A Adoração

Senhor de Nossa Adoração- Sikberto R. Marks

por: Prof. Sikberto Renaldo Marks

Introdução

Aqui na Terra nem mesmo muitos dos que crêem em DEUS como ensina a Bíblia fazem ideia da intensidade da concorrência vinda de satanás pela adoração. A adoração, conforme Apoc. 4:11, ocorre porque existimos, é um ato respeitoso de gratidão por DEUS nos ter criado, ato que nos mantém ligados ao Criador pelos laços do amor. Adoração é o mais íntimo e profundo modo de amar a alguém, no caso, se tratando de adoração, esse alguém só pode ser o Criador. A adoração é o cumprimento do primeiro grande mandamento de CRISTO (Marcos 12:30), ou os primeiros quatros mandamentos do Decálogo. A adoração é um ato de intenso e íntimo amor que só podemos direcionar a quem nos criou por ser relacionado ao reconhecimento da criação.

Adorar é o princípio da vida feliz cheia de realizações . Uma vez que reconhecemos sermos criaturas de DEUS, e a Ele nos ligarmos pela adoração, O amando com todas as nossas forças, do mesmo modo, mas em honra e não em adoração, nos amaremos uns aos outros, e essa é a condição fundamental para sermos muito felizes. Toda vida humana excelente se inicia na adoração. Eis porque o estudo desta semana é vital.

A concorrência de adoração vinda de satanás é a dispersão do foco da adoração que é DEUS. Nesta Terra temos tantos interesses nos atraindo em lugar de DEUS que, mesmo estando na igreja da Bíblia, podemos estar adorando sabe-se lá o que, menos a DEUS, ou bem pouco a Ele. Acontece que não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Assim como é perigoso falar ao celular e dirigir o automóvel, também é perigoso tentar adorar a DEUS e manter interesses seculares em Seu lugar, em muitos momentos. Tudo aquilo em que colocamos nossa confiança, e que nos faz aparentemente depender menos de DEUS se enquadra neste contexto, incluindo aí também os passatempos que não constroem para a eternidade. Deveríamos fazer um exame minucioso, com estudo e oração, se de fato estamos adorando exclusivamente a DEUS, ou se satanás conseguiu nos enganar. Estudemos bem esta semana, o conhecimento deste estudo é vital para a vida eterna.

O enfoque da nossa adoração

Qual a razão de só DEUS poder ser adorado? A Bíblia tem as inequívocas respostas: porque só Ele é capaz de CRIAR do nada, pelo poder de Sua palavra. Ele é tão capaz, aliás, Sua capacidade é infinita, que pode projetar em Sua mente e pelo pensamento fazer que este projeto se torne realidade. Foi assim que criou todas as coisas no planeta Terra. Ou melhor, assim que criou todo o Universo.

Não é de admirar que forças ao longo da história tentem desenvolver formas alternativas de explicações sobre a origem da raça humana, como é o caso do evolucionismo. Ora, se houvesse evolução, se esta explicação fosse a verdadeira, então de nada adiantaria a adoração, e evidentemente DEUS não existiria. Pior ainda é uma tentativa de explicação mais recente, de que DEUS tenha criado as condições de vida na Terra, tenha até criado a vida em situação primária, e depois se tenha afastado e deixado que a evolução se encarregasse do restante. Neste caso, um deus assim não mereceria ser adorado, pois seria um ser incapaz de amar. Ou o que você acha de um pai ou uma mãe que gera um filho e assim que nasce larga-o por aí para se virar sozinho? Acha que pais assim amam seu filho? Acha que mereceriam serem honrados pelo filho, só porque o colocaram no mundo? Pelo contrário, deveriam ser responsabilizados por terem feito uma violência.

No caso do DEUS que conhecemos pela Bíblia, os motivos de adoração são:

  • Por que nos criou (Sal. 95:6 e 7)
  • Por que Ele é o Senhor de todas as coisas, e porque é santo (Sal. 99:9);
  • Nós existimos por que Ele teve vontade no nos trazer à existência (Apoc. 4:11);
  • E, finalmente, se nos criou por amor, veio atrás de nós para nos salvar, Ele morreu por nós, e Se tornou o nosso Salvador (Apoc. 5:8 a 14).

Não há no Universo outro Ser como o nosso DEUS . Ninguém é capaz de fazer o que Ele fez e faz. Ninguém, por sua vez, é capaz de amar como Ele ama, e ninguém é o que Ele É: amor. A Sua Lei é Ele mesmo, a Sua natureza é tal como está escrito na Lei, Ele é puro amor, por isso a Sua Lei jamais pode mudar, pois ela é Ele, ela é a transcrição de Seu caráter. Por isto DEUS é absolutamente confiável. E mais, assim como Ele é, nos criou, à Sua semelhança quanto ao caráter, portanto, somos capazes de amar e de sermos felizes como Ele é capaz. Foi para essa finalidade que nos criou, para por meio de nossa felicidade O deixarmos feliz. O pecado criou transtornos nessa situação, mas vem logo o dia em que tudo isto será solucionado, em todos quantos queiram.

Um Criador por amor, Um Salvador por amor, Um Mantenedor por amor, alguém assim merece ser adorado . E com tais atributos não há outro no Universo, por isso só Ele pode ser adorado. Embora satanás desejasse adoração, não a merece pois não possui estes atributos, e nenhum ídolo e nenhum outro ser criado (pois todos os outros seres foram criados) podem ser adorados. Esse tributo de honra é de exclusividade a Quem é capaz de criar, de redimir e de manter o que criou.

O sábado e a adoração

No estudo desta semana, até sexta-feira, chegaremos a um conceito do que é adoração em espírito e em verdade. Iremos somando os componentes de cada dia para assim buscar, do Espírito do Senhor, esclarecimento sobre como adorar aquele que fez todas as coisas.

São cinco os componentes da criação, isto é, tudo o que DEUS fez na semana inicial:

  • O homem e a mulher, isto é, a família;
  • a natureza;
  • a semana de sete dias;
  • o sábado;
  • e a adoração.

Estes cinco componentes não podem ser dissociados um do outro. Eles fazem parte de um mesmo “pacote”, o da criação. Separá-los significa tentar ocupar o lugar de DEUS, pois Quem criou todas as coisas (homem e natureza) e Quem estabeleceu outras (família, semana e sábado) foi DEUS. Fazer qualquer alteração nesses cinco componentes é ofender a DEUS e brincar de ser deus, e satanás faz isto porque deseja ser como DEUS. O custo dessa brincadeira maliciosa será a sua vida. Só DEUS tem autoridade sobre o que fez e sobre o que instituiu.

Por Ele ter instituído a adoração junto com a criação, com a semana e com o dia de sábado, separando-o dos demais dias para fins específicos, é fácil entender que o sábado tem íntima relação com a adoração. Qual então a função do sábado em relação à adoração? Vejamos por itens, baseados no quarto mandamento de Êxodo cap. 20, versos 8 a 11:

  • Nesse dia nada se faz de atividade servil (ver Lev. Cap 23), para podermos, com intimidade total, nos dedicar às coisas espirituais, relativas a DEUS;
  • Esse é o dia em que poderemos sentir em maior intensidade o quanto DEUS nos ama, e em retribuição, também podemos amar a DEUS: é o dia da intimidade de amor (e isto é adoração) entre criatura e Criador;
  • A proibição do trabalho servil (aquele que nos garante o sustento e os bens necessários) deve-se ao fato de que é impossível haver amor na intensidade máxima se a mente divide as atenções com outros interesses;
  • Deve ser o sábado para em maior intensidade de amor nos dedicarmos a DEUS pois é nesse dia que Ele também faz o mesmo, como estabeleceu desde o início (ver Gen. 2:1 a 3);
  • Da forma como o sábado foi instituído (junto com os outros quatro componentes) ele é universal e imutável, como os demais componentes, com a diferença que ele recebeu uma bênção especial e exclusiva, ele foi santificado (separado) para uma finalidade especial, a adoração;
  • Por ter DEUS instituído o sábado no início de todas as coisas, junto com toda a criação, ele evidentemente é universal, e todos devem obedecer à instituição do DEUS Criador, quem não o fizer estará desobedecendo ao seu Criador declarando que venera outro senhor, aquele que não é capaz de criar vida, que é satanás, o “não criador”, mas que quer ser deus, ou ser igual a DEUS;
  • O domingo é o dia menos propício para ser santificado, pois até esse dia nada se havia criado; portanto, que o santifica, evidentemente reverenciará o “não criador”, que é satanás; o domingo é o dia menos importante da semana da criação, o sábado é o mais importante, por ser o último da semana e por ter sido separado (santificado) e abençoado pelo próprio Criador.

O sábado, sétimo dia da semana, foi instituído pelo Criador para fins de adoração. Ele contém os requisitos necessários para que a adoração nesse dia seja muito mais intensa que nos demais dias. Nele o Criador proibiu toda a atividade produtiva para que as mentes das criaturas pudessem voltar-se, sem interferência, à lembrança do Criador, de que são Suas criaturas, e que podem, portanto, em gratidão adorar a quem as fez. A adoração tem uma função especial de relacionamento entre criatura e Criador, que estudaremos com mais profundidade nesta semana. Vale a pena este estudo!

Adoração de coração

Se lermos João 4:23 e 24 e I Cron. 16:8 a 36, considerando o que a lição comenta a respeito da “adoração em espírito e em verdade”, podemos resumir o seu conceito com as seguintes palavras: trata-se da ligação íntima de amor – que envolve a santificação do sábado, e se expressa numa atitude de senso de dependência e de exclusividade – com DEUS Criador e Redentor e que desenvolve comunhão entre os adoradores, em gratidão por nos ter criado, por nos manter e por nos salvar (em JESUS na cruz), através de cânticos, orações, testemunhos, poesias salmodiadas ou ditas em verso, pela música em suas diferentes expressões desde que reverentes, pelo estudo individual ou em grupo, pela pregação, pelos debates construtivos para o crescimento espiritual transformador, sendo assim modificados gradativamente pelo ESPIRITO SANTO à semelhança do Criador. Isto é uma tentativa de definição de adoração em espírito e em verdade. Ela deve ser completa, transformadora, preparadora para sermos bem logo cidadãos do Reino do Amor.

Adoração jamais será um conjunto de atos mecânicos, repetidos, sem sentido para o adorador senão o cumprimento de uma mera rotina que nada contribui para a sua edificação nem para a glória a Quem ela é dirigida. Certamente, como nós, DEUS também se cansa com repetições, rotinas, orações decoradas ditas sem se saber o que estamos falando, etc. E satanás certamente aproveita tal adoração para fortalecer nestes corações a incapacidade de transformação, estas pessoas nem sequer sentem necessidade ou desejo de serem transformadas. A adoração por meio de rotinas é um desastre para a alma e para a igreja. Ela, assim, não pode ser em espírito e em verdade.

Vamos a um exemplo do que poderia ser uma boa forma de adoração. Algumas famílias se unem para um almoço em conjunto, não para simplesmente “comer alimento”, mas para ali cantarem antes do alimento, confraternizarem com alguns testemunhos, se fortalecerem entre si na fé, e depois de algum descanso, fazerem algum estudo para obtenção de maior conhecimento sobre a verdade. E se para um encontro destes forem convidados algumas pessoas que ainda não conhecem a verdade? Como elas se sentirão, num ambiente verdadeiramente cristão informal? Por certo assim estaremos prestando culto de adoração racional, inteligente e produtivo. Para tais ocasiões também deveriam ser convidados os recém batizados, os interessados, etc., mas a ideia não é um mero encontro neutro espiritualmente, e sim, que haja um momento informal de crescimento espiritual. Era assim que os primeiros cristãos também adoravam ao Criador.

Expressões de nossa adoração

O cântico com música é a forma mais intensa de comunicação, ou, a mais perfeita maneira de nos comunicarmos, entre nós como com DEUS. A segunda maneira mais poderosa de nos comunicarmos é pela poesia, a terceira pela oratória e seus belos recursos, e a quarta e última, pela fala coloquial comum do dia-a-dia. Assim sendo, é de se esperar que o inimigo também se intrometeria na música tornando-a recurso de engano. É muito triste ver que a música de influência satânica esteja entrando na igreja, como uma forma de louvor, quando na realidade é um tributo a satanás. Há, no espírito de profecia suficientes orientações sobre esse assunto, mas, tem-se a impressão que não mais são lidas.

A música tem três componentes: a melodia, a harmonia e o ritmo. Estes componentes entram mais intensamente pelo ouvido, são levados ao tálamo, e este distribui aos respectivos destinos. A melodia, que contêm a característica da música, vai para o sistema emocional, e ali nos faz recordar sentimentos relacionados a ela. A harmonia, que consiste no recheio de tons para tornar a música mais elaborada, vai para a parte frontal do cérebro onde precisa ser decodificada, pois é a sua parte racional. O ritmo, por sua vez, é remetido pelo sistema nervoso para os músculos.

A música de louvor deve privilegiar a harmonia, em segundo lugar a melodia e apenas em terceiro lugar no ritmo. A música mundana, como é o caso do rock, contém muito mais ênfase no ritmo que na melodia e na harmonia. O nosso culto deve ser racional, portanto, nele, a música deve ter a característica santa da harmonia, não no ritmo como é o caso de muitas que tocam e que cantam nos cultos de adoração. Há alguns casos que nem se pode perceber grande diferença com a música mundana, quer no volume em que é detonada aos ouvidos dos que assistem, quer no ritmo que possui. A música gospel não é outra coisa senão música mundana, isto é, satânica, com letra religiosa, no entanto, uma letra superficial, sem construção de sabedoria espiritual. Ela prepara as mentes para que as pessoas detestem a música de ênfase na harmonia, que, enfim, dá muito trabalho ao cérebro para ser apreciada. Chega o tempo em que o Senhor faça mais uma limpeza em seus arraiais, como fez nos tempos em que esteve em Jerusalém.

Em cada época havia expressões diferentes de louvor por meio da música. A dança, no entanto, não pode ser incluída como uma expressão de louvor, pois Davi dançou ao Senhor, e disto obteve graves problemas. Não é um bom exemplo de louvor. Também batiam palmas (Sal. 47). Devemos ter cuidado em não agregar hoje para dentro da igreja formas de manifestação que agora são muito utilizadas no mundo com intenções banais. Se em uma época eram puras, pode ser que hoje não o sejam. Na humildade de compreensão limitada que este comentarista possui, entendemos que devemos ser criativos e não imitar os de fora. Se somos capazes de usar nosso cérebro, então por que não usá-Lo? E, por que não apresentar algo inédito a DEUS, um cântico novo, com uma harmonia espetacular, que seja diferente do comum que anda por aí, e que não é melhor do que o vulgar do mundo?

Conforme salmo 149:3 e 150, a música, a harmonia o cântico devem fazer parte da adoração a DEUS. Incluem-se o aconselhamento mútuo em toda a sabedoria, o louvor a DEUS com salmos (poesias), hinos (com instrumentos musicais), e cânticos (com a voz humana) espirituais, com gratidão em nossos corações, conforme Col. 3:16).

Uma última palavra: a música e o cântico devem ser voltados ao Criador, não ao cantor ou ao compositor, nem para outro endereço. Quando há excesso de técnica na música ou no cântico, este desequilíbrio deixa de ser louvor a DEUS e passa a ser louvor ao que se apresenta. A apresentação passa a ser uma exibição do quanto é capaz, e também do quanto é incapaz de adorar. Não é a técnica em si que faz o louvor, mas sim, a beleza da harmonia, a melodia agradável com um ritmo discreto, estes dois últimos para contribuir com a harmonia na beleza do louvor. O equilíbrio e a modéstia são conselhos facilmente encontrados no Espírito de Profecia, mas cada vez mais raros na prática.

O efeito de nossa adoração

Ou somos transformados pela adoração, ou não estamos adorando ; ou há crescimento espiritual, ou o que a pessoa pensa ser adoração na realidade é apenas uma rotina destituída de significado.

Diz o texto bíblico, com relação às características dos tempos iniciais da igreja: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.” (Atos 2:46 e 47) O efeito da adoração é a mudança nos motivos de vida das pessoas, o que ocorre a partir de um relacionamento cada vez mais íntimo com o Criador. Na realidade, relacionamento íntimo com o Criador é adoração. Então sim, O Criador acrescenta novos conversos à comunidade de adoradores, porque sendo eles assim, não há o risco de darem mau testemunho a quem é recém chegado.

Junto com a transformação aumenta o desejo de ser fiel a DEUS e de amar as pessoas. Assim, o adorador busca cada dia saber em que aspectos ainda precisa mudar, e DEUS, em Seu infinito amor, vai revelando, aos poucos, conforme a possibilidade, o que deve superar. Esse é o processo de santificação. Por sua vez, quanto mais a pessoa se parece ao original que é o próprio DEUS, mais sente o desejo de atrair outras pessoas para que desfrutem de igual experiência de vida: ser transformado para melhor. Vê-se nos casos em que pessoas vão abandonando, por exemplo, as influências que vem do mundo. No entanto, nos casos em que práticas do mundo que são nocivas aos conceitos bíblicos, e que são acariciados, não pode haver adoração, mas sim, apenas a prática de uma rotina que não lhes trás mais proveito em sua vida. Há muita participação nos cultos por mero formalismo rotineiro sem valor prático. Nesses casos, a situação do suposto adorador muitas vezes pode ser pior que os ímpios, pois sabendo da verdade, a está levando em pouca conta. Com o tempo acostumando-se a tal maneira de viver, torna sua adoração em conformismo religioso, como sendo algo suficiente para as suas obrigações espirituais. Só vai aos cultos para marcar presença, não muito mais que isso. Então, achando-se em situação de conforto espiritual, deixa de buscar humildemente de DEUS saber em que ainda precisa ser transformado, e se acomoda tal como é, estacionando no crescimento espiritual. Nessa situação é presa fácil de satanás, pois se simplesmente permanecer assim, perderá a vida eterna. “O pecador não pode depender de suas próprias boas obras como meio de justificação. Ele precisa chegar a ponto de renunciar a todo o seu pecado e seguir uma medida de luz após a outra, ao ela iluminar o seu caminho. Ele simplesmente se apega pela fé à provisão gratuita e ampla feita pelo sangue de Cristo. Crê nas promessas de Deus, que através de Cristo significam para ele santificação e justificação e redenção.” (O cuidado de DEUS, MM: 1995, p. 325)

Aplicação do estudo

Então, o que é adoração? Se desejarmos resumir o conceito construído ao longo da semana, teremos que incluir o amor. Adorar a DEUS é demonstrar que recebemos o Seu amor pelo que fez por nós, desde por nos ter criado até por ter morrido por nós, na cruz. A adoração não pode ser um ato obrigatório, mas sim, uma resposta ao amor de DEUS, a correspondência a esse amor. Assim O adoraremos porque estamos cheios de desejo de fazê-lo.

Hoje a adoração está muito vinculada com a expectativa de um futuro com DEUS, em que teremos vida eterna e felicidade completa a ponto de não ser fácil lembrar dos tempos de pecado. Então, quando lá estivermos é que saberemos o que perderam aqueles que não se ligaram a Quem os amava tanto. Adorar é ligar-se em amor a quem é o próprio amor, por isso a intimidade do sábado.

Nossa adoração deve ser original, destituída de qualquer resquício de influências mundanas. Nos últimos dias, tendo já havido a sacudidura, os elementos de mundanismo terão sido eliminados, e aqueles que restarem na adoração remanescente e verdadeira, o farão em total intimidade com o Criador. Eles serão tão autênticos em sua adoração, aliás, em todos os seus detalhes de vida, que no julgamento dos santos serão julgados ainda em vida. Eles estarão selados pela vontade de cumprir o decreto de Apoc. 22:11: eles, ainda antes da transformação, estarão decididos a manterem-se puros e justos, e nessa sua vontade, serão selados para DEUS. É incrível pensar que em meio ao maior caos de todos os tempos quanto à degeneração da raça humana pelo pecado haja pessoas com esse perfil. E nós hoje estamos sendo convocados para sermos estas testemunhas do amor transformador de DEUS. Leia e medite nos trechos do Espírito de Profecia abaixo, e conclua quanto ao que deve fazer para ser um dos participantes desse grupo, o grupo que anulará, pelo poder do amor de DEUS os sofismas de satanás. Esse grupo será a grande testemunha de que é compensador obedecer a DEUS em tudo o que levou os profetas a escrever em Sua palavra, a Bíblia.

“Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter e Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus. (Eventos Finais, 39, ênfase acrescentada)

“As palavras, meramente, não o podem dizer. Seja refletido no caráter e manifestado na vida. Cristo pousa para ser retratado em cada discípulo. A todos predestinou Deus para serem ‘conformes à imagem de Seu Filho’. Rom. 8.29. Em cada um se tem de manifestar ao mundo o longânimo amor de Cristo, Sua santidade, mansidão, misericórdia e verdade. … Cristo não Se manifestará, enquanto a vitória não for completa, e Ele vir ‘o trabalho de Sua alma’. Isaías 53.11.” (O Desejado de Todas as Nações, págs. 826-828. Ênfases acrescentadas.)

“A grande questão que está tão próxima [ o cumprimento da lei dominical] eliminará aqueles a quem Deus não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva serôdia. Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 385.” (Eventos Finais, 179, ênfase acrescentada)

“Cuidai de que pelo vosso exemplo não ponhais outras almas em perigo. Coisa terrível é perdermos nossa própria alma, mas seguir uma conduta que ocasione a perda de outras almas é ainda mais terrível. Que nossa influência seja um cheiro de morte para morte é um pensamento terrível, no entanto isto é possível. Com que fervor, então, devemos guardar nossos pensamentos, nossas palavras, nossos hábitos, nossa disposição! Deus exige santidade pessoal. Somente revelando o caráter de Cristo poderemos nós cooperar com Ele na salvação de pessoas.” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 158, ênfases acrescentadas)

“O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás , com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, vêem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu.” (A Igreja Remanescente, 14, ênfases acrescentadas)

Então, como não nos é possível solucionar todos nosso problemas de uma vez só, entreguemo-nos todos os dias a DEUS. Então o Seu Espírito nos transformará aos poucos, e cresceremos espiritualmente. Este é o resultado da verdadeira adoração.


Fonte: Publicado originalmente em http://www.iasdnet.com.br/sikberto/index.php?option=com_content&task=view&id=61&Itemid=2

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