Uma História Cronológica da Música Sacra – Parte 35

Declaração da Associação Nacional dos Músicos Adventistas dos EUA

Declaração de Propósito

Para a glória de Deus, para apressar o término da obra de Sua igreja remanescente, e assim abreviar a eminente volta de nosso Salvador Jesus Cristo, e em completa harmonia com a declaração da filosofia adotada pela Conferência Geral em 1972, nós, os membros da Associação Nacional dos Músicos da Igreja Adventista do Sétimo Dia (EUA).

Declaramos nosso propósito nas afirmações que seguem:

CREMOS QUE:

1. A verdadeira adoração a Deus deve ser a atividade principal, suprema e eterna dos seres criados pôr Ele.

2. A verdadeira adoração é a resposta do homem enlevado pela grandeza e amor de Deus. A mente, o coração e a alma devem estar plenamente focalizados em Deus, dando louvor e honra a ele, o Criador do Universo, Mantenedor da vida e Salvador da humanidade.

3. A melhor maneira para o homem entrar em contato com Deus é através de Sua palavra, as Sagradas Escrituras.

4. A Música Sacra é um grandioso instrumento ordenado pôr Deus para impressionar a mente com verdades bíblicas. Através da Música Sacra, o Espírito Santo pode levar pecadores a Deus e fortalecer a mente com as sagradas verdades que serão um baluarte contra as tentações do maligno.

5. A Música Sacra deve ter base nas Escrituras, usando o próprio texto sagrado ou baseado nele como nos hinos e corais (cantatas, oratórios, etc.), sem partitura com os sons e valores mundanos e sem contaminação das teorias da evolução, do racionalismo e da alta critica.

6. Toda música apresentada na igreja deve estar em harmonia com seus ensinos. O músico, assim como o adorador, não deve ser somente capaz, mas cuidadoso ao avaliar as conotações teológicas do texto, bem como as impressões associativas da música.

7. Adorar “em espírito e verdade” como ensinou Jesus, envolve todos os aspectos da vida, (pensamento, motivos, emoções e ações), e requer pesquisa e aceitação contínua da verdade como é revelada na palavra de Deus.

8. A habilidade de discernir entre o sacro e o secular não brota naturalmente no coração humano, e o musica da igreja bem como o adorador deve continuamente precaver-se contra a invasão de secularismo no seio da mesma.

9. O músico da Igreja Adventista, assim como o adorador deve empenhar-se em deter reverter a tendência do gosto e da prática musical da igreja em direção do secularismo. Pôr seu exemplo e influencia deve levar outros a uma melhor compreensão dos elevados e santos conceitos de adoração.

Como “a compreensão se equipara ao nível das coisas com que se familiariza” (FE 130), constante contato com a música sacra de boa qualidade elevará a menta e inspirará o adorador à “cantar com o espírito e o entendimento”. “A mente cultivada é a medida de homem.” (MH 499).

10. O momento ideal para começar esta educação é na fase infantil, quando mentes e ouvidos podem ser treinados para apreciar a verdadeira beleza da música sacra, antes que fiquem sintonizados com os sons mundanos que os envolvem constantemente e sejam dominados pôr eles.

11. Os jovens e os membros mais idosos da igreja deveriam ser incentivados a aprender, ouvir, apreciar e cantar os melhores textos e melodias sacros, que se tem cantado através dos séculos, porque a verdadeira grandeza é eterna.

12. O canto congregacional é o coração da música da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

13. Corais (de juvenis, jovens e adultos) deveriam ser organizados, sempre que possível, para proporcionar expressão, treinamento e experiência àqueles mais dotados ou interessados em cantar.

14. O órgão da igreja, quando adequado e devidamente tocado, é provavelmente o acompanhamento ideal para o culto e permite ao músico produzir o som de vários instrumentos, mas o músico da igreja deve usar da melhor maneira possível, seja um piano, bem como outros instrumentos disponíveis, e até mesmo, vozes não acompanhadas.

15. Os músicos da Igreja Adventista do Sétimo dia devem ser pessoas piedosas e de convicções sinceras em todos os aspectos da vida cristã.

16. Após sincera oração e estudo dos princípios encontrados na Bíblia e no Espírito de Profecia, é a responsabilidade individual do músico da igreja e do adorador, sustentar estes princípios em suas apresentações musicais ou em seu testemunho cristão perante outros.

17. A igreja tem a responsabilidade de motivar e patrocinar o desenvolvimento emprego de músicos talentosos e dedicados ao correto e sagrado uso da música para a glória de Deus (a fonte do talento), não somente para executar, mas para compor música e letras de hinos.

NÃO PODEMOS APROVAR:

1. Músicas ou letras que contenham ou dêem a entender conceitos contrários às doutrinas e ensinos da igreja adventista, seja no culto divino de sábado pela manhã ou durante qualquer outro culto da igreja.

2. Música aplicada a textos em linguagem incompreensível aos cantores ou congregação na hora do culto, visto que o entendimento é uma questão fundamental no Culto Protestante. Textos em outras línguas poderiam ser usados em recitais sacros (desde que não tenham conceito ocultos que sejam contrários aos ensinos da Igreja Adventista), mas o texto deveria ser traduzido para a edificação de cantores e ouvintes.

3. Música que ecoe os ritmos do paganismo, o desrespeito às leis (inclusive as leis da música), ou a contra cultura, ainda que sua letra seja aceitável, e todo ritmo dançante.

4. Música que “intoxica, mas não alimenta”, que está centrada em sentimentalismo pessoal, que cria uma atmosfera sensual, que afeta o corpo mais do que a mente, que procura atenção através da postura, vocalização e amplificação fora do natural e distorcidas.

5. Música composta para recitais e concertos como um substituto da música sacra. A música sacra pode ser de grande valor intelectual, emocional e estético; mas se não dirige nossos pensamentos a Deus e Sua justiça, não deve ser executada na igreja. Músicas contendo qualquer conotação secular que possa desviar a mente de assuntos espirituais devem ser evitadas.

PORTANTO:

Nós os membros da Associação Nacional dos Músicos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, humildemente dedicamos nosso talento, tempo, envolvimento, e nossas orações para louvor e honra a Deus, para testemunhar a salvadora graça de Jesus Cristo, e apressar Seu glorioso Segundo Advento através da música, que é verdadeiramente “UM ECO DE SUA PRÓPRIA VOZ”. (MH 503)

A estes princípios nos dedicamos em unidade de propósito, e rogamos a Deus que para tanto, nos capacite através do Seu Espírito com sabedoria, coragem, fé e amor cristão. AMEM.

Aprovado a 19.04.1977

OLIVER S. BELTS – Fundador / ALBERT E. MAYES, JR. – Presidente.

Tradução: Pr. RUIMAR PAIVA – 09.11.1987 Colaboração: PROFESSORES DO IASP


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Fonte: Publicado originalmente em: http://www.grandeconflito.com