Carros, Cavalos, Bateria e o Nome do Senhor
por: Karl Tsatalbasidis
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Atualização
em 03/07/2020
Após muito tempo de espera, finalmente o livro Bateria, Rock e Adoração foi traduzido para o Português e está disponível através da Editora Luz do Mundo.
Acesse o link https://www.editoraluzdomundo.com.br/bateria-rock-e-adoracao para ver mais detalhes.
ATENÇÃO: Não se assuste com o baixo preço deste livro. Não está errado. O preço é irrisório, porque a ideia é que as pessoas que o adquirem pagam apenas o frete.
Transcrição da Tradução
Bom dia e feliz sábado a todos esta manhã! É muito bom estar aqui. Pastor, mais uma vez obrigado pelo privilégio e oportunidade de estar aqui com vocês. É bom ver irmãos e irmãs do tempo em que pastorei nesta região. É bom ver todos vocês aqui hoje.
Esta é a segunda sessão, de quatro. Se perderam a primeira… Agradeço ao ministério Hope Video porque eles vão fornecer essa palestra futuramente para vocês. A sessão 2 tem como título: Carros, Cavalos, Bateria e o Nome do Senhor. Esta é a segunda, num total de quatro sessões. Espero que continuem conosco durante o almoço, mas que também retornem para as sessões três e quatro.
Vamos orar antes de iniciar. Querido Pai celeste, nós Te agradecemos pelo ministério do Espírito Santo, que foi enviado para nos ensinar e nos guiar a toda a verdade. Oramos para que nos abençoe com a porção dobrada desse Espírito, que ilumine nossa mente e nos capacite a seguir a Jesus. Obrigado por ouvir nossa oração. Em nome de Jesus, amém.
Talvez fiquem um pouco intrigados pelo título, e espero colocar as coisas em ordem, se ficar confuso para vocês. Durante estes 30, 45 ou 60 minutos, vamos tentar arrumar a casa.
Se pegarem alguns dos periódicos de nossa organização, vão perceber que há um crise envolvida quanto a como devemos adorar a Deus. Acabei de ler um artigo num periódico denominacional importante… De fato, li muitos outros e os recorto sempre que vejo uma bateria neles. Automaticamente, isso me diz que a música sendo usada é rock ou jazz. Não tem como fugir disso. Não dá para extrair outra coisa se alguém usa a bateria.
Como adventistas do sétimo dia, temos certeza quanto ao dia. Isso não representa problema. A maioria dos adventistas não tem problemas com isso. E mesmo sendo desafiados nesse ponto, com diversos argumentos, eles conseguem abrir textos da Bíblia para refutar muitas objeções. Temos certeza quanto ao dia, mas estamos confusos quanto ao modo. Certos quanto ao dia, confusos quanto ao modo.
No entanto, se forem bons alunos de história, a confusão quanto ao modo leva à confusão quanto ao dia. Isso aconteceu. Se pegarem o livro “O Grande Conflito”, quando tentaram amalgamar formas pagãs de adoração com a verdadeira adoração a Deus, em pouco tempo se abriu o caminho para a adoração no domingo. A violação do segundo mandamento levou à violação do quarto mandamento.
O desafio, hoje, é um pouco mais sutil. Pouca gente ficará confusa se começarmos a trazer para a igreja estátuas e todas essas coisas, e nos prostrarmos a elas. Logo você vai ficar de guarda e vai dizer: “Espera um pouco! Segundo mandamento. Não é pra fazer isso!” Mas há outro princípio por trás do segundo mandamento. O primeiro mandamento proíbe a adoração de falsos deuses. O segundo mandamento proíbe a adoração do Deus verdadeiro com formas falsas. O impacto é diretamente sobre a pergunta: “Como devemos adorar a Deus?”
Ao introduzir novas formas e estilos de adoração, hoje em dia, na igreja cristã, e, especialmente, na adventista… Logo que se abre caminho para isso, a confusão sobre o modo levará à confusão sobre o dia. Que o Espírito Santo nos guie a toda a verdade.
Abram suas Bíblias comigo em 1 Crônicas, capítulo 19. 1 Crônicas, capítulo 19. Vamos nos concentrar mais nos versículos seis e sete. Mas vamos pegar o contexto e ler a partir do versículo um. 1 Crônicas, capítulo 19. Começando no versículo um para nos dar o contexto.
“E aconteceu, depois disto que Naás, rei dos filhos de Amom, morreu; e seu filho reinou em seu lugar. Então disse Davi: Usarei de benevolência com Hanum, filho de Naás, porque seu pai usou de benevolência comigo. Por isso, Davi enviou mensageiros para o consolarem acerca de seu pai. E, chegando os servos de Davi à terra dos filhos de Amom, a Hanum, para o consolarem, disseram os príncipes dos filhos de Amom a Hanum: Pensas porventura, que foi para honrar teu pai aos teus olhos, que Davi te mandou consoladores? Não vieram seus servos a ti, a esquadrinhar, e a transtornar, e a espiar a terra? Por isso Hanum tomou os servos de Davi, e raspou-os, e cortou-lhes as vestes no meio até à coxa da perna, e os despediu. E foram-se, e avisaram a Davi acerca daqueles homens; e enviou ele mensageiros a encontrá-los; porque aqueles homens estavam sobremaneira envergonhados. Disse, pois, o rei: Deixai-vos ficar em Jericó, até que vos torne a crescer a barba, e então voltai.”
O rei Davi não ia deixar isso passar impune. A gente sabe como é terrível maltratar um embaixador, que representa outro país, e era isso que esses homens eram! E ao agirem assim com esse homem, estavam agindo assim com o próprio rei. E a todos os representantes daquele país. Os filhos de Amom viram que tinham mexido numa caixa de marimbondo.
Vamos continuar do versículo seis. “Vendo, pois, os filhos de Amom que se tinham feito odiosos para com Davi, enviou Hanum, e os filhos de Amom, mil talentos de prata para alugarem para si carros e cavaleiros da Mesopotâmia, e da Síria de Maaca, e de Zobá. E alugaram para si trinta e dois mil carros…”
O título da mensagem: “Alguns confiam em carros… Na verdade, este é o texto. Salmos 20:7 “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.”
Eles viram que estavam em problemas. E acharam por bem se unirem a outras nações e alugar carros e cavalos de batalha, porque sabiam que Davi não ficaria sem reagir aos maus tratos que seus embaixadores sofreram. Davi e Joabe se reuniram e definiram os planos da batalha. E envolveram os amonitas e os sírios na batalha. E disse Joabe no versículo 13: “Esforça-te, e esforcemo-nos pelo nosso povo, e pelas cidades do nosso Deus, e faça o Senhor o que parecer bem aos seus olhos. Então se chegou Joabe, e o povo que tinha consigo, diante dos sírios, para a batalha; e fugiram de diante dele. Vendo, pois, os filhos de Amom que os sírios fugiram, também eles fugiram de diante de Abisai, seu irmão…”
Se avançarem ao versículo 17: “Do que avisado Davi, ajuntou a todo o Israel, e passou o Jordão, e foi ter com eles, e ordenou contra eles a batalha; “, tendo Davi ordenado a batalha contra os sírios, “elejaram contra ele. Porém os sírios fugiram de diante de Israel, e feriu Davi, dos sírios, os homens de sete mil carros, e quarenta mil homens de pé; e a Sofaque, capitão do exército, matou. Vendo, pois, os servos de Hadar-Ezer que tinham sido feridos diante de Israel, fizeram paz com Davi, e o serviram; e os sírios nunca mais quiseram socorrer os filhos de Amom.”
Notem que nesta batalha, Davi não usou carros e cavalos. Era um estudante da Bíblia, assim como de história. Ele lia a Bíblia. E em Deuteronômio 17:14-60, diz que o rei “não multiplicará para si cavalos”. Ele seguiu essa diretiva. Ele também se lembrou da batalha no Mar Vermelho, quando o povo de Deus estava aprisionado. Montanhas dos dois lados, egípcios por trás, e o Mar Vermelho à frente. Mas Deus dividiu o Mar Vermelho e lutou pelo Seu povo.
Davi se lembrou disso e não iria gastar dinheiro em carros e cavalos. Somente ao Senhor recorreria para lutar essa batalha. E foi nEle que ele confiou.
Dá até pra imaginar a cara de Davi depois da batalha. Com seus generais e os capitães de milhares e centenas. Dá até pra ver ele comentando com seu pessoal após a batalha: “Sabem, cavalheiros, alguns confiam em carros e cavalos mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.”
Em Isaías 31:1-4… vamos até lá. Estamos explorando o tema de carros e cavalos. Isaías 31:1-4. Gosto do jeito que começa nesta versão. “Ai dos que descem ao Egito a buscar socorro…” Em outras palavras: “Não vão até lá! Parem por aí!” “…e se estribam em cavalos; e têm confiança em carros, porque são muitos…” É por isso que querem essas coisas para batalha. “…e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos; e não atentam para o Santo de Israel, e não buscam ao Senhor.”
Agora eles precisam tomar uma decisão. Vão descer ao Egito e confiar em carros e cavalos? Ou vão recorrer a Deus? É a mesma decisão que nós temos que tomar quando se trata de usar carros e cavalos espirituais, dos quais já vamos tratar. Precisamos tomar a mesma decisão.
No versículo quatro, diz: “Porque assim me disse o Senhor: “Como o leão e o leãozinho rugem sobre a sua presa, ainda que se convoque contra ele uma multidão de pastores, não se espantam das suas vozes, nem se abatem pela sua multidão, assim o Senhor dos Exércitos descerá, para pelejar sobre o monte Sião, e sobre o seu outeiro.”
Colocaremos nossa confiança em carros e cavalos? Ou vamos recorrer a Deus para que Ele desça e lute por nós?
Queridos, não importa qual seja nossa luta hoje, quer sejam lutas espirituais ou matrimoniais, lutas no trabalho, na adoração, na música, temos que conseguir evitar os carros e cavalos, que eram as armas dos egípcios, e precisamos confiar em Deus.
Se Deus dividiu o Mar Vermelho e destruiu os carros e cavalos do Egito, por que voltaríamos ao Egito para usar carros e cavalos, a fim de expandir o reino deles? Não faz sentido, não é mesmo?
Abram suas Bíblia em Josué 11. Josué, capítulo 11. Os filhos de Israel vão pedir a ajuda dos gibeonitas. E todos os cananeus se reuniram para lutar contra os gibeonitas. E diz assim, no versículo três, descrevendo “ao cananeu do oriente e do ocidente; e ao amorreu, e ao heteu, e ao perizeu, e ao jebuseu nas montanhas; e ao heveu ao pé de Hermom, na terra de Mizpá. Saíram pois estes, e todos os seus exércitos com eles, muito povo…” Quantos eram? “…em multidão como a areia que está na praia do mar; e muitíssimos…” O que eles tinham? “…muitíssimos cavalos e carros.”
Pense num confronto desequilibrado! O número de soldados como a areia do mar com muitíssimos carros e cavalos. Mas quero que vejam o que diz o texto em seguida. No versículo 5, diz: “Todos estes reis se ajuntaram, e vieram e se acamparam junto às águas de Merom, para pelejarem contra Israel. E disse o Senhor a Josué: Não temas diante deles; porque amanhã, a esta mesma hora, eu os darei todos feridos diante dos filhos de Israel; os seus cavalos…” Nem sei como se pronuncia isso. “…os seus cavalos jarretarás e os seus carros queimarás a fogo.”
Deus estava dizendo a Josué o que fazer com os carros e cavalos quando ganhasse a guerra. No versículo 8, o Senhor os entregou nas mãos de Israel. No versículo 9: “E fez-lhes Josué como o Senhor lhe dissera; os seus cavalos jarretou, e os seus carros queimou a fogo.”
Tem um comentário bem interessante no livro Patriarcas e Profetas, p. 372, sobre este trecho da Bíblia. As instruções que o Senhor deu nesse caso foram interessantes. Isso é anotação minha. Ele disse: “Os seus cavalos jarretarás e os seus carros queimarás a fogo.” Ellen White diz: “Dos carros e cavalos que haviam sido o orgulho e vanglória dos cananeus, Israel não se deveria apropriar. Ao mando de Deus os carros foram queimados, e aleijados os cavalos, e assim tornados impróprios para batalha. Os israelitas não deviam pôr a confiança em carros e cavalos, mas ‘no nome do Senhor seu Deus.'” Citando Salmos 20:7.
O que os carros e cavalos representavam, e o que representam hoje? Está claro que eram usados como instrumentos de guerra. Essencialmente, pelos inimigos de Deus, a fim de conquistar território.
Para terem uma ideia de quão temidos e assustadores eram os carros e cavalos, vamos analisar o exército assírio, uma verdadeira máquina de guerra. Os carros de combate eram uma das unidades mais temida do exército assírio, cujos alaridos de longe causavam terror em muitas nações.
Mas Deus disse ao Seu povo, em Deuteronômio 20, versículo 1… Disse: “Quando saíres à peleja contra teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, deles não terás temor; pois o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, está contigo.” Eles eram usados para ganhar território, e, essencialmente, pelos inimigos de Deus.
Hoje em dia, a igreja não luta mais em uma guerra física, mas em uma guerra espiritual. Se examinarem o livro de Apocalipse com atenção, a batalha tem a ver com a lei de Deus. Apocalipse 12:17 diz que “o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.”
Trata-se de uma batalha espiritual. Se lerem Efésios 6:10-17, Paulo pega a armadura de um guerreiro e faz aplicações espirituais. É o escudo da fé, a couraça da justiça, os pés calçados na preparação do evangelho da paz. E, em vez da espada, temos a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Esta é a batalha que enfrentamos hoje. E ele exorta Timóteo, dizendo: “Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado”, e ele não falava de se alistar no exército norte-americano. Falava de uma batalha espiritual.
Em vez de conquistar e eliminar nações, hoje, a igreja deve conquistar pela pregação do evangelho. Em Apocalipse 6:2, a igreja é descrita como um cavalo branco, um cavalo que “saiu vitorioso, e para vencer”. O cavaleiro tinha um arco nas mãos. E disparou esse arco. Disparou a Palavra de Deus. E Paulo diz em Colossenses 1:23 que o evangelho “foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu”. Saíram vitoriosos e a vencer com o amor de Jesus.
Em Mateus 28, vocês conhecem a grande comissão nos versículos 18-20: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias… amém.”
A missão dada ao Israel literal era clara: “Ide e conquiste estas nações!” Eles não foram deixados ao léu para inventar algum meio a fim de conquistar seus objetivos. A ordem era para conquistar e expulsar as nações.
A batalha de Jericó e a batalha de Gideão contra os midianitas demonstram que Deus abençoa os métodos, aparentemente, menos promissores: “Josué, quero que você dê sete voltas ao redor da cidade e toque as trombetas.” Qual estrategista militar em sã consciência diria ao seu exército isso? Mas os caminhos de Deus não são os nossos. Os métodos dEle não são, necessariamente, os nossos.
E quanto a Gideão? 300 israelitas contra 135.000 midianitas. 1 homem para cada 450. “Mas tudo o que eu quero é que balancem algumas tochas ao ar, quando chegarem lá.”
A missão: “Conquiste a terra!” Não foram deixados ao léu para inventar meios de como fazer isso. Ou seja, não poderiam adotar carros e cavalos para alcançar sua meta, e há duas grandes razões para isso.
A primeira é que confiariam cada vez mais na força de homens do que em poder divino. É por isso que diz em Isaías 31:1: “Ai dos que descem ao Egito a buscar socorro, e se estribam em cavalos; e têm confiança em carros, porque são muitos; e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos; e não atentam para o Santo de Israel, e não buscam ao Senhor.”
Deus sabia que eles depositariam sua confiança nessas coisas, em vez de nEle. É como a pessoa que se inscreve em aula de artes marciais, ou que tem uma arma, mas nunca disparou uma arma na vida, e pensa que no momento da crise, de repente, vão saber o que fazer! As coisas não acontecem assim.
Minha irmã esteve envolvida em artes marciais e treinava exaustivamente. Ela estava no trabalho e outra senhora fez uma aula disso, por uma hora, uma vez por semana. Depois, disse à minha irmã que ela estava perdendo tempo. Não precisava treinar tanto, pois ela já tinha aprendido a se livrar de golpes rapidamente. Minha irmã então perguntou o que eles a ensinaram a fazer. Ela disse que a se livrar de um mata-leão. Então minha irmã disse que faria um mata-leão nela, para vê-la sair.
Minha irmã entrou numa mente combativa. É quando, em artes marciais, eles olham para as pessoas como se fossem matá-las. Foi exatamente o que fez. Ela deu um bote em cima dela. Sufocou-a. E a senhora entrou em pânico. Minha irmã precisou soltar o mata-leão. E era uma situação controlada. “Isso é o que eu vou fazer, e isso é o que você vai fazer. “É assim que você vai sair do golpe.” Mas a pessoa não conseguia sair!
Não devemos depositar nossa confiança nessas coisas. Quando vier a crise, a única pessoa em quem devemos confiar é Deus. Ele é o único que vai salvá-lo dessa situação. Não dá pra confiar em outra coisa. Eu sou feliz por não ser tentado com coisas assim. Não sou tentando em espancar alguém, porque eu não consigo, mesmo. Mas tem gente que consegue.
Pelo mesmo motivo, somos tentados a olhar a todos os cananeus e dizer: “Como que é a igreja deles? Como atraem tanta gente? “Vamos usar os métodos deles!”
O segundo motivo pelo qual Deus não queria usar carros e cavalos é porque eles eram dedicados ao sol. Abram suas Bíblias em II Reis, capítulo 23. II Reis, capítulo 23, vamos ler o versículo 11. Houve um incrível reavivamento e reforma que aconteceu nessa época sob a liderança de Josias. Quando Josias descobriu o livro da lei e o leu, diz que ele rasgou suas vestes. Reuniu todos os israelitas… Algo como o que estamos fazendo agora, pastor. Eu estou no púlpito, o senhor e os anciãos estão aqui, e todos vocês. E vamos ouvir o livro da lei. Assim, saberemos o que temos que fazer.
Quando o rei leu o livro, no versículo 11 diz: “Também tirou os cavalos que os reis de Judá tinham dedicado ao sol à entrada da casa do Senhor, perto da câmara de Natã-Meleque, o camareiro, que estava no recinto; e os carros do sol [dedicados ao sol] queimou a fogo.”
Amigos, não dá para se ter reavivamento e reforma sem a Bíblia. Foi a redescoberta da Palavra de Deus que trouxe vida espiritual àquela congregação. E foi a descoberta da Palavra de Deus que levou à Reforma. Simplesmente tentar mudar o culto de adoração, por que estamos mortos, não vai chegar à raiz do problema. Somente a vida pode gerar vida. E essa vida se encontra na Palavra de Deus. E foi isso que eles descobriram. É isso que vai tornar nossa experiência de adoração enriquecedora. E poderosa!
O segundo motivo pelo qual os carros e cavalos foram proibidos foi porque eram dedicados à adoração do sol. E o que quer que seja dedicado ao sol, finalmente, leva à adoração ao sol. É por isso que o Senhor não queria que os israelitas usassem isso.
Com base nisso, podemos afirmar que os fins não justificam os meios. Não é sábio usar qualquer método de fora para arrastar as pessoas ao culto e obrigá-las a ouvir a Palavra de Deus. Nem todo método vai funcionar. Os carros e cavalos não podiam ser “cristianizados” e adotados no exército de Israel, sem comprometer gravemente a mensagem e a missão do povo de Deus.
Já que não estamos mais numa guerra física, o que esses carros e cavalos podem representar, hoje em dia? Lembrem-se que eram usados principalmente pelos inimigos de Deus, a fim de conquistar território e se apossar das terras dos povos. Já não mais lutamos uma guerra espiritual. Mas os inimigos de Deus estão conquistando território. E não estão usando armas e tanques. O que estão fazendo?
Essas coisas representam métodos que não são sancionados pela Palavra de Deus, a fim de atrair membros às igrejas. Babilônia usa esses métodos a fim de atrair membros às suas igrejas.
Alguns defendem que, para conquistar território, principalmente, os jovens, temos que adotar palhaços, magia, música de natureza teatral, e música de louvor que, de fato, é uma máscara para a música rock. “Temos que usar esses métodos a fim de conquistar novos territórios, porque o que estamos fazendo não está funcionando.”
Queridos, se o que estamos fazendo não está funcionando precisamos aprender uma boa lição dos dias de Josias. Precisamos voltar à Bíblia! Vocês não estão ouvindo uma pessoa idosa. E não quero ofender ninguém. Entrei na igreja aos 21 anos de idade. E não foi a música o que me atraiu, e, definitivamente, não foi a música o que me manteve aqui. Foi a Palavra de Deus.
Eu sou grego e estudei os filósofos Platão e Aristóteles. Eu buscava alguma coisa. Mas somente as verdades encontradas no que esta igreja ensina foram suficientes o bastante para que eu me decidisse por Jesus. Elas formavam uma base sólida como uma rocha numa plataforma sobre a qual eu podia tomar decisões para minha vida. Não há igreja como esta. Imperfeita? Com certeza! Temos os nossos problemas. Mas Deus nos abençoou com uma mensagem incrível.
Quando foi que Jesus usou métodos assim? Ele viveu numa cultura greco-romana! Sou grego, e sei algo de como os gregos se relacionam. E como os gregos se entretêm. E se as culturas de então eram as mesmas de hoje, Jesus tinha muitas opções disponíveis para compartilhar o evangelho. Tinha teatro, dança, música… Tinha todas essas coisas, mas em Marcos 3:14 diz que Ele “nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar.” Esse era o método dEle: a “loucura da pregação”. É isso que vai ganhar almas.
Jesus nunca adotou esses métodos. Tudo que é dedicado ao sol, finalmente, levará ao sol. Tudo que vem do dia do sol (domingo), finalmente, levará ao dia do sol. Tem gente que acha que quando se fala em mudar os cultos de adoração, as formas e os estilos, só estamos tratando de algo superficial, algo que não impacta nossas crenças fundamentais concretas.
Se não viram o primeiro vídeo, nós tratamos disso, mas quero que considerem algo bastante importante. Tem havido igrejas que adotaram esses métodos que já não são mais igrejas adventistas do sétimo dia. “No seu auge, a Colton Celebration Church teve mais de 1.000 membros. No entanto, com o passar dos tempos, aconteceram desdobramentos interessantes. Seu pastor desenvolveu um espírito independente. Isso levou a problemas internos na congregação. Isso, junto com a indisposição de aceitar conselhos da liderança da associação fez com que ele abandonasse o ministério. Hoje, ele uniu forças com aqueles que atacam de maneira mais agressiva a igreja adventista e suas crenças fundamentais. Tendo o mesmo espírito, um dos principais anciãos deixou a igreja e iniciou sua própria igreja guardadora do domingo. Era uma tristeza atrás da outra. Os dois novos pastores que substituíram o pastor fundador foram demitidos por questões doutrinárias. Como resultado de tanta turbulência, a igreja se dividiu bastante. Houve declínio em frequência e membresia. Não conseguiam mais pagar as despesas de suas novas instalações. A associação gentilmente assumiu os pagamentos enquanto a vendia. Essa série de desastres finalmente levou o grupo a se unir com outra congregação.”
Em meu livro “Drums, Rock and Worship”, eu destaco este relatório da Divisão Pacífico-Sul Asiático. Eles tentaram observar algumas das igrejas modernas que temos nos EUA, e como fazíamos a igreja funcionar, mas vejam o que disse um pastor bem aqui neste relatório. Que este relatório demonstre que as 5 novas igrejas contemporâneas que foram criadas na Divisão do Pacífico-Sul Asiático entre 1985 e 1997 experimentaram tragédias e desastres semelhantes como aqueles relatados nas igrejas de “celebração” na Divisão Norte-Americana que serviram de modelo para elas. Muitos dos membros dessas igrejas se perderam. E, às vezes, os pastores vão com eles. Somente um, dos cinco, ainda está na irmandade de igrejas adventistas.
E tem gente dizendo que são só mudanças superficiais. Se são superficiais, por que isso está acontecendo? O modo como adoramos está vinculado aos nossos conceitos sobre Deus e salvação. Não há dúvida quanto a isso, irmãos. Quando se começa a mexer nesse ponto, há outras coisas de natureza mais fundamental que estão em jogo.
Os resultados desastrosos na Divisão do Pacífico-Sul demonstram sem sombra de dúvida, que mudar as formas de adoração não traz almas para a igreja. Pelo contrário, destrói almas.
Juízes, capítulo 2, versículo 3: “Os seus deuses vos serão por laço.” De fato, é o que está acontecendo. Copiamos o culto de adoração e estamos a ponto de sermos enlaçados. Tempo e experiência têm demonstrado que isso não funciona. Estudos têm sido feito sobre a razão por que jovens deixam a igreja.
Mas, sabem, há um incrível reavivamento e despertamento entre jovens, congressos de jovens. Nossas associações deveriam nos alertar. Há jovens famintos pela Palavra de Deus e que estão dispostos a estudar a Bíblia e que o Espírito Santo transforme sua vida de dentro para fora. Não precisam ser entretidos na igreja. Estão buscando algo muito mais sólido que isso. Jovens deixam a igreja, embora a igreja tente “satisfazer suas necessidades”.
Na área da adoração, há uma perda tremenda, em vez de ganho. Nos últimos anos, houve duas igrejas que começaram a usar carros e cavalos. Uma em Colorado, inspirada pelos métodos de Willow Creek, foi destaque em uma de nossas revistas denominacionais mais conhecidas. No entanto, em meio ao sucesso e atenção, o pastor da igreja se desligou da associação. Queriam a liberdade para fazer do jeito deles. Também houve a questão do dinheiro. Queriam guardar os dízimos para financiar o sonho da mega igreja. Sim, guardariam o sábado, e seriam parte de nós, mas à distância.
Houve outra igreja em Washington D.C., que fez algo semelhante. Eles iam nos ensinar a como ser relevantes nos ajudaria a crescer. Adivinhem o que essas supostas igrejas adventistas descobriram? Não conseguiam ser relevantes e atrair uma multidão nos sábados, então, optaram por relevância. Hoje, ambas as igrejas estão guardando o domingo e abandonaram completamente a igreja adventista.
Irmãos, alguns confiam em carros e cavalos, mas nós devemos nos lembrar do nome do Senhor, nosso Deus. Precisamos, amigos. Há coisas grandiosas em jogo.
Há pouco, algo bastante perturbador tem acometido nossa igreja. Chama-se “Movimento Catalisador de Missão”. Em suma, são ex-pastores adventistas, que se reuniram e, literalmente, abandonaram a estrutura organizacional da denominação. Esta é a filosofia de adoração deles. “Faça o que for necessário para equipar igrejas locais para cumprir a grande comissão.”
E eu começo a imaginar. Até quando vamos ficar chutando cachorro morto? Já foi tentado inúmeras vezes, e não funcionou. O fato é que, não importa quantas vezes tenha sido tentado, hoje em dia, no planeta terra, não há um caso de uma cópia adventista do sétimo-dia bem-sucedida de Willow Creek, Saddle Back, ou semelhante, que tenha se tornado uma mega igreja! Por décadas, obreiros e ministros mal orientados têm tentado. E ministros estão esperando os promissores resultados positivos. Injetaram grandes somas de dinheiro, mas todas as tentativas de cópia só geraram fracasso.
Estava lendo a revista “Ministry”. Um administrador da associação lamentando o fato que essa associação despejou um milhão de dólares em abordagens inovadoras para o evangelismo. Somente para descobrir que não funcionou! Que nosso evangelismo tradicional de plantar sementes, reunir obreiros bíblicos, bater às portas das pessoas, fazer evangelismo de saúde e ter uma série de conferências de colheita era a coisa que estava funcionando.
Não podemos ficar olhando ao nosso redor para saber como os outros fazem isso. Qual era a causa comum da queda de Israel no tocante à renovação na adoração? Ou o que costumava estar associado à renovação na adoração?
Passei um tempo lendo Êxodo 32. Mas a Bíblia é tão rica. Não dá para exaurir nenhum texto. Eles não escolheram meditar nas coisas de Deus e em Seus atos no Egito. Os últimos versículos de Êxodo 31 colocam nossa atenção no sábado. O propósito do sábado é que nos lembremos dos atos de Deus. Eles não fizeram isso. Em vez de olhar para Deus, incorporaram os elementos da cultura egípcia em sua adoração ao bezerro. E houve outro catalisador. Todos cercaram Aarão. E, infelizmente, Aarão não era o tipo de homem como Moisés. E, em vez de parar logo com aquilo que estava acontecendo, ele permitiu que isso continuasse.
Uma das coisas que precisa ser removida é a liderança moral fraca. Precisamos orar pelos nossos pastores e administradores para que sejam estudantes da Bíblia, e se atenham a ela independente de quanta pressão sofrem de suas congregações. Isso é algo que não dá para negociar. Se introduzirmos coisas dedicados à adoração ao sol, elas levarão à adoração do dia do sol (domingo). Isso tem sido demonstrado diversas vezes.
Vamos agora para I Reis 12. Versículos 25-28. I Reis 12:25-28. Vou resumir esse trecho. O rei Salomão já está morto. O reino agora está dividido. Jeroboão é o rei das 10 tribos do norte. Roboão é o rei de Judá e das tribos do sul. Joroboão descobre algo incrível no versículo 26. “Disse Jeroboão consigo: Agora, tornará o reino para a casa de Davi. Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do Senhor, em Jerusalém, o coração dele se tornará a seu senhor; a Roboão, de Judá; e me matarão e tornarão a ele, ao rei de Judá.”
Não queria perder a influência. Queria que as pessoas fossem à sua igreja. Vejam o que diz o versículo 28. “Pelo que o rei, tendo tomado conselho…” Achei que era bom tomar conselhos. Na multidão de conselhos há sabedoria, não é? Mas acho que depende de quem você está tomando conselhos, não é? Diz que: “…tendo tomado conselhos, fez dois bezerros de ouro; e disse ao povo: Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito!”
“Adorar da maneira como Deus quer, indo para Jerusalém, vai custar muito para vocês.” “Vai levar tempo para chegar lá.” Para alguns aqui, o diabo está dizendo a mesma coisa. Talvez tenham que abandonar seu emprego para adorar a Deus e guardar o sábado. Talvez se torne um estranho na sua própria família, não que você queira, mas, às vezes, esse é o resultado, não é? Estão dispostos a pagar o preço? Se não estiverem, o diabo tem um programa de adoração preparado só para você.
Tomaram conselhos e fizeram dois bezerros de ouro. Mas quando tomaram conselhos, não estudaram os 5 primeiros livros da Bíblia, não foi? Se tivessem, jamais teriam feito esses bezerros de ouro.
No passado, os adventistas eram conhecidos como o “povo da Bíblia”. Já é hora de voltarmos à Bíblia e percebermos que nossa adoração está fundamentada em nossas concepções de Deus e no plano de salvação. Não se pode mexer com isso, amigos. Não dá! Tomaram conselhos, mas não estudaram a lei de Moisés. Roboão lhes deu adoração com base em suas necessidades. “Vai ser muito difícil para vocês. Eu vou adaptar para que fique adequado.”
Eu mencionei a igreja de Willow Creek. Sabem como essa igreja iniciou em Chicago? Eles apenas bateram de porta em porta — E não há nada de errado nisso. Batiam de porta em porta e faziam uma ou duas perguntas. Diziam: “Você frequenta igreja?” Se a pessoa dissesse que sim, eles a parabenizavam e saíam. Se dissesse que não, eles faziam outra pergunta. “Por que não frequenta uma igreja?” Eles diziam: “É que eu não gosto dos hinos, dos cultos da igreja…” E por aí vai. Então, o que fizeram foi inventar uma doutrina de adoração com base na pesquisa deles.
Não existe nada do gênero na Bíblia. Na Bíblia, Deus não diz a Adão e Eva: “Eu criei tudo, e os coloquei neste jardim, vocês acham que é uma boa ideia este teste com relação ao fruto?” “Queria a opinião de vocês dois.” Não foi o que aconteceu! Não gosto de parecer calculista, mas Ele disse: “Esta é a árvore, e no dia em que dela comerdes, certamente morrereis.” Deus estabeleceu os termos.
Quando foi a época da construção do tabernáculo, no livro de Êxodo, Levítico e Números, Ele não foi pedir a opinião de Moisés! “Moisés, estou pensando em fazer isso, mas, sendo ser humano, gostaria de ter seu ponto de vista sobre essa situação.” Não foi o que aconteceu! Resultados desastrosos serão gerados se desenvolvermos uma doutrina de adoração com base nas necessidades do povo. Deve ser baseada em Deus e em Sua Palavra. Aonde essa renovação na adoração nos está levando?
De acordo com II Reis 23:11 e 12, e com o que temos visto em nossa igreja, leva ao domingo. O segundo mandamento proíbe a adoração do Deus verdadeiro com formas falsas. Se alterarmos as formas, abriremos espaço para o abandono do sábado. Já aconteceu na igreja primitiva e está acontecendo agora. Pensem com cuidado no que escolhem tirar e no que escolhem colocar. Pois isso vai afetar tudo. Jesus está voltando.
Há uma declaração muito importante em Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 36-39. Depois disso, vou fazer um apelo. Vou pedir que Deus o impressione, não somente quanto à escolha da música, na igreja ou em sua casa. Seja o que for que esteja impedindo você de andar com Cristo. Lemos assim em Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 36-39: “As coisas que descrevestes como tendo lugar em Indiana o Senhor revelou-me que haviam de ter lugar imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo. Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto. Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida.”
Não dá para seguir pregando sobre a proximidade da segunda vinda e não levar esse conselho em consideração. Se vamos pregar que Ele está voltando, precisamos considerar isso. E precisamos fazer uma avaliação. E, pela graça de Deus, precisamos ir na direção que Ele nos pede para ir. Pois, tempo e experiência têm mostrado que os resultados são desastrosos.
Tenho o privilégio de falar aos jovens. Obrigado aos líderes pela permissão. Contei a alguns sobre mim e de onde eu vim, e farei o mesmo aqui com vocês, ao compartilhar meu testemunho e apelo, em seguida.
Nasci e cresci em Toronto, no Canadá. Nasci numa família grega. Uma família muito boa. Crescemos na igreja ortodoxa. Não praticávamos religião o tempo inteiro. Não costumava ir à igreja. Toda essa experiência com a Bíblia foi nova para mim.
Tive uma educação e instrução muito secular. Foi somente quando fui à Universidade York, onde conheci minha esposa… Bem, antes disso, desde pequenino, sempre quis tocar bateria. E foi exatamente o que eu fiz. Vendia jornais, consegui dinheiro sozinho, paguei as classes sozinho, e estudei com os melhores bateristas de rock e jazz no Canadá. Feliz por poder fazer isso. Finalmente, cheguei à Universidade York, em Toronto, no Canadá, e no curso de jazz. Não conhecia muito sobre jazz, na época. Mas eu gostava de ritmos. Era natural progredir do rock para algo mais sofisticado em ritmo. E foi o que comecei a fazer. Cheguei ao último estágio. Estágio 8, o derradeiro. Em poucos anos, com muita disposição, já estava no último estágio.
Nesse meio tempo, encontrei-me com minha esposa. Tivemos um linda relação conhecendo-nos. Mas ela viu que se fosse ficar comigo, eu a levaria ao mau caminho. Ela começou a orar, e orar, e sugeria coisas para eu ler para ir à igreja. Eu achava aquilo sem noção. A igreja estava longe da minha mente. Naquela época, eu tinha cabelo longo, e muito mais cabelo. Se alguém me visse, diria: “Sem chance desse aí ir à igreja!”, e era assim que eu me sentia. Mas, quando acabávamos de conversar, eu pensava: “Seu tolo. Não vê o que está dizendo? Afastando-se de Deus desse jeito?” Acho que os anjos me diziam isso.
Eu dizia a Deus que ela era a pessoa. Sabia disso. Mesmo não reconhecendo bem. Tinha que ser essa mulher. Vou ter que dar uma olhada nessa religião para saber em que ela se meteu. Com tanta filosofia grega em mente, era hora de colocá-la em prática. Mas, ao mesmo tempo, eu também estavam buscando algo para mim. Comecei a frequentar as reuniões. E mal podia acreditar nas coisas que eram pregadas! Perguntava-me se era mesmo verdade.
Ela me deu o livro “O Grande Conflito”. Se me conhecesse então, diria que eu nunca tinha lido um livro. Mas li aquele livro em duas semanas. Foi um feito fenomenal. Eu me trancava no quarto pra ler. Minha irmã aparecia e eu mandava ela ir embora. Não dava pra contar-lhe naquele momento, eu lhe contaria quando terminasse de ler. Li esse livro, e pronto! Não é um livro que se lê sem tomar uma decisão. Você precisa tomar alguma decisão. Fechei o livro e tomei minha decisão. Foi isso. Estava entrando na igreja adventista do sétimo dia.
Mas precisei sair de Toronto. Como Abraão e os caldeus, não podia ficar ali. Só faltava um ano para me formar com intérprete. Só mais um ano. Mas não dava mais. Minha esposa não sabia, mas eu tinha me matriculado na Andrews. Quando fui aceito, ela ficou tão surpresa quanto os outros. Mas ainda não era minha esposa. Mas ela dizia que não se casaria com um pastor. E foi o que aconteceu, eu não era pastor quando nos casamos.
Quando ela era pequena, sua avó lhe dizia que Deus a havia abençoado com muitos talentos, e, por isso, você vai se casar com um pastor. Mas os jovens não gostam que lhe digam o que têm que fazer. Ela queria agora ir na direção contrária. Quando se encontrou comigo, disse: “Ah ha!” “Esse é seguro!” “Além de não ser pregador, nem é adventista, com esse é que eu vou sair.” Mas Deus tinha outros planos! Eu não era pastor quando nos casamos, querida, mas o Senhor me levou a isso depois. Sou muito grato por isso.
Eu me lembro de ir falar com o líder da banda, e dizer: “Mike…” O Dr. Bachiocchi estava na cidade, e eu havia participado de um seminário sobre o sábado. Fiquei muito impressionado. Quem conseguiria negar! Também gostava da sessão de perguntas e respostas. Pois, as pessoas faziam perguntas, e ele pegava a Bíblia e respondia a todas. Isso é bastante convincente para mim!
Então eu disse ao Mike que não tocaria mais na sexta à noite, nem sábado. Ele quis saber o motivo. Pensou que eu tivesse encontrado outro grupo que faria um tour pelo mundo e que iria ganhar muito mais. “Não era isso”, disse-lhe. “Eu descobri o sábado.” Já perceberam como isso soa ridículo para um músico. “Descobri o sábado, e fiz um compromisso de guardá-lo.” Eu sabia que, em termos de música, estava assinando minha pena de morte. Havia acabado. Minha carreira musical se encerrava ali. Mas eu estava feliz! Estava em paz. Definitivamente, em paz.
O Senhor também conduziu minha esposa. Ela é pianista concertista. Quando ela sentiu que Deus a chamava a uma caminhada mais de perto com Ele, viu que precisava sair daquele lugar. Então, ela também foi à Universidade Andrews. O pessoal na Universidade York nunca tinha ouvido falar da Andrews. E estavam prontos para dar as melhores recomendações possíveis. Na carta que haviam escrito disseram algo, do tipo: “Nunca ouvimos falar de sua instituição, não sabemos se ela está preparada para alguém desse calibre, mas a recomendamos de todo o coração, ao seu curso de música”. Ela poderia ter ido à Juilliard, Indiana State University, mas ela escolheu dedicar sua vida ao Senhor.
Então eu estive lá com ela nessa época. As pessoas acham que deixam muita coisa para trás. Na época, eu achava que estava. Mas, hoje, posso dizer honestamente, após ver o que o Senhor tem feito por mim, e como tem abençoado a mim e a mim família, que não tem como voltar atrás. E o que o Senhor tem feito por mim, é certo que pode fazer por todos vocês.
Não conheço suas lutas, suas tentações e provações, mas se o Senhor quiser, Ele pode. As bênçãos do Senhor são para milhares de gerações. E tenho as minhas bem ali, Sofia e Dino. Agradeço a Deus pelo que fez, e por me conceder-lhes.
Querido Pai, nós Te agradecemos por tudo o que fez por nós. Nós nos entregamos a Ti, agora. E oramos para que abençoes as apresentações restantes. Em nome de Jesus, amém.
Tradução: Hander Heim – Fatos Incríveis – Sob encomenda de Música Sacra e Adoração