violão, guitarra e contrabaixo exercem função semelhante. O sinal é convertido novamente em som “audível” através dos alto-falantes, que compõem as caixas acústicas.
Apenas como curiosidade, na eletrônica, os microfones, captadores e alto-falantes são chamados de transdutores. As resistências do ferro de passar roupas e do chuveiro elétrico também são transdutores. Um transdutor é um componente que transforma um tipo de energia em outra. A resistência do chuveiro transforma eletricidade em calor. O microfone transforma som em eletricidade e o alto-falante, eletricidade em som.
Mais uma curiosidade para encerrarmos nossa introdução. A eletricidade produzida em um microfone, possui tensão de “zero vírgula alguns volts”, menos que uma pilha de 1,5 volts. Enquanto em uma caixa acústica, a eletricidade produzida pode chegar a uma tensão tão grande quanto os 110 volts da tomada.
Fonte: Publicado originalmente em: http://www.audionasigrejas.org/Apostila/indice.htm
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