Comentários do Prof. Sikberto Renaldo Marks
Texto Central: “Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da Terra.” (Apocalipse 14:3)
Sábado à tarde
Introdução
“No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo – tão resplendente é ele pela glória de Deus – está reunida a multidão dos que “saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome”. Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, “tendo harpas de Deus”, estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, “uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas”. E cantavam um “cântico novo diante do trono – cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro – hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência – e nunca ninguém teve experiência semelhante. “Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai.” “Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro.” Apoc. 14:1-5; 15:3. “Estes são os que vieram de grande tribulação” (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois “lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro”. “Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis” diante de Deus. “Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra.” Apoc. 7:15. Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas “nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles”” “O Grande Conflito, 648 e 649).
Por quê esse cântico, dos 144 mil era novo? Foi a primeira vez que ele era cantado, isso acontecerá logo após o resgate que JESUS fará na Sua segunda vinda. Essas pessoas estavam sendo perseguidas no tempo da angústia de Jacó, quando DEUS fez a intervenção do livramento, ocasião em que também mostrou os Dez Mandamentos ao mundo todo. Foi então que os ímpios perseguidores entenderam que perseguiam o povo errado. Esse era o povo, que não fazia muito, havia pregado a toda nação, tribo e língua, entre outras coisas importantes, a veracidade dos Dez Mandamentos bíblicos. E eles haviam rejeitado dando ouvidos a falsos pregadores, que prometiam muito aqui na Terra. Eles preferiram atender a mentira. Agora finalmente se deparam com seu erro consciente, então deixam os servos de DEUS em paz e buscam os falsos mestres para uma severa e cruel vingança. Esse foi o livramento pelo qual passaram os 144 mil (esse número pode não ser literal).
Então, passada a 7ª praga, eles são resgatados pelo Salvador do mundo, juntamente com a grande multidão de pessoas de todos os tempos, e vão para as moradas celestiais, para viver eternamente. Chegando na Nova Terra, antes de outras novidades, reúnem-se sobre uma ampla plataforma semelhante ao vidro, para a primeira cerimônia, quando então cantam o cântico de Moisés, o cântico daqueles que foram vitoriosos sobre satanás.
Primeiro dia
“Caí a Seus Pés Como Morto” (Jó 42:1-6; Apocalipse 1:13-18)
Algumas experiências impressionantes que ocorreram no passado devem fazer com que tenhamos mais respeito à vontade de DEUS. Estamos nos últimos dias, bem logo passaremos por uma experiência que se chama “refrigério” que é literalmente sentir a poderosa ação de DEUS em nossa vida. Essa experiência teremos a partir do momento da concessão do poder do ESPÍRITO SANTO, a Chuva Serôdia.
Estamos hoje nos preparando para tal experiência?
No passado, além dos humildes servos de DEUS no Pentecostes, que num mesmo dia se tornaram poderosos porque receberam poder do alto, outros também tiveram experiência muito íntima com DEUS. Vamos relembrar alguns: Enoque, esse andou com DEUS por 300 anos; Noé, que passou 120 anos construindo um navio de madeira para escaparem de se afogar, sendo que nunca havia chovido; Jó, que confiou em DEUS mesmo que evidências mostrassem que parecia abandonado por DEUS; Moisés, que liderou uma missão impossível de dois milhões de pessoas por um deserto onde não há nem comida nem água, e que falava face a face com DEUS. Ele foi quem recebeu as duas tábuas dos Dez Mandamentos, até então aprendidas pela tradição oral. Elias também foi um homem que teve intimidade com O Ser divino. E o que dizer de Maria, mãe de JESUS, que carregou o Ser divino em seu íntimo, que O amamentou, que O educou e cuidou em Sua infância? Quem teria tido experiência mais íntima com o Rei do Universo e Salvador do mundo senão essa mulher pobre e humilde? Ellen G. White foi muito íntima com DEUS, tinha visões de DEUS, falava com seu anjo. Foi uma pessoa recente, próxima a nós, a ter em sua vida a experiência de intimidade com O Criador.
Interessante, podemos arrolar aqui muitos outros personagens bíblicos, e todos os que tiveram experiência de proximidade com DEUS, foram pessoas humildes, de vida simples, desprendidas dos atrativos do mundo, importando-se muito mais com os outros de que com os próprios interesses. É de se notar que JESUS veio para servir, Ele mesmo disse isso. E as pessoas que tiveram tais experiências, viviam para servir aos outros.
No final dos tempos, teremos experiências de intimidade com DEUS. Todos aqueles que se desprenderem do mundo mas que se ligarem ao futuro prometido por DEUS, que por enquanto só é esperança, terão uma emocionante aventura com DEUS. Enquanto os aliados de satanás nos perseguirem, que nos obrigará em certos momentos a fugir, a deixar tudo para trás, estaremos sentindo, ao nosso lado, uma sensação de que alguém nos ama muito.Foi isso que manteve em pé a fidelidade dos mártires no passado: sentir o amor de DEUS, embora ardendo em chamas. Por isso tais pessoas cantavam enquanto eram consumidas, ao invés de gritarem de dor. Que dor pode alguém sentir se acima dela, sente um inexplicável amor de quem a criou e que a quer junto de si?
Ainda é tempo de nós, adventistas do sétimo dia, nos prepararmos para o Alto Clamor, quando sairemos ao mundo proclamando com um poder como jamais se viu nesse planeta, que a volta de JESUS está iminente, e que o mais importante é fazer a Sua vontade.
Segunda
Santo, Santo, Santo… (Apocalipse 4:8-11; Apocalipse 5:8-14; Apocalipse 7:9-12; Apocalipse 11:15-19; Apocalipse 15:1-4; Apocalipse 19:1-5)
Uma importante e interessante pergunta: por que adoramos a DEUS? O estudo de hoje nos responde. Seguimos os trechos selecionados pela autora da lição, e encontramos verdadeiras pérolas sobre as razões para se adorar a DEUS. Veja na mesma ordem da lição.
Adoramos porque DEUS é O Criador. Ele é digno de ser adorado porque por Sua vontade tudo veio a existir. E nós estamos aqui, existimos. Como é bom existir, não é mesmo? Pois assim, nós nesse mundo, podemos ter esperança em tudo o que JESUS nos prometeu. Como seria se DEUS nunca nos tivesse criado? Duas situações seriam decorrentes da não criação: não teria ocorrido o pecado (ao menos nesse mundo) mas também, não existiria esperança. Agora sofremos, mas pela nossa experiência o Universo conheceu melhor o caráter de DEUS. E nós estamos tendo a valiosa oportunidade da experiência da transformação de pecadores em seres perfeitos. Isso é mais que criação. Que bom que Ele nos criou!
Adoramos porque JESUS foi morto, em nosso lugar, e pelo Seu sangue nos comprou para DEUS. Outro motivo que só nós nesse Planeta temos para adorar a DEUS. Os demais seres do Universo, em razão de nunca terem pecado, não precisam ser salvos nem transformados. Agora veja que coisa interessante: Ele nos criou, e está sempre ao nosso lado, porque quando o pecado entrou no mundo, no mesmo dia o Criador veio falar com nossos pais para anunciar que Ele é quem lutaria contra o inimigo. Mais um excelente motivo de adoração.
Adoramos porque Ele reassumiu o poder e Se tornou o Rei, desse mundo, e do Universo. Ele já foi o Rei desde sempre, mas abriu mão de sua nobreza e se tornou como uma criatura e a mais humilde. Vencendo pelos Seus méritos, voltou a ser Rei, agora com o direito legal de ser também o Juiz, que trabalha para nos libertar da morte. Esse, com o anterior, é o nosso motivo de adoração mais peculiar, pois só nós terrestres é que somos os beneficiados pelo grande amor de nosso Criador e Salvador.
Adoramos porque o juízo de DEUS é justo e verdadeiro. No final, até satanás vai admitir que DEUS sempre estava correto. Entre os ímpios haverá uma polêmica, e eles admitirão que DEUS é justo, que a Sua lei, que é o amor, é perfeita. Todos, sejam os que nunca se perderam, sejam os salvos, sejam os ímpios, confirmarão que DEUS é perfeito e que a Sua justiça não pode ser contestada por alguma falha ou de ser tendenciosa. Então, o Universo adorará a DEUS, por toda a eternidade, como ficou provado nesse episódio da Terra, que DEUS e a Sua lei são perfeitos. Em toda a eternidade, nunca mais se levantará outra rebelião, de tão bem conduzida que está sendo a solução da primeira e única. E nós estamos tendo o privilégio de sermos protagonistas ativos nesse grande conflito.
Terça
Apocalipse 13
Há capítulos na Bíblia que explicam a guerra entre o bem e o mal. Em Daniel e Apocalipse os principais são: Daniel 2; 7; 8 a 12; Apocalipse 12; 13; 16 a 18. Mas há muitos outros capítulos. Esses são os básicos.
O capítulo 12 de Apocalipse apresenta um grande dragão com sete cabeças e dez chifres, e coroas sobre as cabeças. No capítulo 13, do estudo de hoje, outra besta, com sete cabeças e dez chifres, e coroas sobre os chifres. E o capítulo 17, outro animal com sete cabeças, dez chifres e nenhuma coroa. O que significa isso?
Isso significa que, em Apoc. 12, a guerra que iniciou no Céu, aqui na Terra estava sendo comandada por impérios, que em Apoc. 13, a guerra não envolvia impérios, mas nações democráticas, pois cabeças são melhor entendidas como impérios, e chifres como nações livres e democráticas, como nos dias atuais. E no Apoc. 17, ali se entende que todas as nações do mundo entregaram seu poder, sua autoridade e seu reino à mulher prostituta, que assume o poder sobre o planeta. E é exatamente o que já está acontecendo em nossos dias. Leia bem Apoc. 17 e vai entender, há nele dois versos que revelam sobre essa entrega de todo o poder, autoridade e reino.
Pois bem, qual é o foco de nosso estudo hoje? É a guerra! Querendo ou não, estamos envolvidos. Desde o início nesse mundo, ainda no Jardim, os servos de DEUS eram perseguidos pelo demônio e suas forças. Atualmente a segunda besta (Estados Unidos da América) está consolidando uma aliança já feita com a primeira besta (Santa Sé, a besta que carrega a mulher, que é a Igreja Católica), para alistar o mundo inteiro contra o povo de DEUS.E algo bem interessante, DEUS sempre teve adoradores fiéis a Ele em todos os tempos. Nunca houve uma interrupção nessa corrente, nunca faltou um elo da corrente, desde que Adão e Eva caíram até os nossos dias. Nesses dias finais, a quantidade de adoradores verdadeiros é muito maior que em todos os tempos. Mas é fato que eles sempre existiram, e sempre foram perseguidos. Houve de tempos em tempos, períodos de paz, como atualmente, mas só para depois a perseguição recobrar sua ação violenta.
E onde se vê adoração nessa história de hoje? Simples, essa guerra toda, que se iniciou lá no Céu, junto ao trono de DEUS, é pela adoração. Uma criatura quer ser adorada como se fosse DEUS iniciou essa guerra. Não foi DEUS quem começou isso, pois Ele sempre foi adorado desde que existe criatura, e era adorado porque merecia. Essa é a grande questão universal, que já está, agora, chegando ao seu capítulo final. Cuidemos de nessa guerra, que sempre tem dois lados, e nunca mais de dois, todos nós, por livre decisão, escolhamos o lado vencedor.
Quarta
Apocalipse 14 (Apocalipse 14:6-12)
O capítulo 14 de Apocalipse é uma sucessão do 13. No cap. 13, descreve as duas bestas (países) que guerreiam contra o povo de DEUS, representados pelos 144.000 que passam pela grande tribulação final, pessoas que não chegam a ver a morte, e principalmente que não se corromperam com as igrejas de babilônia. Não se corromper com as prostitutas pode não significar nunca ter sido membro de outra igreja senão a da bíblia. De qualquer maneira, fato é que a salvação será dada tanto aos que já nasceram entre o povo de DEUS e permaneceram fiéis quanto os que saem de babilônia e se tornam fiéis a DEUS.
Os 144.000 são os vencedores sobre a besta. No desfecho final vai haver dois sinais de fidelidade, o sábado, que é o selo de DEUS, e o domingo, que é a marca da besta. E vai ser praticamente impossível observar o mandamento do sábado nos últimos dias na Terra, e ser adventista nesses dias será uma dura prova, embora, nós, nesses dias também teremos o poder do alto para concluir a obra a nós confiada. E ela será concluída pela Igreja Adventista, num contexto muito duro e de tremendas provas, em que haverão sinais e prodígios, tanto da parte de DEUS quanto de satanás. Em escala bem menor, algo assim aconteceu nas primeiras pragas do Egito, dos dois lados houve sinais, até que satanás não conseguiu mais imitar a DEUS. A adoração, em grande medida, passa por qual dia estamos santificando, se o domingo ou se o sábado. Quem santifica o sábado, esse se liga ao Criador, pois assim está escrito no próprio quarto mandamento em Êxodo 20: “Lembra-te do dia de sábado para o santificar … porque em seis dias fez o Senhor…” A primeira mensagem angélica remete justamente à questão do sábado ligado ao Criador, quando diz em Apoc. 14:7 “…e adorai aquele que fez…”. Essa mensagem está mandando observar o quarto mandamento, pois as palavras são complementares.
Atenção, o sábado não tem vínculo com a ressurreição, mas com a criação. Não há na Bíblia alguma comemoração a ser feira pela ressurreição. Ela é importante, lógico, mas a sua importância está em aguardarmos aquele que ressuscitou vir pela segunda vez, e não santificar o primeiro dia.
Depois da primeira mensagem angélica (é muito recomendável ler elas ao todo, em Apoc. 14:6 a 11, e mais o verso 12), então vem as conseqüências de não seguir essa mensagem. A segunda mensagem angélica anuncia a queda de babilônia. É a queda de um sistema que tem dado de beber ao mundo inteiro o vinho da fúria da prostituição da prostituta. Isso significa uma mistura bem dosada de verdade com mentira, de bons princípios bíblicos com falsidades, pelos quais fica fácil enganar as pessoas. Esse sistema utiliza boa parte da Bíblia para servir de motivo a se chamar “cristão”, quando na verdade é de natureza espírita, pois adora mortos, crê na imortalidade de pecadores, e inventou uma coleção enorme de santos que são seres humanos já mortos, para serem adorados. Pois é interessante que não existe São Enoque, nem São Moisés, nem São Elias, que estão vivos. Aliás, nem São JESUS CRISTO foi estabelecido por esse sistema. Existe a Santa Maria, mãe de JESUS. Um rol de dogmas e crenças que, ao que não investiga na Bíblia, parecem vindas direto do trono de DEUS, mas, na verdade, vieram de um trono aqui na Terra mesmo, colecionados do paganismo que se originou na antiga Babilônia de Nimrode.
A terceira mensagem angélica vai ao ponto final. Veja que é uma sucessão bem lógica: a primeira chama para a adoração a DEUS; a segunda, anuncia a queda de Babilônia, e a terceira adverte para o destino dos adoradores da besta. São aqueles que receberam o sinal da besta, o domingo, e que portanto não tiveram seus nomes escritos no livro da vida, como aconteceu com os guardadores do sábado.
É bem fácil entender a lógica do sábado e a do domingo. O sábado é o sétimo dia da semana. Antes dele tudo foi criado até ao sexto dia. Portanto, quem deseja adorar o Criador, que santifique o sábado já que esse dia comemora a criação. Mas quem quer adorar a satanás, esse então deve santificar o primeiro dia da semana, antes do qual não houve criação alguma. Assim, uns adoram o Criador, e outros, adoram o não criador, ou seja, uma criatura. Mesmo aqueles que apenas utilizam o domingo para mero final de semana.
E essa será a maior controvérsia, qual o dia a ser santificado? Essa controvérsia já está em seu início, embora ainda discretamente. Mas em pouco tempo, esse será o assunto de maior repercussão no mundo. E os que guardam o sábado devem estar prontos a defender a sua posição, seja pelo manuseio da Bíblia, seja pelo zelo em santificar esse dia.
“No capítulo 14 de Apocalipse, os homens são convidados a adorar o Criador; e a profecia revela uma classe de pessoas que, como resultado da tríplice mensagem, observam os mandamentos de Deus. Um desses mandamentos aponta diretamente para Deus como sendo o Criador. O quarto preceito declara: “O sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus… porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou.” Êxo. 20:10 e 11. Acerca do sábado, diz mais o Senhor ser ele um “sinal… para que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus”. Ezeq. 20:20. E a razão apresentada é: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, e, ao sétimo dia, descansou, e restaurou-Se.” Êxo. 31:17.
“Enquanto o fato de que Ele é o nosso Criador continuar a ser razão por que O devamos adorar, permanecerá o sábado como sinal e memória disto. Tivesse sido o sábado universalmente guardado, os pensamentos e afeições dos homens teriam sido dirigidos ao Criador como objeto de reverência e culto, jamais tendo havido idólatra, ateu, ou incrédulo. A guarda do sábado é um sinal de lealdade para com o verdadeiro Deus, “Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas”. Apoc. 14:7. Segue-se que a mensagem que ordena aos homens adorar a Deus e guardar Seus mandamentos, apelará especialmente para que observemos o quarto mandamento” (O Grande Conflito, 436-438).
Quinta
Adore a Deus (Apocalipse 19:10; Apocalipse 22:8-9)
O profeta e apóstolo João, homem que como Daniel que recebeu as mais fantásticas revelações sobre o futuro, por duas vezes se viu na situação de adorar um anjo, tamanha a glória dele, e tamanha a impressão sobre o homem. Mas o anjo, ao contrário de satanás, não se viu tentado a ser adorado, e evitou o erro por parte de João. Antes, como JESUS havia dito a satanás na terceira tentação, que só a DEUS se deve adorar.
Em resumo, adoração é um estilo de vida em que assumimos ser dependentes de DEUS, ou de algum ídolo. Quando adoramos a DEUS, abolimos qualquer outro tipo de idolatria, mesmo as bem modernas, que nem se parecem com adoração. Por exemplo, um tipo de idolatria é o apego a pessoas famosas, as chamadas ‘celebridades’, ou ídolos que são por todos vistos e apreciados. Muitos os imitam, ou se apaixonam por esses famosos, ou se tornam fás deles.
Mas há outras formas de idolatria, que já estudamos nesse trimestre, como paixões, por automóveis, esportes, programas de televisão, internet, jogos eletrônicos, etc. Adoramos aquilo que nos atrai mais que ao DEUS Criador. Muitos adoram até pastores, conjuntos musicais da igreja, programas da igreja. Acontece quando o fim, o foco, o objetivo deixa de ser CRISTO, e passa a ser qualquer outra coisa, mesmo que seja boa. Muitos, ainda, adoram a si mesmos. O “eu” vem sendo cada vez mais adorado.
Satanás conseguiu atualmente uma quase infinidade de ídolos, e sempre há um sob medida para cada pessoa. Mas nós devemos todos os dias nos entregar a CRISTO, o nosso Salvador, e somente adorar a DEUS.
Aplicação do estudo
Sexta-feira, dia da preparação para o santo Sábado:
“O preço pago por nossa redenção, o infinito sacrifício de nosso Pai celestial em entregar Seu Filho para morrer por nós, deveria inspirar-nos ideias elevadas sobre o que nos podemos tornar por meio de Cristo. Quando o inspirado apóstolo João contemplou a altura, a profundidade e a amplidão do amor do Pai para com a raça perdida, foi possuído de um espírito de adoração e reverência; e, não podendo encontrar linguagem apropriada para exprimir a grandeza e ternura desse amor, chamou para ele a atenção do mundo. … Em que grande valor é tido o homem! Pela transgressão tornam-se os filhos dos homens sujeitos a Satanás. Pela fé no sacrifício expiatório de Cristo, os filhos de Adão podem voltar a ser filhos de Deus. Assumindo a natureza humana, Cristo elevou a humanidade. Os homens caídos são colocados na posição em que, mediante a conexão com Cristo, podem na verdade tornar-se dignos do nome de “filhos de Deus”.
“Tal amor é incomparável. Filhos do celeste Rei! Preciosa promessa! Tema para a mais profunda meditação! O inigualável amor de Deus por um mundo que O não amou! Caminho a CRISTO, 15).
“Nosso Deus é um terno e misericordioso Pai. Seu serviço não deve ser considerado como um exercício penoso e entristecedor. Deve ser uma honra adorar o Senhor e tomar parte em Sua obra. Deus não quer que Seus filhos, para quem preparou uma tão grande salvação, procedam como se Ele fosse um duro e exigente feitor. É seu melhor amigo, e espera que, quando O adorem, possa estar com eles, para os abençoar e confortar, enchendo-lhes o coração de alegria e amor. O Senhor deseja que Seus filhos encontrem conforto em Seu serviço, achando mais prazer que fadiga em Sua obra. Deseja que aqueles que O buscam para Lhe render adoração, levem consigo preciosos pensamentos acerca de Seu cuidado e amor, a fim de poderem ser animados em todas as ocupações da vida diária, e disporem de graça para lidar sincera e fielmente em todas as coisas” (Caminho a CRISTO, 103).
Sikberto Renaldo Marks é professor titular no curso de Administração de Empresas da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ (Ijuí – RS)
Fonte: Cristo em Breve Virá
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