por: Dr. Elmer Lima
Sermão apresentado na Igreja do UNASP-SP (Campus 1) no dia 05/06/2021
Adoração e Reverência
Irmãos, bom dia.
Eu quero agradecer muito essa música que foi cantada, este hino foi cantado. Sábado passado, sexta-feira passada, quando minha esposa e eu fazíamos o culto, sexta à noite, a gente tocava e cantava e de repente chegamos, voltamos esse hino, que há tanto tempo eu não ouvia, que fala a respeito da adoração ao nosso Deus.
Eu agradeço ao Pastor Gilson o convite que a mim foi estendido. Eu quero dizer que para mim continua sendo bastante difícil ocupar um púlpito. Eu entendo que existem muitas pessoas mais capacitadas, muitas pessoas mais estudadas, muitas pessoas que têm maior facilidade em falar, pessoas que vem aqui e fazem um culto sem uma anotação, e eu fico assim impressionado da capacidade dessas pessoas. E, há um bom tempo atrás eu conversava com um primo meu, Valdecir Lima, a respeito disso; ele falava: “Porque você não fala mais, porque você não prega mais?” Eu falava, “Valdecir, eu sinto dificuldade.” E ele falou o seguinte: “Elmer, nunca se esqueça o seguinte: quando alguém está com sede ele procura uma torneira. E essa torneira, ele não se preocupa se essa torneira é de plástico ou de ouro. A única preocupação que ele tem é o seguinte: que ele abre a torneira de lá saia água pura.” Então eu espero que nessa manhã que Deus use alguém, uma torneira de plástico, e que através das minhas palavras possa sair água pura. Gostaria também de dizer que eu não sou obreiro, nunca fui obreiro, não sou pastor, sou somente um cirurgião, um médico.
Em Salmos 96, versículo 1 nós lemos: “Daí ao Senhor, ó famílias dos povos, daí ao Senhor glória e força. Daí ao Senhor a glória devida ao Seu nome. Trazei oferendas e entrai nos Seus átrios. Adorai o senhor na beleza da santidade. Tremei diante dele toda a terra.”
Existe um conceito chamado “cosmovisão”, que é o conjunto de ideias que formam a base para os nossos conceitos, para as nossas atitudes e para as nossas decisões na vida, os pressupostos e a maneira de eu ver o mundo. O grande problema, no entanto, é que na maior parte das vezes essa base de conceito que os seres humanos têm, ela é frágil e muito malformada. Ela é formada normalmente pelo que as pessoas assistem na televisão, que assistem nas mídias, nas entrevistas de artistas, de políticos; conceitos que são passados por novelas, por filmes. A maioria das pessoas tem uma cosmovisão muito ruim, muito mais baseada no que assistiu ou viu do que no que leu e meditou. A leitura nos capacita para pensarmos de uma maneira crítica.
A cosmovisão não é um conceito teológico; a cosmovisão é uma ideia que nasceu na filosofia Iluminista alemã. É um conjunto de crenças fundamentais ou básicas. A cosmovisão vai definir para você: primeiro lugar, existe Deus? E se há Deus, quem é Deus? Como mundo veio a existir e por que ele veio a existir? Qual o significado da vida, por que estamos aqui? O que é morte e qual é o seu significado? O que há após a morte? É a nossa cosmovisão é quem vai responder essas perguntas que nós temos. A resposta a essas perguntas básicas será determinante como nós interpretamos a realidade.
O mundo diz que todas as cosmovisões são válidas e, portanto, a forma como você interpreta o mundo faz com que o mundo em realidade seja exatamente como você diz que é. Do ponto de vista de cosmovisão cristã, não entanto, nós não aceitamos isto, de que existem diversas cosmovisões. Pois nós temos a revelação de Deus na Sua palavra respeito do que é verdade, do que é a realidade que Ele nos ensinou. A nossa visão do mundo é mais ou menos perfeita na medida que ela se aproxima ou se distancia da revelação de Deus na sua palavra. Existe importante apenas uma cosmovisão correta, que é a que Deus revela na Sua palavra. Uma só cosmovisão que tem aplicação no trabalho, na ética, na sexualidade, no casamento e que implica em toda área de atuação humana.
Então partimos do pressuposto: Existe Deus? Existe Deus! E quem é Deus? Existem duas fontes de informação: segundo a Bíblia e segundo a natureza, ou seja, nós temos uma fonte de informação que é a teologia revelada e nós temos a teologia natural.
A Bíblia, a fonte das informações para a doutrina de Deus é a Sua própria revelação pessoal – isso nós vamos e, Hebreus 1, versículos 1 a 3 – conforme registrada finalmente nas escrituras (Romanos 16:26). Portanto Deus se revela o ser humano, quem Ele é e todo o plano da salvação, na Bíblia.
E existe a teologia natural, que é a natureza, não é? Salmos 19:1: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos”. As doutrinas de Deus resultantes do estudo da natureza são interpretações filosóficas da Divindade, conhecidas nos círculos teológicos como teologia natural.
Uma compreensão correta, no entanto, da natureza de Deus requer como pré-requisito o conhecimento de Deus fornecido pela Revelação e não contrário. Hoje existe a teoria do Design Inteligente que alguns cientistas têm estudado e têm defendido. Só que essa teoria do Design Inteligente entende que, em função da complexidade de todo universo e da vida, obrigatoriamente tem que ter uma causa – alguém inteligente. Mas mesmo ela, a ciência, com o Design Inteligente, não consegue definir a Deus, explicar Deus.
Se é possível alcançar o verdadeiro conhecimento de Deus, só é possível, através das Revelações da Bíblia. Tentamos entender, explicar a Deus à luz da Sociologia, da Psicologia, da Filosofia, mas nos esquecendo que essas são ciências humanas; portanto ineficazes para explicar Deus; na maioria das vezes O deturpam absolutamente, na tentativa de O explicar, porque essas ciências são limitadas, são limitadas como a mente humana; são especulativas quanto ao sobrenatural, não revelativas.
A grande pergunta é se existe um Deus que corresponda… existe um Deus que corresponde à realidade do Deus que a gente imagina? A Bíblia, ela não apresenta provas científicas ou desenvolve provas racionais da existência de Deus. Pelo contrário a Bíblia afirma ser necessário que aquele que se aproxima de Deus creia Nele, e creia que Ele existe. O conhecimento de Deus é necessário para o surgimento da fé na mente e no coração humano – isso nós lemos em Romanos 10 versículo 17.
É a partir da recepção conjunta da autorrevelação de Deus na história, conforme registrada na Bíblia, e a sugestões do Espírito Santo na mente, que a fé como convicção da existência de Deus se torna um fato estabelecido na experiência do cristão.
As provas racionais da existência de Deus, a nós comunicadas pela natureza, não produzem em nós uma concepção tão radical. A convicção da existência de Deus não é produzida por argumentos racionais, mas por um relacionamento pessoal com Ele.
E é Deus quem toma a iniciativa nesse relacionamento, mediante ação pessoal do Espírito Santo, valendo-se da Escritura, da natureza e da História para se revelar a nós seres humanos, portanto, da existência de Deus mais com base em Sua revelação pessoal na Escritura do que com base em argumentos racionais. E nós vemos esse Mateus quando Cristo perguntou discípulos “quem os homens dizem que Eu sou?” e daí Simão bar Jonas disse, “tu és Cristo, o filho de Deus vivo.” E Cristo disse para ele que Deus havia revelado a ele está verdade.
É impossível para nós compreendemos a Deus. Nós seres humanos temos uma dificuldade para compreender a Deus, em virtude da nossa limitação cognitiva, nossa capacidade cognitiva. É impossível conhecer à Deus à parte da sua Revelação, e esta limitação humana acontece até para compreender aquilo que já foi revelado; até aquilo que é revelado, nós, como seres humanos temos muita dificuldade para entender.
Nós temos dificuldades para entender os atributos de Deus. Deus tem diversos atributos: Deus é eterno. Deus é imutável. Deus é amor. Deus é ira. Deus é transcendente e imanente. E através desses atributos de Deus, vêm as atividades de Deus, que são: A presciência, a predestinação, criação, presença histórica e outras coisas.
A Eternidade para nós, seres humanos, é uma coisa muito difícil nós entendemos, porque nós somos finitos; tudo que nós conhecemos teve início e teve fim. Como eu vou explicar para você algo que não teve início? Como eu vou explicar algo que não tem fim? O que é que a eternidade?
Existe uma cordilheira chamada os Himalaias, todos nós conhecemos. Tem cerca de 2.600 km de extensão. A largura dessa cordilheira varia de 150 a 400 km. Nela, nessa cordilheira estão os dois picos mais altos do mundo: o Everest, com 8.800 e poucos metros, e o K2, com quase isso. Imagine que esse Himalaia, ele fosse feito de grafeno, que é uma substância dez vezes mais dura que o aço. Imagine você que a cada mil anos viesse um pardal e limpasse o bico na cordilheira, e voasse. Mil anos depois ele viesse, limpasse o bico na cordilheira e voasse. Quando essa cordilheira tivesse sido completamente desgastada pelo atrito com o bico do pardal a cada mil anos, aí teria começado a eternidade.
O tempo de Deus é qualitativamente diferente do nosso tempo, não no sentido de negar o tempo, mas de incorporá-lo e excedê-lo. Nós vivenciamos o tempo, por exemplo, como uma mensuração da nossa transitoriedade, somos transitórios, ao passo que em Sua eternidade, Deus vivencia o tempo sem esse caráter transitório.
Segundo a Bíblia, o que obstrui, a distância que obstrui a comunhão direta e histórica entre Deus e sua criação não é o resultado da diferença entre Deus atemporal e imutável e um ser humano histórico, mas a diferença entre um Deus santo e uma humanidade pecadora.
A Imutabilidade de Deus é uma das, é a segunda característica, não é? Em Malaquias nós temos “Deus não muda”. Em Tiago 1:17, “em Deus não pode existir variação ou sombra de mudança”.
E isso não quer dizer que Deus por não mudar, Ele é um indivíduo rígido, impassível, não! Mas a imutabilidade de Deus é a base da segurança do ingresso. A imutabilidade de Deus é a base da segurança nossa como seres humanos.
Amor e Ira – Deus é um ser cuja essência é amor e exatamente por isso a ira é estranha à nossa compreensão. Achamos que Deus, por ser o amor, o princípio do amor, e a ira relacionado a Ele.
A definição do amor de Deus não pode ser extraída por analogia de qualquer amor que nós conhecemos como seres humanos, ele só pode ser definido por Deus através de um ato de revelação direta, ou seja, para entender a Deus eu tenho que entender através de uma revelação direta de Deus o que significa amor.
O amor divino é a base da Criação e sobretudo da Redenção. O amor de Deus entregou o Filho e o amor do Filho Se fez entregar. Isso é uma coisa incompreensível. O amor divino é a fonte e o modelo do amor humano.
E daí, a grande pergunta é a seguinte: Quando alguém nos magoa, qual é a nossa primeira reação que nós temos? Tentar revidar. Quando ser humano peca, qual a primeira reação de Deus? Oferece a salvação em Cristo.
O que causa então a ira de Deus? Ao rejeitar, teimosa e persistentemente a vontade de Deus e a amorável dádiva da salvação oferecida em Cristo Jesus, os pecadores se tornam obstinados em sua oposição ao Senhor, tornando-se por conta disso, Inimigos de Deus. Quando eu peco, imediatamente Deus me oferece a salvação. O Espírito Santo toca o meu coração.
Mas existe o conceito que é muito importante: a mesma verdade que me converte é a mesma verdade que me endurece. Toda vez que eu sou tocado pelo amor de Deus, toda vez que eu sou tocado por uma mensagem e muitas vezes eu me convenço daquela mensagem, mas eu não permito o convencimento dessa mensagem me converter, eu passo a me endurecer para aquela mensagem. Da próxima vez, tem que vir uma mensagem igual ou um pouco maior, que eu posso ser convencido e me converter; se eu não me converter eu me endureci para esse nível de mensagem, e assim sucessivamente, até que chega um momento na minha vida em que mais nada me toca. E aí nós entramos no famoso pecado contra o Espírito Santo.
Deus é Transcendente e Imanente. Deus, Ele está por completo nesse momento aqui, a imanência de Deus. Se nós formos agora em um culto lá em Belém do Pará, Deus está dentro da igreja, totalmente presente. Se nós formos um culto na África, nesse exato momento, Deus está totalmente presente. Se nesse momento eu for a um milhão de anos-luz nesse sentido no universo e chegar lá, Deus está ali presente, se eu for para lá, Deus está presente. Isso faz parte da transcendência de Deus. Apesar de Deus estar no mundo criado, ele transcende a Sua criação. É uma coisa que a gente não consegue entender.
Presciência – As experiências e o conhecimento de Deus são ilimitados e imparciais. Onisciência e presciência referem-se à capacidade de Deus de incluir em sua onisciência não somente as realidades todas, passadas, presentes, mas também as realidades futuras. O Seu conhecimento abrange tudo. Até mesmo as futuras decisões livres de seres humanos que ainda não nasceram. Como é que eu posso entender?
E aí nós entramos do conceito de predestinação. Todos nós somos predestinados à salvação a à vida eterna. Todos nós. Não é porque Deus tem presciência do que eu vou escolher que Ele predestinou para a perdição, se não aceitar os Seus conselhos; Deus nos predestinou todos à salvação.
E aqui nós entramos numa das características de Deus, a Criação. No contexto geral da onisciência, presciência, predestinação e eleição divinas, a criação divina designa a atividade concreta pela qual Deus trouxe à existência uma nova realidade que não era Ele mesmo, mas o universo.
“No início era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” (Gênesis 1:1); no início só existia Deus. Não existia universo, não existia nada, pelo menos da parte do material que nós conhecemos.
A criação depende exclusivamente da atividade e sabedoria de Deus. A criação não requer nem admite a existência qualquer princípio fora de Deus. Em Romanos 4:17, Paulo diz que Deus chama à existência as coisas que não existem. Por isso Deus é o único que é capaz de criar ex nihilo, a partir do nada.
Quando Deus criou o universo não existia matéria, Ele não precisou de energia pré-existente, Ele não precisou de tempo, não existia isso, existia só Deus. E com a Sua palavra, Deus criou todas essas coisas.
Existe em todo universo cerca de 3 a 7 x 10 elevado à 22ª potência o número de estrelas, ou seja, nós temos universo 30 a 70 bilhões de trilhões de estrelas, criadas apenas pelo poder da Sua palavra. A nossa Terra tem um diâmetro de cerca de 12.500 quilómetros. O Sol, uma estrela de 5ª grandeza, tem um diâmetro de 1 milhão, 392 mil km. O Sol queima cerca de 600 milhões de toneladas de hélio por segundo, e o Sol tem combustível suficiente para queimar por mais 6 bilhões de anos.
Rigel, a estrela mais brilhante de Órion, uma supergigante azul, tem 18 vezes o tamanho solar, e ela é 85 mil vezes mais luminosa que o Sol. Portanto é esperado a gente imaginar que Rigel queima 85.000 x 600 milhões de toneladas de combustível por segundo. A maior estrela é WOH G64 – não tem nem nome – fica na grande Nuvem de Magalhães. Seu diâmetro estimado é de 3 trilhões de quilômetros.
Como nós conseguimos entender isso, todo este poder que saiu de uma palavra. Deus falou: “faça-se” e foi feito. Não se deve entender a Criação em analogia com a criatividade humana, pois a criatividade humana é um mero processo de ordenar uma realidade material já existente.
O repouso no sétimo dia, possibilita o cumprimento do propósito da criação – a comunhão direta e pessoal de Deus com os seres humanos criados. O poder criador divino continuou em operação depois da semana da criação. A realidade física do mundo não pode existir sem a incessante atuação de Deus e a manutenção das suas leis e a obra de preservação divina é continuamente executada pelo poder de Deus.
Agora, após a entrada do pecado no mundo, outra dimensão do poder criador de Deus se manifestou na obra de transformar pecadores e restaurá-los à sua imagem na qual foram criados (Neemias 9:6).
Nós sabemos de toda a história da humanidade, como ela evoluiu, não é? E hoje nós vivemos como cristãos a pós-modernidade. A pós-modernidade se deixa dominar pela imaginação sobretudo das mídias eletrônicas, que vão fazer a nossa cosmovisão. É a celebração do consumo como expressão pessoal, pluralidade cultural, a lógica cultural que valoriza o relativismo, predomina o instantâneo, a perda de fronteiras do mundo virtual, velocidade instantânea, o efêmero, o pragmático, o descontínuo, o caótico é o que predomina na nossa sociedade.
Muda-se os valores, o individualismo é o que vale. O consumo faz com que tudo seja descartável; hoje tudo é descartável: copos, roupas, maridos, mulheres. Publicidade manipula os nossos desejos. Torna o mundo [cheio] de ansiosos relativistas, frustrados e deprimidos.
Existe hoje uma distância entre o nosso mundo e a nossa geração atual.
Tempos atrás… Eu tenho um Fusquinha que eu comprei de pastor Hoffman e eu mandei ajeitar o motor e, eu estava com os meus netos e falei: “Vamos lá, vamos com o vovô pegar o Fusca.” “Vamos.” Chegamos o Fusca estava lá fora, no sol. Assim que nós entramos meus netos se sentaram no banco de trás e minha netinha vira e fala assim: “Ô vô, liga o ar.” E eu falei…, mas Fusca não tem ar… Eu falei, “Sarah, não tem ar.” Um pouquinho mais, ela falou: “Ô vô, como é que faz para abrir a janela aqui de trás?” Falei, “Sarah, Fusca não tem janela aí atrás”. Chegamos em casa, eu desci, ela falou, “Vô, como é que faz para abrir a porta aqui de trás?” Eu falei, gente qualquer um sabe que Fusca não tem ar não tem vidro basculante atrás e não tem porta. A nossa geração sabe, mas a gente geração dela não sabe.
Há uma mudança no mundo existe uma mudança espiritual também. Por isso em Provérbios 22:6 a Bíblia diz: “Institui a criança no caminho que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele.”
A pós-modernidade está fazendo com que vários conceitos se percam, e muito rapidamente, inclusive no âmbito espiritual.
Houve grandes movimentos que levaram a mudanças dos valores sobretudos os religiosos e espirituais, isso desde a década de 1960:
- Sexo livre e revolução sexual.
- Mudanças nos paradigmas morais
- Mudança de atitudes frente às autoridades
- A mulher tem que sair para trabalhar para ajudar no sustento do lar.
- Enfraquecimento do homem como macho.
- Sobrecarga da mulher: trabalho, maternidade, casa.
- Filhos terceirizados.
- Surgimento do politicamente correto.
- O homem passou a ser acusado de opressor da mulher e dos filhos (lei da palmada).
- Os homens – pais, sem compromisso com a família e com os filhos.
- Mães sem tempo para os filhos, passaram a terceirizar a educação e hoje, quem cuida das crianças?
- Babás, escolinhas
- Televisão: novelas, filmes, desenhos animados, seriados na Internet
- Smartfones até de madrugada. Crianças e jovens que não conseguem dormir cedo.
Essa é a geração que está sendo criada. Por quê? Porque os valores básicos estão sendo mudados por uma sociedade consumista pós-moderna; e isso acontece inclusive no nosso meio, gerando um grupo de crianças alienadas e secularizadas.
Em II Timóteo 3:1-5 é dito como seria a geração do tempo do fim, é que às vezes eu me pergunto: “em que tempo nós estamos”?
E lá diz: “[Sabe, porém, isto: que] nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, intemperantes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.”
Será que quando nós olhamos para o mundo nós conseguimos ver alguma coisa disso?
No entanto, apesar disso nós somos chamados para sermos santos. Ser santo é uma vida separada, não um momento.
A santificação exposta nas Sagradas Escrituras tem que ver com o ser todo. Nós lemos em I Tessalonicenses: “e o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo “(I Tessalonicenses 5:23).
Deus não quer um culto por palavras e em teoria. “Quando com penitente e humilde confiança, meditamos em Jesus, a quem nossos pecados traspassaram, podemos aprender a andar em Suas pisadas. Contemplando-O, tornamo-nos mudados em Sua divina semelhança, exaltaremos a Jesus Cristo e nosso coração confiará mais e mais em Seus méritos” (Santificação – 1o capítulo, pg. 8)
Adoração é uma atitude de vida, diária, a todo momento, não apenas um momento determinado de êxtase e formalismo.
No culto de adoração….
Em Salmos 95:6 nós lemos: “Ó vinde adoremos e prostremo-nos, ajoelhemo-nos diante do Santo” que nos criou.” No culto de adoração existe basicamente 5 áreas:
- Cântico – louvor
- A oração
- As ofertas
- Abertura da Palavra – pregação, sermão
- A reverência.
Os três princípios básicos envolvidos na adoração, nós nos encontramos em três textos bíblicos que eu gostaria de lembrar. Gênesis 4:1-12 conta-nos a história de Caim e Abel; todos nós conhecemos nessa história. Adoração não é pelos meus valores. A adoração não é pelos meus méritos. A adoração não é pelo que me agrada.
Se você conseguisse olhar dois altares: num altar, frutas, distribuídas de acordo com as cores, vegetais, cereais e legumes e no outro altar você visse uma pedra ensanguentada com um cordeirinho esgorjado, cabeça de lado, você vendo artéria, traqueia… Fala para mim: qual dos dois que atrairia mais? Qual dos dois altares te agradaria mais? Adoração é de acordo como Deus diz que eu devo adorar e Deus falou o seguinte: Aquele altar do cordeirinho cortado, esse é o altar, essa é a adoração que Eu quero.
Em Êxodo 3:5 nós temos aquele encontro de Deus com Moisés no deserto. Há 2 anos atrás nós fomos com a Miriam, nós fomos visitar o Egito e Israel. Nós saímos do Monte Sinai, atravessamos um deserto. De repente tinha uma arvorezinha, o nosso guia falou, “Você sabe que árvore é aquela? Aquilo é uma acácia.” Tinha algumas pessoas sentadas em baixo, legal… Daí, depois, tinha uns gravetos espetados assim no meio do deserto e ele falou assim, “Sabe o que é aquilo? Aquilo é uma sarça.” E eu pensei, gente, não existe lugar mais inóspito, não existe lugar mais sem vida, um lugar mais sem graça do que deserto. Só que, quando Moisés chegou perto daquela sarça, Deus disse para ele, “Moisés tira a sandália dos teus pés, porque a terra em que tu estás é terra santa.”
Segundo o conceito de adoração: Não importa o local, o que torna o Santo é a presença de Deus e quando Deus está presente ele espera de mim uma mudança de atitude. No serviço de adoração, em primeiro lugar, Deus diz como adorar e em segundo lugar, quando Ele está presente, Ele espera de mim uma mudança de atitude.
E por fim, em Levítico 10, nós lemos a respeito da história de Nadabe e Abiú, filhos de Arão que trouxeram fogo estranho perante o Senhor, foram mortos, pois não diferenciaram o santo do profano entre o imundo e o limpo. Ou seja, a terceira coisa em termos de adoração: A introdução de fogo estranho perante o Senhor, a introdução de fogo estranho no culto.
O culto não é o que eu quero dar para Deus, não tem nada a ver com os meus recursos e os meus méritos. A adoração a Deus tem sua base no segundo mandamento. A adoração não é como eu quero que seja. Deus sempre foi claro. Ele indica o que é aceitável e o que não é, em matéria de culto. O culto é a nossa resposta, no melhor de nossa capacidade, conduzidos pelo Espírito Santo, em resposta ao que Deus fez e tem feito por nós. Isso é o culto de adoração.
O culto de adoração não foi feito para satisfazer os meus gostos, e sim para dar louvor ao meu Salvador e Criador. O culto de adoração não é um momento de entretenimento, um momento de encontro de amigos – isso até acontece, e é muito agradável rever os amigos, não é? Mas isso não é o principal – um grupo de amigos que vem cedo sábado a um encontro social, ouvir música agradável. ouvir uma palestra de autoajuda, dar algum valor monetário como ajuda de custo para a igreja, se abraçar no final da reunião e ir para casa, embevecidos, com a sensação de dever cumprido. Isto não é culto a Deus.
Tempos atrás, assisti uma entrevista do Pr. Dr. Rodrigo Silva e eu achei maravilhosa a definição que lhe deu a respeito da característica do cristão moderno. Lá diz: “O que o cristão moderno procura: um evangelho de serviço, o cristão consumidor, com programações a base de louvor, conjuntos musicais, músicas que mexam com o sentimento e emoção, de preferência com bastante ritmo e sincopada, com versos simples e repetitivos. Prega-se pouco sobre pecado hoje em dia. O cristão moderno quer ser menos sectário, menos minoria, menos incomodado. Ele quer uma religião personalizada, mais parecida com a sua personalidade, e com um Deus que se assemelhe a ele, um culto que fale mais de autoajuda e menos de pecado, um evangelho que lhe traga resolução para seus problemas atuais” (eu quero resolver meu problema de hoje), “relegando a vida eterna e o caminho da porta estreita para um momento secundário; e há muitos cristãos que pensam que talvez o caminho da porta estreita seja um evangelho equivocado, fruto da Leitura fundamentalista que alguns tiveram a respeito da palavra de Deus.”
Antigamente quando o pastor chamava o pecado pelo nome o cristão se arrependia e mudava. Hoje quando o pastor chama o pecado pelo nome, o cristão se ofende e muda de igreja.
Muito se fala hoje em dia, e eu já ouvi muito isso na minha vida, que você tem que ser menos pai e você tem que ser mais amiguinho do seu filho. Isso é uma coisa que sempre me incomodava, até que eu vi um psicólogo, tempos atrás, que ele falou o seguinte:
“Meu filho, eu lhe transmiti a vida, eu lhe dei casa, eu comprei sua comida todos os dias, eu comprei as suas roupas, eu paguei sua escola, eu fiquei sem dormir quando você adoeceu, eu paguei o hospital quando você precisou de tratamento, eu comprei seu tênis quando ele estragou, eu lhe dei a bicicleta quando você mais desejou. Eu chorei com você quando você chorou, eu ri com você quando você estava feliz, eu te apoiei quando você fraquejou. Eu estive ao seu lado em todo momento de sua vida até aqui, e continuarei por você enquanto eu viver. Qual amigo lhe deu lhe deu isto tudo? Portanto não me diminua, não sou seu amigo, eu sou o seu pai.”
Pai é pai, pai não é amiguinho. Deus é Deus, Deus não é amiguinho. Deus não é meu amiguinho de futebol; Deus não é meu amiguinho de bar; Deus não é meu amiguinho de balada; Deus não é meu amiguinho de passeio; Deus não é meu amiguinho de vídeo game. Deus é meu Criador; Deus é o meu Mantenedor; Deus é o meu Redentor. Deus foi capaz de morrer por mim. Ele se fez um de nós, mas Ele continua sendo Deus. Portanto, minha forma de tratar a Deus, adorá-Lo, meu relacionamento com Ele, meu respeito por Ele, transcende minha forma de tratar um amiguinho. A Sua santidade exige uma atitude de reverência, quando nos referimos ou nos dirigimos a Ele. Portanto, muitas vezes eu fico assim extremamente incomodado porque, apesar da riqueza da língua Portuguesa, muitas vezes eu vejo alguém aqui à frente virar para Deus e falar, “você”. “Deus, você…”
Às vezes eu penso, “poxa vida, eu queria ver este camarada lá na frente de um juiz, se ele iria chamar o juiz de “você” ou de “Excelência”. Porque se ele não chamar o juiz, que é um ser humano, de “Excelência”, ele vai ser enquadrado.
Chesterton uma vez disse o seguinte: “O mundo moderno não distingue entre questões de opinião e questões de princípio; e acabará por tratar ambos, opinião e princípio, como meras questões de gosto.
Hoje o mundo acho o seguinte: princípio ou opinião, é tudo a mesma coisa, uma questão de gosto. Hoje, em parte por causa disso, muitos dos nossos sermões estão na classe da autoajuda, com citações de escritores, filósofos, sociólogos não cristãos ou cristãos com visão hermenêutica diversa do nosso movimento, com conceitos humanistas, teologia da libertação, defesa do fraco e oprimido, sem ênfase na visão vertical, que dá sentido à atuação horizontal do evangelho. Você quer que tenha sentido a tua orientação horizontal evangelho? Primeiro lugar firme-se no sentido vertical.
Eu sou do tempo em que nos cultos nós cantávamos hinos – e eu fico chateado porque hoje em dia a gente canta canção. No protestantismo os grandes hinos que refletem um período centrado em Deus foram substituídos por algo que às vezes pode ser descrito como imitações de propaganda de televisão. Hoje considera-se que os hinos clássicos do Hinário são difíceis, mas na maioria dos casos eles são até mais fácil de cantar. Haja visto e o que foi cantado antes do sermão; lindíssimo…
Mas é muitas vezes arrogância em relação às coisas do passado e o desconhecimento da teologia contida nesses hinos com que faz que sejam relegados a segundo plano. Enquanto os hinos clássicos focalizam em Deus e Suas obras salvíficas, muitos dos cânticos de louvor contemporâneo são subjetivos, focalizando apenas no sentimento humano.
Há muito de errado com o culto motivado por sentimentos e emoções. A música sacra deve ser rigorosamente analisada, porque ela não foi feita simplesmente para o nosso entretenimento. Ela é feita para adorar a Deus. Adoração não é uma apresentação para nos divertir. É por isso que a distinção entre secular e sagrado deve ser mantida. O que é secular é feito para eu me agradar e o que é religioso, espiritual, sagrado, é feito para agradar a Deus.
Tempos atrás o pastor Tércio de Sarli me mandou com dedicatória esse livro: “Posso Crer no Amanhã”. Então, esse livro conta histórias inspiradoras dos grandes hinos a fé cristã. E lendo este livro eu achei um trecho que eu gostaria de citar:
Diz ele, não eu: “Há uma certa tendência, hoje, de substituir os grandes hinos da herança cristã-evangélica por cânticos e corinhos de menos densidade bíblica e espiritual. Estes cânticos e corinhos, quando feitos de acordo com os princípios da boa música, têm também o seu lugar de importância, mas é preciso usá-los dentro dos limites e momentos próprios.”
“O professor e maestro evangélico Godofredo dos Passos ilustra de forma interessante o uso apropriado tanto dos hinos, como dos corinhos. Escreve ele: ‘em banquetes, não é natural ou aceitável servir saquinhos de pipocas em lugar de alimentos de melhor qualidade. Nada contra saquinhos de pipoca ou os corinhos e cânticos, mas que sejam usados em hora e circunstâncias apropriadas. E o bom senso cristão nos ajuda a discernir um do outro. Os cultos de adoração e as reuniões solenes, no entanto, requerem hinos dos mais elevados conteúdos musicais e teológicos, para o adequado louvor a Deus e avivamento da fé dos fiéis.’”
Uma outra prática que a gente tem visto nos nossos cultos – e não nessa igreja, mas algumas igrejas – é o hábito, que está entrando, de bater palmas após apresentação de um grupo musical ou de uma música. O aplauso durante o culto sagrado altera o foco da ligação e vertical – de Deus – para uma linha horizontal. Seculariza-se o Sagrado. Bater palmas é um indicador do nosso conceito variável da grandeza de Deus.
Todo o serviço do santuário israelita foi planejado para criar respeito pela santidade de Deus. Qualquer coisa que fosse introduzido fora do que Deus havia determinado, era considerado fogo estranho. Deus disse a Moisés: “Serei santificado naqueles que se cheguem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo.” (Levítico 10:3). Portanto, a santidade de Deus, ela deve ser refletida no povo através de sua atitude, isso no momento de adoração.
Em Ezequiel 22, versículo 26 nós lemos: “Os meus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem” (os sacerdotes!) “não fazem diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro.” Esse é um chamado à liderança da nossa igreja; aos sacerdotes, aos pastores. Que tipo de fogo estranho está sendo colocado nas nossas igrejas, na música?
Os Adventistas do Sétimo Dia entendem que na conclusão do Grande Conflito a adoração é o assunto principal. Sabemos que a batalha final se travará em relação a uma marca, um sinal, e nós acreditamos que isso é um dia: o sábado. Mas nós devemos entender, no entanto, que Deus também se importa não só com um dia, mas com a forma de adoração. Bater palmas tem parecido inofensivo, mas é o início do processo secular; o próximo passo vai ser gritar, assobiar, bater palmas, ritmar com o pé. e assim por diante.
As pessoas aplaudem o que mexe com elas, o que faz sentir bem. O aplauso é resposta ao grau do entretenimento que foi ofertado. Se as palmas são para os artistas e as suas performances, perdemos o rumo da adoração, que tem o propósito de dar honras e glórias a Deus.
Se você for à Bíblia, você vai ver que tem três versículos que falam a respeito de palmas:
- Salmo 47:1, 2 – “batei palmas com as mãos, todos os povos; cantai a Deus com voz de triunfo, [porque o Senhor Altíssimo é tremendo, e Rei grande sobre toda a Terra]”.
- Salmo 98:8 – “os rios batam palmas, e juntos cantem de jubilo os montes, [na presença do Senhor, porque Ele vem para julgar a Terra; julgará o mundo com justiça e os povos com equidade]”.
- Isaías 55:12 – “[saireis com alegria e em paz sereis guiados;] os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores baterão palmas.”
Portanto, a introdução de palmas para apresentações dentro da nossa igreja não foi produzida como resultado de uma pesquisa com oração na Bíblia e no Espírito de Profecia; veio, como tantas outras coisas têm vindo, pelo desejo de moldar-se segundo outras igrejas
Em Salmo 46:10, lemos: “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus”.
Em função da vida moderna, não é fácil você encontrar um lugar calmo, de paz, quieto, longe do passo rápido, onde Deus pode acalmar a minha mente preocupada. Parece no mínimo razoável que este local deveria ser a igreja.
Há tempos eu tenho entrado algumas igrejas e tenho me incomodado com o volume do som, da música. Daí eu tive a pachorra de outro dia baixar um decibelímetro para o meu celular. Tô ficando velho, não é? Mas toda vez que um grupo, os grupos musicais se apresentam, especialmente em uma determinada igreja, e a intensidade sonora é em torno de 93 a 95 decibéis. Isso equivale a você estar a um metro de um martelo pneumático quebrando asfalto. Essa é a intensidade sonora, dentro da igreja.
A OMS preconiza que o índice de intensidade sonora nunca devia passar de 50 decibéis [Errata: O valor correto é de 75 dB.] E a gente entender: de 50 para 95, é uma escala logarítmica, multiplica por 10 a cada número que sobe.
E o que dizermos dos shows gospel que estão entrando na nossa igreja? Não vou falar sobre isso; eu já vou apanhar o suficiente pelo que disse até agora.
Existe um capítulo em Testemunhos Seletos [Errata: O correto seria Testemunhos Para a Igreja] do volume 5, capítulo 55 – que eu acho que todos nós, como Adventistas, como crentes, como cristãos, devemos ler e entender – que fala a respeito do comportamento da casa de Deus.
Tempos atrás eu estava na igreja esperando, veio uma senhora e sentou 3 fileiras à minha frente – eu vi pelo aspecto dela, não era adventista – ela entrou, se ajoelhou – não tinha começado o serviço – ela se ajoelhou e ficou uns cinco minutos orando. Enquanto isso toda a minha fileira aqui, rindo, brincando… chegou um garoto para o outro cumprimentou batendo palma, fez aquela batida de mão… O som, que deveria ser um ambiente calmo, estava num som alto, perto dos 90 decibéis. Eu falei: gente, quem está certo? Eu ou aquela senhora? E a minha angústia é a seguinte? quanto tempo mais ela vai vir aqui e ver que…
No capítulo 55 [do livro Testemunhos Para a Igreja, v 5] nós temos uma série de orientações: “Para a alma crente e humilde a casa de Deus na Terra é como que a porta do céu.” Aqui é a porta do céu.
“Houve uma grande mudança, não para melhorar, mas para pior, nos hábitos e costumes do povo com relação ao culto religioso. As coisas sagradas e preciosas, destinadas a ligar-nos com Deus estão quase perdendo sua influência sobre a nossa mente e coração, sendo rebaixadas ao nível das coisas comuns. A reverência que o povo antigamente revelava para com santuário, onde se encontrava com Deus em santa adoração, quase deixou de existir. Entretanto Deus mesmo deu instruções para o seu culto, elevando-o acima de tudo quanto é terreno.”
“A casa é o santuário da família; a igreja é o santuário da congregação. Devem aí existir regulamentos quanto a tempo, lugar e maneira de adorar. Nada do que é sagrado, nada que está ligado à adoração de Deus deve ser tratado com negligência ou com indiferença” (Espírito de Profecia).
“Quando os adoradores entram na igreja devem guardar a devida compostura e tomar silenciosamente o seu lugar”.
“Conversas vulgares, cochichos e risos não devem ser permitidos na igreja, nem antes nem depois das reuniões.” Você quer conversar, quer ficar feliz, sai, vai lá, encontre o seu irmão.
“Se faltam alguns minutos para o começo do culto, devem eles entregar-se à devoção e meditação silenciosa, elevando a alma em oração a Deus afim de que a adoração se torne para eles uma benção espiritual (…).” Para você receber a benção espiritual, você tem que se preparar antes. O culto, ele não vai te preparar. Você tem que estar preparado para conseguir entender.
“Os cochichos, risos e conversas, que se poderiam admitir em qualquer outro lugar, não devem ser permitidos na casa em que Deus é adorado.”
“Todo o culto deve ser efetuado com solenidade e reverência, como se fora feito na visível presença o próprio Deus.” Nós acreditamos que está aqui? Sim. Mas nós agimos como se Ele estivesse aqui? Não. Então qual é o problema? Qual é o problema que tem comigo?
“Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões; ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida.” Às vezes é uma criança que começa a berrar, berrar, berrar no meio do da congregação, a mãe não levanta, a mãe não tira, e a criança fica berrando e as pessoas ficam desviados da sua atenção, no momento em que provavelmente o pregador estivesse falando a coisa mais importante para muitos daqueles que estão ali.
Às vezes, “são moços e moças que revelam tão pouco respeito pela adoração e pela casa de Deus, que se entretém a conversar durante a pregação” [inteira].
“Deus e os anjos têm sido desonrados em algumas igrejas pelas risadas barulhentas e irreverentes (…).”
“Pais, exaltem o padrão de cristianismo na mente de seus filhos (…), ensinando-os a ter maior respeito pela casa de Deus e a compreender que quanto entram ali devem fazê-lo com o coração comovido” (…). Muitas vezes os pais têm uma atitude dentro da igreja que não é condizente e automaticamente estão passando isso para seus filhos, tá?
Muitos “estão esquecidos do próprio dever como pais e instrutores de que, como Abraão, devem ordenar sua casa após si, para que guardem o caminho do Senhor.” O seu filho faz o que você faz. O seu filho respeita o que você respeita.
“O sentimento moral dos que adoram a Deus no Seu santuário tem de ser elevado, apurado e santificado. Esse assunto tem sido deploravelmente negligenciado. Sua importância [tem sido passada por alto e como resultado, desordem e irreverência] passaram a imperar e Deus é desonrado.”
Outro ponto importante que a irmã White diz é a respeito da crítica ao pregador. Estou falando isso não porque eu serei criticado, mas muitas vezes o pregador fala, às vezes faz um deslize, assim que chega em casa a primeira coisa que se faz, pai e mãe começam a conversar e falar as falhas do pastor, e os filhos vêm a compreender essas coisas muito mais facilmente do que os pais imaginam.
Em I Crônicas 16:29 diz o seguinte: “Tributai ao Senhor a glória devida a Seu nome; trazei presentes, e vinde perante Ele, adorai ao Senhor vestidos de trajes santos.”
Diz o Espírito de Profecia: “Sinto-me muitas vezes penalizada quando entro na casa em que Deus é adorado e noto ali homens e mulheres em trajes desordenados.”
“Muitos penetram na casa de Deus sem tirar o chapéu, e com a roupa suja e em desalinho. Essas pessoas não reconhecem que aí vão encontrar-se com Deus e os santos anjos. Uma reforma radical a esse respeito é necessária em todas as nossas igrejas.”
Tão incorreto como você jogar bola de terno e gravata ou com uma roupa social, é vir para o culto é às vezes para o púlpito com uma roupa que você usaria em uma quadra ou numa atividade secular. Até entre o mundo existem regras de vestimenta etiqueta, que são distinguidos e até exigidas, não é? Uma roupa casual, um esporte fino, uma roupa social, black-tie, gala, ou rigor.
A forma e a postura como nos apresentamos um culto de adoração dizem do nosso reconhecimento de que estamos em terra santa. Deus está presente. Moisés teve que tirar a sandália no deserto, porque Deus estava presente. Às vezes muitos nós vimos aqui à frente com uma roupa comum, mais comum… Às vezes até pessoas que são obreiros vem com um tênis uma calça jeans daquela toda estragada, uma camiseta, querendo passar uma imagem descolada para os jovens ao invés de vir aqui a frente vestido melhor; porque eles querem passar para eles que eles são descolados, que eles querem ser iguais aos jovens para os jovens se sentirem bem. Mas na realidade nós aqui precisamos apresentar para os jovens o seguinte: o que é pra Deus é diferenciado.
Se eu não pude me arrumar para vir a igreja, lógico, eu devo ir como eu vim; saí do trabalho, eu não pude me arrumar, eu vim. É preferível vir que não vir. Mas é indesculpável vir perante Deus de qualquer maneira, se eu tive a oportunidade de me preparar para a adoração.
“A menos que aos crentes sejam inculcadas ideias precisas acerca da verdadeira adoração e da verdadeira reverência, prevalecerá entre eles uma crescente tendência para nivelar o que é sagrado e eterno ao que é comum.”
Nós somos servos de um Deus santo, poderoso, criador, mantenedor, redentor. Através do Seu sacrifício, da Sua morte, nós temos direito à vida eterna. Quando eu olho o mundo, quando vejo o universo, que é o homem para que dele se se lembre Deus? Nós somos muito pequenos, mas o nosso valor é o mesmo valor da vida de um Deus, porque ele teria vindo morrer por mim ou por você, se só existíssemos nós como pecadores.
Que nós não nos percamos com as filosofias e o que a Sociologia ensina. Que nós não nos percamos numa religião humanista. Que nós lembremos a cada momento da santidade que é o nosso Deus. Que nós venhamos aqui a cada sábado ou a cada reunião de adoração, e que nós honremos e adoremos ao nosso Deus da forma como Ele quer e da forma como Ele nos instruiu.