Verso para memorizar: “Santo e tremendo é o Seu nome” (Salmos 111:9).
Sábado à tarde
Os historiadores e eruditos costumam tentar dar nomes e rótulos para as várias eras: a Idade da Razão, a Era de Aquário, a Geração Perdida, a Idade do Engano, a Era Moderna, a Era Pós-moderna, e assim vai. Os rótulos se aplicam muito mal, porque descrevem só uma parte, e raramente o todo.
Mas se fôssemos classificar o nosso tempo, talvez um rótulo poderia descrever, se não o todo, pelo menos uma boa parte dele, e seria: a Idade da Irreverência. Nada é sagrado nestes dias. Em livros e revistas, na televisão, rádios e outdoors, poucas coisas são tabu. Religião, sexo, fé, família – tudo pode ser zombado, satirizado e distorcido. Recentemente as infidelidades matrimoniais de um político famoso foram assunto de um comediante – enquanto o político e sua esposa estavam sentados no auditório, ouvindo e rindo!
Nada é sagrado?
Felizmente, nem todos perderam o senso de reverência. Para os seguidores de Jesus, a reverência deve ser uma das principais manifestações de fé. Nesta semana, ao continuarmos a olhar para os resultados de ser perdoados, queremos dar uma rápida olhada a um assunto que merece, especialmente nesta Era da Irreverência, o estudo de um trimestre inteiro.
Domingo – A reação de Isaías
“Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5).
Leia Isaías 6:1-5, que dá o contexto da reação de Isaías no verso 5. O mais notável é que Isaías era um profeta escolhido pelo Senhor, que obviamente tinha um chamado divino. Mas quando teve uma visão de Deus, ele recuou, considerando-se indigno.
1. Que palavra Isaías usou por duas vezes para descrever a si mesmo e ao seu povo? Por que ele se sentia assim? Ele estava falando no sentido físico ou espiritual? Explique sua resposta. Como estes poucos versos nos ajudam a entender o que ele queria dizer: Isaías 64:6; Zacarias 3:3; Apocalipse 3:18?
O grande problema, especialmente no mundo moderno, é que as pessoas não vêem a própria impureza, a própria pecaminosidade, porque estão se comparando com outros ou com o mundo ao seu redor. As pessoas podem sempre achar alguém em pior estado com quem se comparar. Afinal, é difícil ver a sujeira contra um fundo escuro.
Em contraste com a justiça e a santidade de Deus, porém, esse problema desaparece. Pelo contrário, como o exemplo de Isaías mostra, ninguém que entra em tal contato com Deus sai sem um senso da própria pecaminosidade.
Talvez seja disso que o mundo necessita: um vislumbre da santidade de Deus. Só então as pessoas não apenas verão a sua verdadeira situação, mas procurarão o remédio. Naturalmente é aí que entram Cristo, a Cruz e o evangelho. Realmente, a revelação da santidade de Deus não se destina a destruir Isaías ou a nós. Deus Se revela a fim de nos tornar humildes, não para nos humilhar. Existe uma diferença. Quando somos tornados humildes, sentimos nossa necessidade e buscamos ter essa necessidade atendida; sentimos que somos impotentes mas não desesperados. Quando somos humilhados, sentimo-nos arrasados e sem esperança. A revelação da santidade de Deus nunca destrói. Traz a cura.
Leia Isaías 6:6 e 7. O que aconteceu a Isaías depois de que reconheceu sua pecaminosidade? O que o Senhor fez com ele? Como podemos entender o que isso significa? Como entendemos a brasa nos lábios, no contexto do evangelho? Como nossa iniqüidade é levada e nossos pecados são purificados? |
Segunda-Feira – Reverência e a cruz
“Vemos, todavia, Aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem” (Heb. 2:9).
2. O que o texto acima está dizendo? Quais são as implicações deste texto, especialmente no contexto da reverência para com Deus?
Certo, reverenciamos a Deus porque Ele é o Criador e nós somos Suas criaturas (Salmos 100:3). Certo, reverenciamos a Deus porque Ele é um fogo consumidor (Deuteronômio 4:24), porque é um Deus misericordioso (Deuteronômio 4:31), porque é poderoso (Deuteronômio 7:21) e porque Ele é tudo (Lucas 1:37).
Mas, por melhores que sejam estes motivos, existe uma razão que é sem dúvida a melhor, porque Ele é um Deus perdoador, um Deus que não lança nossas transgressões contra nós, um Deus que quer apagar nossos pecados, um Deus que por intermédio do sacrifício de Si mesmo abriu o caminho para que fosse concedida a vida eterna em Sua presença e na presença dos santos anjos para toda a eternidade a criaturas miseráveis e pecaminosas como nós mesmos.
Pense nisto: Jesus, Aquele que sustenta e mantém todas as coisas (Atos 17:28), que morreu como Substituto dos pecados do mundo inteiro (I Coríntios 5:7), que é igual a Deus (Filipenses 2:6), Aquele que fez todas as coisas (Colossenses 1:16), que Se tornou um ser humano e viveu em perfeita santidade (Hebreus 2:10).
Quando olha para a Cruz e percebe que era Deus, o Criador, que estava lá pendurando, morrendo pela Sua própria Criação, como podemos não ter senso de reverência, de temor? Em virtude do que Deus é como Criador, é certo que deveríamos temê-Lo e reverenciá-Lo. Mas mesmo que não morresse por nós, só Sua exaltada condição, em contraste com a nossa, O tornaria merecedor de louvor e reverência.
Mas quando acrescenta o elemento da Cruz, quando adiciona o elemento do que foi feito na cruz por nós, o perdão dos pecados que foi oferecido por causa da Cruz – o temor, a reverência e o amor só podem crescer.
Entre todos os motivos que temos para reverenciar o Senhor, por que – de nossa perspectiva (de criaturas caídas e pecaminosas) – o fato de que Ele é um Deus perdoador é o melhor motivo para termos reverência por Ele? |
Terça-Feira – O nome do Senhor
3. Estude os seguintes textos. O que cada um deles diz sobre “o nome do Senhor”? Como nos ajudam a entender o que significa esse conceito e o que está incluído nele?
Entre os modernos judeus ortodoxos o nome do Senhor é considerado tão sagrado que é considerado blasfêmia pronunciá-lo. Hoje eles costumam chamar o Senhor de HaShem, que em hebraico significa simplesmente “o nome”.
Mas é claro pelos textos acima que o nome do Senhor é importante, sagrado, poderoso. Não que exista qualquer poder mágico no nome em si; ao contrário, é o que o nome representa que evoca o tipo de temor e reverência que a Bíblia diz que merece.
Nos tempos bíblicos, freqüentemente um nome estava associado com o que ele nomeava, muito mais do que hoje. Veja, por exemplo, em Romanos 10:13. Não existe salvação no nome em si; a salvação é encontrada em quem ele representa, Jesus. Veja o Salmos 20:7. A libertação não é encontrada no nome de Deus em si (como se o som das vogais e consoantes em si tivesse poder) mas no Deus que é nomeado ali.
Mas este é o ponto: na Bíblia, Deus está associado tão intimamente com Seus nomes que freqüentemente são usados de maneira inseparável. Sem dúvida é por isso que a Bíblia é tão clara em dizer por que devemos usar o nome com reverência. Profanar o nome é, em sentido indireto, profanar Aquele que é chamado.
4. Muitas vezes, em muitas línguas, o nome de Deus é usado como maldição. Por que o diabo fica feliz por fazer as pessoas usarem o nome de Deus desta forma?
Quarta-Feira – Temer a Deus
“Temam a Deus e glorifiquem-nO, pois chegou a hora do Seu juízo. Adorem Aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7, NVI).
Se o primeiro e o mais importante dos mandamentos é amar a Deus com todo o coração e alma (Mateus 22:37), por que a primeira mensagem angélica diz que devemos “temer a Deus”? Podemos amar o que tememos?
A resposta depende de nossa compreensão de temor. Poucas vezes na Bíblia hebraica a palavra traduzida por “reverência” (Levítico 19:30; 26:2; Salmos 89:7) vem da mesma palavra que é comumente traduzida por “medo”.
Leia Levítico 19:30 e 26:2. Estes versos podem nos ajudar a ver que a ideia de “temer” a Deus é não ter medo dEle assim como poderíamos ter medo de uma cobra venenosa; ao contrário, temer a Deus é tê-Lo em reverência pelo que Ele é, em contraste com o que nós somos. Reverenciar a Deus, temê-Lo, é simplesmente reconhecer como nós, seres caídos, nos posicionamos em relação a Ele. É simplesmente reconhecer corretamente a relação entre criatura e Criador. É compreender quão grande, poderoso e santo Ele é, em contraste com nossa pequenez, fraqueza e o quão dessemelhantes a Cristo nós somos. Essa reverência também se aprofunda muito mais quando entendemos nosso relacionamento com Ele como nosso Redentor.
“A verdadeira reverência a Deus é inspirada pelo senso de Sua infinita grandeza e a noção de Sua presença. Com este senso do invisível, todo coração deve sentir-se profundamente impressionado. A ocasião e o lugar de oração são sagrados, porque Deus está ali. E ao ser a reverência manifestada em atitude e comportamento, o sentimento que a inspira será aprofundado. “Santo e tremendo é o Seu nome” (Salmos 111:9), declara o salmista. Os anjos, quando pronunciam este nome, velam o rosto. Com que reverência, então, não devemos nós, que somos pecadores e caídos, tomá-lo em nossos lábios!” – Ellen G. White, Profetas e Reis, págs. 48 e 49.
Uma coisa é dizer que reverenciamos a Deus; outra é manifestar reverência. Como devemos mostrar reverência? Simplesmente inclinando a cabeça em oração ou dobrando os joelhos quando oramos (em alguns lugares no Antigo Testamento a palavra hebraica traduzida como fazer “reverência” vem de um verbo que significa “curvar-se”). Ou é mais? O quê? |
Quinta-Feira – Reverência e obediência
“Sigam somente o Senhor, o seu Deus, e temam a Ele somente. Cumpram os Seus mandamentos e obedeçam-Lhe; sirvam-nO e apeguem-se a Ele” (Deuteronômio 13:4, NVI).
“Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos Seus mandamentos, porque isso é o essencial para o homem” (Ecles. 12:13, NVI).
Como seguidores de Cristo, acima e além de tudo mais, estamos perdoados.
Não importa o que fizemos, podemos reivindicar pela fé a justiça de Jesus, que Ele não só conquistou na Sua própria vida mas que nos oferece livremente. Tudo o que temos que fazer é aceitar, e então, não importa quão pecaminosa tenha sido nossa vida, podemos apresentar-nos a Deus como se fôssemos perfeitos à Sua vista como era Jesus. Nossos pecados não estão mais contra nós. Eles estão perdoados.
Como resultado, nossa vida é transformada (como poderia não ser?), e decidimos, por Sua graça, “anunciar as grandezas dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (I Ped. 2:9, NVI). Vamos desejar ser o tipo de pessoas que Ele deseja, para que Seu povo viva “de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus”. Vamos aguardar “de acordo com a Sua promessa, … Novos Céus e Nova Terra, onde habita a justiça” empenhando-nos para sermos “encontrados por Ele em paz, imaculados e inculpáveis” (II Ped. 3: 11-14, NVI).
Tudo isso significa obediência. Não há dúvida de que se amarmos a Deus, teremos reverência, e reverência significa mais do que dar louvores ou ajoelhar-nos quando oramos. Na verdade, não podemos reverenciar a Deus sem obedecer-Lhe.
Note como os dois textos de hoje relacionam claramente o temor ou reverência a Deus com a obediência aos Seus mandamentos (o mesmo também acontece com o amor a Deus. Veja João 14:15; I João 5:2 e 3). Como se pode mostrar respeito ou reverência a alguém, ou alguma coisa e então desafiar atrevidamente a vontade dAquele que afirmam reverenciar? é como dizer a uma pessoa que a ama e então desafiar publica e ousadamente essa pessoa e tudo o que ela representa. Por que não podemos verdadeiramente reverenciar a Deus enquanto somos abertamente desobedientes a Ele? Como o sábado se relaciona com todo este conceito de reverência? Escreva com suas próprias palavras por que acha que a verdadeira reverência a Deus se manifesta pela obediência. |
Sexta-Feira – Estudo adicional:
“A humildade e a reverência devem caracterizar o comportamento de todos os que vão à presença de Deus. Em nome de Jesus podemos ir perante Ele com confiança; não devemos, porém, aproximar-nos dEle com uma ousadia presunçosa, como se Ele estivesse no mesmo nível que nós outros. Há os que se dirigem ao grande, Todo-poderoso e santo Deus, que habita na luz inacessível, como se se dirigissem a um igual, ou mesmo inferior. Há os que se portam em Sua casa conforme não imaginariam fazer na sala de audiência de um governador terrestre. Tais devem lembrar-se de que se acham à vista dAquele a quem serafins adoram, perante quem os anjos velam o rosto. Deus deve ser grandemente reverenciado; todos os que em verdade se compenetram de Sua presença, prostrar-se-ão com humildade perante Ele, e, como Jacó, ao contemplar a visão de Deus, exclamarão: “Quão terrível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; esta é a porta dos Céus”.” – Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, pág. 252.
“A verdadeira reverência para com Deus é inspirada por uma intuição de Sua infinita grandeza e consciência de Sua presença. Com essa percepção do Invisível o coração de toda criança deve ser profundamente impressionado.” – Ellen G. White, Orientação da Criança, pág. 538.
Perguntas para Consideração:
1. Uma coisa é mostrar reverência a Deus na igreja. Como você mostra reverência também em outros lugares? No comércio? No local de trabalho? Existem diferenças na maneira de mostrar essa reverência? Quais?
2. Leia o Salmos 103. O que nos ensina sobre a reverência a Deus? Quais são os elementos do evangelho ali encontrados? Se você reescrevesse a essência desse salmo em linguagem moderna, em um contexto moderno, que diferenças haveria?
Auxiliar e Comentários Adicionais
Texto-chave:Salmos 111:9
Objetivos:
1. Mostrar que Deus merece nossa reverência.
2. Mostrar que “temor” e “reverência” a Deus não são conceitos opostos um ao outro.
3. Entender a relação entre a reverência e a obediência.
Esboço:
I. Eu vi o Rei! (Isaías 6:5).
A. Isaías sentia-se impuro na presença de Deus.
B. As pessoas hoje não sentem sua pecaminosidade.
C. Um vislumbre da santidade de Deus faria o pecador sentir-se humilde, mas não o humilharia.
D. O infinito amor e perdão de Deus à humanidade devem inspirar nossa reverência.
E. Nosso Deus Criador merece reverência e temor.
II. O nome de Deus (Salmos 111:9)
A. O nome de Deus é tão sagrado a alguns que é considerado blasfêmia pronunciá-lo.
B. O nome de Deus está intimamente associado a quem Ele é.
C. Profanar o nome de Deus é profanar o próprio Deus.
III. Temam a Deus e glorifiquem-nO (Apocalipse 14:7, NVI).
A. “Temer” a Deus é reverenciá-Lo.
B. O senso da presença de Deus inspira verdadeira reverência para com Ele.
C. A reverência inspira fé em Deus e obediência a Ele.
D. Quando conhecemos a Deus, nos tornamos novas criaturas.
Resumo:
Deus quer que O conheçamos pessoalmente. Ele sabe que, quando O virmos como Isaías viu, nunca mais seremos os mesmos, pois vamos crescer no conhecimento dEle e seremos semelhantes a Ele.
Reverência
Como cristãos, somos muito privilegiados por desenvolver uma relação íntima e pessoal com Deus. Ao interagir com Ele em nível pessoal, devemos estar completamente cientes de que essa relação é extraordinária. Nunca perder de vista a glória de Deus e a reverência e o temor a que Ele tem direito.
De acordo com Ellen G. White, Cristo é o único que merece ser venerado. (Veja O Desejado de Todas as Nações, pág. 613.) Ninguém mais chega perto de Sua grandeza e majestade. Ninguém mais cumpre o Seu papel. Quando Pedro testemunhou o milagre de Cristo ao encher as redes de peixe, este foi para ele “uma manifestação de poder divino. Viu em Jesus Alguém que tinha toda a natureza sob Seu comando. … A humanidade com sua fraqueza e pecado, fora posta em contraste com a perfeição da divindade, e ele se sentiu inteiramente deficiente e falto de santidade. Assim tem sido com todos quantos alcançaram uma visão da grandeza e majestade de Deus.”? Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 246.
O controle de Deus inclui cada aspecto de nossa vida. Paulo declara em Atos 17:28 que “nEle vivemos, e nos movemos, e existimos”. Assim ele expressa “o pensamento de que não é meramente nossa dependência inicial que está no Criador, mas que todas as nossas atividades – físicas, mentais e espirituais – são derivadas dEle”. – SDA Bible Commentary, vol. 6, pág. 353. Além disso, “por intermédio de agentes naturais, Deus está operando dia a dia, hora a hora, momento a momento, para nos conservar em vida, construir e restaurar-nos”. – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 112.
Sem Ele, literalmente não estaríamos em nenhum lugar. Devemos a Ele a própria existência. Deus tem “toda autoridade. …[Ele é] o tipo de sumo sacerdote que os homens necessitam”. – SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 404. Ele tomou nossos pecados sobre Si e, com Seu poder para conceder perdão, nos capacitou a experimentar a vida eterna.
A morte de Cristo na cruz proveu um meio pelo qual o Universo inteiro pode saber de Seu poder e majestade. Pela ressurreição foi declarado Filho de Deus com poder (Romanos 1:4). Na segunda vinda Ele será revelado como Senhor do Céu e da Terra (O Desejado de Todas as Nações, pág. 600). Sua encarnação e morte permitiu que seres humanos pecaminosos fossem conduzidos à glória. “Cristo era perfeito como Deus. Em Sua encarnação Ele era perfeito como homem. Mas por Seus sofrimentos Ele Se tornou perfeito como Salvador.” – SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 405.
“Cristo [compartilha] uma igualdade com o Pai [que] O deixa muito acima de qualquer outro poder.” – Ibidem, pág. 154. Mas dispôs-Se a deixar de lado aquele poder a fim de tornar-Se expiação pelo pecado. Cristo, que mantinha o mais elevado papel no Universo, e que exercia o maior poder do Universo, dispôs-Se a pôr de lado Sua glória para aliviar o nosso fardo de pecado. Esse Deus merece nossa mais profunda reverência, respeito, gratidão e humildade. Não existe maneira de alcançarmos a igualdade com Ele. Devemos aproximar-nos dEle em humilde temor simplesmente por quem Ele é.
Com a consciência de quem é Deus e do que Ele fez por nós vem a responsabilidade de permanecer em Seus princípios. Quando nos aproximamos de Deus com nossas petições, devemos estar cientes do papel vital do dever. Ellen G. White adverte que “aqueles que apresentam suas petições a Deus, reivindicando Sua promessa, enquanto não satisfazem as condições, ofendem a Jeová. … Não fazem aquilo que demonstraria fé em Cristo e amor a Ele”. – Parábolas de Jesus, pág. 143. Amamos a Deus verdadeiramente quando nossas ações refletem Seu amor.
Nosso amor e reverência a Deus também é revelado pelo desejo de honrá-Lo. Honramos a Deus vivendo um tipo de vida que resulta em “atos que levam as pessoas a reconhecerem e reverenciarem a Jeová como Deus… [dando] a Ele a adoração e obediência que Lhe são devidas.
“Santificamos Seu nome quando reconhecemos a santidade de Seu caráter e Lhe permitimos que reproduza esse caráter em nós.” – SDA Bible Commentary, vol. 5, págs. 346 e 347.
“Onde há amor a pessoa passa automaticamente a ordenar a vida em harmonia com a vontade de Deus, como expressa em Seus mandamentos.” – Ibidem, pág. 434.
O conhecimento do que Deus fez por nós desperta o amor. O amor motiva a obediência. Quando o amor de Deus se torna o foco de nossa vida, torna-se aparente na obediência às Suas leis e no amor aos outros. “Assim devemos servir a Deus. Somente O serve aquele que age segundo a mais alta norma de obediência. Todos quantos querem ser filhos e filhas de Deus precisam provar ser coobreiros de Deus, de Cristo e dos anjos celestiais. Esta é a prova para cada alma.” – Parábolas de Jesus, pág. 283.
Estudo Indutivo da Bíblia
Textos:Jó 42:1-6; Salmos 103; Isaías 6:1-7; Apocalipse 14:7-12
1. O livro de Jó traz a história em que Jó defende sua integridade diante de “amigos” que afirmam que Ele está sendo castigado porque desagradou a Deus. Quando Deus finalmente Se manifesta, Jó diz: “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:6). Porque parecemos aos próprios olhos bastante respeitáveis, mas quando somos confrontados com a pureza de Deus, nosso primeiro pensamento é “ai de mim!”? (Isaías 6:5).
2. A última mensagem da Bíblia a um mundo caído (Apocalipse 14:7-12) é uma declaração do “evangelho eterno”. Mas à primeira vista parece uma mensagem de julgamento, medo e punição indizível. Essa mensagem é realmente de boas-novas? Que outros textos precisam ser colocados próximo aos mencionados acima para equilibrar a descrição de Deus retratado nestes poucos versos? Especificamente, que versos você citaria para mostrar um Deus de misericórdia e perdão, e ao mesmo tempo de juízo e justiça?
3. Quão acessível é Deus? Compare o contexto histórico e cultural do Monte Sinai (Êxodo 19:9-23) com o do Monte das Bem-Aventuranças (Mateus 5:1 e 2). O que tornou os dois ambientes tão diferentes entre si? Era o mesmo Deus. As maneiras de mostrar reverência são diferentes de uma época para outra? O que faz essa diferença?
4. A maneira como reverenciamos a Deus depende do conhecimento que temos dEle e também do nosso relacionamento com Ele. Por um lado, existem declarações como “Deus é fogo consumidor” (Hebreus 12:29); por outro lado, Jesus nos ensinou a pensar em Deus como “Pai nosso, que estás nos Céus” (Mateus 6:9). Como podemos certificar-nos de que as pessoas que conhecemos se relacionam com Deus da maneira correta?
Testemunhando
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Salmos 111:10). “Temor”, neste contexto, significa reverência. à medida que obtemos uma verdadeira compreensão de quem é Deus, ficamos mais reverentes. Mais reverente na atitude e na conduta. Em nosso testemunho devemos dar aos outros um senso de quem é Deus.
Ele Se eleva acima de tempo e lugar. é Deus na fornalha com Ananias, Misael e Azarias.
Ele é Aquele que diz “sossegai” para as águas furiosas em um mar tempestuoso. E é Aquele que soa a trombeta e chama os mortos em Cristo para erguerem-se de suas sepulturas.
Não existe nada escondido de Sua visão. Ele viu quando estávamos no ventre da nossa mãe. Ele nos vê quando acordamos pela manhã. E observa quando chegamos ao leito de morte.
Ele está sempre à mão. A Bíblia diz: “Pois nEle vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28). Respiramos porque Deus existe. Nos movemos porque Deus existe. Raciocinamos porque Deus existe. Ele está conosco. Nem mesmo os que não querem nada com Deus podem escapar de Sua presença, porque sem Ele deixaríamos de existir.
Sabendo que nossa própria existência depende de Deus estar presente conosco, devemos cair de joelhos em louvor e ação de graças por Aquele que nos dá vida. E compreendendo que em cada respiração, pensamento e movimento Deus está presente, devemos ter o desejo de viver para Ele e contar aos outros da Sua salvação.
Aplicações à vida diária
Ponto de partida:
Comente a seguinte passagem no contexto da reverência: “Cristãos professos tomam parte em festividades e cenas de divertimentos que degradam a religião de Jesus Cristo. é impossível que estes que desfrutam das numerosas reuniões sociais e festivas da igreja somente por prazer, tenham um amor ardente e sagrada reverência por Jesus. … Como poderia o Salvador do mundo alegrar-Se com cenas de divertimento e leviandade?… Certamente ninguém O convidaria para lá, porque Seu semblante está assinalado por tristeza maior do que a dos filhos dos homens, por causa desses divertimentos que tiram Deus da mente e tornam a estrada atraente para o pecador.” – Ellen G. White, No Deserto da Tentação, págs. 77-79.
Perguntas para consideração:
1. Diga em 60 segundos se as declarações seguintes são verdadeiras ou falsas:
A. A reverência só tem que ver com a nave da igreja.
B. Reverência inclui todo o prédio da igreja.
C. A reverência começa em casa.
D. A reverência começa na mente.
E. A reverência é um estado mental.
F. A reverência é um princípio.
Você pode provar suas respostas com textos bíblicos?
2. Pense na reverência como um diamante polido. Quais são algumas das facetas da reverência? Que sinônimos você daria para reverência?
3. Pense em irreverência como uma janela quebrada em um temporal. Quais são alguns dos possíveis resultados? Que palavras seriam o contrário de reverência?
4. Pense na irreverência como um tubarão. Do que ele se alimenta?
5. Pense na reverência como um líquido ou vapor. Quão penetrante é a reverência?
Perguntas de aplicação:
1. Como as seguintes histórias bíblicas mostram a reverência ou irreverência em ação? As 20 virgens (Mateus 25:1-13) a oferta de Nadabe e Abiú (Números 3:4); Uzá e a arca (II Samuel 6:1-7); os meninos zombadores (II Reis 2:22-24)?
2. Uma propaganda de rádio termina com estas palavras: “No fundo, no fundo, você ama você”. Como o amor-próprio e a auto-estima afetam o nível de respeito por Deus?
Fonte: Casa Publicadora Brasileira, Lição da Escola Sabatina (lição 9 de 24 a 31 maio de 2003)