Ó, Vem a Jesus
Letra: Samuel O’Malley Gore Cluff (1837-1910)
Título Original: I Am Praying for You
Música: Ira David Sankey (1840-1908)
Texto Bíblico: Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. (I João 2:1 e 2)
Observação: Samuel O’Malley Gore Cluff também conhecido pseudônimo de Samuel Clough
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1. Jesus lá no Céu, já de glória revestido,
O meu Advogado Se constituiu;
E sempre sustenta e defende o redimido;
Oh, podes dizer que também te remiu?
Coro:
Ó, vem a Jesus! Ó, vem a Jesus!
Eterna ventura terás pela cruz!
2. Minh’alma tem paz, tudo é calmo como um rio;
É paz que no Céu tem o seu manancial;
Foi Deus quem ma deu, por Jesus em quem confio.
E tu, inda não tens a paz divinal?
3. Um manto tão alvo a mim foi outorgado,
Lavado no sangue do meu Redentor!
O crente em Cristo, por Deus é perdoado;
Também tu serás, crendo já no Senhor!
4. Morada já tenho com todos os remidos,
Um lar preparado na casa de Deus;
Ali não há morte, nem mágoas, nem gemidos;
Terás tu também um lugar lá nos Céus?
Este é um dos melhores cânticos evangélicos, tendo uma mensagem sincera de apelo para o perdido aceitar o Salvador. As palavras foram encontradas por Ira D. Sankey, enquanto estava na Irlanda com Dwight L. Moody, em 1874. Pouco se sabe sobre o autor, Samuel O’Malley Cluff. Sabe-se que Cluff era um clérigo irlandês da Igreja Estabelecida e deixou-a para se filiar à irmandade Plymouth.
Ira David Sankey nasceu a 28 de agosto de 1840 em Edinburg, Pennsylvania.
Enquanto jovem, Sankey serviu na Guerra Civil Americana. Com freqüência, ajudava a unidade de Capelania e dirigia seus companheiros soldados no cântico de hinos. Depois da guerra, foi trabalhar com o Internal Revenue Service, e também Associação Cristã de Moços (YMCA). Tornou-se conhecido como cantor evangelístico e, eventualmente, chamou a atenção do evangelista Dwight Lyman Moody. Os dois encontraram-se em uma convenção da YMCA em Indianapolis, Indiana, em junho de 1870. Alguns meses mais tarde, Sankey assistiu à sua primeira reunião evangelística com Moody, e demitiu-se de seu trabalho como funcionário público logo em seguida.
Em outubro de 1871, Sankey e Moody estavam no meio de uma reunião de reavivamento, quando o iniciou-se Grando Incêndio de Chicago. Os dois homens escaparam por pouco da tragédia que se seguiu. Sankey observou a cidade queimar de dentro de um barco a remos, ao largo do Lago Michigan.
O nome de Sankey é bem conhecido; foi um cantor evangélico talentoso que, associado a Dwight L. Moody, foi instrumento para alcançar muitas almas através do Evangelismo do Canto. O Sr. Sankey era modesto, embora mostrasse grande talento no canto. Diz ele:
“Não sou músico; nem cantor; nunca fui ensinado a cantar; nem há arte no meu canto. Nunca executo porém, um cântico que não fale a mim em cada palavra e frase. Antes de cantar tenho que sentir, e o cântico tem de ser de tal qualidade que eu saiba que posso transmitir o que sinto aos corações daqueles que ouvem. Encontro muito mais dificuldade em conseguir boas palavras, do que boa música. Nossas melhores palavras vem da Inglaterra; a música que melhor se adapta ao nosso propósito, vem da América. Os compositores ingleses, aparentemente, não se preocupam em escrever cânticos simples como nós necessitamos. Podemos ter muitos cânticos de estilo amplo e firme, mas apesar destes serem úteis uma vez ou outra, nossos cultos não poderão ser beneficiados com o uso deles apenas.” -John S. Curwin, “Studies in Worship Music” (Estudos Sobre a Música de Adoração), Second Series, 1885.
Sankey reconhecia, como o faz todo obreiro evangélico, que a igreja necessita de diferentes espécies de cânticos e hinos. Todo cântico deveria ser estudado cuidadosamente e ser determinada sua conveniência para a ocasião a que se destina. Este cântico é apropriado para solo, número de coro, bem como cântico congregacional.
Sankey compôs mais de 1.200 cânticos durante a sua vida. Ele ficou cego, por causa de glaucoma, nos últimos cinco anos de sua vida e, sem dúvida, encontrou ânimo para seu espírito em sua amiga e parceira, a escritora de hinos cega Fanny Crosby. Sankey morreu em 13 de agosto de 1908.
Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical Adventista
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