Comentários do Prof. Gilberto Brasiliano
Texto Central: “Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor todas as terras.” (Salmos 96:1)
Meditação central: Um coração afinado com Deus não pode fazer outra coisa a não ser cantar os seus louvores.
Sábado
Introdução: Louvor com reverência
O apóstolo João, o profeta do Apocalipse, teve a visão das 3 mensagens angélicas e na primeira ele mencionou um convite à verdadeira adoração nas palavras: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas”. A adoração é composta da reverência (Temei a Deus), do reconhecimento dEle como Criador (Adorai Aquele que fez…) e do louvor (dai-Lhe glória).
O louvor está relacionado no contexto da adoração tanto quanto a oração ou a comunhão pela Palavra. Foi por isso que um pastor disse que durante o culto a Deus, o pastor divide o púlpito com os músicos e cantores da igreja. Também mencionou que a mesma solenidade que é dada para a Palavra, Deus exige daqueles que O louvam com a voz ou com instrumentos.
Discute-se o que é mais importante no culto: louvor ou a pregação. Uma colocação faz pensar: “A adoração é mais importante que a pregação, porque a pregação é para o homem, mas a adoração é para Deus”. Para se louvar é necessário, no entanto, tanto preparo espiritual como quem vai pregar. A consagração é inevitável, para tal.
Ilustração: Um pastor que tinha formação musical tornou sua igreja famosa pelo bem sucedido trabalho na área de louvor. Ele contou que quando começou a formar uma equipe para cantar e tocar na igreja, trinta e seis pessoas se apresentaram. Mas quando falou que antes iriam jejuar e orar para que Deus os conduzisse, depois de dois meses só ficaram seis pessoas dos trinta e seis. É que para se fazer um bom trabalho que Deus aceite é necessário consagração e isto significa renunciar algumas coisas, que muitos ainda não conseguem por falta de apego a Deus.
Digamos com o salmista: “Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver” (Sal. 146:2). “Louvem-Te a Ti, ó Deus, os povos; louvem-Te os povos todos” (Sal. 67:5). Firmados nessa vontade de adoração e louvor poderemos mergulhar na Lição desta semana com a disposição de aprendermos a usar nossa voz, nosso coração e nosso ser para o perfeito louvor a Deus.
Domingo
Entre Saul e Davi (I Samuel 16:6-13; I Samuel 17:45-47; I Samuel 18:14; I Samuel 24:10; I Samuel 26:9; I Samuel 30:6-8; Salmos 32:1-5; Salmos 51:1-6)
Havia entre Davi e Saul uma grande diferença espiritual: o povo havia escolhido Saul como rei por causa da sua beleza e Deus escolheu Davi, por causa da sua fé nEle.
1. O que podemos perceber na vida de Davi, antes que ele se tornasse rei? 1Sm 16:6-13; 17:45-47; 18:14; 24:10; 26:9; 30:6-8
Resposta: Os textos citados mostram que Davi procurava servir a Deus em quem confiava e, por isso, foi escolhido para ser rei e ungido pelo Espírito Santo, era leal e corajoso, buscava a Deus nas aflições e nos momentos de angústia, era bem sucedido, porque entregava o comando a Deus, de quem recebia comunicação direta.
A grande diferença entre Davi e Saul era justamente a iniciativa da confissão e o reconhecimento do erro buscando o perdão divino. Davi e Saul cometeram pecados, mas a direção da vida de Davi era para cima, para Deus, porém a de Saul era para baixo pelo orgulho.
2. Leia os Salmos 32:1-5 e 51:1-6. Que conceito fundamental, tão importante para a fé, aparece nesses textos?
Resposta: Vemos o conceito da confissão. Davi confessou e Deus o perdoou e o amou. Esconder os pecados acaba com a paz e a saúde; quando abrimos o coração e confessamos com arrependimento, Deus perdoa e cura.
Deus só pode perdoar aqueles que em sincera confissão e arrependimento procuram colocar a vida em harmonia com Sua vontade. Foi isso que Davi procurou fazer ao sentir na alma os efeitos do pecado oculto. Como Davi, podemos sentir o alívio que Deus pode trazer à nossa alma, se confessarmos e deixarmos nossos pecados de coração aberto.
Ilustração: Certa vez um jovem estudante perguntou ao descobridor da propriedade anestésica do clorofórmio, Sir James Simpson, o que considerava ser a sua maior descoberta. Este homem de ciência e homem de Deus, respondeu: “A maior descoberta que já fiz foi a de que sou um grande pecador e Jesus é meu Salvador que me perdoa quando a Ele vou”.
Segunda
Coração Contrito, Espírito Quebrantado (Salmos 51:17)
Para entendermos o espírito de adoração que deve reinar em nós diante de Deus, devemos olhar a maneira inspirada como Deus fala sobre isto:
“Conquanto Deus condene um mero ciclo de cerimônias, sem o espírito de adoração, olha com grande prazer àqueles que O amam, prostrando-se de manhã e à noite, a fim de buscar o perdão dos pecados cometidos e apresentar seus pedidos de bênçãos necessitadas” (Patriarcas e Profetas, pág. 354).
3. O que o Senhor está nos dizendo no Salmo 51:17? Como devemos entender essa ideia, visto que deve haver alegria na adoração? É possível harmonizar essa alegria com a contrição, ou elas são contraditórias?
Resposta: A paz e a alegria só vêm ao coração quando buscamos de Deus um espírito quebrantado, quando nos vemos como pecadores, reconhecendo o sofrimento de Cristo, que nos salva, e assim, obtemos paz e isso resulta em alegria.
Deus quer que O adoremos com alegria no coração. Porém, se a pessoa tiver pecados para confessar e pedir perdão com espírito de humildade, através da confissão e do arrependimento, que chamamos de “espírito quebrantado, isto levará a pessoa a meditar no que Jesus fez e pelo perdão recebido (justificação); Deus nos encherá de alegria. Aí sim a adoração toma o sentido devido.
“Quando os raios da justiça de Cristo incidem sobre a alma arrependida, alegria, adoração e glória se entretecerão nesta experiência” (Meditações Matinais, 1999, pág. 332).
Ilustração: Num dia de verão, certo viajante vagava à procura de descanso e prazer, perto da foz de um grande rio. Chegando a hora que a maré estava baixa, ele viu uma esplêndida fonte de água cristalina, fresca e pura jorrando das rochas. Duas vezes ao dia a água salgada subia acima daquela linda fonte de água fresca, cobrindo-a totalmente. Mas quando a maré esgotava as suas forças e se retirava para as profundezas do oceano, da fonte brotava a água pura e cristalina novamente. Como cristão podemos dizer que somos à semelhança dessa fonte. O jorrar da água pura e cristalina surgindo depois de vencida a maré é a representação da nossa adoração plena e verdadeira a Deus, quando os pecados são vencidos e Deus nos purifica com seu poder perdoador. É possível que a maré da vida, com seus interesses, tente suplantar e esconder a fonte, mas o mundo esgotará as suas forças e aqueles que trazem em seu coração a presença do Espírito Santo serão sempre vitoriosos. Reaparecerão com mãos puras, corações limpos, manifestando a mente de Cristo, com a consciência livre de ofensa a Deus e aos homens e farão uma adoração plena e verdadeira a Ele.
Eis uma declaração de alguém que adorava a Deus com alegria e tinha o coração contrito, espírito quebrantado. É uma declaração do famoso pregador Dwight L Moody:
“Usa-me, meu Salvador, para qualquer propósito, em qualquer terreno, conforme a Tua vontade. Eis aqui meu pobre coração, um vaso vazio; enche-o com Tua graça. Eis aqui minha alma pecadora e aflita; desperta-a e refresca-a com Teu amor. Toma o meu coração para Tua morada; a minha boca para divulgar a glória do Teu nome; meu amor e todos os meus recursos, para o progresso da obra cristã. Não permitas que minha fé jamais se enfraqueça ou diminua, de modo que, sejam quais forem as circunstâncias, eu possa dizer: Jesus precisa de mim e eu dEle”.
Essa percepção de que somos pecadores e necessitamos de Jesus como nosso salvador, nos traz alegria, porque sabemos que pela graça divina Ele nos perdoará e nos dará vida eterna.
“Deus não precisa nem requer nossos cumprimentos cerimoniosos se o coração não estiver limpo, mas respeita o coração quebrantado, a confissão de pecados, a contrição de alma” (Meditações Matinais, 1968, pág. 67).
Terça
Davi: Uma Canção de Louvor e Adoração (I Crônicas 16:8-36)
Certa vez o rei Davi fez um cântico de louvor a Deus expressando sua gratidão pela transferência da arca para Jerusalém. Esse louvor falava da grandeza divina, do Seu cuidado e cumprimento de Suas promessas e convidava a todos para uma adoração solene. Como Davi tinha muitos motivos para realizar louvor e adoração, estendeu esse convite para todos.
4. Que eventos do passado o povo de Israel devia fazer conhecidos aos outros povos?1Cr 16:8, 12, 16-22. Que atos especiais de Deus eles deviam lembrar?Versos 12 e 15.
Resposta: Os atos para lembrar e testemunhar seriam: as maravilhas e prodígios no Egito, o juízo dos Seus lábios contra os rebeldes, a promessa de guiar, proteger e salvar, a aliança com Abraão, Isaque e Jacó e a confirmação de dar-lhes a terra de Canaã, a terra prometida.
Deus orientou Israel a mostrar, pelo exemplo, que a presença divina era constante com Seu povo. As nações veriam pelos milagres e coisas sobrenaturais que ocorriam, bem como pelo sucesso e crescimento global que o povo era abençoado e amado por Deus e esse testemunho os levaria a permitir a direção divina também sobre a nação expectante.
“Era propósito de Deus, porém, que pela revelação de Seu caráter por meio de Israel, os homens fossem atraídos a Ele. Pela lição do sacrifício simbólico, Cristo deveria ser exaltado perante as nações, e todos os que O olhassem viveriam” (Parábolas de Jesus, pág. 290).
5. A repetição da aliança, feita pelo salmista, ocupa quase um terço desse hino de gratidão. De que forma a aliança se relaciona com a adoração?
Resposta: Deus fez uma aliança de dar-lhes a terra prometida e guiá-los, protegê-los sempre. Por isso, o povo daria amor a Deus, louvor ao Seu nome, obediência e testemunho entre as nações.
O que Deus prometeu Ele cumpriu. Se houve demora ou interferência, foi porque o povo não cumpriu sua parte de amá-Lo, adorá-Lo, obedecê-Lo. Para nós hoje, o princípio é o mesmo: Deus prometeu nos salvar do pecado e nos conduzir para a Canaã celestial e envolve todo o Seu poder para cumprir Sua Palavra. Nossa parte é amá-Lo, obedecê-Lo e adorá-Lo.
Ilustração: Uma ciganinha chamada Pepita foi convidada por um pintor a posar para um quadro. Chegando ao atelier, Pepita se impressionou com uma tela de Cristo crucificado. Ela nunca tinha ouvido falar de Cristo nem de sua morte na cruz. Então, pediu ao pintor que lhe contasse a história daquele “homem na cruz”. O artista contou-lhe toda a história de Jesus. A ciganinha ficou muito comovida e perguntou ao artista: “O senhor deve amá-lo muito, não? Pois Ele morreu pelo senhor”. Mas o pintor, que conhecia tão bem a história de Cristo, vivia distanciado do grande amor do Senhor. A pergunta da menina levou-o a render-se a Jesus. Ambos aceitaram a salvação naquele momento e juntos agradeceram a Deus.
Quarta
O Cântico de Davi (II Samuel 22; Apocalipse 4:9-11; Apocalipse 5:9-13; Apocalipse 7:10-12; Apocalipse 14:1-3)
Se olharmos atentamente veremos que a tônica principal da adoração a Deus é o louvor. No louvor está contido o cântico e a música como acompanhamento. Davi, o rei poeta e músico, frequentemente criava cânticos que entregava aos seus cantores e músicos; o principal deles era Asafe, com quem ministrava adoração ao Deus do Céu.
“A música faz parte do culto de Deus, nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais” (Mensagens aos Jovens, pág. 293).
Quando Deus criou o mundo houve alegria no Céu e em outros lugares do Universo. O próprio Deus, ao conversar com Jó sobre a grandiosidade da criação e do Seu poder, falou dessa alegria nessas palavras: “Quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7).
6. Leia Apocalipse 4:9-11; 5:9-13; 7:10-12; 14:1-3. Que coisas acontecem no ambiente imaculado do Céu? Quais são os temas apresentados nesses textos, e o que podemos aprender neles sobre adoração?
Resposta: Jesus é honrado, glorificado e adorado com muito louvor e cânticos por causa da criação e da redenção eterna de todos aqueles que estarão salvos.
Todas as referências que o Apocalipse faz sobre adoração, mostram Jesus como foco da adoração e os habitantes do Céu em conjunto com os redimidos entoando louvores de gratidão e exaltação por Seu poder criador e redentor. A música não poderia faltar nesses momentos especiais, pois é o elemento que torna a adoração mais completa e solene.
Ilustração: Existem dois pequenos pássaros que retratam bem o espírito do louvor. Um é a cotovia que saúda o dia com música logo que acorda pela manhã e canta quase que o dia inteiro. O outro pássaro é o rouxinol. Este pequeno pássaro de cores escuras esconde-se nos arbustos e não canta muito de dia. Mas, quando escurece, ele entoa sua bela e terna canção noturna. No reino espiritual, como no mundo natural, os cantores que louvam a Deus devem fazê-lo sempre em qualquer hora, pois isso nos aproxima do ideal de adoração ao Deus descrito no Apocalipse.
“A música deve ter beleza, emoção e poder. Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção” (Mensagens aos Jovens, pág. 296).
Quinta
“Cantai ao Senhor um Cântico Novo” (I Coríntios 10:31; Filipenses 4:8; Colossenses 1:18)
Quando cantamos a Deus hinos de louvores não o fazemos sozinhos, pois esse momento é visto pelos seres não caídos, principalmente os anjos e algo acontece:
“Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, os músicos celestiais apanham a harmonia, e unem-se conosco ao cântico de ações de graças” (Mensagens aos Jovens, pág. 294).
Ilustração: Um homem de nome Luis Tarísio, foi encontrado morto, certa manhã, em sua casa. Vivia pobremente, com muito pouco conforto. Mas tinha uma mania: colecionar violinos. Foram encontrados no sótão da casa 246 violinos caríssimos. O mais valioso de todos estava escondido na última gaveta de uma velha cômoda: era um Stradivarius de 147 anos! Tarísio gostava dos seus instrumentos, mas os escondia de todos, privando os outros da bela música que poderiam ouvir.
Quando deixamos de louvar ao Senhor, estamos como esse homem, escondendo um tesouro e empobrecendo espiritualmente. Louvemos, portanto, ao Senhor com alegria.
7. Leia os textos a seguir. Que princípios eles nos dão, que devem nos guiar no tipo de música utilizada em nossa adoração?1Co 10:31; Fp 4:8; Cl 1:18
Resposta: Na adoração, a música e o louvor devem serpara glória de Deus; deve sermúsica respeitável, verdadeira, justa, pura, amável e de boa fama. Cristo deve ser colocado em primeiro lugar.
A música no culto precisa ser de tal qualidade que conduza nosso pensamento para a santidade daquele a Quem estamos prestando o culto. Deve ser de tal maneira equilibrada que a letra deve estar em harmonia com a música para que nossos sentimentos, nosso intelecto e nossa sensibilidade espiritual nos leve a pensar em Jesus, nosso salvador. Os cantores ou dirigentes do louvor devem ter extremo cuidado na apresentação das músicas que se destinam a louvar ao Senhor. Não podemos cantar relaxadamente só para cobrir ou enrolar um espaço de tempo, com em muitos casos se fazem. Aquele que canta um hino de louvor não pode se apresentar chamando a atenção para si como intérprete, mas deve canalizar todo o louvor e glória da letra, da música e da apresentação para o Senhor Jesus.
“A música pode ser uma grande força para o bem; no entanto não usamos devidamente esse dom no culto. O canto é feito em geral por impulso ou para atender a casos especiais, e ás vezes deixam-se os cantores ir errando, e a música perde o devido efeito no espírito dos presentes. A música deve ter beleza, emoção e poder” (Testemunhos Setetos, vol. 1, pág. 457).
Ilustração: Um jovem violinista apresentava seu primeiro recital. O auditório estava super lotado. Cada número apresentado, ele era aplaudido freneticamente. A multidão delirava. O jovem músico agradeceu os aplausos, mas não deu demonstração de sentir-se lisonjeado. Quase todo o tempo tinha os olhos fitos na galeria. Quando o som dos derradeiros acordes morreram, um ancião na galeria fez com a cabeça um sinal de aprovação. Imediatamente, o jovem mostrou-se satisfeito, e sua fisionomia iluminou-se de felicidade. Os aplausos da multidão pouco lhe importavam, enquanto não tivesse recebido a aprovação de seu mestre.
Quando apresentamos nossos louvores a Deus, temos que ser como esse jovem violinista: enquanto não recebermos a aprovação do nosso Mestre quanto ao louvor, a música que apresentamos diante dEle, não podemos nos sentir satisfeitos e completos.
Sexta
Conclusão
Ao encerrarmos o estudo dessa semana devemos estar conscientes da necessidade que temos de louvar ao Senhor, quer de forma individual ou de forma coletiva em um culto. O que podemos resumir, no entanto, desta lição é que a expressão do nosso coração, traduzida por gratidão, reverência, reconhecimento do poder divino e consciência da salvação deve ser a adoração solene e verdadeira.
Quando cantamos com nossa alma e entoamos hinos de louvores a Deus, não nos tornamos mais um na multidão, mas uma alma vista de maneira especial e beneficiada pela santa comunhão que isto traz.
“A música faz parte do culto de Deus, nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O devido cultivo da voz é um aspecto importante da educação, e não deve ser negligenciado” (Patriarcas e Profetas, pág. 594).
Ilustração: Conta-se que uma vez, um grande maestro estava executando uma peça com centenas de vozes e instrumentos musicais. Quando o coro cantava em alta voz, o poderoso órgão se expandia, o tambor, as cornetas, e os címbalos soavam. O homem que tocava a flauta, e que estava bem escondido entre os músicos, disse para si mesmo: “Entre todo este ruído, não tem importância o que toco”. E deixou de tocar. Repentinamente, o maestro ergueu sua batuta em sinal de silêncio, e de pronto tudo se aquietou completamente. Então, ele perguntou em voz alta: “Que aconteceu com a flauta?” O ouvido do maestro havia notado que nem todos estavam tocando e que alguma coisa faltava. Por isso, devemos sempre fazer a nossa parte com todas as nossas forças! Mesmo considerando-nos pequenos e insignificantes, e escondidos entre todos, Deus busca a Sua adoração, e a grande música de Seu Universo se tornará mais rica e mais doce se Lhe rendermos uma homenagem de louvor.
“A melodia de louvor é a atmosfera do Céu; e quando o Céu entra em contato com a Terra, há música e cânticos, “ações de graças e voz de melodia”. Isa. 51:3. Haja canto no lar, de hinos que sejam doces e puros, e haverá menos palavras de censura, e mais alegria e esperança. Haja cântico puro na igreja e a consagração voltará aos corações que servem a Deus” (Meditações Matinais, 1968, pág. 94).
Sempre, antes do louvor, busquemos o poder de Deus para que nos capacite a realizarmos algo que glorifique o Seu santo e bendito nome durante nossa adoração. Peçamos ao Senhor que aceite nosso coração como a melhor oferta para Seu louvor. Amém!
“Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao seu nome, porque é agradável” (Salmos 135:3).
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