Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 07 – Adoração nos Salmos

Comentários do Pr. Otoniel Tavares de Carvalho


Texto Central: “Como é agradável o lugar da tua habitação, Senhor dos Exércitos. A minha alma anela, e até desfalece pelos átrios do Senhor, o meu coração e o meu corpo cantam de alegria ao Deus vivo”. (Salmos 84:1 e 2 – NVI)

Leitura Bíblica da Semana: Salmos 20:3; 49; 54:6; 73; 78:1 a 8; 90:1 e 2; 100:1 a 5; 141:2.


Introdução

O livro dos SALMOS é um livro poético. Cada um desses salmos foi feito para ser cantado. São orações e ações de graça ao Senhor, o Deus de Israel. São confissões de pecados. São clamores da alma humana em busca de perdão, orientação, socorro na aflição, proteção contra os inimigos, e toda uma série de elementos que a alma humana vivencia no dia a dia do seu existir neste mundo. Portanto, aprenda a louvar e adorar a Deus com a leitura atenta do LIVRO DE SALMOS.


Lição de Domingo
Adoremos o Senhor, Nosso Criador
(Salmos 19; Salmos 90:1-2; Salmos 95:1-6; Salmos 100:1-5; João 1:1-3; Colossenses 1:16-17; Hebreus 1:1-3)

Todos os livros da Bíblia Sagrada são unânimes em afirmar que o Deus Eterno é o CRIADOR da Terra e dos humanos que nela habitam. Nada há em contrário a isto em todo o texto bíblico. Por isso, em cada geração, do Éden até os nossos dias, as pessoas que se deixaram guiar pelo Espírito Santo de Deus, e que, por isso, foram o povo de Deus na Terra, Seu REMANESCENTE FIEL, têm confirmado esta verdade absoluta: DEUS É O CRIADOR.

O salmista Moisés cantou: “Senhor, Tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se formassem a Terra e o Mundo[cosmo, universo], de eternidade a eternidade, Tu és Deus.” Salmos 90:1 e 2, com interpolação nossa.

O salmo 100 convida todas as terras a louvar ao Senhor, o Eterno Deus. O salmo 95 nos convida para uma celebração ao Senhor Deus. Em cada salmo há sempre a ideia de uma canção de louvor, honra e glória a IAVÉ. Leiamos, pois, outra vez o LIVRO DOS SALMOS com uma mente nova, com um olhar novo, com um interesse novo.


Lição de Segunda-Feira
Juízo de Seu Santuário
(Salmos 73)

A SALVAÇÃO sempre vem do Senhor.

No Salmo 73, o salmista conta uma experiência de vida que vivenciou por algum tempo. Como muitas pessoas inexperientes fazem até hoje, começam a observar a cena humana de sua cidade ou de seu país, e veem algo que lhes parece muito injusto: pessoas más, injustas, infiéis e desobedientes a Deus prosperam em seus negócios, ganham muito dinheiro, têm casa, carro, fartura de comida e bens, parecem sadios, têm muitos amigos, dão festas bonitas a seus amigos, prosperam em seus negócios. Quanto às pessoas crentes, parece que eles não prosperam materialmente, pois são simples, pobres, têm poucos amigos, vestem-se de maneira simples, suas casas são simples, seus carros também. Vendo de fora, parece que algo não se ajusta às normas da justiça e do bom senso: Os ímpios com fartura e riquezas e os crentes com escassez e pobreza. O observador, que o salmista afirma ter sido ele mesmo, questionou a Deus por essa aparente injustiça. Ele ficou tão indignado, que declarou: “quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos” Salmos 73:2. O salmista diz que ficou chocado com essa aparente injustiça, e quase abandona, por isso, os caminhos justos do Senhor, “até que entrei no Santuário de Deus e atinei com o fim deles [dos ímpios]” Salmos 73:17, interpolação nossa.

Esse “entrei no Santuário” pode ter vários significados. Pode significar que o salmista passou a analisar a situação dos ímpios não mais a partir do início e meio das coisas, mas a partir do seu final. Como tudo isso vai terminar? Essa aparente injustiça de Deus; ou aparente indiferença de Deus para com a prosperidade do ímpio vai continuar da mesma maneira até ao fim? O ímpio não vai receber o castigo por sua impiedade? Então ele deixou de ver o assunto com olhos humanistas e passou a vê-lo na perspectiva teocêntrica da JUSTIÇA DE DEUS. É como se, antes, ele perguntasse como Abraão: “Não fará justiça o Juiz de toda a Terra?” Gênesis 18:25. Então ele (o salmista) entrou no “SANTUÁRIO”, ou seja, veio à presença de Deus, e pôde contemplar o DEUS DE TODA JUSTIÇA. Como relatado no Salmo 1, ele viu que “os perversos não prevalecerão no juízo [quando forem julgados pelo Deus Justo], nem os pecadores, na congregação dos justos. Pois o Senhor conhece o caminho [a vida, as obras, o procedimento] dos justos, mas o caminho [a vida, as obras, o procedimento mau] dos ímpios perecerá” Salmos 1:5 e 6, com interpolações nossas. Salomão escreveu sobre este assunto: “Melhor é o fim das coisas do que o seu princípio…” Eclesiastes 7:8. E há o provérbio popular que afirma: “Quem ri por último ri melhor”.

No fim, Deus julgará todas as pessoas. Toda a vida de cada pessoa será analisada e julgada pelo Tribunal do Céu (Eclesiastes 12:13 e 14; Daniel 7:9-10). A sentença final de Deus, como Supremo Juiz, será dada no fim de tudo. Quem prevalecerá no final? O rico e próspero infiel, injusto e descrente? Ou o crente fiel a Deus, quer seja pobre, quer seja rico? Não há nada de errado em ser rico. Abraão, Ló, Jó e muitos outros crentes do passado foram ricos, e permaneceram crentes e fieis a Deus. O que você faz com a riqueza que Deus lhe dá é o que vai determinar seu final feliz ou seu final infeliz. Que Deus te ajude a ser rico, justo e fiel. Se não é para ser assim, que Deus te conserve na pobreza, ou classe média, mas salvo pela fé em Jesus.


Lição de Terça-Feira
“Como os Animais que Perecem”
(Salmos 49)

O salmo 49 faz um passeio mental, imaginário, por dois universos humanos: (1) O mundo dos que têm muitos haveres, e que são chamados de “ricos”; (2) e o mundo dos que possuem poucos bens materiais, e por isso são chamados de “pobres”. O que o salmista viu em cada um desses universos mentais? Ele viu o rico confiando excessivamente em suas riquezas e bens materiais. Pessoas que não louvam ao Senhor, nem fazem do Senhor seu refúgio, mas se refugiam nos bens que possuem, achando que estes durarão para sempre e os socorrerão na hora final. Ele afirma uma joia do pensamento teológico: “Ao irmão, verdadeiramente ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate (pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre)” Salmos 49:7 e 8. Muitos desses ricos dão seus nomes a suas casas, fazendas, empresas, na tentativa vã de perpetuar seus nomes através das futuras gerações. Mas nada disso, nem suas muitas riquezas, impede a morte deles e seu retorno ao pó. O “resgate” de sua alma, a REDENÇÃO deles, não o podem pagar com dinheiro e bens materiais. Somente o SANGUE DE CRISTO, derramado na Cruz, serve como PAGAMENTO DO RESGATE de sua alma. Seu muito dinheiro não pode fazer isto. Portanto, meu irmão, não fique pensando que sua riqueza e o muito dinheiro que você tem compra o RESGATE de sua alma, ou que compra a “salvação” para você. Paulo escreveu: “Pela GRAÇA sois salvos, mediante a fé; e isto [esta salvação] não vem de vós [de vossas riquezas e bens, ou capacidade gerencial], é DOM DE DEUS [dádiva gratuita de Deus]; não vem de obras [realizações e feitos humanos], para que ninguém se glorie.” Efésios 2:8 e 9, com grifos, interpolações e comentários nossos.


Lição de Quarta-Feira
Adoração e o Santuário
(Salmos 20:3; Salmos 40:6-8; Salmos 43:4; Salmos 51:19; Salmos 54:6; Salmos 118:27; Salmos 134:2; Salmos 141:2; Hebreus 10:1-13)

“Suba à Tua presença a minha oração, como incenso; e seja o erguer de minhas mãos como oferenda vespertina.” Salmos 141:2.

No santuário hebreu, o sacerdote comparecia defronte do véu que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, junto ao Altar do Incenso, trazendo em suas mãos um incensário cheio de aromas agradabilíssimos. Ele queimava este incenso aromático, e a fumaça cheirosa que saía do incensário subia ao teto do santuário, passava pela abertura superior e chegava ao Lugar Santíssimo, onde estava a Arca, o Propiciatório sobre a Arca e os dois Querubins cobridores. No meio desses dois querubins brilhava a luz do CHEQUINÁ, a manifestação mais visível da glória de Deus, possível a mortais. Essa fumaça aromática representava as ORAÇÕES DOS SANTOS, ou seja, as orações do povo de Deus, chegando ao trono da Graça. O que diziam ou pediam tais orações? Só Deus sabe!

O escritor da Carta aos Hebreus declara: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande Sumo Sacerdote que penetrou os Céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da Graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos Graça para socorro em ocasião oportuna.” Hebreus 4:14 a 16.

João, o Apóstolo, escreveu: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos ADVOGADO junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. Ele é a PROPICIAÇÃO [sacrifício de expiação] pelos nossos pecados; e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos [pecados] do mundo inteiro.” I João 2:1 e 2, com grifos e interpolações nossos.


Lição de Quinta e Sexta-Feiras
Para Que Não Nos Esqueçamos
(Salmos 78; Salmos 105; Salmos 106; Deuteronômio 6:6-9; I Coríntios 10:11)

Os três SALMOS acima sugeridos para leitura bíblica do dia estão repletos de declarações, em forma de poesia e canto, dos grandes feitos do Senhor por Israel, quer antes, quer durante, quer depois do Êxodo, e durante toda a existência de Israel como povo em Aliança com Deus. Em momento algum IAVÉ, o Senhor, o Deus de Israel, lhe deixou faltar o que lhe era necessário para a existência e para seu bem-estar. O Deus Provedor lhes deu tudo de bom de que eles necessitavam para ter vida farta e feliz. Leia com atenção esses três salmos: 78, 105 e 106. Se Israel tivesse prestado atenção e ficado fiel a essas revelações, jamais teria apostatado da fé no Deus Único e Eterno. Não estaria na situação que está hoje, especialmente em relação à sua vida espiritual.

Ellen White costumava dizer ao povo adventista: “Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que nos esqueçamos da maneira como o Senhor nos guiou até aqui.”

Irmão adventista, conte as bênçãos de Deus para você no final de cada dia. Nunca se esqueça que você está vivo porque Ele lhe dá a vida. E, com a vida, vem a saúde, a proteção, a família, o trabalho, a fé, a salvação, a habitação, o lazer, os amigos, as oportunidades para prosperar na vida, o testemunho de fé, etc. Tudo começa com a vida que Deus nos dá. Portanto, ao terminar o dia, junte a família e conte as bênçãos de Deus nesse dia, dirigidas a você a toda sua família. Faça isso cada dia, e sua fé e esperança em Deus aumentarão mais e mais.


Fonte: Otoniel Tavares de Carvalho


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