Comentários de Gilberto G. Theiss
Texto Central: “E regozijem-se ali perante o Senhor, o seu Deus, vocês, os seus filhos e filhas, os seus servos e servas, e os levitas que vivem nas cidades de vocês por não terem recebido terras nem propriedades” (Deuteronômio 12:12 – NVI)
Sábado
Na era patriarcal o povo adorava a Deus através dos altares. Na era teocrática, a adoração se dava no tabernáculo. O templo surgiu apenas no período monárquico e foi substituído pela igreja (templo atual).
Havia em todo o sistema de adoração muito ritos com significados bem definidos e específicos. Cada ritual apontava para Cristo e sua função era bem meticulosa devido ao seu profundo simbolismo. Infelizmente, era possível para alguns, transformarem todos estes ritos em uma mera rotina formal. Em nossos dias não é diferente, pois, podemos com muita facilidade transformar nossas reuniões em uma rotina puramente formal e sem sentido para nossas vidas. É possível ir a igreja apenas por costume ou então participar de uma santa ceia como se fosse uma espécie de amuleto para dar sorte na vida cristã.
Todos esses ritos são apenas ilustrações de algo muito mais grandioso e profundamente glorioso. Ao centro de tudo está Deus com sua infinita compaixão e grandeza. Tudo o que Deus foi capaz de fazer pela humanidade caída se encontra nesses ritos e por esta razão deveríamos olhar para estes símbolos com extremo zelo, cuidado e devoção. Conseqüentemente, ao notar o grande amor de Cristo por nós, nossa adoração deve ser dirigida não aos ritos em si, mas ao foco deles – a Divindade.
O segredo para uma devoção e adoração viva não parte de retirar da igreja qualquer rito, mas olhar para além deles e ver o Cristo crucificado a nosso favor.
Domingo
“Para Que Eu Possa Habitar no Meio Deles” (Êxodo 25:1-9)
Deus pretendia estar presente e bem mais perto da vida e do dia a dia do Seu povo. Os Israelitas acostumaram no Egito a ter uma imagem sempre presente da divindade. Parecia que isto lhes dava mais segurança e proteção. No deserto, isto lhes fora tirado e ensinado que não passava de idolatria, pois muitos desses ídolos estavam bem dissociados da verdade do verdadeiro Deus. O santuário, ao mesmo tempo em que servia para esboçar todo o plano da redenção em Cristo, também servia para dar mais segurança e proteção visual ao povo de Israel. Ao eles saberem que Deus mesmo estaria presente neste templo, podiam ter uma vaga segurança emocional da presença do Criador. Deus queria oferecer essa segurança psicológica a eles, mas, muito além disto, Deus queria de alguma forma também manifestar sua presença diante deles e o santuário era o meio para tal.
O santuário foi feito aos moldes determinados por Deus. Interessante notar que, a semelhança da oferta de Abel em detrimento da de Caim, o santuário, embora feito por mãos humanas, deveria ser feito de acordo com o estabelecido por Deus. Mais uma vez podemos observar que, adoração e até mesmo tudo o que estaria envolvido à adoração deveriam refletir a vontade de Deus e não a nossa. A verdadeira e falsa adoração está centrada exatamente na maneira como somos submissos a Deus em todas as circunstâncias e estilo de vida. A vontade de Deus deve permear tudo o que oferecemos a Ele.
Outro propósito significativo desta lição é que, o santuário era a habitação de Deus para com seu povo. Era o meio mais significativo para YAHWEH estar bem próximo de seus filhos. Hoje, a igreja reflete este ambiente da presença de Deus. Nós, quando estamos na igreja, devemos dar a mesma atenção a todas as circunstâncias que permeiam a verdadeira adoração. Deus se faz presente quando, com sinceridade oferecemos a Ele nossa vida e devoção pessoal. O que oferecemos pode não ser o melhor, mas será aceito se for o que Ele pede. Lembre-se, o santuário de hoje pode ser nossa igreja ou o altar que temos em nossas casas.
Segunda-feira
Corações Dispostos (Êxodo 35)
Como visto até aqui, adoração envolve mais o estilo de vida do que ir a igreja e oferecer o culto ao Senhor. Adoração reflete submissão e também reflete a disposição de nosso coração em servi-lo. Deus conhece a sinceridade de nosso coração e sabe muito bem medir a intensidade do que lhe ofertamos se foi com extrema devoção ou não.
Na lição de hoje aprendemos sobre a construção do santuário e a disposição do povo em construir e levar até a construção o que de melhor possuíam para a realização do mesmo. Esta é uma lição e tanto, pois quando construímos uma igreja, um altar, ou fazemos uma devida reforma no ambiente de adoração, nem sempre levamos e ofertamos o que realmente é melhor. Às vezes, quando estamos construindo nossa própria casa ou reformando-a, compramos o que tem de melhor ou então o que é mais bonito e atraente. Mas, em se tratando da casa de Deus, muitos cristãos ofertam o que é mais barato e econômico. Isto pode refletir a falta de contemplação e de valor que damos não à igreja, mas a Deus. Quando é para nós, fazemos o melhor, mas quando é para Deus sempre buscamos um jeito de economizar ou de ofertar o que é de péssima qualidade, e tudo isto em nome da economia. Nossas intenções são avaliadas por Deus e Ele sabiamente julga-as conforme realmente elas são. Às vezes pode ser por isso que há igrejas que demoram décadas para serem construídas, pois, Deus sabendo de nossa mesquinhez e falta de valor a Ele, não nos abençoa como deveríamos e assim sua obra fica manchada pela falta de sensibilidade e de valor que damos a Ele.
É bom lembrar que isto reflete adoração. No entanto, a pergunta que pode ser feita é: Que nível de adoração temos tido para com Deus quando construímos sua casa? O povo de Israel, neste contexto, fez com alegria e ofertou o de melhor com alegria. E nós, como temos feito a casa de nosso Deus hoje? Outra lição importante a aprender desta narrativa é que, o povo, de maneira geral, construiu o tempo segundo a forma como Deus determinou. Também ofertaram o que de melhor possuíam. Observe que, não era necessário apenas construir o templo, mas deveriam construir como Deus havia determinado. Isto nos faz lembrar da oferta de Abel e de Caim. Como visto desde o começo do trimestre, a adoração está centrado no que Deus nos pede em todos os sentidos. O que oferecemos pode até não ser o melhor, mas se for o que Deus pediu, com certeza será aceito. Isto é verdadeira adoração.
Terça-feira
O Holocausto Contínuo (Êxodo 29:38-39; Hebreus 10:1-4; I Pedro 1:18-19)
Como visto até aqui, adoração envolve mais o estilo de vida do que ir a igreja e oferecer o culto ao Senhor. Adoração reflete submissão e também reflete a disposição de nosso coração em servi-lo. Deus conhece a sinceridade de nosso coração e sabe muito bem medir a intensidade do que lhe ofertamos se foi com extrema devoção ou não.
Na lição de hoje aprendemos sobre a construção do santuário e a disposição do povo em construir e levar até a construção o que de melhor possuíam para a realização do mesmo. Esta é uma lição e tanto, pois quando construímos uma igreja, um altar, ou fazemos uma devida reforma no ambiente de adoração, nem sempre levamos e ofertamos o que realmente é melhor. Às vezes, quando estamos construindo nossa própria casa ou reformando-a, compramos o que tem de melhor ou então o que é mais bonito e atraente. Mas, em se tratando da casa de Deus, muitos cristãos ofertam o que é mais barato e econômico. Isto pode refletir a falta de contemplação e de valor que damos não à igreja, mas a Deus. Quando é para nós, fazemos o melhor, mas quando é para Deus sempre buscamos um jeito de economizar ou de ofertar o que é de péssima qualidade, e tudo isto em nome da economia. Nossas intenções são avaliadas por Deus e Ele sabiamente julga-as conforme realmente elas são. Às vezes pode ser por isso que há igrejas que demoram décadas para serem construídas, pois, Deus sabendo de nossa mesquinhez e falta de valor a Ele, não nos abençoa como deveríamos e assim sua obra fica manchada pela falta de sensibilidade e de valor que damos a Ele.
É bom lembrar que isto reflete adoração. No entanto, a pergunta que pode ser feita é: Que nível de adoração temos tido para com Deus quando construímos sua casa? O povo de Israel, neste contexto, fez com alegria e ofertou o de melhor com alegria. E nós, como temos feito a casa de nosso Deus hoje? Outra lição importante a aprender desta narrativa é que, o povo, de maneira geral, construiu o tempo segundo a forma como Deus determinou. Também ofertaram o que de melhor possuíam. Observe que, não era necessário apenas construir o templo, mas deveriam construir como Deus havia determinado. Isto nos faz lembrar da oferta de Abel e de Caim. Como visto desde o começo do trimestre, a adoração está centrado no que Deus nos pede em todos os sentidos. O que oferecemos pode até não ser o melhor, mas se for o que Deus pediu, com certeza será aceito. Isto é verdadeira adoração.
Quarta-feira
Comunhão com Deus (Êxodo 25:10-22; Salmos 37:23; Salmos 48:14; Provérbios 3:6; João 16:13)
Comunhão vem do latim communio, e significa comunidade, associação, sociedade, relações com alguém ou ato de comungar. Outras definições também encontradas são:
1 ação de fazer alguma coisa em comum ou o efeito dessa ação
2 sintonia de sentimentos, de modo de pensar, agir ou sentir; identificação
3 comparticipação, união, ligação
4 o sacramento da Eucaristia
4.1 a administração ou a recepção da Eucaristia
4.2 parte da missa em que o sacerdote administra o sacramento da Eucaristia
4.3 antífona ou salmo que o sacerdote lê na missa após haver comungado
5 comunidade religiosa unida em torno de uma mesma fé
6 domínio de duas ou mais pessoas sobre a mesma coisa, de que detêm partes abstratas
6.1 conjunto de direitos e obrigações sobre a coisa possuída em comum
6.2 sociedade de bens e interesses que se estabelece entre marido e mulher por força do contrato de casamento (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2007).
Como percebido, o significado da palavra comunhão em toda a sua abrangência tem por essência unidade de ideais, mesmo pensamentos, integração baseada nos mesmos pareceres, unidade composta e identificação não conflitante. Portanto, quando a Palavra de Deus sugere que tenhamos comunhão com Deus, está nos ensinando que devemos viver em conformidade com Deus em uma unidade completa e plena e submissa a Ele. Reforçando, esta unidade completa e plena exige de nós e não de Deus uma submissão e entrega total. Somos nós que temos que conformar com a vontade de Deus e não Deus se conformar com nossa vontade. Comunhão com Deus significa viver por Ele e para Ele. Significa viver em conformidade com Sua plena vontade. Como temos aprendido desde o começo do trimestre, adoração reflete dar o nosso melhor para Deus, mas, sempre dentro do que Ele nos pede. A experiência de Abel oferecendo o cordeiro, Abraão não poupando seu próprio filho, Moisés tirando as sandálias e o povo construindo o santuário aos moldes determinados por Deus refletem claramente a verdadeira adoração. Isto também nos ajuda a entender como é a essência da falsa adoração – na vontade humana em detrimento da vontade de Deus.
Comunhão é adorar a Deus, pois em nossa convivência com Ele, um estilo e devoção totalmente voltada à Sua vontade se torna um estilo de vida natural nos seres humanos que aprendem amá-lo de todo coração. Assim acontece em um casamento, pois, comunhão no casamento é viver totalmente em benefício e felicidade do outro.
Quinta-feira e Sexta-Feira
Alegrar-se Diante do Senhor (Levítico 23:39-44; Deuteronômio 12:5-7; Deuteronômio 12:12; Deuteronômio 12:18; Deuteronômio 16:13-16)
A lição de hoje precisa ser moderada com alguns valores e princípios importantes que sejam capazes de impedir-nos de pender para os dois extremos. Alguns acreditam que, para alegrar-se diante do Senhor, deveríamos ter bateria na igreja, levantar as mãos, cantar músicas estimulantes, rítmicas e dançantes. Não é isto que nos levará a uma adoração alegre e contagiante. Não precisamos de êxtase nos cultos para sermos alegres e felizes diante do Senhor. Não são os estímulos emocionais e sensações de euforia que serão capazes de tornar-nos alegres diante do Senhor. O verdadeiro culto não pode estar nodoado com este tipo de culto. Isto é sensação barata e puramente estimulante. Muitos cristãos de nosso século estão confundindo êxtase emocional com fé e alegria genuína. A fé e a verdadeira alegria não são alimentadas desta forma. Ellen White nos ensina que o culto precisa ser entoado com canções:
- Suaves e puras (Educação, p. 167)
- Os tons precisam ser como a melodia dos pássaros ( Evangelismo, p. 510)
- O volume do som deve ser suave e não pode ferir os ouvidos (carta 66, p. 2 e 3, de 1983).
- O canto deve ser melodioso (Testemunhos Seletos, v.1, p. 45).
- A melodia deve ser alegre, porém solene (Evangelismo, p. 507 e 508).
- Deve aproximar-se da harmonia celeste (Patriarcas e Profetas, p. 637)
- Os anjos devem ser capazes de cantar juntos (Manuscritos 5, de 1874).
- Glorificar unicamente a Deus (Carta 5, de 1850)
- Deve erguer os pensamentos ao que é puro, nobre e edificante (Patriarcas e Profetas, p. 637)
- Ser capazes de impressionar os corações com verdades espirituais (Educação, p. 167)
- Deve atrair para o lar celestial (O Desejado de Todas as Nações, p. 37)
- Deve conduzir à santidade [separação do mundo] (Testemunhos para a Igreja, v.1, p. 496-497)
- Deve afastar os ouvintes da atenção ao terreno (O Desejado de Todas as Nações, p. 73)
- Não leva à união com o mundo e suas diversões (Patriarcas e Profetas, p. 637)
- Não tem gesticulações extravagantes (Manuscritos 5, de 1874)
- Não há movimentos corporais (Manuscritos 5, de 1874)
- As notas não são longamente puxadas (Evangelismo, p. 510)
- Não há confusão de vozes nem dissonância (Testemunhos Seletos, v.1, p. 45)
- Não vem do gênero das valsas frívolas (Fundamentos da Educação Cristã, p. 97)
- Não vem das canções petulantes que elogiam o homem (Fundamentos da Educação Cristã, p. 97)
- Não é ruidosa, vulgar, nem de abundante entusiasmo (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 306)
- Não idolatra o cantor ou músico (Testemunhos para a Igreja, v.1, p. 506)
- s canções não são próprias para o salão de baile (Testemunhos para a Igreja,v.1, p. 506)
- Não se adapta facilmente ao palco (Manuscritos 5, de 1874)
- A melodia não é forçada (Manuscrito 5, de 1874)
- A música não serve para dança (Mensagens Escolhidas, v.2, p. 36)
- Não inclui tambores e o ritmo não domina a melodia nem a harmonia (Mensagens Escolhidas, v.2, p. 36)
- Não pertence à categoria do jazz, rock, blues, derivados ou forma correlatas (Manual da Igreja, p. 172)
Estas declarações preciosas foram extraídas do Site do Centro de Pesquisas Ellen G. White e ajudam a melhor proteger nossa adoração diante do Senhor. Alegrar-se diante do Senhor é melhor revelado através de genuína entrega e submissão a Deus. Como bem ilustrou o autor da lição: “Afinal, se as verdades da salvação, redenção, mediação e juízo, não são motivos de regozijo, que outra coisa nos alegraria?”
Outro extremo é pretender levar a igreja a ter uma reunião de adoração como o culto de um velório. Não há nada de errado com a modernização. Desde que não misturemos sagrado como profano, a modernização do culto e das músicas são necessárias e fundamentais para tornar o culto mais dinâmico e atraente. Lembremo-nos que Modernizar é diferente de mundanizar. Os músicos e os que cantam na igreja precisam compreender isto. Ellen White a este respeito diz que “às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com deliberações, e são impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus se requerem planos bem amadurecidos. O bom senso é coisa excelente no culto do Senhor” (Gospel Workers, pág. 325 – ou Obreiros Evangélicos, p. 505). É claro que nem todos são assim, pois há cantores consagrados e tementes à vontade de Deus.
Fonte: http://gilbertotheiss.blogspot.com
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