Comentários do Prof. Gilberto Brasiliano
Texto Central: “E regozijem-se ali perante o Senhor, o seu Deus, vocês, os seus filhos e filhas, os seus servos e servas, e os levitas que vivem nas cidades de vocês por não terem recebido terras nem propriedades” (Deuteronômio 12:12 – NVI)
Meditação central: Uma descrição da palavra “adoração” que pode nos trazer alegria, dizia: “Adoração é a arte de expressar o seu coração diante de Deus.
Sábado
Introdução: Adoração do coração
Vivemos a experiência da vida cristã sempre à procura de motivação para continuarmos a devoção, a adoração e o louvor sempre com o mesmo ânimo. A correria da vida ou mesmo a observação de alguém pode podar nossa iniciativa de adoração e louvor.
Ilustração: Em uma igreja durante um culto, o pregador foi muito feliz ao mostrar na pregação o quanto devemos confiar na promessa de Jesus quando ao subir ao Céu, disse aos Seus discípulos: “E eis que estou convosco, todos os dias…”. Na narração do sermão o pregador contou a história de uma irmã que, confiando nessas palavras, recebera um milagre poderoso, sendo curada de uma doença muito contagiosa. Um membro da igreja que havia passado pela mesma experiência, envolvido pela narrativa e emocionado com o poder de Deus, exclamou em voz alta: “Glória a Deus”. Algumas pessoas olharam para ele de uma forma crítica e lá fora alguém o chamou de lado e o censurou para que ele evitasse esses entusiasmos de pentecostalismo. O irmão ficou tão magoado que abandonou aquela congregação, indo congregar em outra mais longe, porém mais humilde.
É interessante como as pessoas que são frias com respeito à vida espiritual adotam um ritual frio e vazio em sua adoração a Deus e se espantam quando alguém glorifica ao Senhor com expressões vindas do coração.
Quando o povo de Israel estava no deserto eles corriam o risco de que a adoração se tornasse um mero ritual para ocupar o tempo vago. Deus, porém, estabeleceu o santuário terrestre com suas inúmeras funções diárias e anuais que se tornaria o centro de adoração de todo o povo. Vamos então, nesta semana, aprender algumas lições a respeito do santuário que nos ajudarão a dinamizar a nossa adoração.
Domingo
“Para Que Eu Possa Habitar no Meio Deles” (Êxodo 25:1-9)
“Tu o introduzirás e o plantarás no monte da Tua herança, no lugar que aparelhaste, ó Senhor para a Tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as Tuas mãos estabeleceram” (Êx 15:17).
Quando o profeta João escreveu que “Deus é amor” ele estava falando da natureza mais íntima do Criador. Nosso Deus é um ser amoroso e deseja estar sempre com os Seus filhos. Essa experiência foi vivida pelo povo de Israel no deserto através do Santuário e hoje essa mesma realidade nós podemos e devemos viver através da adoração a Deus. Foi por isso que, no deserto, Deus idealizou a construção do Santuário nos moldes celestiais, para que pudesse estar com Seus filhos. Por essa razão, alguém escreveu o seguinte sobre isto: “Deus não consegue resistir a uma verdadeira e apaixonada adoração; Ele acaba quase sempre Se manifestando”.
1. Leia Êxodo 25:1-9. Por que Deus pediu para que o povo de Israel edificasse um santuário para Ele? Por que não usou Seu poder para erguer o tabernáculo?
Resposta: Deus queria ver a participação e interesse do povo em ter Sua presença junto a eles; Deus decidiu habitar no meio deles. O povo foi chamado a trazer ofertas para a construção do santuário; o ato de dar demonstrava dedicação pessoal.
Deus já Se mostrava presente na nuvem que produzia uma sombra gigantesca sobre o acampamento durante o dia. Já era visível a Sua presença pela coluna de fogo que à noite aquecia e iluminava o acampamento no meio do deserto, algo assim fantástico. O povo também via como o monte Sinai estremecia quando Deus Se encontrava com Moisés ou quando queria dar alguma ordem ao povo. Essas manifestações, porém, não eram nada comparadas com o que Deus pretendia através do Santuário. Seria um relacionamento mais pessoal entre Ele e o povo e, para começar, Deus pediu a cooperação e participação de todos através da doação de objetos e riquezas que poderiam ser usados na construção do santuário.
“Dali em diante o povo seria honrado com a presença permanente de seu Rei. “Habitarei no meio dos filhos de Israel, e lhes serei por Deus”, “para que por Minha glória sejam santificados” (Êxo. 29:45 e 43), foi a segurança dada a Moisés” (Patriarcas e Profetas, pág. 314).
Deus queria estar com o povo para santificá-los e o povo construiu o Santuário seguindo o modelo divino e, com isto, Deus nos ensinou o princípio da adoração e santificação através de Sua presença; Jesus confirmou isto ao dizer: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estarei Eu” (Mat. 18:20). Deus pode nos santificar e aceitar a adoração dentro de uma igreja, em um salão preparado para isto ou mesmo dentro de uma prisão evangelizando.
Ilustração: Um dia uma missionária na China, conhecida pelo nome de Kate Leininger, teve o privilégio de participar e presenciar a realização de um culto em uma grande prisão chinesa situada numa alta montanha em Chung King (China). As reuniões em grupos eram mantidas por homens e mulheres. Diz-nos, então, a Missionária Leininger: “Um arrepio de medo percorreu-me o corpo quando, pela primeira vez, entrei no edifício das prisões para homens. Os guardas nos introduziram ali e enquanto entrávamos, vimos uns 150 homens sentados muito quietos e reverentes. Ninguém falou ou murmurou durante o trabalho. Eu nunca havia assistido antes a um trabalho como aquele nem na China nem em minha terra. A mensagem do evangelho foi entregue por alguns pregadores. No encerramento, nenhum prisioneiro se mexeu. Enquanto os crentes visitantes deixavam o recinto, um hino alegre foi cantado por eles e nos era quase impossível pensar que estávamos numa prisão. Daqueles prisioneiros, 110 foram batizados em dezembro daquele ano. Com isto, vemos que quando os corações se voltam para Deus, até uma prisão pode tornar-se em casa de Deus, através da Sua proteção.
Segunda
Corações Dispostos (Êxodo 35)
Quando as congregações são formadas, existe um momento precioso na história de todas elas, que é o começo das atividades e principalmente quando os membros se propõem a construir a igreja onde vão adorar a Deus. É um momento muito especial e onde reina uma atmosfera de muita amizade cristã, envolvimento, cooperação e união. É muito bom ver aquele mutirão de pessoas da mesma fé e até de familiares que não são da igreja, unidos na construção do templo. É uma delícia almoçar em grupo, parar para um lanche, conversar e trabalhar para um mesmo objetivo. Ao pedir que o povo doasse os materiais e fizesse o Santuário seguindo o modelo fornecido, Deus estava criando um envolvimento e solidificando o relacionamento com o Seu povo, tornando-Se um Deus pessoal e interessado na felicidade e santificação deles.
2. Que cuidados adotou Moisés ao ordenar a construção do Tabernáculo? Que lições importantes podemos obter, em relação à questão da adoração? Êx 35
Resposta: Moisés cuidou em solicitar todos os materiais necessá¬rios para a construção e que as pessoas dessem de coração disposto. Ninguém deveria dar nada se não fosse com alegria. Atos de abnegação, dedicação de tempo, talentos e recursos são atos de adoração. Afinal, Deus merece o melhor.
A forma como se dá uma oferta é muito importante, pois mostra o espírito de adoração do doador. Deus e Moisés queriam ver a doação feita de coração. Até aqueles que iriam trabalhar na construção com suas habilidades e recursos artísticos deveriam atuar com o coração aberto à influência divina, pois a inspiração seria dada por Deus. O que Deus pedia era apenas coração disposto e espírito abnegado para tanto dar as ofertas como para trabalhar. Esse espírito desprendido não é natural no ser humano, mas é uma inspiração no coração transformado pelo Espírito Santo. Temos nós hoje esse espírito de doação?
Ilustração: Um missionário na Índia, depois do culto, pediu a todos os seus congregados que contribuíssem com alguma coisa para a construção de um templo. Na reunião seguinte, cada um trouxe uma coisa: pedras, madeiras, pregos, etc. Uma velha senhora de cor negra veio à frente e, reverentemente, depositou a sua oferta em dinheiro. Era uma oferta de grande valor. O missionário estranhou que ela, pobre, sem posses, depositasse ali uma oferta tão generosa. Procurou-a depois do culto e perguntou como tinha conseguido tanto dinheiro. Então, ela respondeu: – “Ah! pastor… Eu não tinha nada para dar; não tinha nada para vender… vendi-me a mim mesma! Agora sou escrava, mas o meu coração continua livre para adorar o Senhor. Esse missionário construiu o templo, mas depois contou a história para sua igreja que se juntou e com seus recursos compraram outra vez a liberdade da querida irmã.
Terça
O Holocausto Contínuo (Êxodo 29:38-39; Hebreus 10:1-4; I Pedro 1:18-19)
“Isto é o que oferecerás sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro… pela manhã e o outro, ao pôr-do-sol” (Êx 29:38, 39).
Durante a peregrinação do povo de Israel pelo deserto havia o constante perigo do povo se voltar para a falsa adoração, como aconteceu no episódio do bezerro de ouro. Este perigo existia porque eles ficaram mergulhados em uma escravidão por 4 séculos e envolvidos por uma nuvem de paganismo existente no Egito. A presença do Senhor entre eles através do Tabernáculo não era para amedrontá-los, para que pudessem confiar nAquele que os libertara e estaria protegendo-os e dirigindo-os na travessia do deserto. A única coisa que deveriam fazer era a obediência por amor, que os levaria à adoração solene. Este foi um dos motivos para Deus instituir um ritual sagrado denominado “Holocausto contínuo”, que simbolizaria o perdão divino e o fogo que não podia se apagar era para simbolizar a necessidade constante de um salvador.
3. Qual é a relação entre a morte de Cristo e os sacrifícios de animais no sistema do Antigo Testamento? Hb 10:1-4; 1Pe 1:18, 19.
Resposta: O sangue dos animais não tinha poder algum para remover pecados, mas simbolizava o sangue de Jesus, o imaculado Cordeiro de Deus, o único que pode purificar.
Os sacrifícios feitos, de forma individual pelo pecador ou de forma coletiva pelo sacerdote, só adquiriam valor espiritual porque apontavam para Jesus, o verdadeiro cordeiro de Deus e porque havia sincera confissão dos pecados por parte do adorador. A justificação do pecador era-lhe atribuída por Deus não por causa do sangue do animal morto, mas sim em consideração ao símbolo perfeito de justiça, o Senhor Jesus. Por isso, eram tão solenes esses sacrifícios, porque a pessoa de Jesus estava envolvida, bem como o próprio Deus.
Tanto é verdade que o apóstolo Paulo escreveu que Jesus Se tornou o verdadeiro sacrifício. É o que está registrado em Hebreus 10:5-10:
“Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a Tua vontade. Então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a Tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas”.
Hoje, como adoradores, precisamos entender o que Cristo fez por nós e fazer-lhe uma entrega pessoal do nosso viver para que nossa adoração seja o reflexo de um coração consagrado.
Ilustração: A adoração é para o crente o que o alternador é para a bateria do automóvel. Sem a força da bateria o carro não pode andar; e sem o alternador, que sempre renova a força nas placas da bateria, esta não poderia funcionar. O alternador do automóvel funciona constantemente; mas se por qualquer desarranjo não funcionar deixará de carregar a bateria e dentro de pouco tempo o automóvel vai estar parado e não vai conseguir ligar; só dando um tranco. A vida espiritual do crente é como a vida física, semelhante a bateria do carro. Como é necessário carregar a bateria do carro, também é necessário alimentar o corpo físico, e mais importante ainda, alimentar o espírito. Podemos carregar nossa bateria espiritual através da leitura da Palavra de Deus, da comunhão e oração e peto culto prestado a Deus em Sua casa, onde meditamos na Palavra e entoamos louvores perfeitos ao Criador. Essa é uma poderosa arma contra rituais vazios porque no centro da adoração sempre está a pessoa de Jesus, nosso salvador. Crentes sem energia espiritual só funcionam no “tranco” e isto é inaceitável!
Quarta
Comunhão com Deus (Êxodo 25:10-22; Salmos 37:23; Salmos 48:14; Provérbios 3:6; João 16:13)
Ilustração: “A sua igreja é igreja forte?”, perguntou um homem ao seu amigo. “Sim, senhor,” foi a resposta. “Quantos membros tem a sua igreja?”, indagou ainda. “Somos setenta e seis”, replicou o crente. “Só setenta e seis? Então são ricos?”. O amigo respondeu: “Ao contrário. São todos pobres”. Com isto, o homem perguntou: “Como é, então, que a sua igreja é forte?” A resposta foi: “É porque todos somos consagrados ao Senhor, vivemos como se Cristo congregasse conosco, temos comunhão diária com Deus, amamo-nos uns aos outros, e trabalhamos juntos para fazer a vontade de Deus, pregando o evangelho de Jesus Cristo e cada culto que fazemos é uma festa espiritual. Qualquer igreja como esta será uma igreja forte, se tiver quinhentos membros, ou somente uma dúzia”.
Desta forma, quando se fala de adoração e comunhão é preciso observar como é o nosso relacionamento com Deus e como nos identificamos com o Senhor Jesus. Com o povo de Israel Deus queria Se relacionar e Se comunicar mais de perto.
4. Leia Êxodo 25:10-22. O que o povo é orientado a fazer ali, e quais promessas são apresentadas?
Resposta: Deus ordenou a confecção da arca de madeira, com tampa (propiciatório) de ouro e 2 querubins de ouro sobre essa tampa. Prometeu Se revelar ali sobre a arca, falando com os sacerdotes e, assim, dirigindo o povo mais de perto.
A arca conteria os Dez Mandamentos. A tampa (chamada de Propiciatório) fecharia a arca e serviria de base para se colocar sobre ela os dois querubins de ouro. Assim quando Deus Se manifestasse sobre a arca entre os querubins, uma nuvem estaria envolvendo a arca e os querubins. A citação de Patriarcas e Profetas, pág. 349, nos mostra qual era a função do Propiciatório:
“A lei de Deus, encerrada na arca, era a grande regra de justiça e juízo. Aquela lei sentenciava a morte ao transgressor; mas acima da lei estava o propiciatório, sobre o qual se revelava a presença de Deus, e do qual, em virtude da obra expiatória, se concedia o perdão ao pecador arrependido”.
5. Que promessas encontramos em Salmo 37:23, 48:14, Provérbios 3:6 e João 16:13?
Resposta: Se O amarmos e obedecermos, Ele promete firmar nossos passos, nos guiar e endireitar nos caminhos na verdade, através da presença do Espírito Santo.
Só quem se entrega plenamente nas mãos do Senhor poderá sentir esse direcionamento divino na vida. O verdadeiro adorador será submisso à vontade divina, pois no coração da adoração está a adoração que vem do coração transformado.
Quinta
Alegrar-se Diante do Senhor (Levítico 23:39-44; Deuteronômio 12:5-7; Deuteronômio 12:12; Deuteronômio 12:18; Deuteronômio 16:13-16)
Deus deixou claro em Sua Palavra que Seu desejo santificado sempre foi que aqueles que o adorassem fossem sempre genuínos em sua adoração, louvor e comunhão. Para que isto se tornasse uma realidade já ali no deserto do Sinai foram instituídos os rituais do Santuário (Tabernáculo) com uma finalidade de santidade, reverência e crescimento espiritual dos adoradores. Nada poderia ser frio ou cheio de formalismo, mas deveria ser feito sempre de coração e com total dedicação, porque era para o Deus eterno, que os santificaria.
“Conquanto Deus condene um mero ciclo de cerimônias, sem o espírito de adoração, olha com grande prazer àqueles que O amam, prostrando-se de manhã e à noite, a fim de buscar o perdão dos pecados cometidos e apresentar seus pedidos de bênçãos necessitadas” (Patriarcas e Profetas, pág. 354).
Disse um escritor cristão essas palavras: “O mundo pode fazer quase tudo tão bem ou melhor, do que a igreja. Só há uma coisa que esse mundo não pode fazer no lugar da igreja: ele não pode oferecer a santificação e a graça que um culto de adoração verdadeira a Deus nos traz”.
6. O que estes textos nos dizem sobre a adoração israelita no santuário? Lv 23:39-44; Dt 12:5-7, 12, 18; 16:13-16
Resposta: O povo devia se reunir três vezes a cada ano (Festa das Semanas, Festa dos Pães e Festa dos Tabernáculos), para oferecer a Deus as ofertas e sacrifícios, com grande alegria, celebrando as bênçãos do Senhor.
O contexto do Santuário mostrou que os israelitas executavam cultos de adoração com regozijo por bênçãos alcançadas. Esse tipo de culto exercia poderosa influência nas pessoas em redor e nas famílias, cujo resultado era a consagração de todos. Hoje precisamos ter cultos animados, porém reverentes. Deus deve ser celebrado por Sua bondade, mas não podemos tornar o culto um “show”. O louvor pode ser contagiante, sem ser vulgar ou mundano. (Exemplo: cantar um hino em ritmo de pagode, bolero, funck, etc). A presença divina em nosso coração é o grande moderador de qualquer louvor ou adoração.
Ilustração: Deus no Coração. Quando Pompeu, o grande general romano, tomou Jerusalém no ano 63 a.C., fez questão de visitar o templo, de cuja fama já tinha muito ouvido. Entrando no recinto fez questão de passar além do véu e penetrar no Santo dos Santos, para escândalo e consternação dos judeus que o seguiam. Pompeu esperava encontrar, oculta pelo véu, a imagem do Deus dos judeus, o Deus a quem ele atribuía a extraordinária alegria que possuíam e a resistência daquele povo através dos séculos a tantas guerras e derrotas. Mas nada encontrou no Santo dos Santos. Pompeu ficou maravilhado. Não podia entender um povo que não tinha uma imagem sequer e que tinha tornado o coração humano o santuário mais digno para seu Deus. Hoje com Deus no coração podemos influenciar muitos através da adoração real.
Sexta
Conclusão
Ao encerrarmos o estudo dessa semana podemos dizer que aprendemos muito a respeito da adoração com celebração que pode ser traduzida em nossa visão de verdadeiros cristãos, como um louvor santificado e sem exageros. Em algumas partes do mundo, no entanto, os cultos tomam verdadeira aparência de exagero. As pessoas pulam, gritam, rolam pelo chão, batem palmas de maneira descontrolada entre um louvor e outro e acreditam que estão possuídos pelo Espírito Santo.
Toda a solenidade do ritual do Santuário não impedia a expressão de alegria dos adoradores, principalmente quando estes recebiam bênçãos e as expressavam por meio de cânticos ou ofertas diante de Deus. Esse modelo mostra a conscientização do povo, quanto a presença do Deus eterno e nos oferece uma lição prática de como deve ser a nossa adoração hoje em dia.
Como forma de adoração e louvor na igreja, o apóstolo Paulo recomenda:
“E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações” (Colossenses 3:15, 16).
Quando as pessoas vêem que os membros da igreja não correspondem aos cultos, começam a inventar formas de atrair a atenção e, pela extravagância, tornam o culto corrompido diante de Deus. No tempo da irmã Ellen G. White havia uma pessoa que gostava de inventar e na hora do louvor fazia muita coisa esquisita, como se requebrar, se esticar todo, fazer caretas, gemer com a intenção de demonstrar que seu desempenho era sinal de adoração. No livro Mensagens Escolhidas, vol.3, pág. 333, ela escreveu:
“O irmão U tem bom conhecimento de música, mas a sua educação musical é de tal índole que se adapta mais ao palco de um teatro do que à solene adoração de Deus. Numa reunião religiosa, o ato de cantar é tanto uma adoração a Deus como o ato de pregar, e qualquer excentricidade ou traço de caráter esquisito chama a atenção das pessoas e destrói a séria e solene impressão que deve ser o resultado da música sacra. Qualquer coisa estranha e excêntrica no canto diminui a seriedade e o caráter sagrado do culto”.
“Deus é sublime e santo; e Sua casa na Terra, o lugar em que Seu povo se reúne para adoração é como a porta do Céu. O cântico de louvor e as palavras proferidas pelos ministros de Cristo são os meios indicados por Deus para preparar um povo para a igreja lá de cima, para aquela mais elevada adoração” (The Youth’s Instructor, 8 de outubro de 1896).
Podemos concluir dizendo que “Um coração afinado com Deus não pode fazer outra coisa a não ser cantar os seus louvores de forma afinada com o coração divino”. Isto será adoração real.
Oremos a Deus e peçamos que aceite nosso louvor, adoração e tudo que fazemos em Sua presença. Peçamos humildade para aceitarmos corrigir em nós aquilo que não está de acordo com Sua vontade. Que o Senhor nos abençoe.
“Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus; Sou exaltado entre as nações, Sou exaltado na Terra” (Salmos 46:10).
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