A Adoração

Conceitos Úteis

por: Rubem Amorese e Jenise Torres

Teologia (teo = Deus + logos = compreensão)

É o conjunto de conhecimentos para um repositório, para um patrimônio sobre Deus.

Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, a quem viu, não pode amar a Deus, a quem não viu” – I João 4:20.

“Teologia que salva e edifica é aquela que, saindo dos livros, se encarna na vivência concreta da igreja; aquela que se revela na dinâmica da vida, em seus eixos vertical e horizontal” (1).

Louvor (reconhecimento das qualidades)

Não sejais teimosos como vossos antepassados; mas sujeitai-vos ao Senhor, e entrai no Seu santuário que Ele santificou para sempre, e cultuai o Senhor vosso Deus…” – II Crônicas 30:8.

“Quando se refere a Deus, em sua forma triuna ou particularizado em alguma pessoa da Trindade, a palavra louvor assume conotação teológica. Nessa acepção, a palavra passa a ser entendida de duas formas possíveis: como ‘elogio’ ou como ‘prática litúrgica'” (2).

Elogio:

Expressão individual ou coletiva de reconhecimento do que Deus é e faz.

Prática litúrgica:

Ritual complexo que pode ocupar momentos de uma celebração ou envolver todo o culto (invocação, contrição, súplica e ação de graças), onde a música é destinada a engrandecer o Senhor.

Adoração

Adorai o Senhor na beleza de Sua santidade; tremei diante dEle todos os habitantes da terra” – Salmo 96:9.

Traz conotações mais íntimas e afetivas que apontam para expressões de amor (ágape). “A adoração não é dirigida a semelhantes. Só pode ser entendida em relação a uma divindade – no caso do cristianismo, a Deus” (3).

A adoração “requer um profundo “estar-de-bem” com Deus, o que vale dizer que a criatura aceita e concorda, sem reservas, com o que Deus é e faz” (4).

Liturgia (culto público)

Guardareis os Meus sábados e reverenciareis o Meu santuário. Eu sou o Senhor” – Levítico 26:2.

A liturgia “nada mais é que uma ordem empregada ao culto público, de forma a evitar o caos que reinaria caso ela não existisse” (5).

A função da liturgia é dar sentido ao culto, ordenando de maneira compreensível as diversas etapas e os ritos que compõem o ritual. Ela deve facilitar os propósitos da celebração comunitária, cumprindo as três funções principais:

a) – Confirmação das crenças do grupo;
b) – Reforço da adoração, da comunhão e do ministério do grupo;
c) – Reforço da identidade do grupo.

“… a música eclesiástica, diferentemente da música artística, é serva da teologia e serva da igreja. Assim como a liturgia, ela também é funcional e, portanto, deve cumprir as três funções mencionadas” (6).

Ministério (unção espiritual)

Ministração envolve dons e ordenação, pressupondo um serviço cristão que é um serviço comunitário reconhecido e de proeminência. Trata-se, portanto, de “um encargo de responsabilidade, por causa da liderança que implica e de seu papel doutrinador. E também, o outro lado da moeda, pelo seu poder de escandalizar (má influência)” (7).

“A responsabilidade – bem como o conhecimento bíblico e a maturidade cristã – deve crescer, de acordo com o poder de influência do líder” (8).

Eu, o Senhor, examino a mente e provo o coração, para retribuir a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações” – Jeremias 17: 10.


Notas Bibliográficas:

(1) Rubem Amorese – Louvor, Adoração e Liturgia (Editora Ultimato, 2004, MG), p. 22 (voltar)

(2) Idem, p. 24 (voltar)

(3) Idem, p. 25 (voltar)

(4) Idem, p. 26 (voltar)

(5) Idem, p. 27 (voltar)

(6) Idem (voltar)

(7) Rubem Amorese – no artigo Louvor e Ministério, Revista Ultimato de julho-agosto 2012, ano XLV, nº 337 (voltar)

(8) Idem (voltar)


Rubem Amorese é Presbítero na Igreja Presbiteriana do Planalto (Brasília) e ex-professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília.

Seleção de textos e citações bíblicas: Jenise Torres

Bíblia Sagrada Almeida Século 21, Editora Vida Nova, 2008, SP

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