Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 07 – Adoração nos Salmos

Comentários do Prof. Gilberto Brasiliano


Texto Central: “Como é agradável o lugar da tua habitação, Senhor dos Exércitos. A minha alma anela, e até desfalece pelos átrios do Senhor, o meu coração e o meu corpo cantam de alegria ao Deus vivo”. (Salmos 84:1 e 2 – NVI)

Meditação central: Deus é um criador inteligente, infinito e pessoal ao qual devemos louvor e adoração, pois se revelou a todos nós através de Jesus Cristo.


Sábado
Introdução: A melodia que deus faz

Ilustração: Um professor de música certa manhã na classe, desenhou vários pontos negros sobre uma folha de papel branco. A classe toda observava curiosa, sem poder imaginar a melodia. A seguir, ele desenhou as linhas da pauta, algumas pausas e uma clave de sol. Então os pontos desenhados a principio tomaram a forma de notas musicais. Solfejando-as os alunos descobriram que estavam cantando o hino: “A Deus, supremo criador, anjos e homens dêem louvor”. Podemos dizer que há muitos pontos e manchas negras em nossas vidas. Geralmente não podemos entender por que aparecem e por que Deus permite que isto aconteça. Se, porém, deixarmos Cristo entrar em nossos corações, Ele poderá aliviar nossa tristeza, dor e desapontamento, e transformá-los em valores como se fossem notas musicais da melodia que só Deus faz. Se tivermos confiança inalterável em Deus e lhe formos gratos por tudo, Ele fará surgir de nossas adversidades uma melodia de louvor ao seu nome pela atuação em nossas vidas. No livro de Salmos os cânticos representavam situações da vida do povo de Israel e também do salmista escritor. Eram por assim dizer inspirações atribuídas a Deus e dedicadas a Ele como louvor pelo cuidado e presença nos diversos momentos vividos.

A este exemplo podemos viver a mesma experiência através do louvor. Talvez não façamos um cântico ou escrevamos um Salmo, mas poderemos cantar um louvor para obtermos força diante das adversidades ou cantar simplesmente como reação de gratidão por uma graça alcançada.

“A alma pode ascender para mais perto do Céu nas asas do louvor. Deus é adorado com hinos e músicas nas cortes celestes, e, ao exprimir-Lhe a nossa gratidão, estamo-nos aproximando do culto que Lhe ê prestado pelas hostes celestes” (Meditações Matinais, 1989, pág. 33).

O que o livro de Salmos pode nos ensinar a respeito da adoração? Que lições há para nós? Vamos a esse estudo tão especial para sintonizarmos nosso coração com o louvor adequado tal qual Davi e outros fizeram e fazem hoje em dia. Um bom estudo.


Domingo
Adoremos o Senhor, Nosso Criador
(Salmos 19; Salmos 90:1-2; Salmos 95:1-6; Salmos 100:1-5; João 1:1-3; Colossenses 1:16-17; Hebreus 1:1-3)

Como um diamante tem muitas facetas (lados lapidados), e por todos esses lados reflete a luz, assim, a criação de Deus tem muitos sentidos diferentes. Ela é símbolo do amor de Deus, do Seu poder criador, da Sua graça, da Sua esperança e redenção e nos leva a adorá-Lo com amor.

1. O que os exemplos a seguir têm em comum?Sl 90:1, 2; 95:1-6; 100:1-5

Resposta: Os textos falam da grandeza de Deus como criador, do Seu poder, da Sua bondade, e convidam a todos para servi-Lo e adorá-Lo.

O Louvor a Deus só vem após o reconhecimento de que Ele é poderoso e nós dependemos dEle para tudo: para termos vida, termos proteção,esperança e salvação.

2. O salmo 19 é outra canção de louvor a Deus como criador. Qual é a sua mensagem essencial? Por que ela é tão importante, diante dos argumentos de que existimos apenas como resultado de forças naturais desorientadas, que nos criaram unicamente por acaso?

Resposta: O Salmo 19 mostra como a natureza sideral (lua, sol, estrelas) confirma o poder criador de Deus. O ser humano mostra como a lei de Deus é perfeita levando a pessoa à obediência, à felicidade e a adoração.

Um guerreiro revolucionário, em 1793, dizia a um humilde crente na França: “Vamos arrasar as igrejas de vocês e acabar com tudo que traga à mente de vocês a ideia de Deus”. E o camponês respondeu: “Cidadão! Então vai precisar arrasar as estrelas também!”

3. Observe como o salmista muda repentinamente da discussão da glória de Deus revelada nos Céus para Sua Palavra revelada. Essa mudança abrupta é intencional. Leia João 1:1-3;Colossenses 1:16, 17; Hebreus 1:1-3. Que grande verdade o salmista está enfatizando?

Resposta: O Salmista nos mostra que Jesus (o verbo de Deus) criou o mundo, encarnou na Terra e merece nossa adoração. Jesus, Sua lei e Sua Palavra são perfeitos.

Ilustração: O Dr. Lynn Harold Hough conta que um grupo de pensadores conversava amistosamente, quando um formulou a seguinte pergunta:”Qual é a maior coisa a respeito do homem?” “Ora, está claro, é sua capacidade de pensar”, respondeu o primeiro. “De maneira nenhuma”, contestou outro; “para mim é a sua capacidade de decidir.” “Ambos estais errados”, volveu um terceiro; “a maior coisa do homem é seu poder de sentir emoção”. “Nenhum de vocês tocou no ponto”, dizia a voz do quarto homem; “o que faz a grandeza de um homem é sua capacidade de reconhecer que Deus é o seu criador e que ele precisa adorá-lo”. “O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Efe é o Criador, e que a Efe todos os outros seres devem a existência” (Meditações Matinais, 1992, pág. 51).


Segunda
Juízo de Seu Santuário
(Salmos 73)

Como bem indagou o teólogo Allan Nelly, ao fazer uma palestra em um Seminário Teológico no Sul do Brasil; como pode um menino de favela que é espancado freqüentemente pelo pai desempregado e alcoólatra, compreender que Deus o ama com amor paterno? A injustiça social e o desequilíbrio no lar causam ruídos na comunicação da Palavra.

Assim podemos dizer que cada um de nós tem uma experiência pessoal com Deus e enxerga a vida de uma forma única. Uma coisa, porém é comum a todos: Não gostamos de ver injustiça ou sofrimento gratuito. Por isso o salmista (Asafe) sentiu-se certa vez injustiçado quando ele se viu clamando a Deus por livramento e do outro lado viu os ímpios prosperando. O salmo 73 foi um desabafo dessa situação que tanto perturbou o escritor.

4. Leia o Salmo 73. O que provocou a mudança em sua atitude diante do problema? Que mensagem podemos tirar desse texto, no contexto do ministério de Cristo no santuário celestial, com suas verdades sobre Deus e sobre o plano da salvação?Dn 7:9, 10, 13, 14, 25, 26

Resposta: Ele mudou de atitude quando entrou no santuário e viu o fim de quem não busca a Deus, porque o que crê em Jesus (os fieis) , apesar dos sofrimentos tem um intercessor para a salvação, eficiente advogado, mas é também o justo juiz dos perversos, que terão fim.

O julgamento (juízo investigativo) iniciado em 1844 quando Cristo passou do lugar Santo para o Santíssimo tem hoje o seu prosseguimento e nos coloca diante do que o salmista visualizou (entrei no santuário e vi o fim dos ímpios). Quem hoje não aceita Jesus como salvador, não o louva, não o adora, está se colocando contra Ele e ficará desamparado no julgamento que se processará sobre a vida e seus atos.

“Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda: pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo. Mas aqueles que forem Injustos o sujos, serão injustos e sujos ainda. Portanto, o que se há de fazer para livrar as almas do juízo, da ira vindoura, deve ser feito antes que Jesus saia do lugar santíssimo do santuário celestial” (Primeiros Escritos, pág. 53).

“Muitos pensam que o cristianismo ê um milagre para tornar a vida miraculosamente fácil, sem sofrimento nem dor. O propósito do cristianismo não é evitar a dificuldade, mas produzir o caráter adequado para enfrentá-la. Ele não torna fácil a vida; antes, procura fazer-nos bastante grandes para a vida. Não nos oferece uma saída para os fardos da vida, mas nos fortalece para enfrentá-los, porque até para entrar na vida eterna será preciso preparo para enfrentar o juízo investigativo. O preparo é feito pelo Espírito Santo dirigindo nossos passos na vida cristã com a confiança em Jesus como intercessor”.

Ilustração: Houve uma vez um rapaz que, durante certo tempo, pensou ser possível viver Sem religião e sem fé; sua intenção era passara vida com o único fim de ganhar dinheiro e nome para si mesmo. Ele viveu desta maneira e ficou muito rico, até que sofreu um acidente fatal. Quem ouviu suas ultimas palavras foi sua namorada. Ele dizia: Não estou preparado para morrer e morreu sem Deus e sem esperança. Nada consegue superar o valor de uma vida preparada.


Terça
“Como os Animais que Perecem”
(Salmos 49)

Vivemos em um mundo cheio de injustiça onde as pessoas são maltratadas e esquecidas e onde o rico explora o pobre para conseguir mais lucro. Os que sofrem não conseguem ajuda e os solitários morrem no esquecimento. Deus vê tudo isto e trará a juízo todas as ações humanas.

Ilustração: Quando Sundar Singh, um célebre cristão indiano, viajava com seu guia, pelo Himalaia, foi atingido por violenta tempestade de neve. Arrastando-se pelo caminho, ele e seu companheiro tropeçaram num homem semi coberto pela neve. O guia insistiu para que prosseguissem dizendo que ao socorrer a vitima poriam em perigo a sua própria segurança. Enquanto o guia prosseguiu sozinho, Sundar ergueu aquele corpo inconsciente aos ombros e enfrentou a tempestade, parecendo estar em desvantagem. Assim que a noite caiu, ele achou uma caverna à frente, numa promessa de descanso seguro. Sundar, então, que se conservava aquecido pela carga extra que carregou, tropeçou no corpo gelado do seu guia. Ao ajudar o próximo ajudou a si mesmo sem perceber.

5. Como o Salmo 49 se relaciona com o que lemos ontem? Qual é sua mensagem fundamental? Onde podemos encontrar o evangelho nessa passagem? Que esperança suprema é apresentada?

Resposta: Apesar das desigualdades e injustiças, não importando quantos bens possamos ter ou o que tenhamos feito de bom ou de mal, todos morreremos como morrem os animais. Porém, se confiarmos em Deus, mantendo-nos fieis a Ele, seremos julgados e salvo da morte eterna.

O ser humano é diferente dos animais por causa do raciocínio. Através desse elemento precioso nos tornamos o que somos, mediante o que aprendemos e as múltiplas escolhas tomadas na vida. Se nossas escolhas forem para o mal, para a exploração das pessoas querendo levar vantagem de forma contínua e a qualquer custo teremos um ajuste de contas um pouco mais trabalhoso com o grande Juiz do Universo.

6. Considere os versos 7-9 do Salmo 49. Dado o contexto imediato, qual é a sua mensagem?

Resposta: Ninguém consegue salvar uma pessoa da morte eterna, só Jesus, por meio de Seu sangue; Só Ele pode oferecer vida eterna para todo aquele que nEle crer.

Ilustração: Quando o grande colonizador da África do Sul, Cecil Rhodes, jazia moribundo, disse: “Tanto por fazer e tão pouco feito!” Jesus, porém, pôde dizer, no ponto culminante de seu ministério: “Está consumado!” e abriu a porta da salvação para o mundo todo pela graça.

7. De acordo com o salmista, quantos dependem de Cristo para a salvação? Escolha a resposta certa: A: Somente os pobres ( ) B: Somente os ricos ( ) C: Todos precisam (X)

Resposta: Todos precisam de Jesus para alcançar a salvação.

“Pobre alma, desanimada e ferida do pecado, olha e vive! Jesus empenhou Sua palavra; Ele salvará a todos os que se chegarem a Ele.” – Fé e Obras, 37.


Quarta
Adoração e o Santuário
(Salmos 20:3; Salmos 40:6-8; Salmos 43:4; Salmos 51:19; Salmos 54:6; Salmos 118:27; Salmos 134:2; Salmos 141:2; Hebreus 10:1-13)

Aqueles que tinham o espírito de adoração como Davi e outros personagens da Bíblia sentiam um vazio e uma necessidade na alma de prestarem louvor e adoração ao Senhor. Essa necessidade era fruto da comunhão que possuíam com Deus e da entrega que fizeram da vida. O santuário poderia existir diante deles ou no coração que a adoração seria feita de qualquer maneira. O profeta Daniel, por exemplo, estava exilado em Babilônia, mas o seu costume era abriras janelas para o lado de Jerusalém e orava a Deus de forma fervorosa. (Dan.6:10).

“Suba à Tua presença a minha oração, como incenso, e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina” (Sl 141:2).

8. Que imagem está sendo usada nesse verso? O que ela representa?

Resposta: Aqui temos a figura do santuário, da oferta, do pedido de intercessão, do sacrifício e a mensagem da salvação em Cristo, o Cordeiro. As cerimônias do santuário deviam ser um ato de comunhão com Deus.

Essa expressão mostra a oração do salmista sugerindo os rituais do santuário em suas palavras e, sobretudo anunciando sua ligação com Deus de forma muito evidente nas palavras: oração, incenso e erguer das mãos como oferenda. Em tudo isto se vê o espírito de adoração porque os rituais do santuário apontavam para Jesus como supremo salvador.

9. Que verdades sagradas podemos tirar do santuário terrestre sobre a obra de Jesus em nosso favor? Por que essas verdades devem ser tão importantes em nossa adoração ao Senhor?

Resposta: O sistema sacrifical (morte do cordeiro no ritual do santuário) simbolizava Jesus como nosso salvador. Por amor, Ele nos criou e nos redimiu. Por isso somos gratos e O adoramos.

“O sangue do Filho de Deus era simbolizado pelo sangue da imolada vitima, e Deus queria que fossem conservadas ideias claras e definidas entre o santo e o comum. O sangue era sagrado, porquanto por meio do sangue do Filho de Deus unicamente podia haver expiação de pecado”. (Med.Mat. 1956, pag. 225).

10. Leia o Salmo 40:6-8 e Hebreus 10:1-13. Como Paulo relaciona o Salmo 40:8 com o sistema de sacrifícios?

Resposta: Paulo fala do sistema de sacrifícios criado por Deus para simbolizar Jesus como salvador. Jesus se dispôs, dando Sua vida na cruz; fez a vontade de Deus e cumpriu Sua lei, como o Cordeiro real.

11. Como podemos ter certeza de que não tornamos o culto e seus detalhes um fim em si mesmo? Como podemos fazer com que cada aspecto de nossa adoração nos conduza para Jesus e Sua obra em nosso favor?

Resposta: O pregador não deve ser o centro do culto; a música ou os cantores também não. Jesus deve ser adorado e exaltado em cada detalhe. Tudo deve nos conduzir para Cristo e Sua obra salvadora. Exaltar mais a Cristo e cuidar para que o ser humano não seja idolatrado.

A adoração tem o objetivo de nos ligar mais a Deus e buscar para nossa vida santificação para realizar sua obra com amor. A santificação nos toma semelhantes a Jesus em amor por outros.

Ilustração: Um obreiro testemunhou que certa manhã, bem cedo, quando se punha nas mãos de Deus em oração, sentiu a impressão de que devia visitar um hospital próximo, ainda que não fosse dia de visita. Ele foi e num quarto da enfermaria, encontrou uma mulher em desespero. Ela ia ser operada e estava com muito medo. Depois de orar com ela, e mostrar-lhe que Jesus a amava, foi embora. No dia seguinte, ele voltou lá e viu que o rosto mais feliz da enfermaria era o daquela senhora que agora louvava também a Deus. Dias depois ela se tornava uma adoradora.


Quinta
Para Que Não Nos Esqueçamos
(Salmos 78; Salmos 105; Salmos 106; Deuteronômio 6:6-9; I Coríntios 10:11)

As vitórias que temos na vida cristã devem servir para nosso alento espiritual. Uma ocasião Davi e seus homens estiveram em uma situação de muita calamidade. Eles foram para uma guerra e quando voltaram toda a cidade onde moravam, fora reduzida a cinzas. Os familiares de Davi e dos seus homens foram levados cativos e o povo chorou muito. Em seguida eles quiseram matar Davi que ficou angustiado, mas se fortaleceu em Deus, recordando das vitórias que Ele lhe dera.

“Também Davi se angustiou; pois o povo falava em apedrejá-lo. Mas Davi se fortaleceu no Senhor seu Deus” (I Samuel 30:6).

É por esse motivo que a história é tão importante quando se trata de enfrentar dificuldades como Davi fez. Ele recordou da sua história no passado e de como Deus o ajudara a superar tantos obstáculos. Essas vitórias Deus ordenou que o povo de Israel transmitisse a seus filhos.

12. Leia o Salmo 78:1-8. Por que Deus quer que o povo lembre sua história? Leia também Deuteronômio 6:6-9 e 1 Coríntios 10:11. Como podemos aplicar esse princípio em nosso contexto e experiência, que são bem diferentes da história deles?

Resposta: Deus queria que o povo se lembrasse da história do passado para que confiassem em Deus pelo testemunho e, assim, obedecessem aos Seus mandamentos, como nos pede que façamos ao olharmos a história da igreja, mantendo a confiança e obediência, evitando os erros dos antigos.

Como povo de Deus nesse tempo, considerados como o “Israel espiritual”, povo escolhido e profeticamente levantado para uma obra de evangelização deste mundo para a segunda vinda de Jesus, precisamos sempre ter em mente o que Deus tem feito por sua obra afim de que também obedeçamos aos seus mandamentos. Leia esse texto da serva do Senhor que muito nos anima…

“Ao recapitular a nossa história passada, havendo revisado cada passo de progresso até ao nosso nível atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Ao ver o que o Senhor tem efetuado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado” (Eventos Finais, pág. 72).

Ilustração: Em Outubro de 1991, um incêndio destruiu 2.500 casas nos arredores de Oakland, Califórnia. Quando os donos assolados voltaram e removeram as cinzas negras, descobriram que todos os seus haveres tinham sido reduzidos a fuligem. Mas um homem e a sua filha descobriram um pequeno coelho de porcelana. Admiraram-se que um objeto tão frágil tivesse ficado intacto. Outras vitimas desta catástrofe encontraram também louças e objetos de porcelana que de alguma maneira tinham desafiado este fogo consumidor. No Domingo seguinte ao desastre, um pastor local levou para o seu púlpito um vaso intacto, o qual era a única coisa que ele tinha recuperado da sua casa destruída. Ele perguntou à sua congregação: “Sabem por que este vaso ainda está aqui e a minha casa desapareceu?” Ele respondeu à sua questão dizendo: “Porque isto já tinha passado pelo fogo antes”. Poderão as impetuosas provações da vida de fato se mostrarem ser uma bênção? O apóstolo Pedro revela-nos que podem. Ele explicou-nos que várias provações podem resultar em “louvor, honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (I Pedro 1:6-7). Provações ardentes podem ser muito dolorosas, mas se pela graça de Deus conseguirmos suportá-las, a nossa fé pode emergir da ardente fornalha, mais pura e forte do que era antes.Era isso que Deus queria que o povo de Israel se lembrasse: Cada momento vivido com Deus é sempre assinalado de vitória e por isso devemos adorá-lo.


Sexta
Conclusão

Ao encerrarmos o estudo dessa semana devemos repensar nossa maneira de louvar ao Senhor por tudo que aprendemos com os Salmos. O louvor deve vir do profundo da nossa alma e estar motivado por situações onde o poder divino esteve atuando em nossa vida ou na vida da igreja. Os salmos tinham esse direcionamento de louvor porque revelavam ti sentimento do salmista em função de situações vividas por ele ou pelo povo de Deus. O louvor sincero sempre fez parte da adoração verdadeira ao Criador. Eis o que nos revela a serva do Senhor sobre a adoração e o louvor vinculado ao culto e a ministração da Palavra.

“O cântico de louvor, as palavras proferidas pelos ministros de Cristo, são instrumentos designados por Deus para preparar um povo para a igreja de cima, para aquele mais elevado culto de adoração em que nada do que é impuro ou não santificado poderá ter parte.” (Mensagens aos Jovens, pág. 265).

Deus aceita o nosso louvor, seja ele da mais débil criatura e da forma mais sincera possível. Deus não observa o timbre da voz, nem a afinação, mas olha a disposição do coração que deseja louvá-lo. Ele não despreza nenhuma oferta de louvor a ele dada de coração.

Ilustração: Um pobre árabe encontrou uma fonte de água pura. Acostumado a encontrar poços de égua salobra, reconheceu ser aquela água própria para um rei. Enchendo o seu cantil da fonte, resolveu ir apresentar tal água ao rei como um presente valioso. Viajou por muito tempo e depositou sua oferta aos pés de seu soberano, O rei não desprezou a dádiva, que lhe fora trazida com tanto sacrifício. Bebeu um pouco daquela água e, agradecendo ao árabe com um sorriso, deu ordem para que o recompensassem. Os cortesãos do palácio estavam ansiosos por beber daquela maravilhosa água também, mas o rei proibiu a todos de tocar naquele cantil. Depois da partida do árabe, o rei explicou; “Meus amigos, durante a longa viagem que esse leal súdito fez para me trazer a água, ela tornou-se impura e desagradável ao paladar, mas foi-me dada como uma dádiva de amor e lealdade. Como tal, recebi-a com prazer e a tomei com a disposição de quem recebe um presente valioso; mas eu bem sabia que se permitisse que outra pessoa dela provasse, essa pessoa não haveria de esconder o seu desagrado. Por isso proibi-vos de tocá-la, para que o coração do pobre homem não fosse magoado”. Assim meus irmãos atentem bem. Se um rei não-cristão pôde ser tocado pelo motivo que inspirou um pobre homem em seu ato de honrá-lo com um presente tão valioso que lhe custou tempo e cuidados, certamente nosso amante Pai celeste apreciará todo louvor inspirado pelo amor a Ele como uma dádiva de amor. Deus não despreza o louvor de nenhuma de seus filhos.

“Uma congregação pode ser a mais pobre da Terra, mas se os membros possuírem os princípios do caráter de Cristo, os anjos unir-se-ão a eles na adoração. O louvor e ação de graças de corações reconhecidos ascenderão a Deus como suave sacrifício” (Parábolas de Jesus, pág. 298).

Unamos nossas vozes em louvor ao glorioso Criador e deixemos nosso pensamento prestar-Lhe a mais fervorosa e consciente adoração. Oremos a Ele pedindo que aceite a oferta do nosso coração.


“Graças Te rendemos, ó Deus; graças Te rendemos, e invocamos o Teu nome, e declaramos as Tuas maravilhas” (Salmos 75:1).


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