Musicalização

Os Passos Para a Criação de uma Biblioteca Musical

por: Márcia Visconti[1]

Montar uma biblioteca musical requer atenção, pois esta atitude pode representar uma importante ferramenta para informar, motivar e fortalecer o repertório de alunos das mais variadas idades.

De acordo com Márcia Visconti, uma das pioneiras na metodologia de ensino em musicalização infantil, em primeiro lugar, a instituição precisa definir seu público alvo, para depois selecionar um acervo que deverá constar em sua biblioteca. Isso vale para escolas dos mais variados segmentos musicais e que atendam alunos de todas as faixas etárias.

Márcia Visconti afirma que para se montar uma biblioteca musical não é necessário uma quantidade exorbitante de publicações e de investimento. “O ideal é que se tenha em mente a qualidade dos volumes que estarão presentes na biblioteca. Eles devem ser úteis tanto para os alunos como para os professores”, ressalta.

“É importante ter publicações relacionadas aos novos paradigmas para a educação musical, história da música e de seus variados gêneros, dicionários de música e livros voltados para o desenvolvimento da percepção rítmica e auditiva e para o aprimoramento das maneiras de trabalhar a harmonia das composições”, diz Márcia Visconti.

A diversidade de assuntos é importante porque as artes, de um modo geral, fazem parte de um contexto único: a expressão. É muito proveitoso quando o aluno estuda uma música tendo em mente o contexto histórico, social e religioso que vigorava na época em que a obra foi escrita.

A professora também destaca a eficiência da adoção de recursos auditivos e visuais, como CDs e DVDs, na educação dos alunos. Com eles, é possível demonstrar exemplos e trechos de músicas que auxiliem o estudante a obter uma melhor assimilação do que é transmitido. Além disso, caso haja a possibilidade, a implantação de computadores é uma forte aliada para facilitar a localização do material desejado e possibilitar a interação com sites e buscadores disponibilizados na internet.

Para quem deseja obter acesso a grandes acervos musicais, Márcia destaca a biblioteca do Centro Cultura São Paulo, a Faculdade de Música da Unesp e a Faculdade Santa Marcelina.

Confira abaixo algumas sugestões de livros para a formação de uma biblioteca musical:

  • Como ouvir e entender música – Aaron Copland
  • A música no tempo – James Galway
  • A história universal da música – Kurt Pahlen
  • Tratado de la forma musical – Julio Bas
  • A história do musical americano – David Ewen
  • A Educação Musical e o novo paradigama – Moema Craveiro Campos
  • O som e o silêncio – José Miguel Visnik
  • Estudos de psicopedagogia musical – Violeta Gainza
  • Iniciação Musical dos Jovens – Madeleine Gagnard
  • Chega de Saudade – Ruy Castro
  • O lobo no labirinto – Marisa Trench de Oliveira Fonterrada
  • Ouvido Pensante – Murray Schafer
  • Harmonia Tradicional – Paul Hindimith
  • Harmonia Funcional – H. J. Koellreuter
  • Solfejo – curso elementar – Edgar Willems
  • Las bases psicológicas de la educación musical – Edgar Willems
  • Percepção Auditiva: Ouvir – Escutar – Entender – Maria Zeí Biagioni
  • Guia do Mercado Brasileiro de Música – Marinilda Bertolete Boulay
  • Música, Cérebro e Êxtase – Como a música captura nossa imaginação – Robert Jourdain
  • Harmonia e Improvisação (violão, guitarra, baixo e teclado) – Almir Cnediak
  • Curso Condensado de Harmonia Tradicional – Paul Hindemith
  • Interpretação da música – Thurston Dart
  • História da Música no Brasil – Vasco Mariz
  • História Social do Jazz – Eric J. Hobsbawn
  • Dicionário Musical de Bolso – Hal Leonard
  • O que é ser maestro – Isaac Karabtchevshy
  • Criança normal: Musicista em Potencial
  • Fanfarras & Bandas: A Arte de Fazer Músicos
  • Guia para Educação e Prática Musica – Márcia Visconti e Maria Zei Biagioni
  • A Canção no Tempo (Vol. I e II) – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello
  • Vida de Músico não é Fácil – Bohumil Med

Nota:

[1] Márcia Visconti é professora de Iniciação Musical para bebês e gestantes e de musicalização infantil para crianças maiores no Forte das Artes. Também atua como coordenadora de Educação Musical dos CEUs pela Associação Vitta e há 22 anos dedica-se à Educação Musical.


Fonte: Weril

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