Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 03 – O Sábado e a Adoração

Comentários do Prof. Gilberto Brasiliano


Texto Central: “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas da sua mão”. (Salmos 95:6 e 7)

Meditação central: A verdadeira adoração tem o seu clímax no dia do Senhor, onde o adorador busca a face de Deus e Ele busca o coração do adorador.


Sábado
Introdução: Criação e Redenção

Lendo com atenção os versos 6 e 7 de Apocalipse 14, temos uma visão completa a respeito da adoração tendo como pano de fundo os temas da redenção e da criação. Ao nos aplicarmos no entendimento desse assunto procurando aplicá-lo à nossa vida cristã, estaremos dando o terceiro passo, que chamamos de santificação. Eis o texto:

“Vi outro anjo voando peto meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”.

A mensagem desse anjo nos coloca diante do plano da redenção simbolizado pelo evangelho eterno e sua divulgação diante do mundo todo. Conhecendo e aceitando esse evangelho somos conduzidos à necessidade da adorarmos o maravilhoso Criador, nosso Deus e idealizador da nossa salvação. O melhor de tudo è que todos esses assuntos relacionados com a adoração estão embutidos, inseridos dentro do quarto mandamento, em um tempo consagrado e direcionado para o sagrado relacionamento com Deus.

Ilustração: Certo pastor sentia aos sábados a ausência de muitos irmãos que só apareciam vez ou outra em alguns cultos à noite. Ele os aconselhava para que viessem no dia do Senhor, prestar-lhe adoração, porque era o memorial da criação e um momento de gratidão por nossa salvação. Ele costumava dizer na igreja: “Alguns crentes são como Nicodemos – só vem ver Jesus à noite!” Isto se aplica aos que negligenciam o culto matinal do sábado e freqüentam apenas os cultos noturnos ou vespertinos.

Nesse estudo da semana vamos olhar mais de perto a mensagem do primeiro anjo e relacioná-la com a adoração no dia do Senhor. Com isto poderemos obter conhecimento mais amplo para a verdadeira adoração a Deus.


Domingo
Criação e Redenção: O Fundamento da Adoração
(Êxodo 20:8-11; Deuteronômio 5:12-15; Colossenses 1:13-22)

“O sábado não é apresentado como uma nova instituição, mas como havendo sido estabelecido na criação. Deve ser lembrado e observado como a memória da obra do Criador” (Patriarcas e Profetas, pág. 307). A adoração do sábado de manhã deve começar na sexta-feira à noite.

Nota da Lição: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20:8). As palavras lembrar e memorial em hebraico vêm da mesma raiz hebraica, zkr. Quando Deus disse “lembra-te”, estava dando ao povo um memorial de dois grandes eventos, um deles sendo o fundamento do outro.

1. De acordo com o quarto mandamento, quais são esses dois eventos, e como eles estão relacionados entre si? Êx 20:11; Dt 5:15

Resposta: O sábado nos faz lembrar a CRIAÇÃO e a REDENÇÃO (libertação do pecado). O sábado liga os dois assuntos porque demonstra que realizou as duas obras em favor do Seu povo, e o Se preocupa com Seus filhos.

Não existe um outro tempo com tamanho significado, do que o santo sábado. Ele produz santificação e nos leva à gratidão e, conseqüentemente, à adoração. Somos profundamente beneficiados ao adorarmos a Deus no Seu santo dia, porque obtemos dois grandes benefícios: a bênção da presença divina em nossa vida e a santificação por meio da adoração.

“O Sábado deve ser lembrado e observado como a memória da obra do Criador. Apontando para Deus como Aquele que fez os céus e a Terra, distingue o verdadeiro Deus de todos os falsos deuses” (Patriarcas e Profetas, pág. 307).

2. Leia Colossenses 1:13-22. Como Paulo une claramente os papéis de Cristo como criador e redentor?

Resposta: Paulo disse que em Jesus temos a redenção dos pecados; Ele é o criador de todas as coisas; nEle tudo subsiste e somos reconciliados com Deus mediante Sua morte.

Como Paulo mencionou, não dá para separar da pessoa de Jesus essas duas características: Criador e Redentor. Assim, quando observamos o 4º Mandamento, somos levados a pensar em Jesus como nosso Criador e nosso redentor e libertador dos pecados.

Ilustração: O Salmo 150 constitui um ardente louvor a Deus. Segundo uma tradição, era este Salmo entoado em reuniões matutinas de sábado, porque exalta Deus como Criador. Os grandes pregadores utilizavam o Salmo 150 como um manual de louvor e adoração. O verso 6, especialmente, combina com a mensagem do 4º Mandamento, pois fala da criação e do louvor a Deus: “Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor”! Assim sendo, o louvor deve ser pelo milagre da criação e pelo poder da redenção. Louvemos, então, o nosso Criador e Redentor, o Senhor Jesus Cristo. Glória ao Seu santo nome!


Segunda
Lembra-te do Teu Criador
(Isaías 40:25-26; Isaías 44:15-20; Isaías 45:12; Isaías 45:18; Isaías 46:5-7; Colossenses 1:16-17; Hebreus 1:2)

O sábado é o memorial da criação. Nele devemos adorar o Criador e admitir que só Ele é capaz de criar por Sua palavra o tempo, o espaço, a energia e a matéria do invisível.

O sábado, como um memorial do poder criador de Deus, designa-O como o que fez os Céus e a Terra. Houvesse sido o sábado sempre observado de maneira sagrada, e nunca poderia ter havido um ateu ou idólatra” (Patriarcas e Profetas, pág. 336).

3. Compare Isaías 40:25, 26; 45:12, 18; Colossenses 1:16, 17; e Hebreus 1:2, com Isaías 44:15-20, e 46:5-7. Qual é a diferença entre Deus e os ídolos?

Resposta: Deus criou as estrelas; Deus fez a Terra e o ser humano; Jesus ó o criador de tudo; Jesus fez o Universo; o homem da árvore faz um ídolo; muitos fazem ídolos imóveis do ouro. Tudo nos mostra que Deus é o nosso criador, Ele mantém nossa vida e Se relaciona conosco de maneira viva. Os ídolos são uma falsificação e nada sabem; quem neles confia, está completamente cego e sem esperança, pois só Deus nos completa.

Aqueles que negam a existência do Deus criador, procuram satisfazer em outras fontes o desejo de adoração que sentem no íntimo da alma. Nessa ansiedade procuram substituir Deus por algo que muitas vezes não atende suas necessidades emocionais e espirituais, mas que a pessoa continua acreditando por ignorância, incredulidade ou puro desvio de inteligência, é o caso daqueles que criam ou crêem nas teorias da evolução, onde a figura do Deus criador é deixada de lado. Por trás disso tudo existe a figura de Satanás que tenta levar as pessoas a duvidarem da existência do verdadeiro Deus. Satanás pode, inclusive, provocar uma tragédia de grandes proporções como um terremoto, uma onda gigantesca para que as pessoas chocadas com a morte de milhares acreditem que Deus não existe e se existe não se importa com ninguém. Deus, porém, é um pai misericordioso.

Ilustração: Podemos dizer que o Universo foi feito por uma mente inteligentíssima. Apesar de muitos cientistas resistirem a essa ideia e proporem explicações evolucionistas para a origem do Universo, eles acabam sempre dando indicações da existência de um Criador. O físico e escritor Fred Heeren, em seu livro “Mostra-me Deus”, fala que o físico inglês e ateu Stephen Hawking ao falar do universo usava as palavras: “O universo foi sutilmente ajustado”. Em outras situações chegou a dizer que havia em tudo “uma certa força ou poder”. Quase que dizendo: “O poder de Deus”. Os homens criam teorias, mas no fundo caem no óbvio do poder criador de Deus.


Terça
Liberdade da Escravidão
(Deuteronômio 5:12-15; Romanos 6:16-23)

É uma ingratidão a pessoa se esquecer ou tratar mal quem lhe fez um beneficio grandioso ou que lhe tenha dispensado cuidados e proteção. Vejamos essa história:

Ilustração: César defendia-se com energia dos punhais dos senadores; mas, vendo seu próprio filho levantar o braço para o ferir, cobre com as mãos o rosto, e na mais pungente e inexprimível desolação, exclama: “Tu, também, Brutus?!” . Que monstruosa ingratidão desse filho! Todas as gerações terão sentimento de piedade por aquele pai que fez tudo pelo filho e jamais cessarão de censurar e detestar tão desventurado filho.

Assim também podemos avaliar que quando Deus providenciou a libertação do povo de Israel da escravidão egípcia e os conduziu pelo deserto, mostrou Sua superioridade como Deus, acima dos deuses egípcios. A libertação foi comemorada com a Páscoa e a redenção (cuidar deles no deserto) foi simbolizada pela guarda do sábado. O sábado os faria lembrar que não existia nenhum deus como o Criador do Céu e da Terra, declarado no quarto mandamento da Sua santa lei. Esquecer-se disto era por assim dizer, pura ingratidão e incredulidade.

4. Leia Romanos 6:16-23. Que promessas nos são oferecidas? Como isso se relaciona com o que o Senhor fez por Israel no Egito?

Resposta: Pela obediência obtemos a libertação do pecado; somos transformados de escravos do pecado em servos da justiça divina e conquistamos o direito à vida eterna e libertação da morte.

O que Paulo fala a respeito da escravidão no pecado se relaciona com a condição do povo de Israel no Egito. A libertação, por meio da poderosa mão divina, trouxe semelhança no ato poderoso e misericordioso feito por Jesus para nos libertar do pecado. Os filhos de Israel, quando se viram livres dos seus executores, tiveram uma atitude de júbilo expresso no cântico de Moisés como está em Êxodo 15:1 e 2, que diz assim:

“Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro. O Senhor é a minha força e o meu cântico; Ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, eu O louvarei; Ele é o Deus de meu pai; por isso, O exaltarei.

Se entendermos que nossa salvação foi, em verdade, uma libertação, devemos no sábado fazer de cada culto uma celebração e adoração a Deus pela graça a nós dispensada em Jesus. Jesus nos livrou da condenação da morte pelo pecado e nos deu salvação. Quem reconhece isso honra seu Criador e valoriza tudo que foi feito em favor dos pecadores.

Ilustração: Há uma história acerca de um médico que, em termos religiosos, escolheu denegrir o caráter e dignidade de Cristo como seu principal objetivo. Ele olhava o Salvador com tanto desrespeito que sempre falava d’Ele de uma forma humilhante chamando-O de “Filho do carpinteiro”. Com o tempo, o médico ficou doente de forma terminal. Durante as semanas anteriores à sua morte, ele ficou muito perturbado. Ele comentou com a pessoa que o estava a tratar: “Sou um homem moribundo e infeliz, e o que me aflige, acima de tudo, é que vou ter que ser julgado por um filho de carpinteiro!” O médico enfrentou o terrível futuro que aguarda todos que rejeitam Cristo. Mesmo nos seus últimos momentos de consciência, se ele tivesse confiado em Cristo como seu Salvador, ele poderia ter encontrado paz e recebido salvação eterna.


Quarta
Lembra-te do Teu Santificador
(Êxodo 31:12-17; II Coríntios 5:15)

No 4º Mandamento Deus nos pede que santifiquemos o dia de sábado pela observância e adoração a Ele, porque isto produziria um retorno de plena santificação para o adorador, porque foi esse atributo que Deus colocou nesse dia, através do Seu exemplo e da Sua presença.

5. Leia Êxodo 31:13. Qual é o significado do verso? Qual é a relevância disso para nós hoje? O que significa ser santificado por Deus? Como podemos experimentar esse processo em nossa vida?

Resposta: A guarda do sábado é a chave para a Santificação. Santo quer dizer separado. O Espírito Santo nos santifica quando separamos um tempo para adorarmos a Deus no dia do Senhor; é um sinal da aliança entre Deus e Israel, que viveu essa realidade. Pela comunhão com o Espírito Santo podemos também ser santos.

Tomar o dia do Senhor agradável é a tarefa de todos que amam a Deus. O sábado não pode se tornar um fardo, mas momentos de agradável relacionamento com Deus e com Seus filhos, na congregação que se dispõe a adorá-Lo. Quando adoramos a Deus no sábado enaltecemos Sua pessoa como Criador, Redentor e nosso amável Santificador

“Quando a lei foi proclamada no Sinai, as primeiras palavras do quarto mandamento foram: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”, mostrando que o sábado não foi instituído ali; mas aponta-se-nos a sua origem na criação. Se pudessem os homens ser levados a esquecer seu Criador, não fariam esforços para resistir ao poder do mal, e Satanás estaria certo de sua presa” (Patriarcas e Profetas, pág. 336).

6. Leia 2 Coríntios 5:17. Qual o plano de Deus para a criação arruinada pelo pecado? Como o sábado pode nos ajudar nesse plano de redenção? Como nossos cultos de adoração podem ajudar a realçar esse tema?

Resposta: Deus criou, o pecado arruinou e Jesus recriou o ser humano, através do Seu sacrifício. O sábado é sinal desses dois momentos. Quem aceita fica livre do pecado e é transformado. O culto no sábado nos faz adorar Aquele que nos libertou do pecado e nos recriou por Seu poder. Cada culto nos faz lembrar disso.

Deus só pode restaurar uma pessoa que se dispõe a aceitar Seu presente de salvação e santificação. Foi isso que aconteceu com o povo ao sair do Egito. Eles tiveram que fazer a escolha, entre servir a Deus, colocando o sangue na porta de casa ou ver o filho mais velho morto por causa da incredulidade. No deserto Ele mostrou que o sábado era tão somente para abençoá-los e santificá-los. Hoje, Deus pede de nós tão somente a nossa dedicação e adoração no Seu santo dia para nos santificar. Essa santificação tem a finalidade de tornar nossa vida um testemunho diante do mundo para que conheçam esse Deus santificador.

Ilustração: Um pastor contou acerca de um recém convertido que deu o seu testemunho num culto de sábado na igreja. Com alegria no seu coração, o homem relatou como ele tinha sido liberto de uma vida de pecado. Ele prestou ao Senhor toda a glória, tornando claro que ele não tinha feito nada para merecer a salvação. Agora se sentia pleno na presença do Senhor e já estava trabalhando pelo evangelho, tendo cinco amigos estudando a Bíblia, admirados com sua mudança de vida. A pessoa que conduzia a reunião perguntou ao convertido: “Nessa sua conversão, qual foi a parte de Deus e qual foi a sua parte?” O recém convertido deu um pulo e disse: “Minha parte? Eu direi. Durante mais de 30 anos fugi de Deus na velocidade que os meus pecados me puderam levar. Essa foi a minha parte. Mas Deus saiu em meu encalço e me apanhou. Essa foi a parte dEle”. Por isso, devemos crer que somos salvos pela graça, e apenas pela graça (Rom. 3:24). Não podemos fazer nada para merecê-la. No sábado reconhecemos isto e exaltamos Aquele que tudo fez por nós.


Quinta
Descansando na Redenção
(Mateus 11:28-30)

O sábado nos foi dado como um presente que atenderia muitas das nossas necessidades como seres humanos. Por isso Jesus disse estas palavras aos fariseus que O criticaram, quanto ao sábado, que indicavam o objetivo do sábado e do seu benfeitor: “E prosseguiu: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Marcos 2:27,28).

Ilustração: Um notável pregador do passado em seu tempo de estudante em Oxford, traçou para si mesmo um programa implacável de uso dos seus dias. Assim: domingo: Eloqüência e Oratória; segunda-feira: Matemática; terça-feira, História Clássica de gregos e romanos; quarta-feira: Lógica e Ética; quinta-feira: Hebraico e Árabe; sexta-feira: Metafísica e Filosofia Natural; Sábado: Deus somente.

7. Leia o convite de Jesus para o descanso, em Mateus 11:28-30. Como o sábado se encaixa com o que Jesus nos diz ali?

Resposta: Jesus nos convida para descansarmos em Seus braços; no descanso sabático podemos encontrar esse descanso, porque Jesus é o Senhor do sábado. Ele nos alivia a alma, nos santifica a vida e nos recria.

O 4º Mandamento è completo e abrangente em sua essência no que diz respeito ao objetivo para o qual foi instituído por Deus. Nele podemos ter a visão da criação, porque adoramos um Deus Criador em um dia considerado como “memorial da criação”. No sábado sentimos o perfume da redenção em Jesus, porque o sábado lembra a libertação do povo do Egito e nossa libertação do pecado neste mundo. Ainda nos leva à santificação pela presença divina Se manifestando pela Palavra nos cultos. Acima de todos esses santos benefícios, temos ainda o privilégio do descanso recriador que nos recupera de forma física, emocional e espiritual. No sábado devemos descansar até os nossos motivos seculares e assumir os espirituais. Sobre como o sábado deve ser santificado, temos a seguinte citação:

“Aqueles que no sábado discutem assuntos de negócios ou fazem planos, são considerados por Deus como se estivessem empenhados na própria transação de negócio. Para santificar o sábado não devemos nem mesmo permitir que nosso espírito se ocupe com coisas de caráter mundano” (Patriarcas e Profetas, pág. 307).

Ilustração: Em uma cidade há um homem que é um incansável obreiro de Deus. Embora trabalhe longas horas no comércio, dedica ainda tempo para a obra do Senhor. Bernardo é conhecido e respeitado em sua vizinhança como um homem piedoso. Contudo, nem sempre ele foi um homem de integridade. Um amigo dele contou que, no passado, visitou Bernardo várias vezes nos bares, para pôr fim às suas brigas entre ele e outro bêbado, como também foi visitá-lo algumas vezes na prisão para aconselhá-lo a deixar de bater na mulher e nos filhos. Então, um dia esse amigo levou Bernardo em um sábado à igreja, em um culto onde aconteceu um milagre glorioso. Ele aprendeu sobre o descanso de alma que só Jesus pode dar. Ficou encantado com a paz que as pessoas demonstravam no semblante e quis aquela paz para sua vida. Jesus veio ao seu lar e operou-se uma transformação. As bebidas alcoólicas, a linguagem de baixo calão, o mau gênio e as discussões saíram pela porta dos fundos, quando o Salvador entrou pela porta da frente, trazendo consigo amor, paciência e ternura. Bernardo é hoje um novo homem. Sua vida é diferente e mais feliz e seu testemunho tem levado outros a seguirem o mesmo caminho do descanso e da paz interior aceitando Jesus na vida. E tudo aconteceu em um sábado na casa do Senhor.


Sexta
Conclusão

Ao encerrarmos o estudo dessa semana devemos estar conscientes de que o aprendizado foi totalmente prático a respeito da adoração no dia do Senhor. Os temas da criação, redenção e santificação estão muito inter-relacionados dentro do 4º Mandamento e ao praticarmos o descanso com a visão de sinceros adoradores, seremos abençoados e santificados pela presença do Senhor no Seu santo dia.

Ilustração: Citando um filósofo pagão, o historiador Celso descreveu assim os costumes da adoração egípcia: “Se um estrangeiro chegar ao Egito, ele é levado aos suntuosos templos e aos bosques sagrados, nos quais vê grandes e magnificentes altares, templos maravilhosos, cerimônias ocultas e imponentes, mas quando penetra no interior do Santuário vê que os deuses adorados nesses templos são o gato, o macaco, o crocodilo, o bode, ou ainda o cão. Em tempos recentes têm sido descobertas no Egito muitas múmias de animais, que foram cuidadosamente embalsamados séculos atrás. Contrastando com animais nos santuários do Egito, por ordem divina, havia no lugar santíssimo do santuário de Israel, a arca do concerto com o querubim por cima dela – o símbolo do Deus invisível. Hoje temos o sábado como memorial da criação e em cujo tempo Deus é adorado manifestando Sua presença que santifica os Seus adoradores

A respeito da santidade do sábado, lemos: “Deus exige que Seu santo dia seja observado hoje de maneira tão sagrada como no tempo de Israel. A ordem dada aos hebreus deve ser considerada por todos os cristãos como um mandado de Jeová” (Patriarcas e Profetas, pág. 296).

Com isto em mente é preciso avaliar a forma como estamos nos comportando no dia do Senhor, inclusive dentro da igreja no horário do culto, que deveria nos trazer santificação e limpeza de maus hábitos e pecados que se acumulam em nós ao longo da semana.

Ilustração: Ao visitar um estaleiro, percebe-se algumas coisas impressionantes e principalmente a necessidade que os barcos têm de limpeza em seu casco. Uma “sujeira” que a gente não vê, faz uma diferença tremenda em seu desempenho e afeta, até, sua vida útil. Todo barco precisa de um tempo no estaleiro. Isto nos remete à nossa própria vida. Quantas coisas vão se acumulando em nosso “casco”; coisas que vão nos impedindo de correr mais rápido, de alcançar objetivos sonhados, coisas que prejudicam nosso desempenho como pessoas no lar, no trabalho, com amigos e na vida espiritual. Nossa tendência natural é nos entregarmos às muitas atividades, às rotinas que não nos permitem parar. Não dá, mesmo, nem para pensar. Enquanto isso, vão se acumulando em nossos “cascos” uma quantidade enorme de “limo emocional e espiritual”. Sabe quando tudo isto pode ser retirado? Quando estamos na casa do Senhor, no dia do Senhor. Ali é o nosso estaleiro espiritual onde Deus nos limpa e nos coloca em harmonia com a Sua santa vontade.

A cada sábado, acheguemo-nos à presença do Senhor com um novo propósito de adoração e mudança de nossas atitudes e hábitos. Oremos a Ele pedindo essa renovação que nos proporcionará descanso espiritual e, por conseqüência, descanso emocional. Que Deus nos abençoe!


“Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós” (Ezequiel 20:20).


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