Histórias de Hinos

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 353

Entrega a Deus

Letra e Música: Frederico Gerling Júnior (1925-2010)

Título Original: Entrega a Deus

Texto Bíblico: Lança o teu fardo sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado. (Salmo 55:22)


Acompanhe o hino no Youtube


1. Entrega a Deus as tuas horas tristes,
Quando ninguém te pode confortar;
Recorre a Deus, pois paz deseja dar
Ao coração quebrantado pela dor.

2. Entrega a Deus as tuas amarguras;
Sem hesitar, confia-Lhe tua dor.
Não deixará que sombras de temor
Cubram teu ser de tristezas e pesar.

3. Entrega a Deus as lutas desta vida;
Sem mais tardar, entrega-Lhe teu ser,
Pois, afinal, sem dor e sem sofrer,
Descansarás para sempre em Seu lar.


Numa qualquer lista de autores dos grandes hinos da América, o nome de Fanny Crosby aparece sempre em primeiro lugar.

Assim como Charles Wesley, escreveu ela milhares de poesias para os hinos, dos quais muitos passaram para o esquecimento, enquanto outros permanecem indelevelmente através dos anos. É o caso de “Meu Senhor me guia sempre”, que ora focalizamos.

Este hino foi escrito por volta do ano 1860, e foi inspirado pela resposta a uma oração. Apesar de ser tão antigo, ele continua sendo um dos mais conhecidos e mais amados entre os hinos escritos por Fanny.

Alguns dos seus favoritos, cantados em louvor a Deus por muitos cristãos, são: “Salvo nos fortes braços”, “Sê tu meu guia”, “Junto a Ti”, “Com Tua mão segura bem a minha”, e muitos outros não citados por falta de espaço.

A cegueira desde a infância deve deixar qualquer pessoa arrasada, no caso de Fanny Crosby, ela não trouxe derrota, mas parece que trouxe maior suavidade e inspiração para as lindas peças poéticas por ela escritas. Mesmo quando novinha ela mostrava-se alegre e corajosa diante do grave problema que enfrentava, e sua firme determinação de não se deixar abater ficou demonstrada já nos primeiros versos que escreveu quando tinha apenas oito anos de idade:

“Oh, quão feliz eu sou!
Embora não possa ver,
Tenho resolvido que, neste mundo,
Sempre contente serei.
Quantas bênçãos eu desfruto
Que outros não podem;
Chorar e lamentar porque sou cega,
É coisa que não posso, nem quero”.

Anos mais tarde, quando escreveu o seu primeiro hino, ela convenceu-se de que havia descoberto a sua real missão nesta vida e disse com as suas próprias palavras: “Sou a mais feliz criatura em toda a terra”. Ela orava para que seus hinos evangélicos pudessem alcançar “um milhão de almas para Cristo”. Ela era fisicamente cega, mas possuía uma visão muito melhor: a gloriosa visão de Cristo e do Seu amor remidor, que muitos cristãos que têm vista física não possuem. Era esta visão que despertava nela uma profunda paixão pela salvação das almas sem Cristo.

Embora nunca tendo permitido que sua cegueira a oprimisse, alguns dos seus poemas apresentam palavras comoventes que descrevem a sua aflição. Um deles é o hino em foco”: “Meu Senhor me guia sempre” sugere o quanto vale, para uma pessoa cega, uma forte mão para guiá-la.

Fanny Jane Crosby, autora de “Meu Senhor me guia sempre”, nasceu na América do Norte, em 24 de março de 1820. Estudou na Escola para cegos em Nova Iorque, onde depois passou a lecionar, atraindo personalidades importantes, inclusive presidentes dos Estados Unidos, pela excelência do seu dom poético. Em 1858 casou-se com Alexander Van Alstyne, um músico, também cego e professor na mesma escola.

Quando faleceu, em 12 de fevereiro de 1915, havia escrito cerca de oito mil hinos.

Fonte: Publicado originalmente em: http://www.refrigerio.net/hinos26.html


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