Sons que estão presentes no dia a dia, como o de uma avenida movimentada, o apito do guarda de trânsito e as buzinas podem provocar problemas no ouvido. Por isso, é importante protegê-lo e preservar a audição para evitar perda no futuro.
Falta de cuidados, muita exposição a som alto e explosões e uso constante de fones de ouvido podem causar perda irreversível da audição, segundo a otorrinolaringologista Tanit Sanchez. O volume máximo pode causar prazer a algumas pessoas, mas de acordo com a pediatra Ana Escobar, essa sensação passa rapidamente e o que fica é a destruição das células auditivas.
Essa audição perdida, seja por causa de ruídos fortes ou pelo envelhecimento, jamais será recuperada se as células auditivas tiverem morrido. Por isso, é importante utilizar os fones com moderação e não escutar música muito alta ou por muito tempo.
Quando o som está muito perto da orelha, ele é mais prejudicial porque vai direto para o tímpano.
Quando está propagado em um ambiente, como o interior de um carro, sofre interferência da janela, dos bancos e de toda a estrutura do automóvel até chegar ao tímpano, dessa vez com menor pressão sonora.
Assim como o resto do corpo, o ouvido também envelhece e, a partir dos 50 anos, as células auditivas começam a morrer. Esse envelhecimento, porém, não causa perda total da audição a não ser que esteja associado a outras doenças.
Problemas como diabetes, colesterol alto e pressão alta podem acelerar o processo de perda auditiva porque as três doenças diminuem a circulação do sangue no único vaso do ouvido, responsável pela nutrição.
Isso acontece porque os alimentos gordurosos aumentam o colesterol, deixando esse sangue com mais gordura e, conseqüentemente, com mais dificuldade para passar por esse vaso. Por isso, é bom evitar muito café, gorduras e doces.
Outra complicação que pode acontecer como conseqüência da perda auditiva é o comprometimento da memória. Pesquisas recentes mostram que as pessoas conseguem recordar momentos, mas não sons. Ou seja, preservar a audição é também preservar um pouco da memória.
Já pessoas que sentem tontura não devem confundi-la com labirintite. Apesar da maioria das tonturas serem de origem do labirinto, existem também causas neurológicas, vasculares e cardíacas. Por isso, é importante procurar um médico.
O médico também pode solicitar um exame de audiometria, que deve ser realizado, no mínimo, uma vez ao ano para medir a saúde do ouvido. Pessoas que trabalham em locais com muito barulho podem reduzir esse prazo para 6 meses.
Os cuidados também envolvem a limpeza e, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a cera não é sujeira. Ela funciona como um mecanismo de defesa do ouvido e protege contra infecções de bactérias e fungos.
Para limpar, a pediatra Ana Escobar recomenda retirar apenas a cera do lado externo do ouvido, quando já está visível, mas não todos os dias.
Não é indicado colocar bastonetes dentro do ouvido porque eles podem causar lesões e infecções nos tímpanos. Outra maneira é enxugar a região com a toalha depois do banho.
Fonte: Globo.com.