A Adoração

A Santidade de Deus – Sikberto Renaldo Marks

por: Sikberto Renaldo Marks

Verso para memorizar:Exaltem o Senhor, o nosso DEUS; prostrem-se, voltados para o Seu santo monte, porque o Senhor, o nosso DEUS, é santo” (Sal. 99:9, NVI).


Introdução

DEUS é santo. E que é ser santo?

Para seres humanos, ser santo é estar separado do mundo, desinteressado dos atrativos do mundo. É no capítulo 20 de Levíticos que aprendemos como devemos ser para a busca da santidade. A recomendação é simples e direta: separemo-nos do mundo. É DEUS que nos santifica, se desejarmos, se sentirmos a necessidade. Ser santos, como diz Lev. 20:23, é não andar nos costumes da gente que DEUS lançava fora de diante deles, os cananeus, porque eles praticavam abominações. Eles viviam na idolatria, brigavam, roubavam, se intoxicavam, e praticavam toda sorte de coisas reprováveis. Ser santo é viver à parte do estilo de vida das pessoas ligadas ao mundo. E a fórmula é a mesma ainda hoje.

E DEUS, que nos santifica, como Ele é santo?

Ele é a origem de todo bem, que não faz parte desse mundo. Ele é amor, e com base nesse universal princípio, Ele cria e sustenta tudo. Ele não tem necessidade de Se separar do mundo, já está e sempre esteve separado do que é mau. Ele não é tentado, vive na perfeição, num estilo de vida do mais puro e sincero amor, pois Ele é amor. É assim que Ele é santo. “Como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos também santos em todo o vosso comportamento, porque está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1 Ped. 1: 15 e 16). Ou seja, amem-se uns aos outros, e não se odeiem, porque é assim que Eu, o Senhor também procedo.

Ser santo é amar a DEUS e ao próximo como a si mesmo (Mat. 22:37 a 39). É guardar os mandamentos de DEUS (Mat. 19:17). É purificar-se no sangue de JESUS CRISTO (2 Cor 7:1 e 1 João 1:7 e 9). É viver separado das coisas mundanas (Luc. 9:57-62 e 1 João 2:15-17).

Resumindo, quanto mais capacitados em amar, mais santos seremos, e evidentemente, mais separados do mundo estaremos, ou seja, mais próximos de DEUS viveremos. Ser perfeitamente santo, ou, 100% santo é viver em perfeita harmonia com o amor de DEUS. Simples, não é?

Uma perguntinha: Porque a santidade tem a ver com o amor? Isso também é fácil de entender. É porque o amor é o critério para todas as ações de DEUS, e de todos os seres que vivem em perfeição. Talvez se possa dizer: ser santo é ser perfeito, e para ser perfeito o caminho é saber amar.


“Está escrito”

Talvez um dos conceitos mais confusos em nosso planeta seja sobre DEUS. Os seres humanos criaram tantos deuses, que isso incentiva a muitos não crerem em deus algum, ou concluem que não existe DEUS. E sobre o DEUS Criador, o do cristianismo, há tanta explicação contraditória que também dá margem a confusão e ao ceticismo. Por exemplo, na Idade Média o próprio cristianismo inventou tantos tipos de comportamento estranho para um DEUS de amor que esse dito DEUS pode ser tudo, menos amor. Quem poderia crer num DEUS vingativo, como os deuses pagãos, e que manda morrer na estaca em meio ao fogo a quem não faz a Sua vontade, como o DEUS da Idade Média? Matavam hereges, em nome de DEUS, e sem julgamento transparente. Em um grupo de pessoas que pouco ou nada entende de Bíblia, podemos facilmente encontrar tantas explicações sobre DEUS quantas pessoas presentes. Há um objetivo por trás dessa confusão: desviar as pessoas do verdadeiro DEUS. Em meio a essa confusão, o DEUS Criador fica sendo visto como apenas mais um deus, entre tantos inventados e falsos.

A única fonte segura de se saber a verdade sobre DEUS é a Bíblia. É essa a razão de nosso estudo de hoje. Temos que nos basear no “está escrito”, expressão fortemente utilizada por JESUS CRISTO diante de satanás, que se encontra em Mateus 4:4, 7 e “também está escrito” em contraposição do mau uso dessa expressão por parte de Lúcifer em Mat. 4:6) e verso 9. Portanto, de JESUS aprendemos algo muito importante: devemos nos pautar nas Escrituras, no “está escrito”, e sempre que alguém utiliza trechos das Escrituras de forma distorcida, devemos recorrer ao “também está escrito”, assim como fez JESUS. Devemos ser cuidadosos por utilizar a Bíblia de forma que a interpretação não conflite com alguma outra parte dela. Assim se poderá obter conhecimento verdadeiro sobre DEUS.

Na Bíblia existem muitas passagens (ou equivalentes) tipo: “assim diz o Senhor”. É frequente no Antigo Testamento. E o Novo Testamento lança seus fundamentos naquele. Um verso forte que não deixa margem a dúvidas sobre a validade do Antigo Testamento está em 2 Tim. 3:16, “Toda Escritura é inspirada…” ou seja, tanto o Novo quanto o Antigo Testamento vieram por inspiração da parte de DEUS, e estão valendo. JESUS mesmo disse (está em João 5:39): “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim.” Naqueles dias ainda não havia sequer uma linha escrita do Novo Testamento, portanto, o Mestre referia-se ao Antigo Testamento. Ele nunca o revogou. Portanto, para aprendermos sobre DEUS, assunto de vital importância, devemos recorrer à Bíblia inteira. E é isso que se fará a partir do estudo do dia de amanhã.


Ser separado

O conceito de santo implica separação. Aí surgem imediatamente duas perguntas: Separação de quê? E separação para quê?

Se examinarmos os versos selecionados na lição, veremos que é bem forte a necessidade de ser separado a fim de ser santo. Ora, a separação exige distanciamento de alguma coisa. Se lermos em Lev. 20, e capítulos adjacentes, veremos que se trata de separação das coisas desse mundo. E se atentarmos mais aos versos da lição de hoje, no caso da santidade de DEUS, entenderemos que Ele é um Ser especial, com atributos que nenhum ser no Universo possui. Então DEUS é especial, peculiar, inigualável. É uma maneira de ser diferente de todos os demais, pois o que DEUS consegue fazer ninguém mais é capaz.

E DEUS é assim tão especial e diferente porque é puro amor.Ser santo, em última análise, é ser separado para a dedicação ao amor. Ou, ser semelhante a DEUS.Para se ser semelhante a DEUS, devemos amar, tal como Ele ama. E quanto mais se ama, menor será a nossa identidade com o mundo, mais separados seremos do mundo, porém, mais semelhantes a DEUS.

DEUS é santo porque é puro amor e porque é infinitamente capaz. Nisso Ele é diferente, especial e incomparável. Ele é capaz de ser assim porque ama mais que qualquer outro ser. Ele é a origem do amor, e é a origem de tudo que é bom. E nós, seres humanos, se desejarmos ser santos, devemos saber que isso será alcançado pela separação do mundo, nos tornando cada vez mais capazes de amar. Ou seja, é pela obediência à lei de DEUS que nos tornamos assim como Ele é, pois Ele próprio é a lei.

Por que o sábado é um dia santo? Porque DEUS o tornou assim, Ele o separou dos outros seis dias. A santidade do sábado é o amor, como tudo o que se torna santo. O sábado é o dia da intimidade com DEUS, o dia em que dedicamos nossos sentimentos e interesses exclusivamente ao Criador, Aquele que nos fez.

Quanto mais formos santos, e isso seremos por meio da transformação pelo ESPÍRITO SANTO, o encarregado de nos modificar e nos tornar à semelhança de DEUS, mais seremos capazes de amar. Ou, por outro lado, menos teremos interesse nos atrativos do mundo, e mais teremos desejo de sermos salvos. Resumindo tudo, quanto mais santos formos, maior será nossa vontade de estarmos ao lado de DEUS, e de fazer a Sua vontade. Nesses casos, não ficaremos por aí questionando se pode ou se não pode ir ao cinema, se pode ou não pode assistir uma partida de futebol, se pode ou não pode ver novelas e coisas assim. Quem se santifica sabe o que convém e o que se torna um risco para perder a vida eterna. Os interesses dos santos estão fora desse planeta, estão na Nova Terra.


Arrepender-se no pó e na cinza

Jó, como o profeta Ezequiel, era homem de DEUS, fiel e obediente a DEUS, e sua vida era consagrada. Mas quando esses santos se viram diante da presença de DEUS, mesmo que Este se manifestasse diante deles em forma de redemoinho, ou como um arco íris, esses homens se viram indignos e pecadores. Podiam ser homens justos e retos, mas eram pecadores, essa era a sua natureza. Quando se sentiram diante da santidade, então é que perceberam a diferença entre o que eles eram e o que DEUS sempre foi.

Jó passou viários dias em misterioso e grave sofrimento. Foi acometido por uma doença misteriosa, aparentemente sem cura, que lhe fazia sofrer talvez mais que os limites do suportável. A qualquer momento poderia morrer, mas não morria, continuava sofrendo. A sua esposa, por amor, pediu que ele morresse, isto é, que descansasse do sofrimento. Ela deve ter concluído que cura não havia, portanto, qual seria a razão de continuar sofrendo aquelas dores horríveis? Isso depois de haverem perdido tudo.

Mas chegou o dia em que DEUS apareceu a Jó em meio a um redemoinho. Eliú, depois dos outros três amigos de Jó, quando já não tinham mais palavras para responder ao sofredor, passou a falar. O que ele falou está em Jó 32 a 37. Foi um longo discurso, grande parte para exaltar a DEUS. Quando ele parou de falar, da parte dos homens se haviam esgotados os argumentos. Quando todos silenciaram, então apareceu um redemoinho, e dele DEUS passou a falar.

É impressionante, mas muitos de nós temos tantas coisas a dizer, tantas bobagens, que DEUS fica calado, aguardando uma oportunidade de falar coisas superiores. Ali foi assim. Em quantos dias prolongaram o sofrimento de Jó pelas incoerências que diziam a ele não sabemos, mas podemos ter como certo de que esse sofrimento poderia ter sido abreviado, se fossem humildes, e deixassem DEUS falar mais cedo.

Ao DEUS falar, Ele desafiou a Jó (DEUS nem Se referiu aos seus amigos), que explicasse os Seus atos de criação. Jó se calou e passou a ouvir. Agora ouvia sabedoria; nessas palavras havia entendimento profundo. Eram palavras questionadoras. Um infalível estava falando. E quando DEUS parou de falar, Jó simplesmente se reconheceu como um pecador, e pronunciou as palavras mais coerentes que um pecador pode pronunciar: “me abomino e me arrependo” (Jó .42:6). Ele estava assentado no pó e na cinza, e ali ele se arrependeu. Não importa onde estejamos, se na rua, se na sarjeta, se numa boa casa, se num palácio, é onde estivermos que nos devemos arrepender.

O mesmo aconteceu com outras pessoas. Uma delas foi Daniel, quando se percebeu na presença de DEUS. Outras pessoas que ali estavam, mesmo nada vendo, sentiram tanto medo que fugiram correndo. E Daniel perdeu todas as suas forças, ficou pálido e desfigurado, caído, sem sentidos, em terra. E DEUS falava com ele.

Como é impressionante o contraste entre a santidade de DEUS e a nossa condição de pecadores! E essas pessoas eram profetas, ou servos de DEUS. Imagina se DEUS aparecesse a um pecador daqueles que zombam de DEUS. Que choque levariam! Sabemos que se DEUS revelasse a Sua glória diante de um pecador, o choque seria tão poderoso que esse pecador simplesmente morreria num instante.

Isso nos diz alguma coisa, não é assim? Isso diz que devemos agir como Jó, nos arrepender de nossos pecados. Pois todos somos pecadores, e necessitamos do perdão de DEUS.


“Afasta-Te de mim!”

O verdadeiro cristão em algum momento se flagrou de sua situação de pecador totalmente dependente do poder de DEUS. Esse é o que pode ser transformado. Assim como no Antigo Testamento alguns personagens se chocaram ao perceberem a sua miséria espiritual diante da santidade de DEUS, também isso aconteceu no Novo Testamento. Temos relatos de pessoas que ficaram por demais impressionadas com algum tipo de manifestação de DEUS. É o caso de Pedro, cuja história é o foco do estudo de hoje. Mas há outros personagens, como Simeão e Ana, ao verem JESUS bebê; de Saulo ao cair no chão de cima do animal; dos discípulos ao JESUS acalmar o lago de Genesaré; de várias pessoas ao Ele multiplicar os pães e peixes e ao realizar curas; dos dois discípulos ao caminharem com Ele para Emaús depois de ter ressuscitado, e lhes ardia o coração, sendo fortemente impressionados ao levantar as mãos, como de costume, para abençoar o pão; e depois, ao Ele aparecer dentro da sala fechada, já em Jerusalém.

Se atentarmos para a Bíblia, entenderemos a forma como as coisas impressionam o ser humano: situações miraculosas. Por exemplo, estar com JESUS em situação normal não os impressionava, mas quando JESUS de alguma forma manifestava algo de Seu poder como DEUS, aí as pessoas ficavam, às vezes, até espantadas. Quando JESUS ressuscitou Lázaro, houve, da parte de alguns, uma sensação de perplexidade diante da divindade. Assim também foi nos momentos da manifestação miraculosa da natureza, ao JESUS estar pregado na cruz. Nós saímos do estado de conforto e indiferença diante do inusitado e inexplicável, quando então percebemos que isso só pode vir de algum poder superior ao nosso. Nesses casos é que nos assustamos, temos medo, fugimos, nos chocamos, enfim, e em muitas situações, é vista a mediocridade de nossa condição diante desse poder superior. Nem todos, mas muitos, nesses momentos caem na realidade de sua própria vida, e é bom que seja assim. Mas, como dizíamos, isso não acontece com todos. Por exemplo, os sacerdotes e professores da lei, no tempo de JESUS, eram tão duros que, mesmo se assustando em alguns momentos, mesmo não conseguindo explicar os fatos, resistiram em crer em JESUS, e empenharam-se por matá-Lo, melhor, por assassiná-Lo, pois o Seu julgamento foi uma farsa.

Então, uma conclusão aqui devemos tomar, e é importante que nos posicionemos. Diante das manifestações do poder da divindade, há dois tipos de reação: um, da indignidade do ser humano, que leva a arrependimento; outro, de resistência e racionalização, mas não de submissão nem de arrependimento.

Se há duas respostas diante de situações milagrosas e inexplicáveis, também isso ocorre diante de situações que exigem reverência, mas são normais. Por exemplo, os cristãos verdadeiros, eles se sentem pequenos ao entrarem numa igreja, ao se depararem com a Bíblia aberta, ao ouvirem um hino de louvor, ao ouvirem um testemunho de arrependimento, etc. É o caso do publicano, dentro da casa de DEUS. Ele, sentindo sua indignidade, apenas conseguiu admitir sua situação, dizendo, “Senhor, tem piedade de mim, porque sou pecador”. O ladrão que estava ao lado de JESUS, da mesma maneira, só pediu que JESUS Se lembrasse dele ao entrar em Seu reino. Assim foi com muitos.

Em nossos dias, falta grande reverência dentro da igreja, seja no modo de vestir, seja no comportamento (muita conversa, e muitas vezes zoeira), seja na preparação dos programas. Há um crescente barulho se manifestando na igreja, em especial no louvor, que está sendo trocado por barulho irreverente. Racionalização humana: é para atrair pessoas para CRISTO, mas O ESPÍRITO SANTO precisa dessas bengalas? Já não acredito que nossas autoridades superiores ajam com firmeza nesse assunto. Devemos aguardar até que DEUS sacuda essa irreverência da igreja, e só então ela terá realmente poder para concluir a obra. Não se imagine que uma igreja desunida quanto ao louvor receba muito poder do alto. Seria um testemunho confuso a dar ao mundo. Vamos aguardar, mas em pé, posicionados ao lado de JESUS e Suas instruções. Há uma campanha satânica muito forte por introduzir a irreverência diante das coisas santas, e em grande parte, essa campanha é oficial. Isso, embora a profecia de Ellen G. White sobre a música na igreja, nos últimos momentos antes da vinda de CRISTO.

Meu amigo ou amiga, não espere por alguma situação extraordinária para então, após levar um tremendo susto, se arrepender. Posicione-se em atitude de santidade diante das representações de DEUS aqui na Terra, em especial, diante de Sua Palavra, a Bíblia, e em Sua casa. Já é um bom começo.


Quando demônios falam

È seguro afirmar que, diante de DEUS, qualquer ser de qualquer lugar do Universo, exalta, de alguma forma, a santidade de DEUS. Sim, porque até os demônios, Seus inimigos extremos, agem assim. No dia da volta de JESUS, os ímpios vivos, todos eles, incluindo os céticos e ateus, admitirão que DEUS existe e que Ele é santo e infinitamente poderoso. E fugirão procurando as cavernas ou se enfiando por baixo das pedras, ou se escondendo onde for possível. Eles terão a noção de que estão na presença de um Ser santo, e que eles são indignos de estarem diante dEle porque são pecadores não arrependidos. No final da história, no fim do milênio, no encontro com o Senhor, todos os seres desta Terra se referirão sobre a santidade de DEUS.

Quando, em certa ocasião JESUS ensinava as multidões, havia ali um homem endemoninhado. Repentinamente um demônio clamou em alta voz, dizendo: “bem sei quem és: O Santo de DEUS” (Luc. 4:36). Diante de DEUS, todos os seres criados são levados à incapacidade de mentir, e de admitir a santidade de DEUS, além de reconhecer a sua condição individual, seja qual for.Os seres não caídos admitem que são criaturas, e não deuses, e os seres caídos admitem que são pecadores carentes de perdão. E os demônios admitem que necessariamente serão destruídos, por causa de sua rebelião, da qual nunca se arrependeram.

E bem junto ao trono de DEUS, os seres viventes, em número de quatro, clamam de contínuo: “santo, santo, santo é o Senhor DEUS todo poderoso” (Apoc. 4:8, up). A santidade de DEUS pode não ser aceita em tempos de normalidade, mas quando Ele Se manifesta, não há ser criado que consiga manter-se indiferente, e não se pronunciar a esse respeito da forma devida.

E porque as pessoas se assustam diante da santidade de DEUS? Em primeiro lugar, só os pecadores se assustam, com as criaturas não caídas isso não acontece. Elas se assustam porque temem a DEUS, há uma cobrança pendente, por causa dos pecados. Vai haver uma execução da parte da justiça de DEUS. Esse é o único motivo do medo, ser pecador, e estar nessa condição, diante da santidade do DEUS santo e todo poderoso.


Aplicação do estudo

A lição termina com o episódio da sacudidura no templo, em Jerusalém. É impressionante o paralelo do que aconteceu lá, e do que acontecerá entre nós, com o decreto dominical.

Na entrada do templo, no pátio, formou-se um mercado lucrativo. E o ser humano em geral é assim, ganancioso, onde algo se torna lucrativo, imediatamente aparece alguém aproveitando-se da situação, para levar vantagem. Era difícil para o povo que morava distante, trazer junto um cordeiro para a sua oferta. Então alguns espertos resolveram criar um mercado para vender animais, os necessários para as ofertas. Naquele lugar só aceitava o dinheiro do templo, pelo que também logo apareceram os cambistas para fazerem a troca do dinheiro a fim de comprar a necessária oferta. Tudo isso era muito lucrativo, e os sacerdotes também ganhavam um percentual com esses negócios. Logo, quanto mais o povo pecasse, mais ofertas trariam, e mais aqueles vendedores, cambistas e sacerdotes enriqueciam. Portanto, o importante não era o perdão, e sim, o pecado. A ênfase mudou de foco, e o fim voltou-se para o lucro e posses seculares, dentro e ao redor do templo.

Pouco antes do fim, imediatamente antes do início do Alto Clamor, também DEUS fará uma limpeza em nosso templo. Chama-se sacudidura, quando cortarem o ganho, pelo decreto dominical, muitos que enfatizam no mundo, nos ganhos, na aparência, não suportarão a pressão e sairão da igreja. Além disso, tornar-se-ão nos mais severos inimigos dos irmãos que permanecerem. Mas, por outro lado, muitos de fora, sinceros, virão para a igreja, ligando-se aos que permaneceram nela, e esses concluirão a obra. Esses de fora atualmente ainda não podem vir para a igreja porque não suportariam o mau testemunho de muitos, ainda não sacudidos.

Naqueles tempos, quando JESUS Se valeu de Sua autoridade divina, as classes dos cambistas, vendedores e sacerdotes temeram de medo. Era aquele temor não santo, mas de estar fazendo a coisa errada, no lugar errado, diante da pessoa errada. Isso eles não deveriam fazer ali. E muito menos explorar o povo fragilizado pelos pecados, aproveitando-se da necessidade do perdão. Obter o perdão passou a custar caro.

Quando JESUS passou a mão no chicote, e passou a ameaçar, eles correram o que puderam. Trataram de escapar do poder de uma autoridade que era não só dona do templo, mas juiz que podia condenar, sem apelação. O curioso é que, em lugar dos que fugiram, veio o povo, calmamente, sem medo, para ver e ouvir JESUS. É assim que será no fim dos tempos, na igreja. Muitos serão sacudidos, mas em lugar deles, virão outros tantos, e se sentirão abrigados junto ao povo de DEUS.

Tornar-se mais semelhante a JESUS é o mesmo que tornar-se mais santo, e isso requer que nos separemos das coisas do mundo que DEUS não aceita.


Sikberto Renaldo Marks é professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)


Fonte: Publicado originalmente em: http://www.cristovoltara.com.br/arquivos_upload/20120126214044_L05-1-2012.doc

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