O Dia Não Sei
Letra e Música: Franklin Edson Belden (1858-1945)
Título Original: We Know Not the Hour
Texto Bíblico: Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. (Mateus 24:36)
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1. O dia não sei do regresso do Esposo,
Porém os sinais vêm encher-me de gozo,
Pois presto virá esse evento glorioso,
Mas o dia não sei.
Coro:
Cristo vem; vigiemos, oremos;
Ele vem; Aleluia! Aleluia!
Sobre nuvens virá,
Com os anjos da glória,
Mas o dia não sei.
2. Os crentes verão, pela Santa Escritura,
Que não tardará nossa eterna ventura.
Olhemos, então, para a glória futura,
Mas o dia não sei.
3. Orar, vigiar, eis a necessidade;
Bem firmes os pés na bendita verdade.
Descanso haverá na celeste cidade,
Mas o dia não sei.
Franklin Edson Belden nasceu em Battle Creek, Michigan, a 21 de março 1858 e foi o mais velho dos cinco filhos que nasceram a Stephen and Sarah Belden. Sarah era a irmã mais velha de Ellen White, uma pioneira da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Grande parte da educação de Franklin foi obtida no Colégio de Battle Creek.
Por volta de 1876, quando tinha dezoito anos de idade, a família de Belden mudou-se para a Califórnia, juntamente com seu pai, sua madrasta e Tiago e Ellen White, seus tios, onde começou a compor. Por causa de problemas de respiratórios, mudou-se mais tarde para o Colorado, onde conheceu e casou-se, em 1879, com Harriet MacDearmon, que também era musicalmente talentosa.
O casal voltou a Battle Creek no início da década de 1880, onde Belden ligou-se à Review and Herald Publishing Company, uma editora mantida pelos Adventistas do Sétimo Dia. Ele e Edwin Barnes serviram como editores de música do Hymns and Tunes (Hinos e Cânticos), que foi publicado em 1886. Belden também colaborou com seu primo, J. Edson White, em vários livros de cânticos. Por algum tempo, serviu como diretor geral da Review and Herald. Ele permaneceu na obra Adventista até 1910, quando começou a escrever músicas para o evangelista Billy Sunday.
Uma discórdia surgiu entre Belden e a Review and Herald, acerca dos direitos autorais do hinário Hymns and Tunes. Foi relatado que Belden era ganancioso e queria o dinheiro. Na verdade, o acordo com a Conferência Geral em 1886 era que a sua parte dos direitos autorais deveria ir para o trabalho das missões. Quando a Review and Herald assumiu os direitos do hinário, Belden não quis que a sua parte fosse para a casa publicadora. O assunto nunca se resolveu completamente. Desiludido, separou-se da obra da igreja, mas não “abandonou seu comprometimento com a igreja ou com o Senhor”. Embora os últimos dias de Belden tenham sido maculados por mal-entendidos com a liderança da igreja acerca de seus direitos autorais, depois de sua morte todas seus papéis, composições e manuscritos foram doados para o Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia.
O gênio poético e musical de Belden era demonstrado por sua prática freqüente de escrever um cântico que combinasse com um sermão enquanto este ainda estava sendo apresentado. Ele e sua esposa sentavam-se no coro; ali ele apanhava o texto bíblico do sermão como tema e, captando a exposição do pregador, escrevia a letra do hino. Em seguida compunha a música e, ao término do culto, ele e a esposa cantavam o hino recém composto como o hino final. Christ in Song (Cristo em Cânticos), publicado em 1900 é a mais reconhecida contribuição de Belden à hinodia Adventista do Sétimo Dia. O Hinário Adventista brasileiro inclui treze hinos compostos por ele, letra e música e mais quatro músicas suas para textos escritos por outros autores, além de uma letra musicada por outro compositor; isto é mais do que qualquer outro colaborador adventista.
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