Podemos argumentar que uma prática cultural popular trazida do Egito e posteriormente abandonada, sem jamais ter sido incorporada ao serviço de adoração no templo, seja uma justificativa para o usa da dança nos dias de hoje?
Um culto espiritual combina fervor com entendimento, alegria com solenidade, sentimento com racionalidade.
A dança “evangélica”, que começou, em algumas igrejas, como uma coreografia simples, executada ao som de hinos melódicos, ficou mais complexa, até evoluir para apresentações de balé e shows de hip-hop.
Os defensores da dança citam Miriã e Davi, mas as suas atitudes e ações, conquanto não tenham sido reprovadas por Deus, deram-se fora do culto coletivo a Deus.
As Escrituras demonstram que a dança de Davi foi um ato único, pessoal, fora do Templo, isolado, e não litúrgico, exemplar ou inaugural.
Por que o Salmo 150 cita (verso 4) “Louvai-o com o tamborim e a dança”, sendo que nem a dança nem esse tipo de instrumento eram usados no Templo?
O que pretendo neste post é mostrar que o Salmo 150 não pode ser tomado como base incontestável para a prática das danças litúrgicas e coreográficas nos cultos cristãos.
O culto onde as pessoas são confrontadas pelas Escrituras e obrigadas a pensarem e refletirem no estilo de vida pecaminoso que elas vivem está se extinguindo.
Neste artigo procurarei discorrer com equilíbrio sobre a adoção de danças e coreografias por parte das igrejas.
O que seriamente nos preocupa é que esses aficionados da dança pretendem apresentá-la, nos templos, durante cultos de adoração.
Toda a nossa vida deve ser um culto a Deus (I Coríntios 10:31). Mas nem tudo que cabe na minha vida diária como culto a Deus caberia no culto público.
Embora os judeus nos dias de Jesus continuassem praticando a dança (ver Lucas 15:25), não encontramos nenhuma evidência no Novo Testamento de que a igreja cristã primitiva perpetuasse tal costume.
Um Estudo Baseado na Cronologia e Autoria do Período Pré e Pós Santuário de Salomão