A Adoração

Crise de Adoração

por: Sidnei Roza

Tenho percebido algumas mudanças no comportamento de alguns membros da igreja nos últimos anos. E é bem provável que você também esteja dizendo: “é, as coisas não estão mais como antigamente”. O que ninguém pode negar é que a crise espiritual mergulha os adoradores numa profunda escuridão, bem distantes de Deus. O que fazer para curar a crise dos adoradores?

Os sintomas

Na hora do cântico, alguns permanecem calados e o diretor de música canta quase que sozinho. Sem contar que na hora marcada para o inicio do culto, poucos estão presentes. Aos poucos, os bancos ficam ocupados e até quase a hora do término ainda tem gente chegando. Antes todos ficavam dentro da igreja, hoje é possível encontrar alguns que passam boa parte do culto do lado de fora. A roupa que muitos usam poderia ser usada para uma ocasião social. Parece que saíram de casa para um passeio comum e não para um encontro com Deus.

A realidade que passa em branco

Se eu e você fossemos a uma festa onde estivesse o Presidente da República, você não compareceria com qualquer roupa, em qualquer horário e nem de qualquer maneira, concorda comigo? Pois, semanalmente você e eu comparecemos a presença de um que é mais importante que qualquer pessoa do universo: Deus, o nosso criador e mantenedor. Na hora e dia marcado Ele está presente no local estabelecido, a igreja, para receber a sua adoração. E você onde está? Atrasado, do lado de fora, desanimado ou aborrecido a ponto de não querer estar na presença dele?

A origem da crise

Nos dias do Antigo Testamento a Bíblia relata que todos os dias, pela manhã e a tarde, era oferecido um animal em sacrifício ao Senhor (cf. Êxodo 29:39). No Novo Testamento somos convidados a oferecer o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (cf. Romanos 12:1 e 2). Tenho percebido que muitos, no afã e na necessidade de ganhar a vida, começam e terminam o dia sem se oferecer como sacrifício ao Senhor. Não cultuam, não adoram, não reconhecem a soberania de Deus. Agora pense comigo, uma pessoa que não busca a Deus durante a semana, não realiza o culto com a família, não agradece a Deus pelas bênçãos, terá vontade de ir à igreja nos dias de culto? Essa é a questão.

A solução começa com cada um

Creio que membros em crise formarão uma igreja também em crise. Antes de reclamar da sua comunidade, pense na sua condição espiritual. Têm você estado na presença de Deus todos os dias? A ausência de comunhão diária com Deus provoca o enfraquecimento do desejo de estar na igreja nos dias de culto. Afinal, cada família é uma igreja. Eu pergunto: como está a igreja da sua casa?

E se você quer ser um adorador fiel…

Não espere que a igreja que você freqüenta seja mais animada que a da sua casa. Certamente a sua comunidade cristã não será mais fervorosa que a sua maneira de apresentar-se diante de Deus. A reverência só será uma realidade a partir da compreensão da grandeza e majestade do Deus que se faz presente. A sua fidelidade será proporcional ao companheirismo diário que você tem com Jesus.

Como resolver mesmo a crise da adoração?

Eu e você precisamos ter tempo para adorar o criador e mantenedor do universo. Ganhar a vida é necessário, mas isso não pode afastar você de Deus. Já pensou que arrumamos tempo para aquilo que achamos importante? Pois é, separe a primeira hora de cada dia para Deus. Adore-o com toda a sua força. Você acha que a igreja freqüentada por pessoas que amam a Jesus e estão na presença de Deus todos os dias, será uma igreja desanimada?

A crise da igreja é a crise de cada um de nós, se nós a resolvermos, com comunhão diária, a igreja será bem melhor em todos os aspectos. Você concorda? Pense mais sobre a importância de dedicar mais seu tempo para Deus, isso fará a diferença!


Fonte: Publicado originalmente em: http://www.ueb.org.br/index_j.php?option=com_content&task=view&id=285&Itemid=15

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