Comentários de Maria José F. Vieira
Texto Central: “Quem então é como Eu? Que ele o anuncie, que ele declare e exponha diante de Mim o que aconteceu desde que estabeleci Meu antigo povo, e o que ainda está para vir, que todos eles predigam as coisas futuras e o que irá acontecer.” (Isaías 44:7 – NVI)
Esta lição leva a questionarmos: Que tipo de adorador eu sou?
Como foi visto nas reflexões anteriores, nascemos para adorar; no entanto, apenas a adoração ao Deus único e verdadeiro pode determinar a plenitude que se desenvolve progressivamente conforme o Espírito Santo atua em nossa vida e direciona em como colocar em prática a adoração e consequentemente o caráter se tornar semelhante ao de Cristo.
A lição refere que “o Senhor oferece um jeito melhor de viver concedendo a oportunidade de segui-Lo, amá-Lo, adorá-Lo e assim evitar muitos problemas que, de outra maneira, traríamos para nós mesmos” (pag. 107)
Ela focaliza que Deus não quer sacrifícios, óleo, festas, jejum, mas que Ele deseja e quer o nosso coração. A partir do instante que reconhecemos o quanto somos pequenos e como somos necessitados da graça para experimentarmos um “religare” com Deus, as ações divinamente instruídas acontecem naturalmente. Não se trata de barganha ou algo que recebemos em troca de bom comportamento. Mas um movimento dinâmico de reconhecer e receber aquilo que Deus prepara para cada um de nós, no sentido de entender que a Sua fidelidade dura para sempre.
O verdadeiro adorador obedece…
Faz oração para adorá-Lo…
Cuida do corpo como manifestação da adoração…
Cuida dos outros para adorar a Deus…
Canta para mandar hinos de adoração ao Criador…
Vive para adorá-Lo.
E como saber se O adoramos como Ele deve ser adorado?
Precisamos olhar para Jesus. Ele O adorava na oração, na obediência, no cuidado ao próximo, na preocupação com o próximo. Jesus adorava a Deus continuamente em qualquer lugar que estivesse, não necessariamente na sinagoga. A sinagoga era o meio e não o fim. O fim era a adoração.
Por este motivo a lição trata do povo israelita que estava preso aos rituais e esqueciam-se da ação e da obediência. Ofereciam sacrifícios que Deus abominava, pois a mente não estava nEle.
Eles também adoravam imagens que eram tão insignificantes como a madeira que se tornava em cinza (Isaias 44:20). Era uma desobediência ao mandamento expresso em Êxodo 20:4, o que restringia Deus de Sua real e Infinita dimensão a um objeto concreto que não poderia representá-Lo. Isto para o adorador também era uma desvantagem, pois ele deixava de potencializar a sua capacidade de desvendar o invisível e poder adorá-Lo em espírito e em verdade e conhecê-Lo progressivamente por meio da comunhão.
Outra questão tratada na lição é que eles prestavam culto um dia e nos outros viviam uma vida de incoerência e longe de Deus e de seus propósitos. A mensagem principal é que freqüentar uma Igreja ou um culto não salva, mas sim, a prática e a comunhão diária com Deus. O título da lição refere-se às palavras enganosas, “não porque aquele fosse o templo do Senhor, mas porque as pessoas acreditavam que, simplesmente pelo fato de ir ao templo do Senhor e ali adorar, estariam seguras e salvas e faziam tudo o que era necessário (pag. 112).
Eles também faziam jejum para mostrar o “enorme sacrifício” com esta ação e não como um verdadeiro seguidor e adorador.
Deus tem adoradores em todos os lugares e em todos os cultos. O mais maravilhoso de tudo isto, é que Ele conhece o coração de cada adorador em qualquer lugar do mundo e em qualquer tempo e no momento sincrônico ao Seu tempo, vai buscá-lo para que a adoração seja compatível com a Sua vontade.
O principal ponto é o reconhecimento de ser um pecador que necessita da graça de Jesus para que se processe a transformação. Deus sempre levanta um profeta ou uma pessoa para ser o porta- voz da Sua vontade. Foi assim com Isaias, que atuou após a morte do rei Uzias (Isaías 6:1-8). Este profeta viu a glória de Deus e os anjos adorando-O e entendeu o quanto era pequeno perante o rei do Universo. A partir deste reconhecimento e da sua própria declaração que necessitava de perdão, recebeu a brasa viva do altar para ser usado como um instrumento nas mãos de Deus e redirecionar o povo de volta ao caminho que levaria a proclamar de forma adequada a primeira vinda do Messias.
Deus sempre teve um povo para anunciar a Sua vontade e as coisas que hão de vir. Estamos vivendo no tempo do fim e as profecias estão se cumprindo. Não sabemos o dia nem a hora da volta de Jesus e não nos compete saber, pois isto pertence unicamente ao Pai (Mateus 24:36). Mas sabemos que Ele tem, em todos os lugares, pessoas com o coração aberto e disponível para adorá-Lo e representá-Lo a partir da transformação que o Espírito Santo faz e capacita para pregar a mensagem.
Que a brasa viva do altar possa tocar os lábios de todo aquele que reconhece sua necessidade de um Deus Salvador e que capacite a todos estes a adorá-Lo em espírito em verdade e crescer progressivamente à semelhança do caráter de Jesus.
Fonte: http://iasdmoema.org.br/escolasabatina.html
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