Ellen G. White e a Música na Igreja / Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 09 – “Não Confie em Palavras Enganosas”: Os Profetas e a Adoração

Comentários de Ellen G. White


Texto Central: “Quem então é como Eu? Que ele o anuncie, que ele declare e exponha diante de Mim o que aconteceu desde que estabeleci Meu antigo povo, e o que ainda está para vir, que todos eles predigam as coisas futuras e o que irá acontecer.” (Isaías 44:7 – NVI)


Sábado à Tarde

Amor supremo por Deus e amor abnegado pelo nosso próximo – eis o fundamento de toda a verdadeira piedade. Os maiores no reino dos Céus são aqueles que amam o Salvador demasiadamente para darem uma má impressão d’Ele, aqueles que amam o próximo demasiado bem para porem em perigo a sua alma dando-lhes um mau exemplo.

“Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei ante o Deus altíssimo? Virei perante Ele com holocaustos? Com bezerros de um ano? Agradar-Se-á o Senhor de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão? O fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:6-8).

Deus não nos pede que compremos o Seu favor através de qualquer sacrifício custoso. Ele pede apenas o serviço de um coração humilde e contrito, um coração que aceitou de bom grado e com gratidão o Seu dom gratuito. Aquele que recebe Cristo como Seu Salvador pessoal tem na sua posse a Salvação providenciada por Cristo. E nunca deve esquecer que tal como recebeu livremente, também deve partilhar livremente. Quando há uma falha em constatar-se as necessidades da humanidade, quando há falta de vontade em ser-se a mão ajudadora de Deus, os sacrifícios mais caros, as maiores demonstrações de generosidade são abomináveis aos olhos do Senhor. – Signs of the Times, 22 de Maio de 1901.


Domingo
Um Milhar de Carneiros?

Nos dias da apostasia em Judá e Israel, muitos perguntavam: “Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei ante o Deus altíssimo? Virei perante Ele com holocaustos? Com bezerros de um ano? Agradar-Se-á o Senhor de milhares de carneiros? De dez mil ribeiros de azeite?” A resposta é clara e positiva: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:6-8).

Insistindo sobre o valor da piedade prática, o profeta estava unicamente a repetir o conselho que tinha sido dado a Israel séculos antes. Por intermédio de Moisés, quando estavam prestes a entrar na Terra Prometida, a palavra do Senhor tinha sido: “Agora, pois, ó Israel, que é o que o Senhor teu Deus pede de ti, senão que andes em todos os Seus caminhos, e O ames, e sirvas ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, para que guardes os mandamentos do Senhor, e os Seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?” (Deuteronômio 10:12, 13).

Século após século, esses conselhos eram repetidos, pelos servos de Jeová, aos que estavam em perigo de cair nos hábitos do formalismo e de se esquecerem de demonstrar misericórdia. Quando, durante o Seu ministério terrestre, o próprio Cristo foi procurado por um doutor da lei com a pergunta: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?”, Jesus respondeu-lhe: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mateus 22:36-40).

Estas claras declarações dos profetas e do próprio Mestre deveriam ser recebidas por nós como sendo a voz de Deus a cada pessoa. Não deveríamos perder oportunidade de praticar obras de caridade, de tema prudência e cortesia Cristã, em favor dos que estão sobrecarregados e oprimidos. Se mais não podemos fazer, digamos palavras de encorajamento e esperança aos que não estão familiarizados com Deus, dos quais nos podemos aproximar com mais facilidade através das avenidas da simpatia e do amor. – Review and Herald, 1 de Abril de 1915.

Por intermédio de Oseías, Deus disse: “Porque Eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos. Mas eles traspassaram o concerto, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra Mim” (Oséias 6:6, 7). Os inúmeros sacrifícios dos Judeus e o derramamento de sangue, destinado a expiar pecados pelos quais não sentiam verdadeiro arrependimento, foram desde sempre repugnantes para Deus. Assim, Ele falou através de Miquéias. [Miqueias 6:6-8 citado].

Ofertas dispendiosas e uma aparência de santidade não podem conquistar o favor de Deus. Para as Suas misericórdias Ele requer um espírito contrito, um coração aberto à luz da verdade, amor e compaixão pelo nosso próximo e um espírito que se recuse a ser subornado pela avareza ou o amor ao eu. Os sacerdotes e os príncipes não possuíam estas características essenciais para obter o favor de Deus, e as suas ofertas mais preciosas e as belas cerimônias eram uma abominação aos Seus olhos. – Signs of the Times, 21 de Março de 1878.

Uma religião legal é insuficiente para pôr a alma em harmonia com Deus. A dura, rígida ortodoxia dos Fariseus, destituída de contrição, ternura ou amor, era apenas uma pedra de tropeço para os pecadores. Eles eram como o sal que se tomara insípido; pois a sua influência não tinha qualquer poder para preservar o mundo da corrupção. A única fé verdadeira é aquela que “atua pelo amor” (Gálatas 5:6), para purificar a alma. E como o fermento que transforme o caráter. – O Maior Discurso de Cristo, p. 52.


Segunda-Feira
O Chamado de Isaias

No ano em que o rei Uzias morreu, Isaias teve uma visão que lhe permitiu contemplar o lugar santo e o lugar santíssimo, no santuário celestial. Os véus da parte mais interior do santuário foram afastados, e um alto e sublime trono, que se erguia, por assim dizer, até ao próprio Céu, foi revelado aos seus olhos. Uma glória indescritível provinha de uma pessoa no trono, e o Seu cortejo enchia o templo, como a Sua glória por fim encherá a Terra. Havia querubins em cada um dos lados do propiciatório, como se fossem guardas à volta do grande Rei, que resplandeciam com a glória que os ocultava da presença de Deus. A medida que os seus cânticos de louvor ecoavam em profundas e piedosas notas de adoração, os pilares do portão estremeciam, como se estivessem a ser abalados por um terremoto. Estes seres celestiais davam louvor e glória a Deus com lábios não poluídos pelo pecado.

O contraste entre o fraco louvor que ele estava habituado a prestar ao Criador e os fervorosos louvares dos serafins assombrou e humilhou o profeta. Ele tivera, por um momento, o sublime privilégio de contemplar a imaculada pureza do exaltado caráter de Jeová. Enquanto ouvia o caótico dos anjos, ao clamarem: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos: toda a terra está cheia da Sua glória” (Isa. 6:3), a glória, o poder infinito e a majestade incomparável do Senhor foram-lhe revelados na sua visão, e ficaram gravados na sua mente. A luz deste inigualável resplendor, que mostrou tudo o que ele podia suportar na revelação do caráter divino, a sua contaminação interior surgiu diante dele com surpreendeste clareza. As suas próprias palavras pareceram-lhe vis.

Assim, quando o servo de Deus teve permissão para contemplar a glória do Deus do Céu, ao revelar-Se à humanidade; e ao ter um pálido vislumbre da pureza do Santo de Israel, ele confessa de modo surpreendeste a impureza do seu coração, em vez de se gabar orgulhosamente da sua santidade. Com profunda humilhação Isaias exclamou: “Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros … e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaias 6:5). Esta não é aquela voluntária humildade e servil autocensura que muitos consideram ser uma virtude exibir. Esta vaga imitação de humildade é inspirada por corações cheios de orgulho e presunção. Há muitos que se desmerecem em palavras, e que ficariam desapontados se essa conduta não suscitasse expressões de louvor e apreciação por parte dos outros. Porém a convicção do profeta era genuína. Quando a humanidade, com a sua fraqueza e deformidade, foi colocada em contraste com a perfeição da santidade, luz e glória divinas, ele sentiu-se totalmente incapaz e indigno. Como poderia ele ir e falar ao povo sobre os santos requisitos de Jeová, que era supremo e exaltado, e cujo séquito enchia o templo?

Enquanto Isaias tremia e tinha o coração angustiado por causa da sua impureza na presença desta glória inexcedível, diz: “Mas um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com ela tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim” (Isaias 6:6-8). – Review and Herald, 16 de Outubro de 1888.


Terça-Feira
Não Mais Ofertas Vãs

Todos aqueles que afirmam guardar os mandamentos de Deus analisem bem esta questão, e vejam se não há razões para que não tenham mais do derramamento do Espírito Santo. Quantos têm exaltado a alma com vaidade! Eles consideram-se exaltados no favor de Deus, mas negligenciam os necessitados, fazem ouvidos moucos aos clamores dos oprimidos e proferem palavras cruéis e contundentes aos que necessitam de um tratamento completamente diferente. Desta forma ofendem diariamente a Deus pela dureza do seu coração. Estas pessoas angustiadas têm direito à simpatia e ao interesse dos seus semelhantes. Têm o direito de esperar ajuda, conforto e amor semelhante ao de Cristo. Mas não é isto que recebem. Todo o desprezo dado aos sofredores crentes em Deus é registrado nos livros do Céu como se fosse demonstrado à própria pessoa de Cristo. Que cada membro de igreja examine minuciosamente o seu coração, e investigue o seu procedimento, para ver se se encontra em harmonia com o Espírito e a obra de Jesus; caso contrário, o que poderá declarar quando comparecer perante o Juiz de toda a Terra? Será que o Senhor poderá dizer-lhe: “Vinde, benditos de Meu Pai! Possui por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34)?

Cristo identificou o Seu interesse com o da humanidade sofredora; e enquanto Ele for negligenciado na pessoa dos Seus aflitos, todas as nossas assembléias, todas as nossas reuniões marcadas, todo o mecanismo que e posto em funcionamento para o avanço da causa de Deus, serão de pouco proveito. “Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras” (Lucas 11:42). “Pesado foste na balança, e foste achado em falta” (Daniel 5:27). – Review and Herald, 4 de Agosto de 1891 .

O Senhor colocou sobre nós o dever de abençoar os outros, e não o podemos fazer se não tivermos uma intima ligação com Ele. Deus não pode olhar para nós com favor enquanto estivermos absorvidos no nosso próprio interesse egoísta, negligenciando a aquisição do conhecimento da Sua palavra, para que possamos transmitir esse conhecimento aos outros, e conquistar almas para o Mestre. No juízo, cada caso será decidido pelo que foi feito, ou pelo que não foi feito, nesta vida. Cada ato é registrado no Livro da Vida, e, segundo a forma como tratamos os outros, assim será registrado como tratamos o Rei dos reis. Jesus dirá: “Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes” (Mateus 25:40).

O Senhor deixou ao cuidado da igreja os pobres, as viúvas e os órfãos. O caráter do nosso Cristianismo será demonstrado pela forma como tratamos o representante do Senhor. A melhor prova que podemos dar do nosso amor por Cristo será revelada pelo nosso cuidado e pela nossa generosidade para com aqueles que precisam da nossa ajuda. Então deixemos de duvidar e murmurar, e passemos a ser praticantes da Palavra de Deus. Se nos tornarmos co-obreiros de Deus, teremos um interesse vital pelos outros, e o eu desaparecerá de vista. O Senhor confiou-nos talentos que podemos usar para conceder bênçãos aos outros, e assim a nós próprios nos enriquecermos e nos tornarmos mais alegres. O nosso caráter pode tornar-se impregnado de boas obras; pois, pela prática, os principias vivos da justiça passarão para o caráter, e desdobrar-se-ão em beleza e pureza de vida. – Review and Herald, 20 de Fevereiro de 1894.


Quarta-Feira
De Nenhum Préstimo?

O Senhor Jesus, nas Suas lições de verdade divina, procurava levar a mente dos Seus ouvintes a olhar para lá das ofertas sacrificais típicas, a fim de constatarem as coisas essenciais que eram simbolizadas pelas ordenanças judaicas. Ele exaltava a lei de Deus, mostrando que é mais compreensiva no seu caráter do que qualquer lei civil posta em prática no governo dos reinas terrestres. Ele inspirara os profetas a discernirem os principias puros e santos que tinham comunicado ao mundo. Tinha-lhes apresentado a Sua obra de instrução divina; mas, apesar do fato de Cristo ter definido linha após linha e preceito atrás de preceito, a nação Judaica tinha-se afundado em dolorosa idolatria. Formalizaram cerimônias e negligenciaram a adoração espiritual. Revestiram-se de zelo ao fazerem observações exteriores rígidas, e concluíram que a sua nação tinha entrado em decadência porque tinham sido demasiado relaxados nas suas formalidades exteriores. Os mestres fizeram um estudo para formularem novas exigências nas suas cerimônias religiosas. O povo foi convocado a passar por um ciclo fastidioso de ofertas com vista à purificação. Os rabis não estavam satisfeitos por seguirem as especificações que tinham sido dadas ao povo através de Moisés; mas estipularam especificações minuciosas que tinham de ser cumpridas. Tinham de se envolver em orações longas e tediosas, participar em várias festas, na limpeza e purificação das vasilhas, e em muitas cerimônias sem sentido. – Signs of the Times, 24 de Outubro de 1895.

Talvez não haja relicários visíveis por fora, e nenhuma imagem sobre a qual incida o olhar; contudo, podemos estar a praticar a idolatria. É tão fácil fazer um ídolo de ideias ou objetos acariciados como formar deuses de madeira ou pedra. Milhares têm um falso conceito de Deus e dos Seus atributos. Eles estão a servir um falso deus tal como o faziam os servos de Baal. Estamos a adorar o Deus verdadeiro tal como é revelado na Sua palavra, em Cristo e na Natureza, ou adoramos algum ídolo filosófico entronizado no Seu lugar? Deus é um Deus de verdade. Justiça e misericórdia são os atributos do Seu trono. Ele é um Deus de amor, de piedade e de tema compaixão. Assim, Ele é representado no Seu Filho, o nosso Salvador. Ele é um Deus de paciência e longanimidade. Se esse é o ser a quem adoramos e cujo caráter procuramos assimilar, estamos a adorar o Deus verdadeiro. – Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pp. 173,174.

Muitos dos que ostentam o nome de Cristãos estão a servir outros deuses para além do Senhor. O nosso Criador requer a nossa suprema devoção, a nossa primeira aliança. Qualquer coisa que tenda a enfraquecer o nosso amor para com Deus, ou a interferir com o serviço que Lhe devemos, torna-se num ídolo. Para alguns, as terras, as casas, as mercadorias, são ídolos. Os empreendimentos de negócios são realizados com zelo e energia, ao passo que o serviço de Deus é deixado em segundo lugar. Negligencia-se o culto familiar, esquece-se a oração particular. Muitos dizem que lidam de forma justa com os seus semelhantes, e parecem pensar que, ao fazê-lo, cumprem todo o seu dever. Mas não é suficiente observar os seis últimos mandamentos do Decálogo. Devemos amar o Senhor nosso Deus de todo o coração. Nada mais do que a obediência a cada preceito- nada menos do que amor supremo a Deus, assim como ao nosso próximo de igual forma – pode satisfazer as reivindicações da lei divina. – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 2, pp. 1011,1012.


Quinta-Feira
“Templo do Senhor, Templo do Senhor…”

[O Senhor] deixa claro que, apenas mediante a mais integral reforma do coração, a condenação que estava pendente poderia ser evitada. A confiança que depositassem no templo e nas suas atividades seria vã. Ritos e cerimônias não podiam expiar o pecado. Embora declarassem ser o povo escolhido de Deus, só a reforma do coração e dos atos da vida os salvaria dos inevitáveis resultados da continuada transgressão….

Que lição esta para homens que ocupam hoje posição de responsabilidade na igreja de Deus! Que solene advertência quanto à necessidade de se tratarem fielmente os erros que levam desonra à causa da verdade! Que ninguém que declare ser depositário da lei de Deus se lisonjeie com o pensamento de que a deferência que demonstrarem externamente para com os mandamentos de Deus impedirá que a justiça divina venha sobre eles. Que ninguém se recuse a ser reprovado pela prática do mal, nem acuse os servos de Deus de serem demasiado zelosos em procurar limpar o campo de más obras. Um Deus que odeia o pecado apela aos que se declaram guardadores da Sua lei para que se afastem de toda a iniquidade. A negligência em se arrepender e prestar uma voluntária obediência acarretará sobre homens e mulheres hoje tão sérias consequências como as que vieram sobre o antigo Israel. Há um limite além do qual os juízos de Jeová não podem mais ser detidos. A desolação de Jerusalém nos dias de Jeremias é uma solene advertência, para o moderno Israel, de que os conselhos e as advertências dados por meio de pessoas escolhidas não podem ser desrespeitados impunemente. – Profetas e Reis, pp. 275-277.

Ao crescer os nossos números, planos mais amplos devem ser estabelecidos para atender a crescente demanda dos tempos; mas não vemos um aumento especial da piedade fervorosa, da simplicidade Cristã e da devoção sincera. A igreja parece contente em dar apenas os primeiros passas na conversão. Está mais pronta para o trabalho ativo do que para a humilde devoção – mais pronta para se empenhar no serviço religioso exterior do que para a obra interior do coração. A meditação e a oração são negligenciadas em favor do alvoroço e da exibição. A religião deve começar com o esvaziar do coração e a sua purificação, e deve ser nutrida pela oração diária.

O firme progresso da nossa obra e das nossas crescentes instalações estão a encher de satisfação e orgulho o coração e a mente de muitos do nosso povo, que tememos que tomarão o lugar do amor a Deus na alma. A atividade intensa na parte mecânica, até mesmo na obra de Deus, pode ocupar a mente de tal maneira que a oração é negligenciada, e a importância própria e a auto-suficiência, tão prontas para impor os seus meios, tomarão o lugar da verdadeira virtude, da mansidão e humildade de coração. Pode ser ouvido o zeloso clamor: “Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (Jeremias 7:4). “Vai comigo, e verás o meu zelo para com o Senhor” (II Reis 10:16). Mas onde estão os que assumem responsabilidades? Onde estão os pais e as mães em Israel? Onde estão aqueles que têm no coração preocupação pelas almas, e que têm cuidadosa simpatia pelos semelhantes, prontos para se colocarem em qualquer posição a fim de salva-los da ruína eterna? – Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, p. 535.


Sexta-Feira
Leitura Adicional

Profetas e Reis, “O Chamado de Isaias”, pp. 203-207, “Ezequias”, pp. 221-226, “Libertos da Assíria”, pp. 233-243, “Manassés e Josias”, pp. 255-261, “Jeremias”, pp. 271-279.


Fonte: Publicado originalmente em http://www.adventistas.org.pt/Evangelismo/Artigos.asp?ID=645


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