A Adoração

Verdadeira x Falsa Adoração

por: Gilberto Theiss

“SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus” (I Reis 18:37). Esta surpreendente história, muito conhecida, é uma das marcas mais destacáveis da verdadeira e falsa adoração. Deus não necessita de euforia, gritaria, músicas dançantes e muito menos de emocionalismo e barulho para estar presente e operar no meio do seu povo. Há pessoas que acreditam que, quanto mais barulho, maior será o poder. Ledo engano, pois são as latas vazias que mais fazem barulho. A maneira como Deus agiu no monte Carmelo pode nos indicar algumas diferenças que permeiam a verdadeira e falsa adoração. Observe:

1º Se baseia na verdade – Uma vida em erro proposital não é capaz de mover o braço de Deus a nosso favor. O Espírito Santo é sempre concedido ao homem de coração contrito, sincero e desejoso em fazer a vontade Deus – independente de qual seja ela.

2º Se baseia na sinceridade, munida da vontade de Deus. A sinceridade não anula a obediência e a necessidade de retidão e integridade. A sinceridade não bonifica escolhas contrárias à vontade de Deus. Minha sinceridade não outorga o selo de aprovação ao tipo de música que me agrada ou comportamento e lugares que frequento seguindo minha própria vontade e gosto e inclinação.

3º Se baseia na solenidade, e os aspectos emocionais não suplantam os racionais. Não é o êxtase emocional que nos favorece a receber o poder ou a presença do Espírito Santo. Na verdade, quem se utiliza desses métodos são as religiões pagãs. Este tipo de culto pode ser visto inclusive no confronto no monte Carmelo onde os profetas de Baal gritavam e dançavam em volta do altar. Perceba que Elias, ao contrário dos profetas de Baal, recebeu a atenção de Deus apenas por uma simples e reverente oração silenciosa.

4º Deve refletir as determinações, ensinamentos e vontade de Deus. A maior diferença entre verdadeira e falsa adoração é que a primeira se baseia na vontade de Deus em detrimento da vontade e determinação humana. O que teria acontecido se Moisés tivesse se recusado a retirar as sandálias e entrado na presença do Senhor com elas nos pés? O que teria acontecido se o povo de Israel não tivesse passado o sangue nos umbrais? O que teria acontecido caso o povo tivesse se recusado a erigir o santuário de acordo com o modelo que fora mostrado? Nossa vontade, sabedoria, gostos e convicções devem ser subordinados inteiramente à vontade de Deus – isto é verdadeira adoração na vida prática e na devoção cultual.

Pense nisso!


Fonte: adaptado de Reavivamento e Reforma, p. 208


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