Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 12 – Adoração na Igreja Primitiva

Comentários do Pr. Otoniel Tavares de Carvalho


Texto Central: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.” (I Coríntios 13:1)

Leitura Bíblica da Semana: Atos 1:1 a 11; 2:4 a 41; 17:15 a 34; 18:1 a 16; I Coríntios 13.


Introdução

A chamada Igreja Primitiva foi a Igreja na era apostólica, no período que foi do ano 31 ao ano 100AD. É a chamada ERA APOSTÓLICA, considerando-se que o último Apóstolo a morrer, dos DOZE, foi João, o Apóstolo, que escreveu uma versão do Evangelho, três epístolas e as Revelações proféticas do Apocalipse. Diz a tradição que João morreu em Éfeso, onde era presbítero da Igreja ali, por volta do ano 100AD.

A Lição 12 vai focalizar a ADORAÇÃO a Deus e o Culto neste período.


Lição de Domingo
Muitas “Provas”
(Atos 1:1-11)

Lucas foi o autor do livro Atos dos Apóstolos. Ele o dedica a um tipo de amigo e patrono chamado Teófilo, talvez um gentio rico convertido ao Cristianismo, ou a quem Lucas estava tentando convencer a respeito da divindade de Cristo, e da Salvação só em Jesus. Lucas afirma que Jesus “depois de haver dado mandamentos [instruções, ordens, orientações] por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. A estes também [aos apóstolos escolhidos], depois de ter padecido, Se apresentou vivo, COM MUITAS PROVAS INCONTESTÁVEIS [de que ressuscitara], aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes das coisas concernentes ao Reino de Deus.” Atos 1:2 e 3, com grifos e interpolações nossos.

Jesus queria que Seus apóstolos e discípulos tivessem a certeza de que Ele ressuscitara, assim como tiveram a certeza de que Ele morrera na Cruz. Isto era fundamental para o testemunho que eles dariam, pela palavra falada e escrita, sobre a morte e ressurreição do Mestre da Galiléia. Eles iriam testemunhar sobre Jesus e Seus ensinos, vida, morte e ressurreição, em muitos lugares e a milhares de pessoas, em várias línguas e culturas. E eles fizeram isso. João, o Apóstolo, escreve: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao verbo da vida…” I João 1:1. Note que João menciona o “ouvir”, o “ver” e o “tocar” em Jesus como prova de Sua presença física, real, entre eles. E ele falava de coisas que vivenciara, e não de algo que lhe contaram. Este é o TESTEMUNHO mais autêntico. E Jesus lhes apareceu por quarenta dias, depois de Sua morte-ressurreição, exatamente para tirar da mente deles qualquer ideia de que Sua presença entre eles era algo abstrato, espiritual somente, como anjos haviam antes aparecido aos humanos. Foi somente depois de MUITAS PROVAS – de Sua divindade, de Sua humanidade, da realidade física e corporal de Sua presença entre eles, fazendo milagres, exorcizando demônios, ressuscitando mortos, trazendo cura e esperança a todos – que Jesus voltou para o Céu, a Casa do Pai (João 14:1 a 3). Anjos vieram do Céu para buscá-lO (Atos 1:9 a 11). Esses mesmos anjos deixaram com os apóstolos de Jesus uma promessa geradora de esperança: “Este Jesus, que dentre vós foi assunto ao Céu, virá do modo como O vistes subir” Atos 1:11. Isto é, “este Jesus virá…” visivelmente (Mateus 24:30; Apocalipse 1:7); virá corporalmente (Atos 1:9 a 11); virá gloriosamente (Mateus 25:31).


Lição de Segunda-Feira
A Pregação da Palavra
(Atos 2:14-41)

Antes de subir de volta para o Céu, Jesus declarou aos apóstolos e discípulos:”Recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da Terra.” Atos 1:8.

O Cumprimento da Promessa:

A promessa de Jesus se cumpriu dez dias depois de Sua ascensão:

“Ao cumprir-se o Dia de Pentecoste [o qual ocorria 50 dias depois da Páscoa], estavam todos [os que criam em Jesus] reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um som como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram distribuídas entre eles línguas como como de fogo, e pouso uma sobre cada um deles. E TODOS FICARAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.” Atos 2:1 a 4, com grifos e interpolações nossos.

Cumpriu-se a promessa que Jesus lhes fizera. O ESPÍRITO SANTO, de maneira plena e abundante, veio sobre eles, e todos eles (não apenas alguns deles) ficaram tomados, possuídos, pelo Espírito Santo. O Céu veio ao encontro da Terra mais uma vez; mais uma vez DEUS veio estar com os homens. Não com todos os homens, desta vez; mas apenas com os humanos que creram ser Jesus o Messias-Cristo Salvador, o Ungido de Deus para realizar a salvação-restauração da raça humana ao favor de Deus. O Espírito Santo, em Sua plenitude, vem para os crentes. Vem para dentro da vida, do ser, do crente, realizando a necessária CAPACITAÇÃO para que a MISSÃO seja realizada com êxito, para a glória de Deus.

Cumprindo a Missão:

E qual era a MISSÃO que Jesus confiara a Seus apóstolos e discípulos? O evangelista Marcos registra o que Jesus declarou: “IDE POR TODO O MUNDO E PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA” Marcos 16:15, grifos nossos. Os resultados dessa pregação ficam com Deus: (1) “Quem crer e for batizado será salvo.”(2) “Quem não crer será condenado.” Marcos 16:16. E o que começaram a fazer os apóstolos logo que veio sobre eles e os possuiu, o ESPÍRITO SANTO? Leia o restante do texto de Atos 2:5 a 47. Pedro se levantou dentre eles com nova coragem e cheio de ousadia, e pregou à multidão de judeus descrentes, que viera até ao lugar onde os crentes estavam, atraídos que foram pelo barulho de muita gente falando em línguas diferentes, um dos mais belos sermões registrados na Bíblia. E quem fez essa ousada e corajosa pregação? O antes tímido e acovardado Pedro, que, por medo, negara por três vezes conhecer a Jesus. Agora, agindo pelo poder do Espírito Santo, Pedro fala aos judeus descrentes duras palavras de repreensão, mas lhes indica que Deus pode e quer perdoar o erro de todos eles, desde que, pela fé, eles recebam a JESUS como seu Salvador pessoal. E o relato sagrado afirma que “três mil pessoas” aceitaram Jesus como Salvador, se tornaram cristãs e foram batizadas naquele dia. Três mil pessoas convertidas a Cristo por meio de um único sermão! Que tremendo êxito evangelístico! Só a presença e o poder do Espírito Santo em Pedro para causar tão grandiosa conversão de pecadores! Imaginem o que a IGREJA poderá fazer, em matéria de conversão de almas, se cada crente hoje fosse possuído pelo Espírito Santo e se entregasse ao cumprimento da MISSÃO. O que está faltando em nós, como Igreja? Fique meditando nisso e veja se consegue dar uma resposta.


Lição de Terça-Feira
Paulo no Areópago
(Atos 17:15-34)

Saulo de Tarso, fanático religioso pertencente à seita judaica dos Fariseus, uma das mais ortodoxas seitas das muitas que havia em Israel no tempo de Jesus, foi convertido em discípulo de Jesus, de forma traumática e até certo ponto violenta – pois a linguagem da violência religiosa era a que mais ele conhecia como fariseu, um perseguidor da Igreja – quando estava em viagem para a cidade de Damasco, na Síria, para prender muitos cristãos e levá-los ao julgamento do Sinédrio em Jerusalém, e certamente os condenar à morte por apedrejamento, como fizeram com o diácono cristão Estevão (leia Atos 7). Jesus interveio (mais uma vez) no processo, causou cegueira em Saulo de Tarso, inclinou seu coração para o Evangelho da Salvação somente pela fé em Jesus, e o resgatou do fanatismo religioso e do legalismo farisaico.

Jesus determinou a Saulo de Tarso, agora transformado em Paulo, a mesma MISSÃO que determinara aos crentes antes e depois do Pentecoste: A EVANGELIZAÇÃO GLOBAL. Como Pedro, os demais apóstolos e todos os discípulos de Jesus que viviam nas áreas dominadas pelos judeus (Jerusalém, Judéia, Galiléia, etc.), e que eram judeus em sua maioria, já exerciam o ministério de PREGAÇÃO DA PALAVRA nessa áreas, e sendo Paulo um poliglota, detentor de um título honorífico de CIDADÃO ROMANO, o que significava ser CIDADÃO DO MUNDO, pois Roma dominava o mundo civilizado de então, Jesus o separou para ser APÓSTOLO (enviado) AOS GENTIOS (aos não judeus), de todas as nações e reinos. E, convertido, e cheio do poder do alto, Paulo não fugiu da MISSÃO que Jesus lhe confiara.

Certo dia, estava Paulo -ainda conhecido mais pelo nome de Saulo -reunido com os crentes da igreja de Antioquia da Síria (leia Atos 13), quando o Espírito Santo lhe confiou uma obra especial de evangelização: “E servindo eles ao Senhor, e jejuando, DISSE O ESPÍRITO SANTO: Separai-Me, agora, BARNABÉ e SAULO para a obra que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.” Atos 13:1 a 3, com grifos nossos. Chegou a hora da MISSÃO GLOBAL, e Paulo e Barnabé foram, em Antioquia, os escolhidos do Senhor para cumprir essa missão. Eles deveriam viajar por muitas cidades dos gentios, anunciando JESUS como sendo o CRISTO (o Ungido) que Deus enviara à Terra para libertar e salvar os humanos pecadores.

Certo dia, Paulo chegou a ATENAS, a capital da intelectualidade e da cultura da Grécia. A cidade dos maiores filósofos gregos. Ali, o que se respirava era filosofia e cultura grega. Havia um auditório público, chamado AREÓPAGO, um lugar elevado, onde oradores subiam para fazer seus discursos filosóficos, para defender alguma ideia nova. Os ouvintes ficavam em um auditório em nível mais baixo, como se fosse uma concha acústica, que permitia ser o orador muito bem ouvido. Paulo observou o panteão de deuses dos atenienses, e viu que eles adoravam a tudo o que alguém chamava de “deus”. Inclusive havia um altar a IAVÉ, a quem eles chamaram de O DEUS DESCONHECIDO, ou seja, o Deus que não pode ser visto por meio de imagens, de representações pictóricas.

Paulo se apresentou ali, e deve ter discutido com alguns deles em particular, sobre Jesus Cristo como único Salvador. Vendo eles que aquele desconhecido filósofo tinha um novo ensino, uma nova ideia religiosa, o convidaram para assumir a tribuna e lhes falar sobre isso. A fala de Paulo está registrada em Atos 17. Volte a ler todo o capítulo e preste atenção nas coisas maravilhosas que ele falou aos atenienses. Quando Paulo lhes falou sobre a RESSURREIÇÃO DOS MORTOS, seus ouvintes reagiram negativamente e a reunião ficou tumultuada. Não havia como Paulo continuar sua pregação. Os gregos criam na imortalidade inerente da alma humana, uma ideia antibíblica. Mas o testemunho de Paulo sobre DEUS foi positivo, e alguns poucos se converteram. Mas a MISSÃO foi cumprida.

Paulo realizou TRÊS GRANDES VIAGENS MISSIONÁRIAS INTERNACIONAIS DE EVANGELIZAÇÃO. E grandes foram os resultados. Centenas de novas congregações cristãs foram fundadas no mundo gentílico. O REINO DE DEUS avançou vitorioso sobre o reino de Satanás.


Lição de Quarta-Feira
Adoração “Contrária à Lei”
(Atos 18:1-16)

A grande contenda dos judeus contra JESUS e contra os apóstolos de Jesus era motivada pelo fato de eles entenderem que Jesus e Seus apóstolos estavam pregando contra a TORÁ, isto é, contra a Lei. Essa falsa compreensão estava na raiz de toda a hostilidade dos fariseus, sacerdotes, escribas e mestres da Lei contra Jesus e contra os apóstolos e discípulos de Jesus. Por causa disso, eles consideravam a doutrina cristã uma abominação, algo maldito, que precisava ser combatido, rejeitado e aniquilado. Daí a violência com que agiam contra Jesus e contra os apóstolos de Jesus, e também contra a pregação cristã. Eles até se conteriam, se Jesus e Seus apóstolos se calassem, não ensinando aquela doutrina no templo, nas sinagogas e nas ruas de Jerusalém, da Judeia e da Galileia. Mas o que mais irritava esses judeus que mandavam e controlavam a religião em Israel era o fato de eles continuamente divulgarem publicamente sua doutrina. Eles achavam que a doutrina ensinada por Jesus faria com que o povo judeu perdesse o respeito para com a TORÁ, e não mais quisesse seguir seus preceitos, normas e mandamentos. E como chegaria à JUSTIÇA PERFEITA um israelita que não se esforçasse ao máximo pela guarda escrupulosa e minuciosa de cada preceito da TORÁ (da Lei), se era mediante a fiel guarda da TORÁ (da Lei) que o homem chega a ser JUSTO e PERFEITO diante de Deus, merecendo herdar o Paraíso celeste? (assim entendiam os mestres da Lei em Israel, um ensino legalista, onde a TORÁ era a revelação maior da vontade e propósito de Deus para Israel).

Mas chegara a eles, aos judeus, JESUS, “Emanuel, Deus conosco”, Ele que era “o resplendor da glória e a expressão exata do Seu SER” (Hebreus 1:3), isto é, a “expressão exata” de IAVÉ, Aquele que é maior que a TORÁ, maior que os anjos (Hebreus 1 e 2), maior que Moisés (Hebreus 3), maior que Josué (Hebreus 4), e que tem para Israel um Sacerdócio maior que o sacerdócio de Arão (Hebreus 6, 7), e que atuaria, depois de Sua morte-ressurreição-ascensão, no Santuário do Céu (Hebreus 8, 9 e 10), Ele que recebeu de Levi o dízimo, na pessoa de Abraão (Hebreus 6 e 7), Ele que é a razão maior da fé de todos os heróis da fé registrados em Hebreus 11. Mesmo assim, “veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam” João 1:11. Israel rejeitou o seu MESSIAS Salvador. Israel rejeitou assim a NOVA ALIANÇA, confirmada pelo derramamento do SANGUE do “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” João 1:29. Israel vivia um anacronismo. Vivia um passado que, no presente, uma figuração e uma tipologia se findava, e encontrava sua realidade e novo começo em JESUS DE NAZARÉ, Aquele pregador que enchia as ruas e cidades da Judéia e da Galiléia de uma barulhenta multidão de milhares de homens, mulheres e crianças, todos gritando “Hosanas ao que vem em nome do Senhor”, isto é, em nome de IAVÉ, o Deus de Israel. Era tempo de Israel deixar de ser um velho povo, povo que parecia já árvore velha, improdutiva, para se tornar, no “RENOVO JUSTO”, Jesus, uma nova árvore, muito produtiva de justiça e boas obras, pela fé no RENOVO, pela fé em Jesus. Só havia uma saída para Israel (e só há uma saída para a IGREJA, hoje): ABRAÇAR E ACEITAR DE CORAÇÃO O UNGIDO DO SENHOR, o MESSIAS, Jesus de Nazaré; abraçar, pela fé em Jesus, a JUSTIÇA QUE VEM DE DEUS; abraçar, pela fé em Jesus, a NOVA ALIANÇA EM SEU SANGUE; abraçar, pela fé em Jesus, o ESPÍRITO SANTO que Ele enviou aos cristãos judeus (e também gentios); e aguardar, pela fé, juntos em Cristo, como um só povo, vivendo na Paz do Senhor, a escatológica PASROUSIA, quando Jesus vai deixar Seu trono de glória, no Céu, para vir outra vez à Terra, para buscar Seu POVO FIEL, formado por judeus convertidos e por gentios convertidos a Jesus, formando assim TODO O ISRAEL DE DEUS, o qual será salvo (leia Romanos 11), eternamente salvo, para gozar a paz e as delícias reveladas em Apocalipse 21 e 22.


Lição de Quinta e Sexta-Feiras
O Amor Supera Tudo
(I Coríntios 13)

De que tipo de AMOR Paulo está falando?

Paulo está falando do AMOR ideal, que encontra sua revelação maior em JESUS CRISTO, em Seu ato de Se dar em SACRIFÍCIO VOLUNTÁRIO DE REDENÇÃO. “Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Romanos 5:6. E Jesus declarou: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. O apóstolo Paulo, em I Coríntios 13, fala de AMOR em alto nível, o AMOR elevado à potência máxima. Amor que tem objetivos bem definidos: Deus amou…para salvar pecadores da morte eterna. Amor sacrificial. Amor com responsabilidade. Amor com compromisso santo, puro e verdadeiro. Paulo não está aqui discutindo paixonite humana, amor de namorado pela namorada; amor em plano somente humanista, visando alcançar interesses humanistas. A questão é: ATÉ AONDE VAI O SEU AMOR POR DEUS? Você ama a Deus acima de todas as coisas e de todas as pessoas, chegando ao ponto de renunciar a tudo o mais, inclusive sua vida, dando-a em sacrifício por amor a Jesus? Deus, o Pai, fez isso por todos os humanos, que hoje discutem paixonites adolescentes como se fossem amor verdadeiro. Jesus, o Filho, fez isso por todos os humanos, morrendo morte violenta, em lugar e em favor de inimigos Seus.

Hoje, nas igrejas cristãs, vemos pessoas declarando amor a Jesus, através de cânticos e preces. Amam a Jesus essas pessoas cristãs? Até aonde os levará esse amor a Jesus, cantado em verso e prosa? E se amam tanto a Jesus, por que se recusam a obedecer a Jesus? Por que abandonam sua fé e amor, trocando Jesus por um emprego, por um namorado, por uma namorada, por um curso na universidade, por fama e aplauso humanos, ou por outra coisa de menor valor? Não cantaram tais pessoas seu grande amor a Jesus? Não oraram tais pessoas, fazendo juras de amor a Jesus? Não pregaram tais pessoas, falando do amor de Jesus, e ensinando outras pessoas a amar a Jesus? E os pastores, amam eles a Jesus? Eles que pregam tanto sobre o AMOR? E por que tais pastores perseguem e humilham outros colegas pastores, em suas administrações? E porque tantos pastores agem mais como políticos, em suas decisões eclesiásticas, do que servos de Jesus Cristo? E por que nossos anciãos falam tanto em amor a Jesus, mas não sabem amar muitos dos seus irmãos, nas igrejas onde são anciãos e líderes? Por que tantos líderes cristãos falseiam o AMOR, diminuindo-o, fazendo-o parecer coisa mesquinha? Até aonde o leva seu suposto amor a Deus, a Jesus, ao Espírito Santo, aos irmãos na fé, à Obra de Deus? Por que existe tanta briga, tanto debate vão, tanto ódio, tantas facções dentro de uma mesma congregação e de uma mesma igreja? Para onde voou o amor de vocês? Por que o amor de vocês, a Deus e aos irmãos, se acabou tão depressa? Já pararam para pensar nisto?

Não adianta ficarmos nós, pregadores e teólogos, ficarmos discutindo teologicamente, etimologicamente, ou de qualquer outro ângulo, o AMOR. Isto só leva a intelectualismo vazio. O que interessa mesmo, é que todos nós, os cristãos, aprendamos com JESUS como podemos amar da maneira como ele nos amou. Interessa mesmo que se pratique o AMOR. Chega de blá-blá-blá intelectual e vazio de conteúdo em relação ao AMOR e ao ato de AMAR. Chega! É hora de todos os cristãos viverem em amor, vivendo por, com e em Jesus. Amém!


Fonte: Otoniel Tavares de Carvalho


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