Comentários de Gilberto G. Theiss
Texto Central: “Quem então é como Eu? Que ele o anuncie, que ele declare e exponha diante de Mim o que aconteceu desde que estabeleci Meu antigo povo, e o que ainda está para vir, que todos eles predigam as coisas futuras e o que irá acontecer.” (Isaías 44:7 – NVI)
Sábado
Não há dúvidas que Deus oferece um caminho excessivamente melhor. Todos nós temos o direito de escolher segui-lo ou não, mas, é bom sabermos antes que, por mais que confiemos nos caminhos que traçamos para nós mesmos, os caminhos do Senhor são mais seguros e repletos de soluções para nossos problemas. E claro especialmente segurança e solução para o pecado e a morte.
Em tudo o que temos aprendido neste trimestre, não podemos perder o foco original – verdadeira x falsa adoração. O centro do que define verdadeira de falsa adoração é a vontade. Vontade de Deus exposta em Sua palavra e vontade determinada pelos gostos, entendimentos e achismos humanos. Com base neste conflito é que serão determinados o cumprimento das palavras enganosas dos falsos profetas, e nós poderemos muito bem nos encaixar neste paradigma. Hoje mesmo devemos fazer um checape de nossas vidas, comportamentos, atitudes, palavras e pensamentos para determinar com precisão – a quem estou seguindo? Que profeta estou me inclinando a ouvir as palavras? Os profetas de Deus ou o profeta chamado EU? O que penso, faço e determino pode ser melhor?
Domingo
Mil Carneiros? (Deuteronômio 10:12-13; Miquéias 6:1-8)
A igreja não é um ambiente para entretenimento social. Embora ali nos encontremos com nossos irmãos e o calor da irmandade seja manifesto em atos, a igreja é o lugar apropriado para, elevarmos a Ele nossa devoção permeada de fidelidade, amor e justiça. Devemos ir à presença de Deus com o objetivo de oferecer-lhe o melhor que podemos, porém de acordo com o que nos foi solicitado. Não podemos ofertar ao Senhor simplesmente o que está em nosso coração. Deve ser com sinceridade, no entanto também deve ser segundo o que a revelação nos orientou. Imagine se o povo tivesse passado qualquer outra coisa nas umbrais da porta menos o sangue exigido! Com certeza, os primogênitos daquelas casas teriam deixado sido removidos da lista dos que deveriam permanecer vivos. Imagine se o povo tivesse construído o santuário, porém de uma forma diferente da que lhes foi mostrado no monte! Com certeza o tempo não teria recebido a glória da presença de Deus no santíssimo. Enfim, como bem entendido até o momento, nossas obras não possuem nenhum valor salvífico, mas isto não indica que, diante da graça, a obediência e a integridade perdem sua importância. Pelo contrário, pois a graça na verdade nos conduz a cumprir os deveres da vida cristã (Santificação, p. 81, 87).
Segunda-feira
O Chamado de Isaías (Isaías 6:1-8)
Isaias, assim como outros profetas, foram levantados por Deus para ajudar o povo e reconhece os caminhos errôneos em que estavam trilhando. No caso de Isaias, o povo se encontrava em uma situação espiritual nefasta. A idolatria e a transgressão estavam corroendo a vida espiritual do povo. Sempre que Deus levanta um profeta é porque geralmente o povo se encontra distante da verdade ou apostatado dela. No entanto, nem sempre os profetas são ouvidos, pois o povo de Israel muitas das vezes recusava ouvir a voz de Deus por intermédio de seus profetas. Isaias enfrentou problemas assim e chegou a ser cassado por suas mensagens. Em nosso tempo, Deus também levantou um profeta como Isaias e parece que esse profeta contemporâneo não é muito estimado pelo povo atual. Muitas de suas mensagens são recusadas ou interpretadas a bonificar seus gostos pessoais. Isto indica que, assim como o povo do passado, todos nós corremos o mesmo risco de recusar ouvir a voz de Deus por intermédio de Seus profetas.
Com relação ao culto, quão diferente seria se déssemos ouvidos aos conselhos de Deus e praticássemos as orientações como nos são oferecidas através da revelação? Quão diferente seria se deixássemos o orgulho, arrogância, soberba, egoísmo e o desejo por supremacia. Quão diferente seria o culto e a adoração se fôssemos ao templo para agradar unicamente a Deus? Quão diferente tudo seria para nós se exercêssemos maior fé e amor a Deus incondicionais! Uma pergunta nos cabe bem aqui: O que você pode fazer para que sua igreja seja assim?
Terça-feira
Não Tragam Ofertas Inúteis (Isaías 1:11-15; Isaías 58:1-10)
Há pessoas que terão de morrer solteiras, pois no dia em que se casam se perdem. Há pessoas que terão de morrer pobres, pois no dia em que ficam ricas se perdem. Da mesma forma, há pessoas que terão de morrer analfabetas, pois no dia em que começam a se tornar muito entendidos acabam se perdendo. Na igreja não parece ser muito diferente. Muitas pessoas confundem conhecimento com vida prática. Não adianta absolutamente nada conhecer todos os grandes mistérios e segredos da verdade e da teologia se não houver vida prática. O conhecimento sem ser vivido é como um carro sem motor. Não irá para lugar algum. É como um avião sem asas ou uma árvore frutífera sem frutos. O conhecimento é importante, pois é ele que nos conduz ao Deus verdadeiro. Porém, se o conhecimento não conduzir-nos à obediência por amor, este conhecimento se tornará uma maldição na vida dessas pessoas. O conhecimento que não salva, com certeza condenará.
Deus não se agrada de ofertas inúteis. Assim como na experiência de Saul ao ter trazido os despojos dos inimigos para oferecer a Deus, na certa será rejeitado. Saul tinha um bom propósito ao ter poupado os despojos, mas não era o que Deus havia solicitado.
Isto indica claramente que, por melhores que sejam as nossas intenções no que fazemos ou oferecemos para Deus, elas jamais poderão substituir o que Deus pede.
Quarta-feira
Sem Nenhum Valor? (Isaías 44)
Certa feita, uma irmã que conheci que fora adventista por vários anos, devido a alguns problemas da vida, acabou saindo da igreja. Esta irmã conhecia a verdade e foi uma defensora da verdade. Um dia resolvi fazer-lhe uma visita e para minha surpresa, quando entrei em sua sala, me deparei com uma imagem enorme de quase 50 centímetros de altura. Impressionante notar que, até que ponto uma pessoa que conheceu a verdade pode afastar-se de Deus pra chegar a esse ponto? A resposta é que, longe de Deus somos capazes fazer as piores atrocidades da vida. Quanto mais distante, maior o ato que corresponda a apostasia.
Isaias enfrentou um povo corrompido e cheio de misérias no coração. Eles conheciam a verdade e provavelmente conheciam a linha que separa o erro da verdade. No entanto, uma cegueira espiritual fez com que transformassem o santo em profano e o profano em santo. Assim como o povo de Israel do passado, ninguém está livre das piores mazelas da vida e do pecado. Basta estar longe de Deus e muitas coisas poderão se tornar bem diferentes. Sem Deus somos capazes de fazer coisas inimagináveis. Somente estando muito próximo de Deus e sobre a influência do Espírito Santo é que estaremos seguros. Infelizmente os nossos dias não serão muito diferentes. Muitos têm transformado o santo em profano e o profano em santo. E você o que tem feito da verdade?
Quinta-feira e Sexta-feira
“Este é o Templo do Senhor, o Templo do Senhor…” (Jeremias 7:1-10)
Estar no templo do Senhor não significa estar salvo. Aliás, é possível ser um bom pregador, cantor e diretor de algum departamento e estar totalmente perdido.
Certa vez, uma esposa e mãe fez suas malas e as levou para a igreja. Seu esposo, ancião da igreja, não entendendo do que se tratava perguntou à sua esposa qual seria o motivo de estar levando as malas para a igreja. Sua esposa respondeu que estava se mudando para a igreja. O marido confuso perguntou-lhe qual seria o motivo. Então a esposa, com muita firmeza disse que estava se mudando para a igreja porque ele, o esposo, na igreja era um ótimo marido, ótimo pai e ótimo cristão. Esta história serve para avaliarmos a nossa própria história de vida. Como temos nos comportado em casa, nas ruas, no trabalho e na igreja? Geralmente na igreja somos os melhores cristãos, mas, infelizmente, muitos, ao sair das portas da igreja para fora, se tornam diferentes.
Por outro lado, há aqueles que, mesmo movidos pela sinceridade podem estar oferecendo a Deus na igreja coisas indevidas que não refletem a mais pura santidade desse Deus sublime e grandioso. Podemos estar cegamente fazendo coisas que desagradam a Deus imaginando estarmos fazendo o que é certo. Precisamos questionar nossa sinceridade e vigiar nossas atitudes a todo o momento. Se não fizermos isto, com certeza seremos enganados por nós mesmos.
Fonte: http://gilbertotheiss.blogspot.com
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