A Adoração / Livros Online

A Adoração – Parte 2

por: Natán Hege

Deus é Digno de Nossa Adoração

“Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas?” (Êxodo 15:11)

Para adorarmos a Deus corretamente, temos que conhecê-Lo como Ele é. Temos que nos convencer do quanto Ele é digno de nossa adoração. Somente à medida que O conhecemos mais e mais, é que podemos adorá-Lo ainda mais.

Como podemos conhecer a Deus?

Certo dia, no Jardim do Éden, Adão e Eva desobedeceram a Deus. Nesse dia tão triste, o conhecimento do homem a respeito de Deus se obscureceu. Ainda que Deus “não está longe de cada um de nós” (Atos 17:27), nossa humanidade e natureza pecaminosa embaça nossa visão de Deus. “Agora vemos por espelho em enigma” (I Coríntios 13:12).

Mas Deus quer que o homem o conheça. Desde Gênesis 3:8 em diante, a Bíblia é um relato de como Deus se revela ao homem manchado pelo pecado. . Ele convida: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Isaías 55:6). Deus quer que o conheçamos. Quer revelar-se a nós. Ele nos atrai a si mesmo.

Deus se revela a nós por meio do que ele criou e sustenta (leia Atos 14:17). Os céus declaram a glória de Deus (leia Salmos 19:1). A glória que vemos numa estrela resplandecente, no esplendor do sol e na suave luz da lua nos conta a respeito da glória daquele que os criou. No entanto, a glória de Deus é muito maior do que as glórias do firmamento, pois o Criador é bem mais glorioso do que a sua criação. Hebreus 3:3 nos diz que “quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou”.

A criação só consegue revelar um pouco da glória, da criatividade, da inteligência e do poder de Deus. Isto se dá, porque a criação é limitada. Deus e Seus atributos não têm limites. Veja o que disse Jó a respeito da criação: “Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos; E quão pouco é o que temos ouvido dele!” (Jó 26:14)

Deus se revelou de maneira mais clara quando cobriu seu ser invisível e inacessível com a semelhança da carne de peado. Jesus, o homem, foi a imagem visível do Deus invisível (leia Colossenses 1:15). Quando os contemporâneos de Jesus O viam, viam a revelação corporal da plenitude da Divindade (leia Colossenses 2:9). Através de Jesus conhecemos a Deus o Pai, porque tal como é Jesus, assim também é o Pai (João 14:9). 

Vemos Deus por meio da fé. Não acharemos Deus na fé, mas sim pela fé. A fé verdadeira “é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10:17). Pela fé recebemos o que o Espírito de Deus nos mostra através das Escrituras. Assim, encontramos e conhecemos a Deus. Pela fé temos comunhão com Ele em nossos corações. Pela fé que Sua mão age em nossas vidas, moldando as circunstâncias e dirigindo o nosso peregrinar aqui na terra. Pela fé vemos a revelação de Seu caráter através dos dons que recebemos dEle. Pela fé O adoramos.

Como é Deus?

Quase sempre a melhor maneira de descrevermos algo ou alguém é comparando o desconhecido com algo conhecido. No entanto, este método é muito limitado quando queremos descrever Deus. Ele de si mesmo disse: “Com quem me comparareis? A quem me igualareis e me comparareis, para que sejamos comparados?” (Isaías 46:5). “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: Que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a Mim” (Isaías 46:9).

Deus é único em Sua categoria. Deus é Espírito (João 4:24). Ele é celeste e o homem não pode criar imagens terrestres que reflitam corretamente como Deus é. Cada comparação que façamos para descrevermos a Deus, é profundamente limitada e apenas nos abre uma pequena janela para os mistérios de Deus.

Deus é soberano

As Escrituras comparam Deus a um rei. Inclusive o chamam de Rei. O Salmo 47:7 diz: “Deus é o Rei de toda a terra”. Mas na realidade, um rei terrestre não é soberano. Cedo ou tarde alguém há de desafiar o seu reinado. Em algum momento o desafiador irá derrotar o rei. Se um rei realmente fosse soberano, seria superior a todos os demais. Não teria quem o desafiasse nem quem com ele competisse.

De fato, Deus é o único verdadeiro soberano de toda a terra, sobre todos os reinos (Salmos 24:1; Ageu 2:8). Nada ameaça o seu reino. Jeová é Rei eternamente e para sempre (leia Salmos 10:16). Ele domina até os mais poderosos. Ele é o Rei de todos os reis, Deus de todos os deuses e Senhor de todos os senhores.

Todo o poder é Seu no céu e na terra. Davi assinalou a fonte de todo poder quando disse: “Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos” (I Crônicas 29:11). Todo poder flui de Deus.

Com a palavra de sua poder (leia Hebreus 1:3), Deus sustenta todas as coisas, controla o seu movimento e dá vida a todo ser vivo. Deus está no controle. Ele é soberano.

Deus é grande

As habilidades de Deus declaram a sua grandeza. Gênesis 1:1 nos explica muito a respeito da origem de tudo. Tudo, menos Deus em si mesmo, foi feito por ele, para ele, e continua existindo por causa dele. “Tudo” inclui eu e você. “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28). Por sua palavra, ele criou os planetas e marcou suas órbitas. Deus encheu os mares e estabeleceu seus níveis. Ele deu início a toda forma de vida.

Deus tudo pode (leia Jó 42:2). Nada o cansa. Aquele que criou os fins da terra não “se cansa nem se fatiga” (Isaías 40:28). Nem sequer a criação de todo o universo o cansou. Ele descansou no sétimo dia, não para se recuperar, mas sim porque sua obra havia terminado.

“Para Deus todas as coisas são possíveis” (Marcos 10:27). Ele não melhora, pois já é perfeito. Ele nunca falha, pois ele sempre faz o que é correto. Deus está em toda parte. Ele enche todo o espaço (mas não está encerrado no espaço). Isso quer dizer que está perto de cada um de nós (Isaías 57:15). Ele nunca tem que viajar para vir nos socorrer.

Deus é bom

Do mais profundo do ser de Deus flui para nós a misericórdia, a bondade, a honestidade, a amizade e o amor. O Salmo 136 nos dá um retrato deste Deus. Cada um dos seus vinte e seis versículos terminam com: “…porque a sua benignidade dura para sempre”.

“Provai, e vede que o Senhor é bom” (Salmo 34:8). Quando nós provamos a Deus, descobrimos que ele é bom. Vemos a bondade de Deus na maneira em que ele responde à humanidade pecaminosa. Apesar de os seres humanos entristecerem a Deus uma infinidade de vezes, ele continua estendendo-nos a sua mão de amor.

Tudo o que é bom vem de Deus. “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tiago 1:17). As dádivas de Deus nos demonstram que Ele nos ama. Seu amor não tem medida, sendo puro e forte.

Deus é perfeito

Deus é perfeito em todos os aspectos: soberano, grande e bom. Ele é perfeitamente soberano, perfeitamente grande e perfeitamente bom.

O caráter de Deus é perfeito. Ele disse a Israel: “Eu sou o Senhor, vosso Santo” (Isaías 43:15). Os serafins que Isaías viu elevavam suas vozes dizendo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos” (Isaías 6:3). Eles testemunharam a respeito da perfeição do caráter de Deus. Deus é magnífico em santidade (leia Êxodo 15:11). Ele é sem pecado, sem falta e sem mancha. “Exaltai o Senhor nosso Deus e prostrai-vos diante do estrado de Seus pés, pois Ele é santo” (Salmos 99:5).

A lei do Senhor é perfeita (leia Salmo 19:7). Sua obra é perfeita (leia Deuteronômio 32:4). “O caminho de Deus é perfeito” (II Samuel 22:31). Sua vontade é perfeita (leia Romanos 12:2). Mateus 5:48 resume tudo ao afirmar: “É perfeito o vosso Pai que está nos céus”.

É somente quando cremos em Deus, como Ele se revelou a nós, que podemos adorá-Lo. “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que quem se aproxima de Deus creia que Ele existe e recompensa os que O buscam” (Hebreus 11:6).


Para meditar:

Você não sente, no mais profundo do seu ser, o desejo de inclinar-se diante de Deus em santo temor? O que você fará com o conhecimento que tem dEle e com o amor que Ele tem por você?


Fonte: Hege, Natán – A Adoração – Publicadora Lâmpada e Luz, Farmington, New Mexico, EUA (2008) – Traduzido por: Eduardo Vieira da Silva

Sintetizado e adaptado especialmente para o Música Sacra e Adoração pela Profª Jenise Torres em Julho de 2013


Próxima Parte Voltar ao Índice

Tags: , ,