(Falsas) Estratégias de Crescimento para a Igreja

Pragmatismo na Igreja – Capítulo 5

por: Mac Dominick

Pragmatismo na Igreja – Uma Religião Orientada Para Resultados: Uma Apostasia com Propósitos

O Movimento Carismático

Os fatores que contribuíram para formar aquilo que veio a ser a Religião Orientada Para Resultados não apareceram da noite para o dia. Os capítulos anteriores descreveram os eventos desde os primórdios da igreja que se tornaram aspectos fundamentais da moderna Religião Orientada Para Resultados. À medida que os componentes remanescentes são colocados para formar o quadro completo, deve-se avaliar meticulosamente todos os principais movimentos religiosos, não somente aqueles que estão baseados de maneira geral no cristianismo, mas particularmente entre os da “Grande Comunidade Evangélica”. Lembre-se disso, mesmo que o perigo manifesto do Ecumenismo tenha entrado em hibernação com o crescimento exponencial do fundamentalismo no fim dos anos 60, vê-se, entretanto, que por volta de 1975 o declínio do fundamentalismo já tinha iniciado e a verdadeira igreja estava abertamente vulnerável aos ataques de um engano em grande dimensão. Lúcifer estava muito atento quanto a essa vulnerabilidade e nos anos 70 iniciou aquilo que ficaria conhecido como a “Era do Engano”. Esse engano foi caracterizado pela entrada dos princípios panteístas nos anos 60 que, em meados dos anos 70 foi infundido com “termos cristãos” e, eventualmente, culminará na Religião do Mundo Unificado do Anticristo. Um fator importantíssimo que colaborou para esse engano foi a “Segunda Onda” do Movimento Carismático!, que se alastrou e começou a permear os círculos evangélicos e fundamentalistas. Embora as raízes do Movimento Carismático não estejam “baseadas na Bíblia”, como é ilustrado no exemplo a seguir, os perigos se estendem muito mais profundamente do que se possa imaginar.

O pastor Burns notou o homem idoso com uma inquietação ansiosa. O pastor era o primeiro a admitir que aquele tivesse sido um culto muito incomum – afinal de contas era a primeira vez que a igreja testemunhava a manifestação dos “dons de línguas”, mas com a “interpretação de línguas”. Ele achava que todos os requisitos bíblicos tinham sido satisfeitos. Logo após a arenga de Roger Simpson tê-lo rendido imóvel no chão, Norm Turner interpretou as maravilhosas obras de Deus, descritas numa “linguagem angelical”, desconhecida dos ouvidos da mesmerizada congregação.

O pastor Burns podia perceber facilmente que aquele senhor idoso, que agora permanecia atrás do local onde o pastor costumeiramente cumprimentava as pessoas no fim do culto, não iria elogiá-lo pela “grande renovação espiritual” que ocorrera naquele culto singular. Esse senhor, entretanto, não era um membro comum da Igreja Batista do Calvário. Era um homem que tinha servido a Deus nas tribos dos caçadores de cabeças da Nova Guiné por mais de quarenta anos. Sua experiência e sabedoria eram reconhecidamente preciosas ao pastor Burns, e ele certamente não poupava palavras para aconselhar o pastor em certos assuntos que punham em risco a verdade da Palavra de Deus.

O pastor Burns podia ver o fogo nos olhos do homem naquela ocasião, e recebeu seu firme aperto de mão em antecipação a uma severa repreensão. Entretanto, nem mesmo o pastor pôde prever o que estava prestes a ouvir.

“? O senhor sabe, pastor Burns, passei muitos anos entre as tribos selvagens das florestas da Nova Guiné. O poder dos lacaios demoníacos era abertamente manifesto entre aquelas pessoas e espíritos malignos dominavam os corações e as mentes de tribos inteiras. Com base na minha experiência ali, digo que o senhor deve pôr imediatamente Simpson e Turner para fora da igreja.”

“? Irmão Adams, compreendo que existem aqueles que ensinam que as línguas não são para agora – e assim as deixam fora da igreja… Mas o que isso tem que ver com a Nova Guiné?”

“? Pastor, Roger Simpson falou exatamente no idioma de uma das tribos que procurei evangelizar; e as palavras que ele disse foram as mais vis blasfêmias contra nosso Senhor Jesus Cristo que já ouvi em minha vida!” [1].

Conceitos Básicos do Movimento Carismático

O Senhor Jesus Cristo advertiu claramente em João 8:44 que Lúcifer é mentiroso. Ele não somente espalha mentiras para toda a humanidade, mas também, como ilustrado anteriormente, seus falsos ensinos semeiam mentiras entre os cristãos da igreja. No início do século XX, Lúcifer começou a repetir as mesmas antigas mentiras que deram tão certo em seu plano no passado. Entretanto, sabendo que seu tempo é curto, levou sua estratégia apenas um passo à frente. Essas mentiras tornaram-se muito transparentes conforme o tempo passa, mas as massas crédulas da humanidade ainda parecem cair nas mesmas velhas mentiras. Algumas delas são:

  1. O homem é um deus.
  2. O homem pode se tornar um deus.
  3. O homem pode se tornar como Deus.
  4. A fé é uma “lei” ou “força”, que pode ser ativada por qualquer pessoa – cristã ou não.
  5. A habilidade de realizar milagres, sinais e maravilhas é um talento intrínseco em nós; precisamos apenas aprender as técnicas para ativar as leis espirituais em que a fé está baseada.
  6. Deus está preso a essas leis espirituais, e deve responder a qualquer pessoa – mesmo aos seus piores inimigos – que usa tais conhecimentos.
  7. Como “deuses” (“seres divinos”), temos o “direito divino” à saúde e à prosperidade.
  8. Jesus é o nosso “irmão mais velho”, que dominou as leis espirituais da natureza e é, portanto, nosso exemplo para que façamos o mesmo.
  9. O homem pode se tornar espiritual e fisicamente perfeito quando aprende a dominar essas leis espirituais.
  10. O Reino de Deus será estabelecido na Terra quando um número suficiente de pessoas tiver se aperfeiçoado. [2].

Nenhuma dessas afirmações é verdadeira, mas essas são exatamente o alicerce em que se baseiam as modernas teologias carismática e do domínio. As notáveis celebridades carismáticas da atualidade – Benny Hinn, Kenneth Copeland e Kenneth Hagin estão expondo filosofias e doutrinas mais parecidas com o panteísmo, misticismo oriental e ocultismo do que com o cristianismo. Por exemplo, sabe-se que Benny Hinn (foto 1) esteve nos túmulos de carismáticos famosos da primeira onda, entre eles Aimee Semple McPherson (foto 2) e Kathryn Kuhlman (foto 3) para receber uma unção de seus ossos [3]. Essa prática macabra e paranormal não é nada nova. Embora pareça ser uma prática originada por Mary Shelley, a autora de Frankenstein, na verdade, Adolf Hitler enviava suas tropas de elite SS para o cemitério com suas mulheres para conceberem filhos sobre os túmulos de personagens famosos da raça ariana. Ele acreditava que o espírito de uma criança concebida receberia uma unção especial dos ossos daqueles que jaziam nos túmulos. Essa prática paranormal e ocultista é agora repetida mecanicamente pelo famoso pastor e escritor carismático. Mesmo com ações inimagináveis e luciferianas como essa, o Movimento Carismático cresceu em três ondas, que progrediram de maneira gigantesca durante todo o século XX.

As Origens do Movimento Carismático

Na virada para o século 20, ninguém no mundo usava os termos pentecostal ou carismático para descrever sua doutrina de fé teológica. Isso não quer dizer que não houvessem aqueles no passado que “falavam em línguas”, chamando a si mesmos de “curandeiros da fé”, ou que utilizavam os “manifestos sinais e maravilhas”. Na verdade, tudo isso era esporadicamente evidente nas religiões pagãs e nas seitas ocultistas desde os tempos do Antigo Testamento. Entre os mais notáveis que exerciam os métodos dos modernos carismáticos estava Joseph Smith e outros na hierarquia no início do mormonismo. O próprio Joseph Smith descreve:

“… Em uma de nossas entrevistas, o irmão Brigham Young e John P. Greene falaram em línguas, … e eu mesmo recebi o dom (Joseph Smith, History of the Church, Volume 1, págs. 295-97). Duas das mais de quarenta mulheres de Joseph Smith escreveram sobre suas experiências de falar em línguas. Foram elas Mary Lightner e Zina Huntington… Zina ‘recebeu o dom de línguas’. Mais tarde, num povoado dos mórmons em Kirtland, Ohio, ela ‘recebeu o dom de interpretação‘ (Andrew Jenson, LDS Biographical Encyclopedia, 1951, vol 1, pág. 697). Mary Lightner testificou: ‘Oliver Cowdery, John Whitmer e Thomas B. Marsh freqüentemente falavam em línguas ao pregarem às pessoas no dia do descanso… Uma noite os irmãos vieram à casa do tio para discutirmos a respeito dasrevelações que ainda não haviam sido passadas para o papel. Enquanto eles estavam conversando, ficaram cheios com o espírito e falaram em línguas. Então, fui chamada para interpretar as línguas. Senti o espírito que estava ali num instante” (“Mary Elizabeth Rollins Lightner, “The Utah Genealogical and Historical Magazine”, 17 de julho de 1926).” (ênfase adicionada) [4].

Alguns pontos muito interessantes dessas citações precisam ser observados em detalhes:

  1. A doutrina mórmon NÃO É CRISTÃ. Os mórmons ensinam que todos os seres humanos nasceram como espíritos-filhos de Deus e de suas mulheres. O filho mais velho se tornou conhecido como Jesus, e o segundo mais velho como Lúcifer. Conforme os espíritos-filhos conquistaram determinadas posições no mundo espiritual, ganhavam um corpo e nasciam no mundo físico. Aqueles que seguem os ensinamentos da Igreja Mórmon e se casam em um Templo Mórmon se tornarão um “deus” ou a esposa de um “deus” e conceberão espíritos-filhos que se manifestarão fisicamente em seus próprios planetas. Essa doutrina nem mesmo se assemelha com os ensinos da Palavra de Deus, mas tem suas raízes no ocultismo. Assim, como pôde um ocultista como Joseph Smith e seus companheiros falarem em línguas como se estivessem sendo dirigidos pelo Espírito Santo? A única resposta que parece plausível é que Deus está obrigado a responder mesmo àqueles que confessam “doutrinas de demônios” e concede-lhes acesso aos dons do espírito. Entretanto, a Bíblia ensina que os cristãos devem se desviar daqueles que promovem “dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes” (Romanos 16:17). Como então aqueles que ensinam essas doutrinas contrárias à Palavra de Deus puderam receber os dons do Espírito Santo? Eles absolutamente não deveriam.
  2. Quando eles dizem que ficaram “cheios do espírito”, com qual espírito ficaram cheios?
  3. O fato de que alguém presente possuía o “dom de interpretação” (justamente uma das dezenas de mulheres de um mesmo homem polígamo) não oferece nenhum crédito que confirme que tal fenômeno tenha sido iniciado por Deus ou pelo Espírito Santo.

Não é muito difícil discernir a verdade nessa situação. Se aqueles que sustentavam as crenças e práticas ocultistas do mormonismo falavam uma glossolalia incompreensível, que hoje é definida como “línguas”, essa assim chamada manifestação do espírito não era a manifestação do Espírito Santo de Deus, mas algum outro espírito. Além do mais, se os primeiros mórmons e outros ocultistas falavam em línguas, como alguém poderia estar convencido que verdadeiros cristãos praticariam esse fenômeno? Com esse objetivo, uma análise minuciosa da progressão do Movimento Carismático revelará uma infinidade de anormalidades e contradições que de fato revelam a verdadeira fonte dessas doutrinas.

A história do Movimento Carismático pode ser apresentada resumidamente como segue:

Primeira Onda – Pentecostalismo Antigo, ou Clássico:

  • 1901, Topeka, Kansas, Seminário Bíblico Betel, – Agnes Ozman recebeu o que chamou de “batismo no Espírito Santo” e falou em “línguas”.
  • 1906, Los Angeles, Califórnia – Igreja da Rua Azusa.

Segunda Onda – Renovação Carismática:

  • 1960 – O Movimento Carismático Moderno começou na Igreja Episcopal de São Marcos, Van Nuys, Califórnia.
  • 1962 – O fenômeno da glossolalia explodiu na Universidade de Yale [2] entre os membros da evangélica Comunidade Cristã Intervarsity. Ela incluía episcopais, luteranos, presbiterianos, metodistas e um católico romano.
  • 1967 – Spring Vacation – Trinta católicos zelosos da área de Notre Dame receberam o “batismo do Espírito Santo”.
  • 1974 – 30.000 católicos carismáticos realizaram uma conferência em Notre Dame.
  • 1977 – Conferência Carismática em Kansas City, 50.000 participantes – quase metade deles eram católicos romanos.
  • 1977 – A AP estima em 10 milhões o número de carismáticos nos Estados Unidos.
  • 1983 – A edição de 18 de janeiro da revista Christianity Today informou que as Assembléias de Deus era a denominação que mais crescia nos Estados Unidos. Nessa época, ela tinha 1,7 milhão de membros e crescia rapidamente.

Terceira Onda – Movimento de Sinais e Maravilhas – enfatiza mais o dom de profecia e cura do que o de línguas:

  • 1983 – “Terceira Onda” – termo cunhado por Peter Wagner: “… estamos agora na terceira onda. Vejo a terceira onda dos anos 80 como uma abertura dos evangélicos tradicionais e outros cristãos ao trabalho sobrenatural do Espírito Santo que os pentecostais e carismáticos experimentaram, mas sem se tornarem carismáticos ou pentecostais.”

A Primeira Onda

A origem “oficial” do pentecostalismo moderno começou em 1901, no Colégio Bíblico Betel, em Topeka, Kansas, quando Charles Parham impôs as mãos sobre Agnes Ozman. Ela imediatamente começou a falar em “línguas”.

“Afirmou-se (apesar de que nunca foi confirmado com credibilidade) que ela falou em chinês durante três dias, incapaz de falar em inglês, e no segundo dia falou em boêmio. Logo, a maioria dos outros na escola estavam falando e cantando em ‘línguas’… os jornais locais do dia descreveram o fenômeno como linguagem ininteligível… Em 1914, Charles Shumway procurou diligentemente por evidências para comprovar que as línguas dos primeiros pentecostais eram línguas reais, isto é, línguas conhecidas. Ele não conseguiu sequer uma pessoa para confirmar as afirmações…”

Um dos aspectos mais interessantes dos eventos no Colégio Bíblico Betel foi a tentativa dos participantes de provar que suas “línguas” eram na verdade línguas faladas. Eles achavam que de acordo com a Palavra de Deus, o dom de “Falar em Línguas” era a habilidade que um indivíduo tinha de falar numa língua que lhe era desconhecida para comunicar o Evangelho na língua de quem estivesse ouvindo. Tal tentativa cessaria muito cedo, pois aqueles que “falavam em línguas” não conseguiam produzir nenhuma evidência de que aquelas assim chamadas línguas, não eram nada mais do que uma linguagem sem sentido e obscura [3]. Assim, o incidente no Colégio Bíblico Betel era somente o precursor do que ainda estava por vir, a Primeira Onda Carismática começou com os cultos de avivamento na Missão da Rua Azusa, em Los Angeles, Califórnia. Essa Missão era pastoreada por William Seymour, que cria na necessidade de “duas obras da graça” para a salvação, que a verdadeira igreja estava sendo restaurada em um milagroso reavivamento dos últimos tempos, e (apesar de ele mesmo nunca ter falado em línguas) fortemente argumentava que as línguas eram a evidência do recebimento do Espírito Santo. Seymour raramente pregava, mas ao invés disso ficava atrás do púlpito com um caixote vazio cobrindo sua cabeça. Os cultos na Missão da Rua Azusa eram “caracterizados por confusão, dança, pulos, quedas no chão, transes, quedas no espírito, línguas, contorções, histeria, sons estranhos, e risada santa… descrito como “demonstrações selvagens e histéricas”. Charles Parham, conhecido como o Pai do Pentecostalismo e presidente do referido Colégio Bíblico Betel, fez uma avaliação menos que satisfatória em sua visita à Missão da Rua Azusa, em 1906:

“Parham descreveu as ‘línguas’ de Azusa como ‘confusas e inarticuladas, desenfreadas e exasperadas, falando absolutamente nenhuma língua existente’… De acordo com Parham, dois terços das pessoas que seguiam o pentecostalismo em seus dias foram ‘ou hipnotizadas ou conduzidas à loucura (total falsa de senso)’… assim, o ‘Pai do Pentecostalismo’ rejeitou totalmente as reuniões da Rua Azusa como sendo uma imitação fraudulenta, manipulada e demoníaca, e mesmo assim praticamente todas as denominações pentecostais rastreiam suas origens a essas reuniões na Rua Azusa.”

A Primeira Onda continuou com aqueles que diziam ressuscitar os mortos (ninguém jamais provou isso), oravam sobre lenços, curavam os enfermos, caíam no espírito, garantiam prosperidade àqueles que contribuíssem com o ministério deles, e ainda desenvolviam o diálogo católico romano-pentecostal. Entretanto, os membros da Primeira Onda nunca receberam o respeito dos protestantes tradicionais ou da população em geral. O caráter moral de muitos de seus seguidores e líderes não ajudava muito. William Parham (o Pai do Pentecostalismo) foi removido do ministério depois de ser preso acusado de sodomia. William Branham profetizou falsamente que o arrebatamento ocorreria em 1977. Aimee McPherson (depois do divórcio e diversos relacionamentos amorosos) morreu de overdose. Kathryn Kuhlman envolveu-se romanticamente com um homem casado, com o qual se casou após ele se divorciar de sua mulher (posteriormente, ela se divorciou dele). [10] Benny Hinn, um dos atuais líderes da Segunda Onda, afirma que o manto de Aimee McPherson caiu sobre Kathryn Kuhlman; e então foi passado dela para ele. De acordo com Benny Hinn:

“… o dia virá, e digo isso a vocês, sei disso como sei meu nome, o dia virá em que não haverá nem um santo doente no corpo de Cristo. Ninguém ficará doente, ninguém será arrebatado de uma cadeira de rodas. Ninguém será arrebatado de uma cama de hospital. Todos vocês serão curados antes do arrebatamento.” [12].

A Segunda Onda e Seus Resultados

Os aspectos mais críticos do Movimento Carismático passarão completamente desapercebidos a menos que alguém pare para questionar os detalhes desse movimento. Essas perguntas se aplicam ao desenvolvimento do Pentecostalismo entre a Primeira e a Segunda Onda. A pergunta óbvia é esta:

O que aconteceu para que se iniciasse a Segunda Onda no Movimento Carismático?

As discussões nos capítulos anteriores nos dão alguns indícios dos fatores contribuintes:

  1. O fracasso do Movimento Ecumênico.
  2. O declínio do Movimento Batista Independente.
  3. Divergências dentro da Convenção Batista do Sul.
  4. O surgimento do Movimento das Igrejas Comunitárias.

Entretanto, seriam apenas esses fatores capazes de servir de suporte para posições teológicas que há tempo tinham sido geralmente vistas como pertencentes a um segmento marginal e lunático dos “Bíblias”? O que faria um católico romano que tivesse sido criado em uma tradição de formalismo rígido interessar-se pelos atos extravagantes dos pentecostais? Como os batistas e os outros evangélicos poderiam ser atraídos às posições que foram tradicionalmente ensinadas como sendo descaradamente antibíblicas? Deve ter havido algo mais em ação aqui – algo quase como (Deus nos livre) uma conspiração. Mas quem ganharia com isso? E qual seria o resultado de tal conspiração?

Historicamente, a primeira organização que vem à mente junto com a palavra “conspiração” é a Ordem dos Illuminati. Para os propósitos desta discussão, a história do Iluminismo não será discutida em detalhes exceto para dizer que a Ordem dos Illuminati (organizada em 1776) ainda existe nos dias de hoje, e essa organização compreende aqueles que literalmente governam o mundo. Esses indivíduos também têm um plano proeminente para instituir um Governo Mundial Unificado e uma Religião Mundial Unificada. De fato, é essa mesma organização que tem em seu poder a chave não somente para essa questão, mas também para o entendimento da Religião Orientada Para Resultados.

Um relato (não confirmado) de uma testemunha ocular revela que os Illuminati se infiltraram intencionalmente entre os pastores pentecostais em 1946. Por que a “Elite Globalista” se incomodaria em se infiltrar nessa ramificação marginal do cristianismo? Para achar a resposta, é necessário considerar cuidadosamente este cenário:

  1. 1906——– Fundação oficial do pentecostalismo.
  2. 1906-60– Os pentecostais são geralmente vistos como um segmento marginal e lunático dos “Bíblias”.
  3. 1946——– Os pentecostais são intencionalmente infiltrados pelos agentes dos Illuminati.
  4. 1960——– Nascimento repentino da Segunda Onda do Movimento Carismático.
  5. 1962——– O Movimento da Glossolalia ocorre na Universidade de Yale. Nessa universidade está a sede da “Sociedade Caveira e Ossos” – o campo de treinamento dos Illuminati nos Estados Unidos. Esse fato suporta a hipótese que os membros da “Caveira e Ossos” possam ter se infiltrado facilmente na Comunidade Cristã Intervarsity, em Yale. O fato de que isso aconteceu em Yale é demais para ser apenas uma coincidência.
  6. 1960-63—- O Vaticano II foi conduzido por papas que repentinamente embraçaram os conceitos do Governo Mundial Unificado e da Religião Mundial Unificada. Católicos tradicionais admitem que o papado foi infiltrado pelos Illuminati. Como resultado do Vaticano II, o Movimento Ecumênico Católico foi lançado.
  7. 1963-67—- O fundamentalismo cristão continua em rápido crescimento e o Movimento Ecumênico católico fracassa.
  8. 1967——– Trinta zelosos católicos de Notre Dame quebram a tradição e receberam o “batismo no Espírito Santo”.
  9. 1973——– 30.000 católicos carismáticos se reúnem em Notre Dame.
  10. 1977——– A Conferência Carismática da cidade do Kansas atrai 50.000 pessoas – metade delas católicas.
  11. 1983——– O fundamentalismo declina, as Assembléias de Deus são agora as igrejas que mais crescem no mundo, com mais de 10.000.000 de carismáticos nos Estados Unidos.

Desde 1983, os laços entre carismáticos, Roma e os evangélicos têm se estreitado cada dia mais. Isso é resultado de vários fatores:

  1. O Movimento Salvemos Nossa Herança Cristã.
  2. O Movimento Salvemos Nossa Cultura.
  3. A Maioria Moral.
  4. A Coalizão Cristã.
  5. O Movimento Pró-Vida.
  6. O Documento Evangélicos e Católicos Juntos.
  7. Os Promise Keepers.
  8. A Iniciativa das Religiões Unidas.

Enquanto alguns desses movimentos e organizações são realmente conservadores e bem-intencionados (outros não são nem conservadores e nem bem-intencionados), a trágica verdade é que essas “boas causas” fizeram vastas contribuições para enganar os verdadeiros cristãos a fim de abraçarem o Movimento Carismático, suportando assim a construção da Religião Mundial Unificada do Anticristo.

Os fatos desse cenário exibem um chocante alerta para todos aqueles que estão dispostos a considerá-los até às conclusões lógicas:

  1. Os Illuminati viram o potencial de manipular os pentecostais, e se infiltraram em grupos pentecostais logo após a Segunda Guerra Mundial.
  2. O papado foi infiltrado pelos Illuminati nos anos 50 (1950), e não somente resultou em diretrizes contrárias ao catolicismo tradicional por ocasião do Vaticano II, mas publicamente acolheu os objetivos dos Illuminati numa abrangente Religião Mundial Unificada.
  3. Quando o Movimento Ecumênico fracassou, o solo fértil dos Illuminati na Universidade de Yale tornou-se um ninho de desova para os carismáticos católicos e protestantes.

Aqueles que acham a sugestão de uma conspiração nesse cenário uma ideia execrável não estão enxergando a visão de longo prazo dos Illuminati dentro (e não entre) das linhas apresentadas anteriormente. O plano é criar uma Igreja Mundial Unificada debaixo da liderança do papado e a Bíblia confirma o sucesso final desse plano em Apocalipse 13 e 17. O ponto principal nesse caso é o ataque contínuo aos cristãos fundamentalistas, que se mantêm em oposição ao sucesso do plano. Entretanto, a calamidade do fundamentalismo e do evangelismo é encontrada na Religião Orientada Para Resultados, que produz crescimento da igreja em detrimento da doutrina. Esses métodos produzem membros que não têm a menor ideia no que crêem ou por que crêem. Tais soldados mal equipados são presas fáceis nas batalhas espirituais que aqueles que são verdadeiramente nascidos de novo no Espírito de Deus enfrentam.

Esses membros de igreja que são produto da Religião Orientada Para Resultados são ainda enganados por causa da fama dos líderes carismáticos, que não podem ser criticados pelo fato de terem igrejas grandes e lotadas. Este autor presenciou isso em primeira mão em uma Igreja Batista Independente. No culto de domingo à noite, um famoso pastor carismático do Brooklyn, em Nova York, estaria pregando em uma mensagem gravada em vídeo. O pastor local declarou: “Podemos discordar desse homem em alguns pontos doutrinários ‘menos importantes’, mas ele tem uma grande igreja, de modo que deve estar fazendo alguma coisa certa!”. Essa é a essência da Religião Orientada Para Resultados – O pastor, nesse exemplo, estava disposto a violar os mandamentos das Escrituras sobre separação porque achava que a congregação se beneficiaria com as instruções sobre “a igreja em crescimento” que aquele homem podia transmitir.

A Terceira Onda

A Terceira Onda do Movimento Carismático foi concebida no interior do Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, na Califórnia, pelos professores de Crescimento de Igrejas Peter Wagner e o falecido John Wimber. Ambos lecionavam no curso “Sinais e Maravilhas e Crescimento de Igrejas”, no Seminário de Pasadena. Evidentemente, eles nunca leram as palavras de Jesus quando disse: “Uma geração má e adúltera pede um sinal” [Mateus 16:11a]. Esses dois homens se tornaram os co-conspiradores em um plano de marketing para incitar o crescimento de igrejas por meio do livro de Wimber, “Evangelismo de Poder”, que definia o conceito de poder do Reino e sua relação com o evangelismo. Wimber afirmou, “Os primeiros cristãos claramente tinham uma abertura ao poder do Espírito, o que resultou em sinais e maravilhas e crescimento da igreja.” [13]. Essa afirmação pode ser escrita de forma analítica para definir a essência exata da teologia da Terceira Onda Carismática:

(Poder do Reino+Autoridade do Reino+Evangelismo do Reino) x (Sinais + Maravilhas) = Crescimento da Igreja.

Essa equação tem mais complexidades intrínsecas do que os nossos olhos podem ver. Em primeiro lugar, qualquer referência a uma frase como “Poder do Reino” já deveria ser imediatamente um alerta vermelho a qualquer indivíduo que estuda a Palavra de Deus. Biblicamente falando, não existe “Poder do Reino” nesta era, e não importa quão constantemente essa ou frases semelhantes como “Autoridade do Reino” apareçam nos textos de Wimber ou nos modernos hinos de louvor (veja o hino, Majestade, de Jack Hayford), esse é um conceito antibíblico. Em suas observações editadas nas salas de aula do Seminário, Wimber empregava grosseiramente mal o conceito do Reino de Deus à igreja. Sua tese inteira baseava-se em uma falsa premissa que como a igreja é o Reino de Deus, seus membros devem exercer os sinais e maravilhas que Jesus operava. Ele foi tão longe que atacou a onisciência (como também a fundamental deidade de Jesus Cristo) quando declarou:

“Jesus freqüentemente fazia perguntas sobre a necessidade de cura, indicando que (a) embora algumas vezes recebesse palavras de conhecimento, outras vezes não as recebia, e (b) queria ter seu foco exatamente no alvo.” [14].

Será que Wimber não percebeu que Jesus Cristo, quando andou aqui na Terra era Deus em carne? Será que não percebeu que Jesus Cristo era Deus, possuindo todos os atributos de Deus? A discrepância de que Jesus às vezes não tinha conhecimento de uma enfermidade e precisava de assistência do Espírito Santo é blasfêmia contra o Deus encarnado! No entanto, os métodos de crescimento da igreja nas aulas de Wimber e Wagner eram um exercício de Evangelismo do Reino, Princípios do Reino e Autoridade do Reino. Para que isso acontecesse o “Povo do Reino” deveria utilizar sua Autoridade do Reino para, entre outras coisas, “ressuscitar os mortos”.

Observe também a seguinte declaração de Wimber:

“Deus usa nossas experiências para nos mostrar mais completamente o que ensina para nós nas Escrituras, muitas vezes derrubando ou alterando elementos de nossa teologia e da nossa cosmovisão.” [15].

Se esse é o caso, todo cristão que já andou na face da Terra deveria escrever crônicas de suas experiências como apêndices à inspirada Palavra de Deus. Se nossas experiências alteram nossa teologia, isso não faz com que a Palavra de Deus esteja subordinada à experiência humana? De onde nossa teologia deve se originar? A única fonte para a verdadeira teologia está dentro das páginas da escrita e preservada Palavra de Deus. A teologia não deve vir de visões, sonhos ou experiências humanas. Ela é derivada apenas do ensino doutrinário encontrado na Palavra de Deus.

Quando o clamor contra o curso de Wagner e Wimber no Seminário de Pasadena chegou ao ponto em que o curso foi cancelado (a despeito do fato de ser a maior classe do seminário), Wimber colocou sua teologia em ação e fundou a Comunidade Cristã Vineyard (Videira). As Comunidades Videira cresceram sob a liderança de Wimber para setecentas congregações no mundo inteiro, e tornaram-se o catalisador para a TERCEIRA ONDA do Movimento Carismático, que enfatizava os “sinais e maravilhas”, sobre aqueles que no passado enfatizaram o falar em “línguas”. O efeito torrencial do Movimento Videira incluiu a formação da organização do Promise Keepers (o fundador doPromise Keepers, Bill McCartney, é membro da Comunidade Videira, em Boulder, no Colorado, e os membros da Videira dominam o quadro dos PK) e o infame e sem base bíblica “Reavivamento do Riso”, que varreu o mundo todo e foi originado na Comunidade Videira do Aeroporto, em Toronto, no Canadá. Embora Wimber tenha cortado relações com a Comunidade de Toronto por causa de extravagâncias como “o rugido do leão” em 1996, em 1995 a revista Charisma informou que em mais de 500 igrejas Videira nos Estados Unidos ocorria o fenômeno do Avivamento do Riso. [16] A Comunidade Videira em Kansas City tornou-se a casa dos infames “Profetas de Kansas City”, liderados por Paul Cain. Hank Hanegraaff relata:

“John Wimber, o fundador da Videira, acredita que Paul Cain é o principal profeta da Terceira Onda… que viria com sinais e maravilhas… nas palavras de Wimber, ‘ele é muito parecido com Jeremias e com João Batista, separado antes do nascimento para o ministério que exerce agora.'” [17].

A Teologia do Domínio

Um dos fios de ligação mais comuns que permeiam a teologia carismática de Seymour a Robertson é a ideia de que a verdadeira igreja está sendo restaurada (ou reconstruída) em um grande reavivamento dos últimos tempos. Parece que muitos, se não a maioria dos notáveis pregadores e evangelistas carismáticos acreditaram que foram chamados por Deus se não para iniciar, ou certamente para lançar tal reavivamento na criação errônea de uma “coisa nova” baseando-se em Isaías 43:18-19 “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo“. Por exemplo, Alexander Dowie (que foi justamente o mentor de Charles Parham) proclamou-se “Elias, o Restaurador” e o “primeiro apóstolo da igreja dos últimos tempos” [18]. Embora o termo técnico para alguém que proclama tal coisa seja “paranóia esquizofrênica com mania de grandeza”, proclamações desse tipo continuam nos círculos carismáticos até os dias de hoje. No momento que essa linha de pensamento alcançou o sistema da Videira, sob a liderança de John Wimber, os profetas da Videira estavam anunciando “que nos últimos dias o Senhor estaria restaurando ministérios quíntuplos, caracterizados por apóstolos, profetas, pastores, mestres e evangelistas para a igreja atual” para também iniciar um grande reavivamento no fim dos tempos. [19].

A questão então deve ser perguntada: aonde tão grande reavivamento nos guiaria? Quando levado a conclusões lógicas, a resposta é muito simples. Se tivesse de haver tão grande reavivamento que afetaria a humanidade, não seria então a condição mundial mudada drasticamente? A lei secular não se tornaria a lei do próprio Deus? Não seriam os pastores a classe dominante a interpretar e estabelecer as leis de Deus? Isso não daria domínio à igreja de toda a humanidade? Isso não restauraria assim o sistema da Lei do Antigo Testamento como governante catalisador para iniciar uma nova era de paz e justiça? Isso não prepararia a Terra para sua apresentação a Jesus Cristo, para seu retorno físico e reinado?

A resposta para todas essas perguntas é: SIM. Entretanto, essa linha de pensamento apresenta muitas barreiras bíblicas:

1. A origem de um “Reino Cristão” terreno governado por homens de carne e sangue não-ressurretos foi a fabricação do sistema católico romano. A Igreja de Roma era (e é) antimilenar – rejeita o reinado literal de mil anos de Cristo, e vê as referências ao Reino terreno de Deus como manifestas em si mesma – A Igreja Católica Romana. Sendo assim, algumas denominações protestantes (por exemplo, a luterana) retiveram a ideia que a igreja é a manifestação do Reino de Deus.

2. Outros protestantes seguiram os ensinos de Knox e Calvino e alegorizaram as Escrituras proféticas dentro de um produto pós-milenar de suas imaginações. Essa visão pós-milenar conjecturava que o Reino Milenar de Deus era a igreja, e que os mil anos não eram anos literais, mas simbólicos.

O sincretismo dessas posições errôneas conduzem ao conceito de que o Reino de Deus na Terra seria:

  1. Representado pela verdadeira igreja.
  2. A verdadeira igreja foi corrompida depois do primeiro século e entrou em um estado de semiletargia.
  3. A verdadeira igreja seria reconstruída nos últimos tempos, sob a liderança de um novo grupo de profetas e apóstolos, que se caracterizariam pela utilização dos sinais e maravilhas restaurados.
  4. Essa igreja reconstruída dos últimos tempos prepararia então a Terra para o Rei Jesus Cristo, que governaria o mundo.

4. Esse cenário requeriria que a igreja dos últimos tempos ganhasse o controle sobre toda a humanidade, tomando posse do controle do sistema jurídico. Isso requer um governo mundial, controlado pela igreja, funcionando como a entidade legislativa para toda a humanidade.

Em resumo, essa é a essência da Teologia Reconstrutivista, ou de Domínio. Ela ensina que a igreja ou que os cristãos ganharão o controle do planeta antes da Segunda Vinda para tornar o mundo um lugar perfeito para o reinado de Jesus Cristo. Os assim chamados profetas e apóstolos do reavivamento dos últimos tempos criariam uma força tão forte que todos na Terra se renderiam ao controle da igreja. Quando o dominionista Pat Robertson declarou que a organização dos Promise Keepers era um “direto cumprimento da profecia bíblica”, estava fazendo referência ao fato de que sentia que os Promise Keepers eram um dos primeiros passos em direção ao domínio cristão na Terra.

Para citar apenas algumas questões associadas com a Teologia do Domínio:

  1. É grosseiramente antibíblica. DEUS NÃO ESTÁ FAZENDO UMA “COISA NOVA”. Aqueles que estão procurando por essa coisa nova precisam voltar para a “Velha História” do Evangelho de Jesus Cristo.
  2. A Teologia do Domínio é uma armação para ligar os “evangélicos” e carismáticos de hoje na construção da Religião Mundial Unificada do Anticristo.
  3. Os falsos conceitos da Teologia do Domínio estão entrando sorrateiramente nas igrejas conservadoras e fundamentalistas por meio das livrarias “cristãs”, das redes de TV “cristãs” e da música “cristã”.
  4. Os proponentes da Religião Orientada Para Resultados utilizam fortemente todas as formas de mídia descritas acima.

Análise Final

Uma análise detalhada do Movimento Carismático nas três ondas leva a algumas conclusões muito significativas:

  1. Desde o começo do pentecostalismo moderno, o movimento esteve envolvido em práticas ocultistas e o fenômeno das línguas nunca se alinhou com a Palavra de Deus.
  2. O conceito de que a igreja é o Reino de Deus foi originado pelo catolicismo e não é ensinado no Novo Testamento.
  3. A teoria de que aqueles que guiaram os movimentos da teologia carismática e pentecostal eram profetas e apóstolos que conduziriam a esse elusivo grande reavivamento dos últimos tempos, o qual daria à igreja domínio político sobre o mundo, fazendo-o entrar no Milênio é biblicamente errônea.
  4. Devido ao fato de que os pentecostais criam nessa Teologia do Domínio e “Teologia Reconstrutivista”, foram alvos fáceis para os autênticos ocultistas, cujo objetivo é construir uma Igreja Mundial Unificada sob o controle do Anticristo e do Falso Profeta.
  5. Como resultado da infiltração desses autênticos ocultistas dentro do Movimento Carismático, os números cresceram exponencialmente em toda a cristandade professa, desde os católicos, batistas e membros das Assembléias de Deus.
  6. Com essa influência pandenominacional, um novo espírito do ecumenismo permeou todos os grupos cristãos. Isso é acrescido pelos elementos carismáticos dentro de todas as denominações, que agora procurarão unidade com base unicamente nas “línguas” ou nos “sinais e maravilhas”, enquanto que ao mesmo tempo descartam ou minimizam as diferenças doutrinárias.
  7. Devido ao pensamento popular carismático, as assim chamadas “Livrarias Cristãs” oferecem agora uma avalanche de livros com “doutrinas” carismáticas. Além disso, a Música Cristã Contemporânea está sutilmente penetrando nos corações e nas mentes com teologias carismática e de domínio.
  8. Algumas “Redes de Televisão Cristã” como a TBN, infiltram a linha carismática e de domínio nos lares ao redor do mundo 24 horas por dia.

Contribuição Para a Religião Orientada Para Resultados

Embora existam inumeráveis aspectos antibíblicos nas filosofias carismáticas e de domínio que poderiam ser exploradas, esta discussão deve ficar limitada aos efeitos e contribuições para a Religião Orientada Para Resultados. Ninguém precisa fazer mais nada do que apenas recordar as experiências pessoais deste autor para ficar grandemente preocupado com os efeitos do Movimento Carismático naqueles que se consideram “evangélicos” ou “fundamentalistas”. Para reiterar a ilustração, este autor foi um membro de uma Igreja Batista Independente cujo pastor pelo menos uma vez chamou a si próprio de fundamentalista. O pastor dessa congregação se tornou obcecado com o crescimento da igreja e rapidamente se tornou completamente consumido pela Religião Orientada Para Resultados. No culto de um domingo à noite, um famoso pastor carismático do Brooklyn, Nova York, pregaria em uma mensagem gravada em fita de vídeo. O pastor local disse: “? Podemos discordar deste homem em alguns pontos doutrinários ‘menos importantes’, mas ele tem uma grande igreja – de modo que deve estar fazendo alguma coisa certa!”

Aqueles que aderiram ao “Movimento de Crescimento de Igrejas” estão perfeitamente dispostos a fazer sua cama junto com tipos como Jim Cymbala, John Maxwell, Peter Wagner e até com o Seminário Fuller, de Pasadena, de modo a alcançar os resultados – o crescimento exponencial da igreja. Lembre-se, Peter Wagner, o progenitor da Terceira Onda, é um “especialista em crescimento de igrejas”.

A Religião Orientada Para Resultados foi a exata estratégia de Wimber e Wagner. Eles utilizaram sinais e maravilhas para atingir o resultado desejado. As congregações conservadoras, evangélicas ou fundamentalistas que iriam se levantar ostensivamente contra o Movimento Carismático estão diariamente se tornando mais e mais tolerantes com seus métodos, sua música e sua teologia, a fim de alcançar “aqueles que não freqüentam a igreja”. Esse é o perigo intrínseco das filosofias carismáticas e de domínio.

Algumas congregações tornaram-se tão cegas, enfocando os resultados (o crescimento da igreja), que não vêem problema algum com as pequenas contemporizações, o que depressa as conduzirá a um ponto sem base nas Escrituras e sem retorno, em que elas abertamente abraçarão o erro ao obterem o tão desejado resultado.


Notas Finais

  1. Esta ilustração, embora passada como fato real, não é confirmada.
  2. Dager, James. “Kingdom Now”, Media Spotlight, Vol. 8, #1.
  3. Hanegraaff, Hank, “Counterfeit Revival”, Word Publishing, Dallas, TX. 1997, pág. 57.
  4. Conforme citado por David Cloud. https://wayoflife.org/database/strangehistory.html.
  5. Zeller, George. “A Brief History of Pentecostalism”, www.rapidnet.com/~jbeard/bdm/Psychology/char/abrief.htm.
  6. Wagner, Peter. “The Third Wave?” Pastoral Renewal, jul-aug 1983, pág. 5.
  7. Goff, James, Jr. Fields White Unto Harvest, Fayetteville, Ark. Press, 1988, pág. 7.
  8. Cloud, David, “The Strange History of Pentecostalism”, https://wayoflife.org/database/strangehistory.html, pág. 7.
  9. Ibidem.
  10. Cloud, David, “From Asuza to Pensacola”, Way of Life, Port Huron, MI., 2002, págs. 60-64.
  11. Hanegraaff, pág. 170.
  12. Ibidem, pág. 171.
  13. Wimber, John with Kevin Springer, “Power Evangelism”, Harper & Row, San Francisco, pág. 31.
  14. Wimber, John. “Power Evangelism” Notes from MC501, “Signs and Wonders and Church Growth”, http://www.pastornet.net.au/renewal/journal10/b-wimber.html, pág. 3.
  15. Tillin, Tricia, “The New Thing”, http://www.banner.org.uk/res/newthing.html, pág. 18.
  16. Cloud, From Azusa to Pensacola, pág. 35.
  17. Hanegraaff, pág. 145.
  18. Cloud, pág. 57.
  19. Hanegraaff, pág. X.

Fonte: A Espada do Espírito


Capítulo Anterior Índice da Série “Pragmatismo” Capítulo Seguinte

Tags: