Diana Goulart: Os mecanismos físicos de produção da voz são basicamente idênticos em ambos os casos. O que muda é a forma de explorá-los e valorizá-los. Também os mecanismos psíquicos, as expectativas, ansiedades, sentimentos que influenciam a produção vocal, são aqueles comuns a todos nós, humanos.
Ambos precisam desenvolver bons hábitos de higiene vocal, (12) inclusive o hábito de fazer exercícios vocais regularmente. O cantor de ópera, por exemplo, é um “atleta” da voz pela própria natureza de seu repertório; já o cantor de barzinho pode ter um repertório menos desgastante, mas em compensação enfrenta péssimas condições de trabalho (ar condicionado, fumaça, amplificação deficiente, ruído intenso durante as suas apresentações).
Além disso, tanto o cantor lírico como o popular devem buscar uma permanente atualização. Nenhum artista está definitivamente “pronto”: é preciso se desenvolver sempre, questionar o que se fêz até agora, renovar soluções, buscar novos caminhos.
(12) Por higiene vocal entende-se uma série de condutas para a manutenção da saúde da voz.
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Diana Goulart é professora de Canto, fonoaudióloga, pesquisadora do canto e palestrante sobre diversos temas ligados à voz e ao canto. Para informações mais detalhadas, visite https://www.dianagoulart.com.br