por: Jorgeana Longo
A música foi dada por Deus com um objetivo educacional (Deuteronômio 31:19 -22) e de adoração (Salmos 96:2,3). Observando-a no Antigo Testamento, percebemos que esta estava centralizada em Deus, a razão do músico era falar acerca de dEle dirigindo a mente dos adoradores para o sagrado. O evangelho puro é livre de adulteração. Apesar de Satanás ter uma contrafação para cada original de Deus, aqueles que são limpos de coração reconhecerão a voz de Seu Criador.
A música encontra-se muito presente em nossa vida. Todos os nossos cultos são embalados por melodias que levam nosso coração a meditar no puro e santo. No entanto, com a variedade musical muita confusão tem sido feita na escolha daquilo que é realmente apropriado. “A música cristã é espiritual, elevadora, refinadora e apela tanto ao intelecto como às emoções. Ela focaliza nossa atenção para Deus, nos induz ao comprometimento e dever de obedecer aos mandamentos de Deus.” [i]
Inevitavelmente, percebemos por vezes, que o gosto pessoal é tido em maior consideração do que a vontade de Deus. Adorar é uma expressão de louvor e devoção a um ser sobrenatural. O apóstolo João diz que “Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” [ii] Isso, nos sugere que existe uma maneira apropriada e estabelecida para a adoração. Quando buscamos a Deus, o Seu espírito nos ensina como reverenciá-lo de forma agradável, conduzindo a um pensamento mais profundo acerca do sagrado, assim, a música nos ensina verdades que o Pai deseja que seus filhos aprendam.
Em “O Que Deus diz sobre a Música”, Eurydice Osterman comenta que “Deus quer que aquilo que é associado a Ele seja diferente do mundo, mas atualmente nem sempre é o caso. Quando se trata de assuntos espirituais, as coisas têm mudado em todos os lugares. Hoje, muitas igrejas protestantes estão incluindo música comercial e outros recursos em seus cultos “contemporâneos” para atrair gente e aumentar o número de membros, enquanto que os esforços para promover e encorajar espiritualidade parecem ter-se tornado secundários.” [iii]
Essa ideia, nos leva a refletir que em tempos como este precisamos reavaliar o que estamos levando para nossas igrejas e lares. Nossas atitudes moldam o caráter e podem nos conduzir ou não a Deus.
Para aqueles que ainda seguem na dúvida quanto a esta diversidade, misturando o sacro ao profano, se ela é boa ou não, Ellen White diz: “Quando se associa o comum com o sagrado sempre há perigo de que o comum tome lugar do sagrado… quando se une o que é objetável com o que é sagrado as bênçãos divinas não podem pousar sobre a obra realizada.” [iv]
Em questões como essa, a oração, reflexão e leitura são imprescindíveis. O discernimento que vem de Deus é a chave para que não procuremos adorar-lo segundo a nossa vontade, mas que seja assim com Cristo nos ensinou: “Tua vontade seja feita na Terra como no céu”, afinal, “nada que seja sagrado ou que pertença à adoração a Deus deve ser tratado com descuido ou indiferença.” [v] O louvor que Deus espera de nós deve pregar o Evangelho puro e santo que Cristo nos deixou, impressionar a mente e revelar o Seu exaltado caráter, assim estaremos homenageando verdadeiramente Aquele que é o autor e consumador de nossa fé.
Jorgeana Longo é Professora e Esposa de Pastor
Referências:
[i] Eurydice V. Osterman, O que Deus diz sobre a Música, p XII, UNASPRESS
[iii] Eurydice V. Osterman, O que Deus diz sobre a Música, p. 12 e 13, UNASPRESS.
[iv] Ellen White, Testemunhos para a Igreja v. 8, p. 88, Casa Publicadora Brasileira
[v] __________,Testemunhos para a Igreja v. 5, p. 491, Casa Publicadora Brasileira.
Fonte: Adaptado de http://www.amissao.com/2009/09/o-louvor-que-deus-espera.html