“Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada” (Ageu 1:6).
Prévia da semana: Os exilados que retornaram a Jerusalém enfrentaram a tentação de descuidar de sua vigilância no serviço de Deus e de se conformar com os costumes do mundo. Enfrentamos tentações semelhantes hoje. Confissão, arrependimento e obediência ainda são requisitos para que a presença de Deus se manifeste entre Seu povo.
Leitura adicional:Neemias 1; Jeremias 29:10-14; Ezequiel 8; Daniel 3; Ageu 1; Zacarias 1:1-6; Profetas e Reis, p. 309, 372, 599; Atos dos Apóstolos, p. 85.
Domingo | |
Ícones santos e lugares sagrados |
Quase todas as religiões têm lugares sagrados e objetos vistos como talismãs; muitas pessoas acreditam que podem receber riqueza, fertilidade, ou cura apenas visitando esses lugares ou tocando alguma relíquia. Ao longo do tempo, as pessoas tendem a se esquecer do deus cultuado, lembrando-se somente do poder imaginário do lugar ou talismã.
O povo de Deus não está imune a essa situação. Algumas de nossas igrejas,por exemplo, promovem excursões para a “Terra Santa”. Desde que nos lembremos de focalizar o poder de Deus manifestado ao homem e não o simples fato de estar nos lugares em que Jesus esteve, isso não é uma coisa ruim.
O templo em Jerusalém era o lugar sagrado para os antigos hebreus. Para eles, esse era o lugar de habitação de Deus.Os judeus praticantes tentavam estar nesse templo nos principais dias santos. Em Mateus 24, os discípulos até mesmo associaram a destruição do templo com o “fim do mundo”.
Imagine o choque que os judeus devotos sentiram quando o templo foi destruído, em 70 d.C. Para eles, aconteceu muito mais do que apenas uma destruição. Pareceu-lhes que Deus Se havia retirado dali, que não mais estavam protegidos. Muitos questionaram até mesmo se Ele ainda estava no controle de tudo.
O que isso significa para os cristãos atuais? Que lugares santos nós temos? Que ídolos temos colocado no lugar de Deus? Nesta semana, exploraremos esses e outros assuntos sobre culto, considerando a adoração praticada no período entre o exílio israelita e a reconstruçãodo templo em Jerusalém.
Mãos à Bíblia
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1. Leia Ezequiel 8. O que estava acontecendo no templo sagrado, instituído pelo Senhor? Como os líderes espirituais e o povo poderiam ter caído em tal apostasia? Que lições podemos aprender desse episódio?
2. Leia cuidadosamente Ezequiel 8:12. Que tipo de lógica e raciocínio os anciãos estavam usando para justificar suas ações? O que poderia tê-los levado a essas falsas conclusões? Aquelas pessoas devem ter se afastado tanto do Senhor a ponto de acreditar que Ele não as via ou que não Se importava com suas práticas. Precisamos ser cuidadosos, pois o pecado pode endurecer nosso coração e envenenar nossa mente, levando-nos a justificar até as práticas mais horríveis. |
Paula Graham – Salem, EUA
Segunda | |
Adorar a Deus – a chave para o sucesso |
“Ageu foi o primeiro dos três profetas menores posteriores ao exílio.”1 Os outros dois foram Zacarias e Malaquias. Ageu pode ser considerado uma ligação entre o velho e o novo templo em Jerusalém.
Quando Ciro, o imperador persa, conquistou Babilônia em 539 a.C., “ele imediatamente instituiu uma política de reconciliação voltada à religião da nação conquistada.” 2 Também permitiu que os judeus retornassem a Jerusalém e reconstruíssem o templo. Foi assim que Zorobabel liderou um pequeno grupo de volta para casa e começou a reconstrução do templo. Deus usou Ciro como instrumento para cumprir o plano que Ele tinha para Seu povo. Ciro “é Meu pastor, e realizará tudo o que Me agrada; ele dirá acerca de Jerusalém: ‘Seja reconstruída’, e do templo: ‘Sejam lançados os seus alicerces'” (Isaías 44:28).
A magnitude do primeiro templo e seus impressionantes serviços religiosos tinham sido uma fonte de orgulho para Israel antes de seu cativeiro; mas, frequentemente, faltavam na adoração israelita as qualidades que Deus considera mais essenciais. “Os profetas Ageu e Zacarias foram despertados para enfrentar a crise. Com encorajadores testemunhos, esses mensageiros escolhidos revelaram ao povo a causa de suas dificuldades. A falta de prosperidade temporal era o resultado da negligência em dar prioridade aos interesses de Deus, os profetas afirmaram. Tivessem os israelitas honrado a Deus, tivessem eles mostrado o devido respeito e cortesia, fazendo do reerguimento de Sua casa a primeira obra, teriam convidado Sua presença e bênção” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 573, 574).
Não existe nenhuma segurança que não seja proveniente de Deus e da cidadania de Seu reino. A melhor cura para a preocupação é confiar nEle. Se fizermos nossa parte fielmente, se tornarmos o Céu a prioridade absoluta em nossa vida, Deus estará ao nosso lado durante a caminhada neste mundo. Ele irá graciosamente ungir nossa cabeça com óleo, e nossa taça de experiência transbordará com coisas boas (Salmos 23:6).
1. The SDA Bible Commentary, v. 4, p. 1073.2. Ibid.
Mãos à Bíblia
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Nos tempos finais deste mundo, o teste principal tratará da questão da adoração (Apocalipse 14:1-12). Toda a humanidade estará dividida em dois grupos: os que adoram o Criador e os que adoram a besta e sua imagem. Mesmo agora, todo o mundo está dividido: há os que são fiéis ao Senhor e os que não são. Ou estamos de um lado, ou do outro.
Com isso em mente, a história dos três jovens hebreus no livro de Daniel se torna um símbolo do teste de adoração que sobrevirá ao mundo pouco antes da segunda vinda de Cristo. 3. Leia Daniel 3. Compare a adoração da imagem ali com a adoração da imagem em Apocalipse 14. O que podemos aprender dessa história, que pode nos ajudar a entender a questão da marca da besta? |
Pascal Selugy – Salem, EUA
Apocalipse 14. O que podemos aprender dessa história, que pode nos ajudar a entender a questão da marca da besta?
Terça | |
Lugar de adoração: coração ou pedra? |
Apocalipse 14. O que podemos aprender dessa história, que pode nos ajudar a entender a questão da marca da besta?
Ansiando pelo lar. “Que a minha mão direita definhe, ó Jerusalém, se eu me esquecer de ti! Que a língua se me grude ao céu da boca, se eu não me lembrar de ti, e não considerar Jerusalém a minha maior alegria!” (Salmos 137:5, 6).
O Salmo 137 descreve a ansiedade que os judeus exilados sentiam por sua terra natal. Apesar dos avisos dados por Moisés e outros profetas, Israel virou as costas para Deus, ignorandoSeus mandamentos e continuando em seus maus caminhos.
Deus procurou trazê-los de volta, mas, quando não deram ouvidos às admoestações dos profetas, Ele permitiu que os povos inimigos tomassem posse das terras dos israelitas, destruíssem suas cidades e os espalhassem entre as nações.
A maior desgraça para a nação judaica veio com a destruição de Jerusalém e do templo. Choque e terror devem ter enchido seu coração quando testemunharam os soldados babilônicos derrubando muros, pondo fogo em tudo. O templo, local de habitação do Senhor, ficou em ruínas.
A promessa (Jeremias 29:10-14). Mesmo em meio ao desespero e exílio, Deus deu esperança aos israelitas. Por intermédio do profeta Jeremias, eles foram informados de que, apesar de terem sido expatriados, Deus não os esqueceria.Deveriam buscá-Lo com todo o coração e O encontrariam. Ele os traria de volta para Si mesmo e para a terra que lhes havia prometido. Ele restauraria tudo o que havia sido tomado e novamente Se encontraria com o povo no templo.
Os judeus se apegaram a essa promessa. Nela colocaram todas as suas esperanças e aguardaram seu cumprimento. Após 70 anos, sinceramente arrependidos de seus maus caminhos, clamaram ao Senhor e Ele lhes respondeu.
Suplicando por restauração (Daniel 9). Daniel sabia que o tempo do cumprimento da profecia estava se aproximando. Quando tomou conhecimento da promessa dada a Jeremias em relação à restauração do povo de Deus após o exílio, confundiu-a com as visões que Deus lhe havia dado. Temeu grandemente que o Senhor tivesse decidido estender o exílio dos israelitas por causa dos pecados deles. Daniel abriu sua alma em oração. Nessa prece, confessou os pecados de sua nação e implorou a Deus que não Se esquecesse da promessa feita ao Seu povo. O anjo Gabriel veio em resposta, dizendo-lhe que o que lhe havia sido revelado era para o fim dos tempos, não para aquele tempo.
Restauração (Neemias 1; 2; Ageu 1). Quando Neemias ouviu a respeito das condições em Israel, chorou por muitos dias. Ele clamou a Deus para que Se lembrasse do Seu povo. Confessou os pecados que ele próprio e o povo haviam cometido e implorou a Deus que Se lembrasse de Sua promessa de restauração.
Neemias também pediu a Deus que o rei, de quem ele era o copeiro, atendesse ao seu pedido. E assim foi. O rei não só enviou Neemias a Judá como também deu a ele a autoridade e os equipamentos necessários para a reconstrução de Jerusalém.
Ao retornarem à sua terra natal, a primeira ocupação dos israelitas deveria ter sido a reconstruçãodo templo. Em vez disso, voltaram sua atenção para reconstruir suas próprias casas e semear seus campos.Desse modo, o Senhor foi forçado a enviar-lhes uma mensagem por meio do profeta Ageu.
O que os havia levado a pensar que, tendo Deus cumprido Sua promessa, eles poderiam focalizar suas energias em seus próprios planos? Ele não os havia trazido de volta para que glorificassem a si mesmos, mas para que glorificassem a Ele. Até que restaurassem o templo, todas as demais obras seriam feitas em vão. Zorobabel e o povo deram ouvidos ao aviso, deixando seus próprios caminhos para restaurar o templo, conforme o Senhor havia ordenado.
Adoração: coração ou pedra? (Ezequiel 8; Zacarias 1:1-6). Apesar da importância o templo em Jerusalém, considerando que ali o povo de Deus iria adorá-Lo, a reconstrução desse espaço físico de adoração realmente era a maior preocupação de Deus?
O Senhor enviou Israel ao exílio porque o povo havia se afastado dEle e estava praticando idolatria. Deus estava descontente porque outros deuses haviam assumido Seu lugar no coração dos israelitas. Em Zacarias 1:1-6, Deus alertou Israel para que regressasse aos Seus caminhos, de forma que Ele pudesse voltar-Se para o povo. Afinal, foram justamente os maus caminhos e a recusa ao arrependimento que haviam conduzido os israelitas ao exílio.
Assim, aprincipal preocupação do Senhor não era a respeito de onde o Seu povo O estava adorando, mas como. Para Ele, mesmo hoje, o templo físico não é tão importante como o coração do Seu povo escolhido.
Pense nisto
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1. Que pensamentos, ações ou planos podem privá-lo de adorar a Deus? 2. O que precisa ser restaurado em seu coração para que possa adorar a Deus verdadeiramente? |
Mãos à Bíblia
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4. O que Jeremias 29:10-14 fala sobre o caráter de Deus? Que esperança podemos tirar desse texto, para nosso contexto pessoal?
Depois de setenta anos, como predito, o Senhor começou a trazer os exilados de volta à terra prometida. Israel devia receber outra oportunidade de cumprir seu destino profético. No entanto, a obra de reconstrução do templo não foi tão tranquila nem tão rápida como devia ter sido. 5. Leia Ageu 1. O que desviava a atenção do povo da obra de Deus? O que tem desviado nossa atenção hoje? Como evitar esse problema? Muito frequentemente, podemos cometer o mesmo erro, ficando tão envolvidos com as coisas do mundo que negligenciamos o mais importante: nosso relacionamento com Deus. |
Catherine Parris – Salem, EUA
Quarta | |
Cristo, o adorador modelo |
Quando Cristo foi ao deserto para ser tentado, foi conduzido pelo Espírito Santo. Dessa forma, Ele tinha a força necessária para vencer a Satanás.
“Quando Jesus chegou ao deserto, estava rodeado pela glória do Pai. Absorto em comunhão com Deus, foi erguido acima da fraqueza humana. Mas a glória afastou-se, e Ele foi deixado a lutar com a tentação. Ela O apertava a todo instante. Sua natureza humana recuava do conflito que O aguardava. Durante quarenta dias, jejuou e orou. Fraco e emagrecido pela fome, macilento e extenuado pela angústia mental, ‘Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens’ (Isaías 52:14). Era, então, a oportunidade de Satanás. Julgou poder então vencer a Cristo” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 118).
Satanás achou que,sob essas condições extenuantes, ele certamente poderia conseguir que Cristo o adorasse. Mas a resposta de Cristo foi: “Adore o Senhor, o seu Deus, e só a Ele preste culto” (Mateus 4:10). Cristo compreendia o significado da adoração, como prestar obediência a Deus independentemente das circunstâncias. Assim, mesmo no deserto, Ele pôde deixar um exemplo para nós. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego também compreenderam a razão para adorar. “Os três hebreus foram convocados a confessar a Cristo em face da fornalha de fogo ardente. Eles haviam sido ordenados pelo rei a prostrar-se e a adorar a imagem dourada que ele tinha erigido, sob a ameaça de que, se não o fizessem, seriam jogados vivos dentro da fornalha ardente; mas eles responderam: ‘Não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e Ele nos livrará das tuas mãos, ó rei. Mas, se Ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer’ (Daniel 3:16-18). Custou-lhes algo confessar a Cristo, pois a vida deles estava em jogo” (Review and Herald, 3 de maio de 1892).
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram chamados a demonstrar o que significa dar honra e glória a Deus, mesmo em meio ao exílio. Nós também podemos demonstrar uma vida de adoração, de maneira que outros enxerguem Cristo em nós e glorifiquem Seu nome.
Mãos à Bíblia
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6. Que tema, encontrado em boa parte da Bíblia, aparece em Zacarias 1:1-6? Como a realidade da livre escolha humana é revelada nesse texto?
Algumas das palavras mais duras desse texto são encontradas no verso 5: “Onde estão agora os seus antepassados?” Em outras palavras, é como se dissesse:”Aprendam com os erros dos que viveram antes de vocês; não façam o que eles fizeram; aprendam com o passado, e com o que aconteceu antes de vocês”. Da mesma forma, hoje, com a revelação do significado do serviço do santuário (vida, morte e ministério sumo sacerdotal de Jesus), devemos nos aproximar do Senhor e adorá-Lo, em atitude de fé, arrependimento e obediência. |
Chrisella McDonald – Salem, EUA
Quinta | |
Do exílio à restauração |
A maioria de nós pode facilmente dizer onde está, mas poucos sabem para onde estão indo. Outros sequer sabem o que fazer para chegar ao seu destino. Para que qualquer rota seja percorrida com segurança é preciso disciplina e planejamento. Não é diferente quando tratamos de assuntos espirituais. Por isso, analisaremos a seguir alguns pontos que nos ajudarão a esboçar a rota do exílio para a restauração espiritual.
Admitir. Uma das maiores dificuldades enfrentadas na viagem do exílio à restauração é a de admitir que nosso estado é lastimável. Precisamos perceber que a Bíblia encoraja a negação do ego, não um estado de negação. Como Isaías disse a seu próprio respeito, “Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros” (Isaías 6:5), nós também precisamos admitir que somos pecadores.
Arrepender-se. Após admitirmos nossa condição atual, devemos demonstrar real arrependimento pelos nossos pecados, suplicando a Deus que nos perdoe. Veja o exemplo de Davi, em Salmos 51:1-4.
Analisar as próprias deficiências. Assim como Paulo, nos capítulos 7 e 8 de Romanos, precisamos entender a fragilidade da carne e entregar ao Espírito Santo a direção de nossa vida, para que Sua ação nos inspire e fortaleça.
Ajustar a agenda. Após reconhecermos nossa pecaminosidade, somos exortados por Paulo a recorrer a um ajustamento. Esse ajustamento ocorre como a atualização de um programa de computador (software). Estamos conectados a um software infectado (a carne); assim, não adianta gastar tempo tentando consertá-lo. Precisamos mesmo é de uma atualização (upgrade) para viver no Espírito (Romanos 8:1-14).
Ansiar por Deus. Em João 4, lemos um dos mais fantásticos diálogos citados na Bíblia. No episódio vivenciado por Jesus e pela “mulher no poço”, é fundamental que você note os paralelos entre água/corpo e adoração/Espírito.
Se, como cristãos, estivermos espiritualmente desidratados, significa que ainda estamos em exílio. Por isso, precisamos constantemente da água da vida. Lembremo-nos de que “nEle [Cristo] vivemos, nos movemos e existimos” (Atos 17:28).
Mãos à Bíblia
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Apesar de todas as promessas de restauração, Jerusalém passava por dificuldades. O povo enfrentava um obstáculo após outro, muitos deles como resultado de sua própria desobediência. O profeta Neemias, enquanto servia ao rei persa, recebeu notícias sobre a situação ali e respondeu com jejum, pranto e oração. Seu entusiasmo e preocupação diante das dificuldades são claramente revelados no primeiro capítulo do livro que leva seu nome.
7. Leia a oração de Neemias 1, em resposta ao que ele ouviu, e comente: (1) Por que Neemias, uma pessoa fiel, incluiria a si mesmo entre os que haviam pecado contra o Senhor? Daniel 9:5, 6. (2) Que tipo de oração é esse, e por que é tão importante? Êxodo 32:31-34; Tiago 5:16. (3) Com base em que ele fez seu apelo ao Senhor em favor do povo? Por que o Senhor deveria ouvir essa súplica? Gênesis 12:1-3; Êxodo 6:4, 5 |
Noel Reid – Salem, EUA
Sexta | |
Olhar para o Número Um |
Durante o exílio, a maioria dos israelitas olhou somente para si. De todas as pessoas levadas para a Babilônia, aparentemente, apenas Daniel e seus três amigos se destacaram como povo de Deus. Somente eles pediram uma dieta diferente da que era servida na mesa do rei.Quando a estátua foi erigida na planície de Dura, somente Sadraque, Mesaque e Abede-Nego se recusaram a prostrar-se diante dela. Pelo visto, a maioria das pessoas só estava preocupada com a própria vida. Haviam se esquecido de Deus.
A mesma coisa parece ter acontecido quandofoi dada a ordem para a reconstruçãodo templo. As pessoas construíram suas próprias casas e se esqueceram completamente da razão real pela qual haviam retornado à sua terra. Deus, então, dirigiu-Se a elas, avisando que o fracasso e a miséria estavam ocorrendo porque Israel havia se esquecido dEle.
Vivemos em uma sociedade egocêntrica, que nos leva a “olhar para o número um”, ignorando ou minimizando o tempo destinado à reflexão a respeito dos planos de Deus para nossa vida. O aviso que Ele deu ao Seu povo nos tempos bíblicos também se aplica a nós. Talvez a razão de vivermos uma existência superficial não seja a esperteza insuficiente nem o fato de sermos vítimas de uma economia pobre, mas sim o fato de nos esquecermos de que a construção da casa de Deus deve ser nossa prioridade.
Precisamos nos lembrar de que a casa de Deus não é apenas um edifício. É também o coração das pessoas que O amam e O seguem. Construir a casa de Deus significa sair do nosso caminho rotineiro e apresentar Cristo a outras pessoas. Significa ajudar o pobre, o enfermo e o mendigo. Essas são formas de se olhar para o verdadeiro Número Um. Aliás, não é esse o conselho bíblico? “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Talvez a maioria das dificuldades que enfrentamos se dê pelo fato de não identificarmos corretamente nosso Número Um. Pra você, quem é?
Mãos à obra
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1. Faça uma pesquisa sobre lugares sagrados de outras religiões, como Meca, o Muro das Lamentações, a Terra Santa, o Rio Ganges, etc. Como você explicaria a um amigo a contribuição de se visitar um desses lugares para: (1) o desenvolvimento espiritual; (2) os desejos de uma pessoa? 2. Memorize Romanos 4:23-25. Depois, leia Salmos 137:5, 6 e reflita: Por que os israelitas sofreram no exílio? Como podemos estar em uma situação semelhante? 3. Reflita sobre o siagnificado de arrepender-se por algo que você tenha feito e a relação com “arrepender-se para a restauração”. Quantas vezes dizemos que sentimos muito pela mesma coisa? O que deveria acontecer após dizermos que sentimos muito? 4. Liste algumas mudanças que você precisa fazer em sua vida para começar a agir, de fato, segundo o conselho expresso em Mateus 6:33. |
Jonathan Merlin Burt – Berrien Springs, EUA