Diana Goulart: Aqui estão algumas ideias bastante comuns, que são muito usadas exatamente por serem intuitivas e funcionarem bem.
Sustente a última nota, enquanto a banda faz um “arremate” final.
Modifique o andamento da última frase, tornando-a mais lenta. Use a linguagem corporal para comunicar isto aos músicos.
Faça uma pausa antes de cantar a última frase, criando um “clima” para valorizá-la.
Modifique ligeiramente a última frase, fazendo com que termine numa nota mais aguda (os agudos causam impacto, principalmente no final). Atenção: se você não tem experiência, treine antes.
Ou então modifique o final para que termine numa nota grave. Mas neste caso, funciona melhor se a nova nota for bem grave.
Você pode cantar novamente a melodia feita pela banda na introdução, usando só sílabas (como “pa-da-ba-da”) junto com a banda ou em solo.
Depois de cantar a última frase, repita-a mais duas vezes; se quiser, faça pequenas variações na melodia, especialmente na primeira repetição.
Depois de cantar a última frase, repita-a várias vezes, cada vez numa intensidade mais suave, até desaparecer (“fade out”).
Outra versão para o “fade out” é usar um instrumento para estabelecer um “diálogo” – uma vez o cantor canta a última frase, depois o instrumento repete mais suavemente, depois o cantor ainda mais suave etc.
Se houver ensaio, o grupo pode combinar um final onde todos fazem um desenho melódico ou rítmico especial – isto se chama “uma convenção”, ou “um especial”.
Experimente combinar algumas destas ideias.
Atenção à comunicação entre cantor e banda! Use o contato ocular, a linguagem musical e corporal para mostrar como você planeja finalizar a música. Aos poucos você achará natural esta conversa sem palavras.
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Diana Goulart é professora de Canto, fonoaudióloga, pesquisadora do canto e palestrante sobre diversos temas ligados à voz e ao canto. Para informações mais detalhadas, visite https://www.dianagoulart.com.br