Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 07 – Adoração nos Salmos

Comentários do Prof. Sikberto Renaldo Marks


Texto Central: “Como é agradável o lugar da tua habitação, Senhor dos Exércitos. A minha alma anela, e até desfalece pelos átrios do Senhor, o meu coração e o meu corpo cantam de alegria ao Deus vivo”. (Salmos 84:1 e 2 – NVI)


Sábado à tarde
Introdução

Que frase linda essa: “como é agradável o lugar da Tua habitação…“! Hoje não fazemos ideia de como deve ser atraente o lugar. Mas sabemos de algo interessante. Não só o lugar onde DEUS habita é de indescritível beleza, nem mesmo conseguiremos descrever quando, em perfeição, estivermos lá. E não é só o lugar da habitação de DEUS que possui a mais impressionante beleza do Universo, mas ali a presença de DEUS, que deve ser um Ser lindo por si mesmo, é como o centro de toda a beleza. DEUS é adepto do belo e harmonioso, sendo Ele mesmo assim, e assim também é tudo o que ele faz. Em tudo isto, há mais algo que hoje não podemos imaginar: a sensação de estar perto de DEUS. Ali a atmosfera influencia o corpo e a mente em uma sensação maravilhosa, de estar junto a DEUS. Pode-se sentir a proximidade de DEUS, o que é algo que faz com que não queiramos sair dali. É algo magnífico que emana de DEUS.


Primeiro dia
Adoremos o Senhor, Nosso Criador
(Salmos 19; Salmos 90:1-2; Salmos 95:1-6; Salmos 100:1-5; João 1:1-3; Colossenses 1:16-17; Hebreus 1:1-3)

Como podemos descrever DEUS? O que podemos fazer é uma frágil tentativa, mas descrever DEUS é absolutamente impossível. E é fácil entender a razão: como poderia uma criatura finita descrever um Ser infinito? Então, o que podemos fazer é nos admirar da grandeza de DEUS, que conhecemos em parte.

Vejamos alguns dados do que pôde ser visto pelos aparelhos fabricados pelo ser humano. O tamanho do Universo visível é de 2 bilhões de anos luz. O número de superaglomerados é de 270.000, o número de grupos de galáxias no universo visível em torno de 500 milhões; o número de galáxias grandes no universo visível em torno de 10 bilhões; o número de galáxias anãs no universo visível aproximadamente 100 bilhões; o número de estrelas no universo visível mais de 2.000 bilhões de bilhões. Isso é o que pôde ser visto! A pergunta é, se o Universo for finito, qual é a proporção do que já foi visto? Não sabemos. E se o Universo não tiver limites?

Somente diante do que já pudemos ver, ficamos perplexos em imaginar o poder de quem criou tudo isso. É de se ficar estupefato, sem fôlego. Se o poder de DEUS se limitasse a esse tamanho do Universo, já O deveríamos admirar, pois não existiria outro ser capaz de tanto. Mas DEUS é ainda mais, infinitamente mais. Portanto, outra vez perguntamos, como descrever DEUS? Sim, como descrevê-Lo, se não conseguimos ainda entender de todo, um átomo? Como descrever DEUS, se nem vimos todo o Universo, e o que vimos, não sabemos descrever por inteiro? Quantos livros seriam necessários só para descrever o Universo? Então, em relação a DEUS, quantos seriam necessários para descrever o Criador? Estamos tratando de números infinitos. Tudo o que se refere a DEUS é infinito.

Você consegue dimensionar em sua mente os números acima, sobre o Universo? É evidente que não consegue. Agora imagine outra coisa, um Ser assim, tão poderoso, bem poderia se valer desse poder para subjugar suas criaturas, e fazer com que se mantivessem na linha, conforme seus desejos, por toda a eternidade. Mas não é assim. Ele nos dá liberdade, e quando duas de suas criaturas caíram em desobediência, o que esse DEUS fez? Ele, porque amava demais a essas criaturas, veio morrer por elas.

Aqui está o outro lado do poder de DEUS. Sim, Ele é supremamente poderoso. Mas, ao mesmo tempo, Ele é puro amor, isto é o Seu caráter, a Sua mente. Ele ama ao que faz. Por isso Ele criou um Universo que tem um tamanho enorme, para nos deixar admirados e felizes.O Universo é lindo, ao longo dele deve haver coisas espetaculares, de raríssima beleza, para se ver. Pois isso Ele fez para agradar às Suas criaturas, para que elas tivessem eternamente o que admirar, estudar, entender, interagir. Na perfeição não seremos ociosos, mas eternamente teremos natureza para estudar e nos aprofundar, pois ali encontraremos sempre mais algo novo sobre o amor de DEUS. Isso será maravilhoso, e deixará muito felizes. Teremos a eternidade para essa finalidade.

Agora imagine outra coisa. Esse DEUS, tão grande, que em tudo colocou uma lei perfeita para que houvesse felicidade perpétua, a lei do amor, Ele, tão magnífico em poder, é um Ser humilde. Na perfeição a humildade se manifesta em uma glória espetacular e indescritível a mortais. Mas aqui na Terra, a humildade se manifestou em forma de pobreza e simplicidade. E deve ser assim, pois, que grandeza e magnificência pode haver num ambiente de pecado? Aqui, para cultivarmos a humildade devemos ser simples e viver despojadamente, pois, nada somos, senão pecadores. E que honras merecem os pecadores? Nem JESUS, vivendo aqui na Terra, aceitou honras, pois estava em forma de ser humano mortal sujeito a cometer pecado, se bem que não cometeu. As honras e a glória, deixemo-las para quando DEUS as der, quando JESUS nos vier buscar. Receberemos horas, não porque as mereçamos por termos sido salvos, mas porque DEUS as dá de graça, pelo simples fato de nos amar infinitamente.

Então, aí vai a pergunta final: alguém assim, merece ou não merece ser adorado?


Segunda
Juízo de Seu Santuário
(Salmos 73)

Esse mundo é contraditório e um lugar de injustiça. A começar por JESUS, que inocente, aliás, o único ser humano desse planeta que foi totalmente inocente, e no entanto, foi pobre, viveu de forma humilde, e foi morto como um criminoso. O seu julgamento foi uma farsa, e a sua condenação, uma oportunidade de fortalecimento político a Pilatos. O mais intrigante ali é que todos os que estavam envolvidos diretamente no julgamento e na condenação de JESUS sabiam que Ele era inocente. Ele foi julgado culpado (ninguém sabe a razão, pois não havia) por ciúmes, e mandado ser crucificado por dividendos políticos e de poder estatal. Ali estava tudo fora do lugar e tudo errado, menos o cumprimento das profecias.

Hoje também sofremos injustiças. Aqueles que respeitam a lei de DEUS, e guardam o sábado, perdem concursos que são realizados nesse dia. Aqui, nessa Terra, quem é obediente às leis de DEUS e às leis dos homens, sofre muito. Por exemplo, tínhamos uma loja tempos atrás. Sempre cuidamos em observar o sábado e pagar todos os nossos impostos. Não sonegávamos nada. Tivemos que fechar, pois era impossível concorrer com os sonegadores, que podiam vender por preço mais baixo. E os consumidores não querem saber, compram onde o preço for menor, não importa se envolve algum tipo de roubo. Mas nós, com que moral iríamos pregar sobre o Reino de DEUS, e, ao mesmo tempo, sonegar impostos? Aqui, os que sonegam, crescem e vão bem na vida, e os que querem ser honestos, ficam por baixo.

E os nossos jovens? Esses sim é que sofrem! Nesses últimos dias, a nossa juventude sofre demais. É difícil conseguir uma oportunidade de trabalho com sábado livre. Alguns penam por anos, e ficam desanimados. As portas se fecham, e eles oram muito, a sua fé lhes é provada. Eles ficam na situação do Salmo 73, motivo de nosso estudo nesse dia.

Nesse Salmo se retrata a realidade da vida. Chega dar vontade de desistir, mas devemos continuar firmes. Esse salmo, em resumo, retrata a dura realidade. Os maus, os desonestos, os que não respeitam a DEUS, em geral, vão bem na vida financeira. Muitas vezes se dão mal na família, seus filhos vão às drogas, mas financeiramente, navegam em grandes fortunas. É o que eles querem. E quem não quer? Como é bom ganhar bastante dinheiro, ser honesto, e ser bom cristão. Esse é o sonho de todo fiel servo de DEUS. Mas muitos, a maioria, na vida real, nunca chega nem perto do sonho. Enquanto isso, os levianos e despreocupados com DEUS, parece que no bolso deles chovem bênçãos de DEUS.

Esse salmo 73 pode ser bem complementado com outro, o 17. Ali revela algo que todos nós, bons e fiéis servos de DEUS devemos saber. Ali fala (verso 14) que os mundanos tem seu quinhão nessa vida. E é só. Ou seja, nesse salmo está a grande explicação da lógica dessa vida. Quem não vai se salvar, tem alguma alegria nessa vida, bem naquilo que acha tão importante: ser rico. Eles vão bem aqui, seus filhos tem boa herança. Porém, no verso 15, diz que os justos contemplarão a face de DEUS. Afinal, o que vale mais? Ter uma vida regalada aqui na Terra, mas curta e sem futuro? Ou ter a vida eterna, com delícias indescritíveis, junto com O Criador? E acordar da primeira morte e ver-se à semelhança do Criador? O que vale mais?

Esse é um mundo contraditório. Temos que passar por ele, e não ficar nele. Temos que pensar na recompensa, não tanto nos presentes dias. E muita paciência, pois a justiça de DEUS, que vai ocorrer bem no final, e não poderia ser diferente, ela vem, e vai ser completa. Total misericórdia com os que se arrependeram, e total condenação com os que quiseram o mundo e não a DEUS.


Terça
“Como os Animais que Perecem”
(Salmos 49)

O ser humano tem fortes traços de caráter, não mais do Criador, mas do impostor, satanás. Enquanto está vivo, quer aparentar ser mais que realmente é. Como ele faz isso? Se não tiver muito dinheiro, então o esforço por aparentar tende a ser ainda maior. Faz longas prestações para comprar tênis e roupa de marca cara, para aparentar que tem mais, que se igualar aos famosos, ou simplesmente para que os outros pensem algo superior quanto a sua pessoa. Também recorre a penteados da onda, a celulares mais sofisticados, a idolatria de jogadores de futebol, e assim por diante.

Quem tem um pouco mais de dinheiro, esse recorre ao principal símbolo de status que existe: o automóvel. Tem que ser possante, ou incrementado, ou ter um som potente, ou ser rebaixado, e há muitas outras formas de se diferenciar para aparecer diante dos outros, chamar a atenção ao seu dono. Motocicletas também servem nesse sentido.

Quem tem mais ainda, esse constrói uma residência com o fim de aparecer diante da sociedade, e gerar comentários do tipo: “essa casa é de fulano de tal”.

E, em geral, quem não é alto, principalmente sendo mulher, compra um calçado de salto bem alto, e assim, aparenta ser maior que realmente é. Quem se acha meio fora das dimensões, faz cirurgia plástica para exagerar nas dimensões. E apela para a pintura, para os enfeites, para acessórios dos mais diversos, e assim, faz de si, o centro das atenções.

Acontece que nessa corrida por fazer-se notar entre os demais, entra quase toda a população. Há poucas exceções, e isso alegra uma impressionante indústria de consumo. A competição por se fazer aparecer é gigantesca.

Todo aquele que pode, e que quer, junta riqueza. E com esse fim, geralmente vale tudo: sonegação, exploração do trabalhador; enganar o cliente (comprei um aparelho eletrônico dias atrás, e na semana seguinte o mesmo aparelho entrou em promoção, com R$50,00 reais a menos: tem graça isto? me senti enganado e traído, mas, isso parece normal à maioria das pessoas); vender em longas prestações embutindo juros altos, mas em parcelas baixas; maquiar produtos fazendo-os parecer melhores que são; automóveis usados geralmente escondem defeitos que aparecem mais tarde; enfim, vale tudo para ganhar mais dinheiro. Há uma corrida frenética por ganho. É como diz a profetiza Ellen G. White: Parece estar-se apoderando do mundo, em muitos sentidos, uma intensidade qual nunca antes se viu. Nos divertimentos, no ganhar dinheiro, nas lutas pelo poderio, na própria luta pela existência, há uma força terrível que absorve o corpo, o espírito e a alma. Em meio dessa corrida louca, Deus fala. Ele nos ordena que fiquemos à parte e tenhamos comunhão com Ele. “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus.” Sal. 46:10.” (Pela fá pela qual eu vivo, MM 1959, 225, grifo meu)

Mas, o que ganha o homem nesses esforços por proclamar o “eu”? No final, é como nos ensina a lição do dia de hoje, ele, morrendo, se iguala aos animais. Um animal, quando morre, vai se deteriorando, cheira mal, os bichos comem, e com o tempo, dele sobram alguns ossos, e mais um tempo, nem isso. E o homem, qual a diferença? Só uma: ele tem um túmulo, por vezes, até bonito por fora. Mas por dentro, nenhuma diferença com os animais: tudo podre.

Onde ficou a glória que ele se imaginou ter? Desapareceu totalmente. Restou a saudade, bens para os outros usufruírem, ou contas para pagar, e uma história que só se refere ao passado, e cuja continuidade foi interrompida.

Aqui, uma coisa é certa: a morte. Todos estão morrendo uma dia atrás do outro, e cada vez ficando mais velhos. Agora apareceu um cientista dizendo que a ciência vai poder fazer o homem viver uns 1000 anos. Bem, essa parece que era a expectativa de vida dos antediluvianos, com a vitalidade original, mas também eram mortais. Se a ciência é capaz de descobrir como recobrar essa vitalidade, isso não sabemos. Mas se ela conseguir, uma coisa é certa: da morte ela não nos livra, pois ela é incapaz de substituir JESUS na cruz e nos tornar seres sem pecado para assim também sermos imortais.


Quarta
Adoração e o Santuário
(Salmos 20:3; Salmos 40:6-8; Salmos 43:4; Salmos 51:19; Salmos 54:6; Salmos 118:27; Salmos 134:2; Salmos 141:2; Hebreus 10:1-13)

“Suba à Tua presença a minha oração, como incenso, e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina” (Sal. 141:2).

Pode-se imaginar o sistema de vida nos outros lugares do Universo em que existem seres vivos inteligentes? Vamos tentar? Eles não pedem perdão; eles não oram (falam direto com DEUS), eles não fazem atividade missionária para salvar pessoas, eles não precisam de um Salvador (nunca se perderam), eles não precisam trabalhar para obter seu sustento, etc. Que contraste conosco! Nós estamos separados de DEUS por causa da natureza do pecado. Por isso, não conseguimos falar diretamente com DEUS. E já faz tanto tempo que é assim que até parece algo normal. Mas nós precisamos adorar de forma diferente dos demais seres, nossa adoração é falha, e vai em busca da salvação. Eles adoram porque já estão salvos.

A nossa adoração gira em torno de sacrifício. Desde que Adão e Eva saíram do Éden, sacrificavam para lembrar da vinda do Salvador. Esse sistema, que já existia desde o primeiro dia de pecado, foi bem regulamentado no monte Sinai, quando o povo ia para a terra prometida a Abraão. Muitos séculos eles sacrificaram animais inocentes, um ensinamento de que um inocente teria que morrer pelos pecadores, para que pudessem ser salvos.

A seu tempo, o verdadeiro cordeiro, o Sr. JESUS CRISTO, veio da parte de DEUS, e foi sacrificado. Depois disso, não se fazem mais sacrifícios, isso foi abolido pois, se o sistema de sacrifícios foi estabelecido para apontar para a vinda do Salvador afim de morrer por nós, então, depois que Ele veio, esse sistema não mais é necessário.

JESUS estabeleceu a Sua igreja em substituição àquele sistema. Nela se ensina sobre a segunda vinda do Salvador, não mais para morrer, mas para buscar aqueles que creram n’Ele. Ele instituiu o ritual do lava-pés e a santa ceia, para nos lembrarmos que Ele voltará outra vez, quando, então, poderemos fazer a ceia com Ele, na Nova Terra. Isto temos que ensinar ao mundo todo. Essa é hoje a essência da adoração.

Resumindo, a adoração hoje tem alguns pontos em comum com a adoração de todos os tempos, e outros diferentes. Os diferentes são, no antigo ritual do santuário, que eles aguardavam JESUS pela primeira vez. No atual sistema, aguardamos JESUS, mas pela segunda vez. Os pontos comuns, que permanecem, são principalmente: comunhão com DEUS, obediência, humildade, transformação e santificação. A comunhão, por exemplo, faz parte da adoração dos antediluvianos, dos israelitas e faz parte da adoração dos nossos dias. E até fará parte da adoração quando já estivermos na Nova Terra, assim como faz parte da adoração dos seres não caídos em pecado. Estar junto a DEUS é o natural de todos os seres que amam a DEUS. E quem O ama, O adora, e quer estar com Ele, como Enoque, e quer obedecê-Lo.


Quinta
Para Que Não Nos Esqueçamos
(Salmos 78; Salmos 105; Salmos 106; Deuteronômio 6:6-9; I Coríntios 10:11)

A história, que são os fatos do passado, tem, entre outras, duas utilidades vitais aos servos de DEUS: evitar erros já cometidos, pois se conhecem suas conseqüências e aprender com os acertos que pessoas fizeram, pois se conhecem seus benefícios. A história, portanto, ensina, e muito, e a Bíblia é em grande parte relato histórico. Vai desde a queda de Lúcifer e o drama que se sucedeu, até a redenção dos arrependidos, que confiaram no Salvador JESUS CRISTO.

Os erros dos antigos não necessitam nem devem ser repetidos. É sinal de estupidez errar outra vez, onde outros já erraram, e se deram mal. Portanto, a nossa geração é a que mais se beneficia com os relatos da história. E isso acontece bem antes da segunda vinda de CRISTO. Temos a história relatada pelos livros seculares, e temos a relatada pela Bíblia, além dos livros do Espírito de Profecia. Dessas fontes vem muitos ensinamentos que devemos atentar, refletir, e tomar decisões. Veja o que Ellen G. White diz, na citação abaixo:

“O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás, com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, vêem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu.” (A Igreja Remanescente, 14, grifos meus).

No final da história, quando a podridão desse mundo vai chegando ao seu nível mais baixo, um grupo de pessoas, ensinado por DEUS, se torna, na direção contrária, o grupo mais puro de todos os tempos em que há pecado nesse mundo. Faremos nós parte desse grupo? A resposta depende de que professor estamos escolhendo: O ESPÍRITO SANTO, ou o espírito do maligno.


Aplicação do estudo
Sexta-feira, dia da preparação para o santo Sábado:

Em nosso mundo quase tudo é motivo de canções. Pode ser homenagem a algum ídolo ou a si mesmo, um time de futebol, uma nação ou a sua bandeira, homenagem a soldados, lembranças da guerra, apologia ao crime, pornografia e principalmente uma pessoa amada. Há muitos outros motivos para canções e músicas em nosso mundo.

Fora de nosso mundo, nas civilizações não caídas em pecado, há um só motivo de canções. Esse motivo é o louvor a DEUS. Todos são hinos de adoração, com músicas de melodia impressionante e fantástica harmonia. É realmente algo muito lindo, de emocionar qualquer ser que os ouça.

No livro dos salmos 73 deles foram compostos pelo rei Davi, outros dois pelo rei Salomão, Moisés escreveu o salmo 90, em Midiã. Homens que conduziam o louvor em Jerusalém, Asafe, Etã e os descendentes de Corá, escreveram 25. E há alguns outros autores desconhecidos que escreveram em torno de um terço desses cânticos.

O primeiro salmo foi escrito por Moisés no 15º século antes de CRISTO. A maior parte deles foi escrita durante o reinado de Saul, Davi e Salomão, e alguns após a volta do cativeiro babilônico, como o Salmo 147:2.

“Nos Salmos, Davi fala de Deus como sendo um refúgio e uma torre forte, refúgio e fortaleza; a Ele podemos correr e ser salvos. Quão precioso é o pensamento de que Deus é o nosso refúgio e Ele será nosso auxílio em todos os momentos e lugares, e de que em toda emergência temos Deus junto conosco. Ele diz que enviará Seus anjos para cuidarem de nós e nos guardarem em todos os nossos caminhos. … Em nosso Deus temos um ajudador, e nEle confiaremos. Devemos olhar constantemente nessa direção, crendo que os anjos de Deus estão ao nosso redor, e que o Céu está em comunicação conosco, porque esses mensageiros celestes sobem e descem pela escada de brilhante resplendor” (CRISTO triunfante, MM, 2002, 332).

“A arte da melodia sagrada era diligentemente cultivada. Não se ouviam valsas frívolas ou canções petulantes que elogiassem o homem e desviassem de Deus a atenção; ouviam-se, porém, sagrados e solenes salmos de louvor ao Criador, que engrandeciam Seu nome e relatavam Suas obras maravilhosas. Deste modo, fazia-se com que a música servisse a um santo propósito: erguer os pensamentos àquilo que é puro, nobre e elevador, e despertar na alma devoção e gratidão para com Deus” (Fundamentos da educação cristã, 97 e 98).

Resta uma pergunta: até que ponto o nosso louvor, em forma de versos ou em forma de melodia, é influenciada pelas letras ou pelas melodias do mundo, cujos motivos são tantos, e que não estão voltados a DEUS?

Os 150 salmos todos estão voltados a DEUS.


Sikberto Renaldo Marks é professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)


Fonte: Cristo em Breve Virá


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