(Falsas) Estratégias de Crescimento para a Igreja

Dirigidos pelo Espírito ou Orientados por Propósitos? – Parte 02

por: Berit Kjos

Alargando a Porta para o Reino

O sucesso fenomenal dos livros de Rick Warren e técnicas de marketing popularizaram e aceleraram o Movimento de Crescimento de Igrejas (MCI). Em todo o mundo, buscadores e crentes estão lendo Uma Vida com Propósitos e discutindo seus quarenta capítulos. Seguindo suas instruções, eles compartilham seus pensamentos e expressam seus sentimentos e “trocam ideias”. [1, p. 11] Eles assinam contratos e se fazem responsáveis pelos ideais sociais e espirituais da Comunidade Eclesiástica do século 21. E, diz o pastor Warren, suas vidas estão sendo transformadas. [Leia a nota “Transformação“, perto do final deste artigo.]

Tenho certeza que sim. Rick Warren escreveu algumas páginas muito encorajadoras sobre Deus, Sua Glória, nossa caminhada com Ele e nossa comunhão uns com os outros. Gostei especialmente das seções que mostram a alegria de uma relação pessoal com Jesus Cristo. Mas fiquei um pouco preocupada quando ele convida o leitor a “fazer em voz baixa a oração que mudará sua eternidade: ‘Jesus, em ti eu creio e te recebo’.” [1, p. 53]

Você pode perguntar: O que há de errado com esta pequena oração? Por que questionar sua promessa de que isso abrirá as portas ao reino de Deus e “mudará sua eternidade”? Não queremos trazer o maior número possível de pessoas para a eternidade com Deus?

É claro que queremos! E Deus com certeza poderia usar essas poucas palavras para atrair Seus escolhidos para Si. Mas as promessas e suposições que acompanham a oração poderiam também produzir sérios problemas na igreja. Muitos farão a oração com pouca ou nenhuma consciência da natureza santa de Deus, do poder do pecado, ou do profundo abismo existente entre os dois. Nestes tempos de fácil credulidade e ignorância bíblica, qualquer um pode personalizar e reivindicar as promessas de Deus sem qualquer motivação pelo Espírito, sem conversão genuína (renascimento espiritual) e sem mudança interior duradoura. Quando as pessoas aprendem a tolerar o mal e a seguir as multidões, o verdadeiro arrependimento é raro e a fé freqüentemente se torna presunção. Ainda não regenerados, muitos aceitam com alegria o consenso do grupo: Você fez a oração, portanto, deve ser um cristão.

Rick Warren concorda: “Se você fez essa oração com sinceridade, meus parabéns!” ele diz ao leitor. “Seja bem-vindo à família de Deus! Você agora está pronto para descobrir e começar a viver o propósito de Deus para sua vida.” [1, p. 53]

Ouvimos centenas de “cristãos” nos dizerem que fizeram “a oração” e, mesmo assim, possuem pouco ou nenhum entendimento sobre Deus ou Sua Palavra. Justificando seu amor pelas emoções obscuras e excitantes do mundo, estão cegos às diretrizes divinas e insensíveis aos engodos espirituais. Um certo jovem nos escreveu as seguintes palavras: “Sou um cristão, amo a minha religião, mas também amo outras religiões. Ele cria que havia “recebido a Cristo” mas, como o errante Israel dos tempos do Antigo Testamento, não vêem nada de errado com “outros caminhos espirituais para Deus”. Ele cria em “Deus”, mas seguiu um engano popular.

Isso não é surpreendente. O evangelho “positivo” de hoje enfatiza o amor, minimiza a doutrina e ignora a justiça divina. As verdades bíblicas essenciais que preparam o coração para uma genuína conversão não servem mais. Um “crente” pós-moderno pode ser cheio de autoconfiança, mas lamentavelmente vazio de compreensão espiritual. Uma pesquisa recente realizada por George Barna confirma que:

“Relativamente poucas pessoas têm uma cosmovisão bíblica – mesmo entre os devotos religiosos. A pesquisa descobriu que apenas 9% dos cristãos nascidos de novo têm essa perspectiva sobre a vida. Os números eram ainda menores entre outras classificações religiosas…”

“Para os propósitos da pesquisa, uma cosmovisão bíblica foi definida como:

  • acreditar que existe a verdade moral absoluta;
  • que essa verdade é definida pela Bíblia;
  • e a firme crença em seis visões religiosas específicas. Essas visões eram:

    1. Jesus Cristo viveu uma vida sem pecado;
    2. Deus é o todo-poderoso e onisciente Criador do universo e ainda o governa hoje;
    3. a salvação é um dom de Deus e não pode ser merecida;
    4. Satanás é real;
    5. o cristão tem a responsabilidade de compartilhar sua fé em Cristo com outras pessoas e
    6. a Bíblia é correta em todos os seus ensinos …”

“Ao comparar as perspectivas daqueles que têm uma visão de mundo bíblica com as dos que não têm, o primeiro grupo era 31 vezes menos provável de aceitar a coabitação; 18 vezes menos provável de aprovar a embriaguez; 15 vezes menos provável de tolerar o homossexualismo; 12 vezes menos provável de aceitar a vulgaridade; e 11 vezes menos provável de descrever o adultério como moralmente aceitável. Além disso, menos de 0,5% daqueles com uma cosmovisão bíblica disseram que a exposição voluntária à pornografia era moralmente aceitável (comparado com 39% dos outros adultos), e uma similarmente minúscula proporção endossou o aborto (comparado com 46% dos adultos que não tinham uma cosmovisão bíblica). [2] [*]

“Pelo menos os cristãos não são os únicos confusos por sua cultura a manterem crenças contraditórias”, escreve Gene Edward Veith. “Os ateus estão igualmente confusos sobre sua teologia…. Eles acreditam que aceitar a Cristo pode trazer vida eterna, embora eles mesmos não creiam em Jesus Cristo. Exatamente como os nascidos de novo ‘não evangélicos’. [03]

Mas todos eles estão se unindo sob o guarda-chuva ecumênico, de alcance mundial, do Movimento de Crescimento de Igrejas. Como escrevi no artigo “A Infiltração Ocultista na Igreja Cristã Visando Destruí-la a Partir de Dentro”, a visão do século XXI a respeito da unidade global está levando diversas igrejas e pessoas a vastas redes “cristãs” que fornecem lideranças treinadas e consultores em administração. Peter Drucker, o guru do gerenciamento comunitário de Rick Warren, descreveu isso bem. Citando-o em um relatório de 1994, a “Leadership Network” escreveu:

“O Espírito está se movendo … existe uma massa crítica substancial de pessoas e igrejas que já estão se movendo.’ … Embora reconhecendo que ainda existem muitas igrejas não saudáveis [aquelas que não se conformam ao novo padrão inclusivista], existe uma justificada ‘mudança nas premissas básicas, nas atitudes básicas, na mentalidade básica … no geral, estamos em marcha…” [4; ênfase adicionada]

Essa diversidade é essencial para o processo dialético de mudança mental que Drucker ajudou a estabelecer nas organizações em toda a parte, (veremos isso mais adiante, nesta série) Enquanto isso, as palavras do Dr. Robert Klenck, que pesquisou exatstivamente a utilização deste processo de manipulação no MCI demonstra em seu relatório O Que Há de Errado com a Igreja do Século 21? como estas peças se encaixam:

“Neste movimento, é fundamental que os incrédulos sejam trazidos à igreja; de outra maneira o processo de mudança contínua não poderá começar. Tem de haver uma antítese (incrédulos) presente para se opor à tese (os crentes), para que se possa mover em direção ao consenso (a contemporização) e levar os crentes para longe de seus absolutos morais (a resistência à mudança).” [5]

Ao contrário de alguns líderes da igreja de hoje, o pastor Warren tenta definir o pecado. Antes de apresentar sua oração de salvação, ele escreve:

“Todo pecado, basicamente, consiste na incapacidade de dar glória a Deus, ou seja, amar qualquer outra coisa mais do que a Deus. Recusar-se a dar glória a Deus é rebelião e arrogância, e foi esse pecado que causou a queda de Satanás – bem como a nossa. De formas diferentes, todos já vivemos para nossa própria glória, e não para a de Deus. A Bíblia diz: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” [1, p. 49]

Isso é verdade. Mas esse pecado geral que se aplica a toda a humanidade dificilmente fará com que os incrédulos pós-modernos sintam qualquer culpa genuína ou uma necessidade pessoal da cruz. Ao contrário das gerações anteriores, poucos aprenderam as verdades básicas sobre nosso Deus bíblico e Seus padrões morais. [6] Muitos simplesmente rejeitam a noção de “pecado” como legalismo fora de moda e fecham seus olhos para seu poder corruptor em suas vidas. Quando se deparam com o ensino não ofensivo de hoje sobre o pecado, muitos traduzem isso para uma ainda mais confortável meia-verdade: “O pecado é uma parte normal da vida e sou tão bom quanto todo mundo – talvez um pouco melhor. Além disso, Deus me ama como sou.” [7] Em outras palavras, não há nenhum sentimento de culpa, de medo ou quebrantamento diante de nosso eterno Juiz! “Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se.” [Jeremias 6:13-15]

Em contraste com esse padrão pós-moderno, Jesus mostra-nos uma resposta sincera que O agrada. Ao jantar na casa de Simão, Ele explicou a benção de um coração verdadeiramente arrependido:

Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.” [Lucas 7:37-47; ênfase adicionada]

Aquela preciosa mulher estava familiarizada com a lei moral de Deus – que a Bíblia descreve como “aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” [Gálatas 3:25] Embora aquela Lei inflexível [6] mostrasse sua culpa e depravação, também a fez valorizar a maravilhosa graça perdoadora de Deus com todo o seu coração. Diferentemente daqueles que ignoram os padrões de Deus e suas próprias inclinações pecaminosas, ela ficou tomada de gratidão por Aquele que perdoou seus pecados e a libertou do peso da Lei e da escravidão à “carne” (a natureza humana pecaminosa).

Deus havia preparado seu coração e ela humildemente entregou-se de coração, mente e alma ao seu amado Senhor. Jesus, então, a colocou como exemplo para nós.

A resposta dela para a amorosa misericórdia de Deus ilustra a quarta categoria na parábola de Jesus sobre o semeador. Lembre-se, o semeador (Deus) espalha a semente (a “palavra do reino”), que cai em quatro tipos de solo (ou estados de coração):

Tipo 1: Ao pé do caminho: “Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração.

Tipo 2: Em pedregais: “É o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria; Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende.

Tipo 3: Entre espinhos: “É o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.” O evangelho de Lucas acrescenta “… e os deleites da vida…

Tipo 4: Em boa terra: “É o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, outro trinta.” [Mateus 10:20-23]

Todos os quatro ouvem a palavra vivificante da verdade, mas apenas dois a recebem. Tanto o segundo quanto o quarto parecem ter entrado no Reino, mas apenas o quarto prova ser fiel e ganha a recompensa: a graciosa suficiência de Deus e a produção de frutos em abundância. Apenas o último grupo “compreende” a Palavra de Deus, demonstra Sua duradoura força e conhece a esperança da vida eterna com Cristo. Esses dons são dados apenas àqueles que verdadeiramente “Não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” [João 1:13; ênfase adicionada]

Essa fé salvadora será testada. Os novos convertidos irão enfrentar lutas, tentações, sofrimentos e perseguição – tudo normal para aqueles que são chamados a participar dos sofrimentos de Cristo. Eles irão cair, falhar, lamentar-se e arrepender-se, mas sempre retornarão Àquele que transformou seus corações por meio de Sua Palavra e Seu Espírito. Em contraste, outros irão deixar esse caminho estreito quando a vida ficar difícil ou o mundo tornar-se muito tentador – não por que Deus anulou Sua graça salvadora, mas porque não estavam verdadeiramente transformados. Veja a próxima Escritura:

A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé…” [Colossenses 1:21-23]

O pastor Warren parece minimizar essa sóbria realidade que está por trás das advertências de Deus e inflar as promessas de Deus. Para apoiar sua afirmação de que todos os que fazem sua oração estão automaticamente transformados pelo Espírito Santo, ele cita uma frase da “Escritura” da The Message, uma paráfrase da Bíblia, de Eugene Peterson, que promete: “Qualquer pessoa que aceite o Filho e confie nele receberá tudo, vida completa e para sempre.” [João 3:36a] A tabela abaixo mostra o versículo completo nas três traduções padrão:

Almeida Corrigida Fiel
Almeida Revista e Corrigida
Nova Versão Internacional
The Message
Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” [João 3:36] Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece.” [João 3:36] Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.” [João 3:36] Qualquer pessoa que aceite o Filho e confie nele receberá tudo, vida completa e para sempre.” [João 3:36a] [1, p. 52]

Você pode imaginar o que a frase em aberto “receberá tudo”, significa? Escrita no “futuro do presente” ela pode significar quase qualquer coisa que alguém imaginar. Para os buscadores contemporâneos que pensam que conhecem a Deus, isso poderia implicar em uma excitante e irresistível vida paradisíaca aqui na Terra – uma oferta boa demais que poucos rejeitariam.

Mas quando você compara essa versão de João 3:36 com qualquer tradução padrão, percebe que o Peterson adicionou aquela frase tentadora apesar das repetidas ordens de Deus para não acrescentarmos – ou tirarmos de – Sua imutável Palavra, inspirada pelo Espírito Santo. [8] O resultado é outra meia-verdade enganosa que obscurece o fato que caminhar com Jesus significa participar de Seus sofrimentos. Nós nos esquecemos que alguns dos servos mais fiéis de Deus enfrentaram pobreza, sofrimentos e tortura que desafiam nossa compreensão ocidental centrada no conforto, mas eles suportaram a dor por uma maior alegria de servir ao seu amado Rei agora e para sempre.

O pastor Warren começa o próximo capítulo (8) de seu livro com esta afirmação para todos os que fizeram a oração:

“No instante em que você nasceu neste mundo, Deus estava lá como testemunha invisível, sorrindo ao assistir seu nascimento… Você é um filho de Deus e proporciona prazer ao coração dele como nada mais que ele já tenha criado.” [1, p. 57]

Esse evangelho “positivo” seguramente irá de encontro às “necessidades sentidas” do homem por afirmação, identidade e o sentimento de pertencer. As massas estão mais do que dispostas a acreditar nesse novo Deus tolerante, que não julga e se encaixa em sua cultura pós-moderna. Mas Deus não promete nos deixar em conforto e mimar nossos sentimentos. Embora de fato prometa os recursos para suprimir nossas necessidades básicas diárias, alguns desses recursos espirituais têm pouco que ver com as “necessidades sentidas” de hoje. Ao contrário, o caminho de Deus para nós poderá ser solitário e áspero, cheio de escaladas íngremes e desafios “impossíveis”. Mesmo assim, se perseverarmos na fé, ouviremos Sua doce voz sussurrar: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” [II Coríntios 12:9]

Você ouviu isto? Deus irá usar nossas fraquezas, não nossas forças! Não há necessidade de consultores gerenciais ou pesquisas para avaliar nossas habilidades naturais e descobrir nossos dons espirituais [1, p. 216] e o propósito de Deus para nós! O Bom Pastor irá nos guiar em Seus caminhos escolhidos, nas veredas estreitas e tortuosas que podem diferir radicalmente de nossos planos e propósitos humanos!

Mas aquele que ainda não foi crucificado com Cristo e cheio do Espírito Santo, não ouve o Pastor e nem compreende as coisas do Espírito de Deus. [9] Essa é uma das razões por que a diversidade espiritual de hoje requer Bíblias simplificadas que foram parafraseadas, reinterpretadas e tornadas atraentes para a mente do homem natural.


Notas

1. Rick Warren, Uma Vida com Propósito, Editora Vida.

2. “A Biblical Worldview Has a Radical Effect on a Person’s Life,” 1 de dezembro de 2003, http://www.barna.org/barna-update/article/5-barna-update/131-a-biblical-worldview-has-a-radical-effect-on-a-persons-life. Ouvi dizer que Barna está se tornando cético com relação ao Movimento de Crescimento de Igrejas, que anteriormente apoiou. Posso entender o por quê. Suas próprias estatísticas mostram as trágicas conseqüências da “graça barata” e das orações de salvação sem um fundamento bíblico.

3. Gene Edward Veith, “Unbelieving ‘Born-agains,” World on the Web, 6 de dezembro de 2003, https://world.wng.org/2003/12/unbelieving_born_agains (visitado em 02/04/08)

4. “Peter Drucker on the Church and Denominations” Este arquivo pdf está disponível no site da Leadership Network em: http://www.leadnet.org/archives/netfax/1.pdf (visitado em 02/04/08)

5. Dr. Robert Klenck, O Que Há de Errado com a Igreja do Século 21? – Parte 3

6. A lei moral de Deus não pode salvar-nos nem dar a força necessária para obedecermos suas instruções. Mas ela nos oferece um padrão sobre o que é certo ou errado – e isso, nos ajuda a entender a santidade, justiça, misericórdia e graça de Deus.

7. Muitos afirmam esta crença: “O pecado é uma parte normal da vida, e sou tão bom quanto todo mundo – talvez um pouco melhor. Além disso, Deus me ama como sou.” Mesmo que essa afirmação seja, em parte, verdadeira, é também enganosa. A essência do caráter de Deus não é apenas o amor. É também justiça inflexível, santidade indescritível e retidão perfeita. Sem informações corretas sobre Deus, não podemos conhecê-Lo nem segui-Lo.

8. “Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes; para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR Deus de vossos pais vos dá. Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que eu vos mando.” [Deuteronômio 4:1-2] Veja Também: Deuteronômio 12:32; Provérbios 30:5-6 e Apocalipse 22:18-19.

9. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” [I Coríntios 2:14]


Transformação: Rick Warren promete: “Os próximos 40 dias irão transformar sua vida.” [1, p. 10] Em muitas mentes pós-modernas, essa transformação tem pouco que ver com o renascimento por meio do Espírito de Deus. Dentro do Movimento de Crescimento de Igrejas, a palavra “transformação” freqüentemente se refere a pessoas e igrejas sendo conformadas à nova visão “relacional” de “comunidade”. Essa mudança usa as mais recentes estratégias psicosociais e tecnologias intrusivas para medir a mudança e a complacência individual com a “visão” estabelecida. [Leia o artigo A Infiltração Ocultista na Igreja Cristã Visando Destruí-la a Partir de Dentro]


Fonte: A Espada do Espírito

Tradução: Maria Stella Tupynambá


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