Ó Vem, Emanuel!
Letra: Autor Desconhecido
Título Original: Veni, veni, Emmanuel
Música: Autor Desconhecido
Texto Bíblico: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco. (Mateus 1:23)
Observaçao: Combinação de várias antífonas antigas, possivelmente no século 12; recebeu o título O Come, O Come, Immanuel ao ser traduzido do Latim para o Inglês por John M. Neale, tendo sido publicado em Mediaeval Hymns, de 1851. A melodia é um canto gregoriano medieval, parte de um processional cantado por freiras franciscanas francesas, para o hino funeral Libera me; arranjada por Thomas Helmore e publicada em Hymnal Noted, parte II (Londres, 1856).
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1. Ó, vem, ó, vem, Emanuel,
E salva o aflito Israel
Que chora o exílio em seu viver
Até Jesus aparecer.
Coro:
Cantai! Cantai! Emanuel
Virá a vós, ó Israel!
2. Sabedoria que é do além,
Ordena tudo aqui também!
O bom caminho, vem mostra;
E como nele sempre andar.
3. Ó Desejado das nações,
Unidos faze os corações.
Do mundo vem tirar o mal
E dar-lhe a paz celestial.
As estrofes deste hino são uma chamada a que o Messias venha como “Emanuel” (que significa “Deus Conosco”) para libertar seu povo. Está baseada na profecia de Isaías 7:14. O texto é derivado de antigas antífonas [1] latinas usadas na época do Advento.
A versão inglesa (da qual foi feita a tradução) é de John Manson Neale (1818-1866), escrita em 1851. Neale foi um dos maiores hinólogos do século XIX. Deu a riqueza da hinodia medieval ao mundo de fala inglesa e descobriu a hinodia da igreja Grega, transformando-a em hinos modernos. Através dele, muitos destes hinos antigos, latinos e gregos, chegaram à hinodia mundial.
Apesar de sua saúde precária e de sua pobreza, Neale foi um lingüista erudito prolífico e produziu livros e hinários, entre outras obras.
João Wilson Faustini traduziu a versão de Neale para o português em 1953 e 1960, publicando-o na coletânea Os Céus Proclamam, volume III, em 1970 e no hinário Bilíngüe Seja louvado, em 1972.
A melodia VENI EMMANUEL (Vem Emanuel), é do século XV. Foi retirada de um antigo cantochão [2] gregoriano e usada como processional.
Bibliografia: CRISTÃO, hinário para o Culto-Notas históricas – Edith Brock Mulholland (Compiladora)-Rio de Janeiro :JUERP, 2001
Notas:
[1] Antífona: Curto versículo bíblico cantado antes ou depois de um salmo ou cântico; Uma antífona processional é uma peça relativamente extensa, de caráter narrativo, entoada durante procissões em certas festividades como Domingo de Ramos.
[2] Cantochão: Melodia sem acompanhamento em que são cantados os textos da liturgia católica romana [e outras igrejas protestantes]. A modalidade tradicionalmente adotada é o canto gregoriano, cuja ligação com o papa Gregório I que reinou em 590-604, é em parte nominal (…) Um tipo mais simples de cantochão é o canto ambrosiano, por ter sido atribuído a sua criação ao ancião da igreja, Ambrósio. Em sua aparente simplicidade, esses cantos são a primeira grande manifestação artística da Idade Média; e, em sutileza melódica e rítmica [não há compassos indicados], nunca foram ultrapassados.
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