Uma História Cronológica da Música Sacra – Parte 30

A Fusão da Harmonia e Melodia Européia com o Ritmo Pagão Africano

a. Texto Bíblico: II Crônicas 9:1-12 (A rainha de Sabá)

1 E ouvindo a rainha de Sabá a fama de Salomão, veio a Jerusalém, para prová-lo com questões difíceis, com um grande séquito, e com camelos carregados de especiarias; ouro em abundância e pedras preciosas; e foi a Salomão, e falou com ele de tudo o que tinha no seu coração.
2 E Salomão lhe respondeu a todas as suas questões; e não houve nada que não lhe pudesse esclarecer.
3 Vendo, pois, a rainha de Sabá a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara;
4 E as iguarias da sua mesa, o assentar dos seus servos, o estar dos seus criados, e as vestes deles; e os seus copeiros e as vestes deles; e a sua subida pela qual ele chegava à casa do SENHOR, ela ficou como fora de si.
5 Então disse ao rei: Era verdade a palavra que ouvi na minha terra acerca dos teus feitos e da tua sabedoria.
6 Porém não cria naquelas palavras, até que vim, e meus olhos o viram, e eis que não me disseram a metade da grandeza da tua sabedoria; sobrepujaste a fama que ouvi.
7 Bem-aventurados os teus homens, e bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante de ti, e ouvem a tua sabedoria!
8 Bendito seja o SENHOR teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no seu trono como rei para o SENHOR teu Deus; porque teu Deus ama a Israel, para estabelecê-lo perpetuamente; por isso te constituiu rei sobre eles para fazeres juízo e justiça.
9 E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro, e especiarias em grande abundância, e pedras preciosas; e nunca houve tais especiarias, quais a rainha de Sabá deu ao rei Salomão.
10 E também os servos de Hirão e os servos de Salomão, que de Ofir tinham trazido ouro, trouxeram madeira de algumins, e pedras preciosas.
11 E, da madeira de algumins, o rei fez balaústres, para a casa do SENHOR, e para a casa do rei, como também harpas e saltérios para os cantores, quais nunca dantes se viram na terra de Judá.
12 E o rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo quanto ela desejou, e tudo quanto lhe pediu, mais do que ela mesma trouxera ao rei. Assim voltou e foi para a sua terra, ela e os seus servos.

b. Texto Espírito Profético: Profetas e Reis Cap. 4 “Resultados da Transgressão” págs. 66-68

Uma das partes mais tocantes da oração dedicatória de Salomão foi sua súplica a Deus pelos estrangeiros que viessem dos países distantes para aprenderem mais dAquele cuja fama tinha sido amplamente espalhada entre as nações.

“Porque ouvirão do Teu grande nome”, o rei expressou, “e da Tua forte mão, e do Teu braço estendido”. Em favor de cada um desses adoradores estrangeiros Salomão havia suplicado: “Ouve Tu… e faze conforme a tudo o que o estrangeiro a Ti clamar, a fim de que todos os povos da Terra conheçam o Teu nome para Te temerem como o Teu povo Israel, e para saberem que o Teu nome é invocado sobre esta casa que tenho edificado.” I Reis 8:42 e 43.

Ao encerramento do culto, Salomão exortara Israel a ser fiel e leal a Deus, “para que todos os povos da Terra” soubessem, disse ele, “que o Senhor é Deus e que não há outro”. I Reis 8:60.

Alguém maior que Salomão fora o planejador do templo; a sabedoria e a glória de Deus estavam ali reveladas. Os que desconheciam este fato naturalmente admiravam e louvavam Salomão como o arquiteto e construtor; mas o rei recusava qualquer honra por este projeto e construção.

Assim foi quando a rainha de Sabá veio visitar Salomão. Ouvindo de sua sabedoria, e do magnificente templo que ele havia construído, ela se determinou “prová-lo por enigmas”

e ver por si mesma suas famosas obras. Assistida por uma comitiva de servos, e “com camelos carregados /Pág. 67 de especiarias, e muitíssimo ouro, e pedras preciosas”, ela fez a longa viagem para Jerusalém. “E veio a Salomão, e disse-lhe tudo quanto tinha no seu coração”.

Ela falou-lhe dos mistérios da Natureza, e Salomão ensinou-lhe a respeito do Deus da Natureza, o grande Criador, que habita no mais alto Céu, e domina sobre todos. I Reis 10:1-3. “E Salomão lhe declarou todas as suas palavras; nenhuma coisa se escondeu ao rei, que não lhe declarasse.” II Crônicas 9:1 e 2.

“Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, … não houve mais espírito nela.” “Foi verdade”, reconheceu, “a palavra que ouvi na minha terra, das tuas coisas e da tua sabedoria. E eu não cria naquelas palavras, até que vim, e os meus olhos o viram. Eis que me não disseram metade: Sobrepujaste em sabedoria e bens a fama que ouvi. Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria.” II Crônicas 9:3-6.

No final de sua visita, a rainha havia sido tão completamente instruída por Salomão quanto à fonte de sua sabedoria e prosperidade, que foi constrangida, não a exaltar o agente humano, mas a exclamar: Bendito seja o Senhor teu Deus, que teve agrado em ti, para te pôr no trono de Israel; porque o Senhor ama a Israel para sempre, por isso te estabeleceu rei, para fazeres juízo e justiça.” I Reis 10:9. Esta a impressão que Deus designara fosse feita sobre todos os povos. E quando “todos os reis da Terra procuravam ver o rosto de Salomão, para ouvirem a sua sabedoria, que Deus lhe dera no seu coração” (I Crônicas 9:23), Salomão por algum tempo honrou a Deus reverentemente, indicando-lhes o Criador dos Céus e da Terra, o Soberano do Universo, o Todo-sábio.

c. Texto: História dos Estados Unidos da América – TIME-LIFE pág.93-94

Artes com Apelo de Massa

O país que aperfeiçoou a produção em série estendeu-a, o que talvez tenha sido inevitável, às artes, criando a indústria da cultura de massa — música, cinema, programas de televisão e outras formas de entretenimento. Hollywood transformou a produção cinematográfica em uma indústria gigantesca, que chegou a ser a quinta maior do país em vendas. Era grande a demanda de filmes. Em 1926, decorridos menos de quinze anos do lançamento do primeiro filme de longa metragem, já existiam vinte mil cinemas nos EUA. No fim da década de 1920, Hollywood produzia de setecentos a oitocentos filmes por ano.

Foi o mesmo com a musica. Em 1907, no auge da publicação das partituras, 42 músicas venderam um milhão ou mais de cópias cada uma. Quando o fonógrafo substituiu o piano familiar, foi a vez da indústria de discos: 100 milhões de unidades vendidos em 1921. Em 1930, porém, a cifra caía verticalmente para 6 milhões por ano.

O vilão foi o rádio — outro progresso tecnológico que revolucionou a indústria cultural. Havia oito estações de rádio em 1920; nove anos depois elas eram trezentas. No começo da década de 1930, um terço de todas as casas americanas tinha um rádio, o que propiciava uma audiência de 60 milhões de pessoas para qualquer programa.

Depois veio a televisão e a fome de entretenimento através da telinha se mostrou insaciável. No começo da década de 1980, quase todas as casas americanas — 83 milhões — possuíam ao menos um aparelho de TV. Em todo o país, estabeleceram-se mais de oitocentas estações comerciais para atender os telespectadores, de forma que 90 por cento deles podiam escolher ao menos entre quatro canais. Além disso, em 1983 havia 4 800 sistemas de TV por cabo, com 23 milhões de assinantes. E as casas americanas ficavam com a TV ligada, em média, 6 horas e 48 minutos todos os dias.

Para preencher sem parar todas essas telas, a indústria da televisão dos EUA foi obrigada a produzir milhares de horas de diversão, além das notícias e das reprises de velhos filmes.

Entre a metade da década de 1960 e o começo da de 1980, as três maiores cadeias dedicaram anualmente uma média de 1 438 horas do horário nobre à forma mais característica de entretenimento da televisão americana: os dramas senados. Essas séries — além de outros programas produzidos no país — ganharam popularidade também fora dos EUA. A partir de 1980, as produtoras de TV exportavam 300 mil horas de programas para estações de mais de 100 países.

O impacto cultural dos EUA não se deu, é claro, apenas a nível de massas. Para um país relativamente jovem, os EUA já produziram um número impressionante de artistas reconhecidos em todas as manifestações artísticas.

Os contos e os romances de Nathaniel Hawthorne, Herman Melville, Henry James, Edith Wharton e William Faulkner são comparáveis às melhores criações em ficção de qualquer país. A pintura floresceu nas obras de retratistas como John Singleton Copley e Thomas Eakins, nas aquarelas de Winslow Homer e nas telas chocantes e realistas de Edward Hopper.

O expressionismo abstrato que eclodiu depois da Segunda Guerra Mundial foi o primeiro movimento artístico originado nos EUA de significação mundial. Jackson Pollock, Robert Motherwell e Willem De Kooning se tornaram nomes conhecidos nos círculos de artistas de todos os países. Também surgiram grandes escultores, como Augustus Saint-Gaudens, Alexander Calder, David Smith e Louise Nevelson, e notáveis compositores de música clássica, como Charles Ives e Aaron Copland.

No entanto, a principal contribuição americana para a cultura mundial está no âmbito da cultura de massa. Hollywood não só criou a indústria cinematográfica, mas, também, estilos ou gêneros — especialmente o faroeste e os filmes de gângsteres — que empolgaram multidões em todo o mundo. Inspirando-se na opereta européia, compositores e letristas dos EUA criaram uma forma de entretenimento nova, os musicais da Broadway. Quando as tradições musicais africana e européia se encontraram nos EUA, combinaram-se para produzir uma expressão musical incomparável — o jazz e seus derivados, como o rock and roll.

Muitos trabalhos realizados em Hollywood e em outros segmentos da gigantesca industria de entretenimento dos EUA, apesar de sua aparência altamente profissional, eram de valor artístico sofrível. Outros, entretanto, tornaram-se verdadeiras obras de arte, graças, sobretudo ao talento de seus criadores.

Um desses artistas maiores foi uma mescla de elegância, suavidade e gênio musica chamado Duke Ellington. Durante toda a vida, ele foi decerto o mais notável compositor de jazz, e o mais incansável. Desde de sua primeira música, em 1923, até morrer de câncer em 1974, Duke compôs, sozinho ou em parceria, mais de 1500 peças originais – melodias alegres ou lamentos tristes e pungentes, a verdadeira expressão do jazz.

Em 1899, quando Edward Kennedy Ellington (Duke) nasceu em Washington, D.C., um dos precursores musicais do jazz já estava ganhando popularidade. Era o regtime – composições para piano, bem ritmadas, feitas por músicos negros do Meio-Oeste que se inspiraram nas quadrilhas e nas marchas (regtime era o termo usado pelos negros para designar “sincopado”). O mais famoso compositor de rags foi Scott Joplin, um texano filho de músicos pobres. No ano de nascimento de Ellington, Joplin publicou seu primeiro trabalho, intitulado Maple Leaf Rag.

As 400 mil cópias vendidas dessa partitura ajudaram a criar uma onda de ragtime que se estendeu do Meio- Oeste até Nova Orleans, Baltimore, Nova York e Washington e também ao Exterior.

Um punhado de pianistas negros fazia sucesso em Washington, enquanto Ellington crescia absorvendo a melodia e o sincopado do ragtime – ritmos e polirrítmos cruzados que, afirma o musicólogo Gunther Schüller,têm suas origens na África e foram mantidos nas músicas e cantos dos negros nos EUA.

d. Filmes: “Amadeus” de Milos Forman e “Um príncipe em NY” de E. Murphy


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Fonte: Publicado originalmente em: http://www.grandeconflito.com