Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 02 – Adoração em Êxodo: Compreendendo Quem é Deus

Comentários do Prof. Gilberto Brasiliano


Texto Central: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim.” (Êxodo 20:2-3)

Meditação central: Na verdadeira adoração há urna atitude de humildade e dependência da parte do adorador.


Sábado
Introdução: Adorar Conhecendo Deus

Se existe algo importante relacionado com a vida religiosa é o conhecimento de que estamos indo na direção certa quando se fala de adoração. Ê importante ter certeza de que o culto feito com solenidade, a devoção executada, as orações encaminhadas, o louvor prestado tem um Deus que recebe, ouve e aceita. Um Deus vivo, atuante e comprometido com seus adoradores.

Quando um dia o apóstolo Paulo chegou a Atenas, ele viu ali em um lugar chamado Areópago, um altar com um titulo curioso: “Ao Deus desconhecido”. No texto de Atos 17:22 e 23 diz assim: “Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos: porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: Ao Deus Desconhecido.” Também Jesus ao falar com a mulher samaritana disse-lhe: “Vós adorais o que não conheceis”.

É muito triste perder-se nesse labirinto religioso, adorando algo não pode dar aos adoradores o retorno devido. Por isso precisamos entender e compreender o Deus que adoramos; um Deus que é puro amor, como o apóstolo João disse: “Porque Deus é Amor” (1 João 4:8).

Em nosso tempo muitos são religiosos, mas adoram o que não pode trazer-lhes salvação, seja um amuleto, uma imagem, um lugar, um status, um tesouro, uma pessoa ou mesmo um fato sobrenatural. Por isso que esse conhecimento é tão importante.

Ilustração: Um testemunho dado acerca do presidente Jorge Washington dos Estados Unidos é muito saudável: “Muitas vezes sua casa em Monte Vernon, estava cheia de hóspedes. Mas se era dia de culto isso não era razão para que ele deixasse de ir ao culto na Igreja. Ele ia e convidava os hóspedes a acompanhá-lo, porque sabia a quem ia adorar: o Deus criador.”

Temos nós certeza a quem adoramos? Você conhece o seu Deus a quem honra e louva com sua boca? Sabe como Ele pode receber tua adoração e te responder? Vamos descobrir tudo isto nesse maravilhoso estudo. Que o Senhor nos inspire para tal!


Domingo
Terra Santa
(Êxodo 3:1-15)

Quando Deus quer se revelar a nós, geralmente nos dá uma grande visão da sua presença. Pode ser em um testemunho que ouvimos, em uma mensagem que lemos da Bíblia, em uma pregação que fala ao nosso coração ou mesmo quando o Espírito Santo toca nossa consciência. Para Moisés embrutecido pela rudeza das montanhas e do trato com os animais o Senhor mostrou-lhe algo jamais visto, algo sobrenatural: Uma planta envolvida em fogo sem ser consumida. Por esse elemento fora do comum, Deus mostrou a Moisés seu poder e sua glória.

1. Leia Êxodo 3:1-15. Que elementos fundamentais da verdadeira adoração podem ser vistos nesses versos?

Resposta: Ao tirar as sandálias, Moisés demonstrou reverência; ficou maravilhado e cheio de temor; reconheceu sua inferioridade e sua condição de pecador, cobriu o rosto e ouviu.

Podemos perceber o quanto precisamos aprender sobre a adoração verdadeira nesse episódio, pois quantas vezes fazemos do culto a Deus, um momento de descontração e encontro de amizade com outras pessoas. Moisés viu a glória de Deus e ficou admirado, caiu prostrado e mostrou reverência solene, pois sabia que estava na presença daquele que é “fogo consumidor” como diz Hebreus 12:29. Moisés sentiu sua pequenez, reconheceu sua pecaminosidade diante da Santidade do Deus eterno, mas sentiu-se reverentemente à vontade para conversar com o Senhor e ver a bondade e misericórdia reveladas na aceitação da sua presença e no diálogo que se seguiu. Uma adoração verdadeira permite a expressão do adorador e também a reverência para ouvir a voz de Deus, através da sua Palavra.

Esse episódio entre Deus e Moisés nos remete a um contexto importante na adoração: Na adoração Deus nos perdoa os pecados e nos justifica. Na adoração Ele nos liberta da escravidão do pecado desse Egito moderno que é o mundo em que vivemos. Na adoração somos levados ao exercício da lembrança de que Jesus é o nosso salvador.

Ilustração: Adoração é reconhecimento e reverência: Conta-se que certa vez o príncipe Conde, em Paris, entrou numa igreja e se assentou ao lado de um jovem teologando, cuja atitude reverente e discreta lhe chamou a atenção. “Este moço”, pensou, “deve ser muito sábio, pois em geral se juntam na mesma pessoa o saber e a piedade.” Dirigiu-lhe, pois, ali mesmo a palavra, perguntando: – “Que é que o senhor aprende no Seminário?” O interpelado nada respondeu. Julgando o príncipe não haver sido compreendido, tornou a perguntar: – “Que aprende o senhor no Seminário?” Novamente silêncio. Mais uma vez o interpelou o príncipe, com a mesma pergunta. O jovem ergueu a cabeça e respondeu, sussurrando com bondade: – “Aprendemos a ficar calados na presença gloriosa de Deus!”. O príncipe entendeu o recado.


Segunda
A Morte dos Primogênitos: Páscoa e adoração
(Êxodo 12:1-36)

“Respondam-lhes: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas quando matou os egípcios”. Então o povo curvou-se em adoração” (Êx 12:27, NVI).

A Bíblia menciona o livramento do povo de Israel do Egito e diz que o povo obedeceu a Deus e viu a libertação se tornar realidade. O texto diz que o povo adorou a Deus com gratidão e reconhecimento do milagre obtido. Foi a páscoa onde a morte do cordeiro trouxe libertação.

2. Leia a história daquela primeira noite de Páscoa, em Êxodo 12:1-36. Como esses versos revelam o evangelho, que deve ser o centro de toda a nossa adoração?

Resposta: Os israelitas mataram o cordeiro e colocaram o sangue nas ombreiras e vergas da porta para salvar os primogênitos. O sangue do cordeiro representava o sangue de Jesus que morreu para nos salvar e nos libertar do pecado.

Se entendermos o simbolismo da páscoa executada ali no Egito, poderemos aceitar a ideia de que se o cordeiro, pelo seu sangue impediu a morte dos primogênitos, poderemos estender essa verdade para nossa adoração hoje, vendo em Jesus o nosso salvador como “o cordeiro que tira o pecado do mundo”, como João Batista mencionou. Seu sangue nos salvou e isto deve nos levar à gratidão e conseqüente adoração.

Ilustração: Quando os russos passaram a perseguir os cristãos, soldados andavam pelos espaço virtuals matando a todos que eram denunciados como crentes, Uma família estava à mercê dos soldados, pois haviam entoado um hino de louvor e vizinhos denunciaram a família. O pai estava viajando e a mãe e os 3 filhos se esconderam na laje onde a mãe lavava roupas. Ao estarem ali, o menino mais velho teve uma ideia inspirada no sangue do cordeiro e que poderia salvá-los naquela emergência, já que os soldados se aproximavam para destruí-los. O menino entrou dentro de casa e revirou tudo com muita rapidez, depois pegou seu cordeiro de estimação, levou-o para cima da lage e sacrificou-o sangrando sua garganta em cima da laje e deixando o sangue escorrer de forma abundante pelos degraus. Quando o grupo de soldados chegou naquela casa, viram que ela estava vazia e toda revirada e ao olharem para a laje, viram muito sangue escorrendo pelos degraus e se convenceram de que outro grupo de soldados já havia se antecipado e passado por ali. Então, foram embora e a família se regozijou e agradeceu a Deus pelo livramento através do sangue daquele inocente cordeiro. Logo, foram levados a um sentimento de gratidão e, ajoelhados, adoraram a Deus, agradecendo por Jesus ter sido o nosso salvador morrendo em nosso lugar.


Terça
Não Terás Outros Deuses
(Êxodo 20:1-6)

Vale a pena deixar registrado como foi o emocionante aparecimento do Senhor no monte Sinai quando estava para dar os Mandamentos ao Seu povo.

“Na manhã do terceiro dia houve trovoadas e relâmpagos, uma nuvem escura apareceu no monte, e ouviu-se um som muito forte de trombeta. E todo o povo que estava no acampamento tremeu de medo. Moisés os levou para fora do acampamento a fim de se encontrarem com Deus, e eles ficaram parados ao pé do monte. Todo o monte Sinai soltava fumaça, pois o Senhor havia descido sobre ele no meio do fogo e todo o povo tremia muito. O som da trombeta foi ficando cada vez mais forte. Moisés falou, e Deus respondeu no barulho do trovão” (Êxodo 19:16-19).

3. Examine Êxodo 20:1-6. Que pontos importantes sobre adoração podemos tirar desses versos?

Resposta: O povo se preparou para esse momento no qual Deus Se mostrou como o libertador e mostrou-lhes que a adoração deve ser feita só a Ele e a mais nada nesta vida. Sua misericórdia é que nos leva a adorá-Lo.

Nesse encontro glorioso com Deus, o povo ficou muito surpreso com a presença divina e como o monte tremia muito, eles também passaram a tremer. Se Moisés não os tivesse preparado para esse encontro, eles não resistiriam à Santidade divina.

“O Senhor deu, então, a Moisés, orientações expressas no que concernia à preparação do povo para Ele aproximar-Se deles, a fim de ouvirem o anúncio de Sua lei, não por anjos, mas por Ele mesmo. Disse o Senhor a Moisés: Santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles os seus vestidos; e estejam prontos para o terceiro dia: porquanto o Senhor descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte de Sinai” (História da Redenção, pág. 138).

4. Como esse contexto nos ajuda a entender melhor o que o Senhor disse em Êxodo 20:4, 5? Como podemos aplicar esse princípio em nossa vida?

Resposta: Não devemos adorar ídolos de fabricação humana, pois são representações inúteis que só provocam a ira divina quando tentamos substituir o Deus verdadeiro por eles. Devemos nos afastar destes ídolos.

Como somos imperfeitos caímos freqüentemente no erro de deixar a adoração a Deus por ídolos modernos, seja uma pessoa, um objeto, uma condição, um sentimento. Tudo o que nos afasta da verdadeira adoração a quem tanto devemos, se constitui um ídolo que acariciamos e que pela ingratidão, provoca Aquele que tudo fez para nos salvar.

Ilustração: Uma mulher mantinha o seu carro como no dia em que o comprou. Um dia a sua garagem incendiou, e os seus vizinhos tiveram que impedi-la de correr para o meio das chamas para salvar o seu carro. Ao explodir, ela compreendeu que quase sacrificou a sua vida pelo carro. Aquilo se tinha tornado um ídolo para ela. Ou considerem, então, uma pessoa viciada em tecnologia que acrescenta mais um equipamento eletrônico a uma casa já bem equipada. Se qualquer outra coisa senão Deus tomar o primeiro lugar nas nossas vidas, então é um ídolo. Um ídolo é tudo aquilo que toma o legítimo lugar de Deus.


Quarta
“Estes São Teus Deuses”
(Êxodo 32:1-6)

Depois do momento glorioso em que Deus Se revelou ao povo no monte, Ele pediu que Moisés subisse ao monte. Ele foi com Josué e a nuvem se abriu e os envolveu.

“No sétimo dia, que era o sábado, Moisés foi chamado para dentro da nuvem. A espessa nuvem abriu-se à vista de todo o Israel, e a glória do Senhor irrompeu semelhante a um fogo devorador. Moisés entrou no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites” (Patriarcas e Profetas, pág. 313).

5. Leia Êxodo 32:1-6 e responda às seguintes perguntas:

a) Que evento catalisador primeiramente abriu o caminho para essa poderosa expressão de falsa adoração? Como adventistas do sétimo dia, que lições devemos tirar disso?

Resposta: Moisés subiu ao monte e ficou mais de 40 dias. Sem seu líder e contaminado com a idolatria egípcia, o povo pediu que Arão fizesse deuses que fossem adiante deles. Não devemos criar falsos deuses apenas para atender o clamor de pessoas influenciadas pelo mundanismo.

Algumas coisas são inaceitáveis, principalmente aquelas que entendemos como fora da lógica, como essa do povo pedir um deus para adorar, depois de ter ficado frente a frente com a glória divina e tremido diante do Seu poder. Arão foi pressionado e cedeu facilmente. Devemos cuidar para que nem na nossa família e nem na igreja venhamos a ceder à pressão daqueles que querem, de uma forma ou outra, mudar ou corromper a adoração verdadeira a Deus.

b) De que foi feito esse falso deus, e o que isso diz sobre quanto é infrutífero esse tipo de adoração?

Resposta: Eles doaram ouro para Arão fazer um ídolo, um bezerro e o pior é que atribuíram ao falso deus o milagre de havê-los tirado do Egito.

Arão deveria ter sido mais firme para mostrar ao povo a loucura que estavam fazendo. Vencido pela pressão e temendo ser morto, sugeriu a fabricação do ídolo.

c) Como a adoração do bezerro de ouro contrasta com a adoração ao Senhor?

Resposta: A adoração a Deus é solene, inclui reverência; o adorador assume uma postura humilde. A adoração idólatra inclui folia. No caso do bezerro, houve barulho, música alta, danças sensuais, bebidas, glutonaria, diversão e confusão geral. A diferença é total.

A pior idolatria é aquela na qual a pessoa tenta substituir a adoração a um Deus real, por uma fantasia, uma aberração, uma imitação infeliz que o levará ao inferno.

Ilustração: Segundo um poeta inglês Oliver Reynolds, havia em uma cidade um ancião que tinha em sua casa um altar da família onde queimava incenso para uma imagem de Napoleão. Quando lhe perguntaram por que adorava aquele retrato como a um Deus, o tal homem contestou dizendo que adorava qualquer coisa, desde que ele se sentisse bem com isto. Que absurdo! Alguém venerar uma foto de Napoleão! Imagine queimar incenso diante do retrato de um ser humano morto que não pode ter nenhum relacionamento significativo com seus adoradores! Essa é, por assim dizer, a pior de todas as idolatrias. É o auto-engano, é a escuridão espiritual.


Quinta
“Mostra-me a Tua Glória”
(Êxodo 33:12-23)

Depois de tamanha traição quanto à adoração e ao reconhecimento do que Deus lhes fizera até ali, o povo ouviu de Moisés a devida repreensão, mostrando-lhes que aquele ato era passível de conseqüências. É o que vemos no texto de Êxodo 32:30-33:

“No dia seguinte, disse Moisés ao povo: Vós cometestes grande pecado; agora, porém, subirei ao Senhor e, porventura, farei propiciação pelo vosso pecado. Tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste. Então, disse o Senhor a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim”.

O povo pecou desonrando o nome do Deus que tanto batalhou por eles, que os guiou até ali com um poder tão sobrenatural que os habitantes em redor estavam espantados e temerosos diante desse povo. O diabo os levou a pecar para que fossem destruídos por Deus e, assim, o nome do Criador fosse jogado na lama da incredulidade e do preconceito. Moisés, porém, rogou pelo povo.

“Intercedendo Moisés por Israel, desapareceu-lhe a timidez ante seu profundo interesse e amor por aqueles, em favor dos quais havia sido nas mãos de Deus, o meio para se fazerem tão grandes coisas” (Patriarcas e Profetas, pág. 319).

6. Leia Êxodo 33:12-23. Por que Moisés pediu que Deus lhe mostrasse Sua glória? O que Moisés queria conhecer? Por que ele acreditava que necessitava dessas coisas?

Resposta: Moisés pediu que Deus não se apartasse do povo e que os acompanhasse sempre. A outra coisa que pediu foi: “Quero ver tua Glória!” Ele queria conhecer intimamente a pessoa de Deus; ao pedir esta manifestação ele queria ter a certeza e a segurança de que Deus iria com eles, diante dos desafios da jornada até chegarem ao descanso da terra prometida.

Moisés temia os perigos da viagem até a terra prometida. Havia perigos internos e perigos externos. Se Deus não estivesse com eles, o fracasso seria certo. De certo modo, pedir para ver a glória, a face de Deus, foi uma ousadia baseada na comunhão que Moisés mantinha com Deus sobre o monte. No entanto, Ele (Deus) convenceu-o sobre essa impossibilidade, por causa da natureza humana que é pecaminosa diante de um Deus Santo. Foi por isso que disse a Moisés que iria mostrar-lhe Sua bondade. Hoje devemos saber que Deus quer ser reconhecido por nós mais por Sua bondade do que pelo Seu poder. Por isso disse a Moisés: “Vou mostrar-te toda a minha bondade”. Moisés viu essa bondade e sua vida foi iluminada.

Ilustração: Em Novembro de 2001, muitas pessoas em todo o mundo regozijaram-se quando oito prisioneiros foram libertados após 3 meses cheios de tensão ao estarem detidos no Afeganistão. Eles foram acusados de “pregar o Cristianismo” o que era crime punido de morte. Depois de terem sido libertos, eles caminharam pela rua e foram acolhidos com abraços e apertos de mão. Quando chegaram ao Paquistão, tiveram uma recepção rejubilante (com grande alegria). E de volta ao Texas, houve uma celebração de júbilo na igreja dos prisioneiros. Ali na igreja muitos membros que tinham estado envolvidos numa vigília de oração juntaram-se aos resgatados em grande alegria de adoração e gratidão a Deus. Hoje, em nossa vida cristã, temos visto Deus nos acompanhar e atuar com poder, nos dando grandes motivos de gratidão e adoração.


Sexta
Conclusão

Encerrando o estudo desta semana precisamos ter a certeza de que aprendemos as formas corretas de exercitarmos uma verdadeira adoração diante do nosso grande Deus. Não podemos de forma alguma ter, manter ou admitir algumas atitudes mostradas por adoradores que não combinam com a solenidade e a reverência que devemos ter diante do Criador do Universo.

Devemos assumir uma postura de humildade e reverência para que o culto seja aceito por Deus como digno da Sua presença que é invocada para estar no templo. Os que dirigem os cultos, os que recolhem as ofertas, os que cantam e os que pregam devem ser condicionados a estarem nesta sintonia de adoração reverente, porque estamos sempre diante dAquele que recebe no Céu toda honra e glória, na presença do qual, os anjos cobrem o rosto com suas asas.

Ilustração: William Temple escreveu: “Adorar é despertar a consciência pela santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade do Senhor, purificar a imaginação pela beleza do Criador, abrir o coração para o amor do Pai, e devotar a vontade aos propósitos divinos”.

A reverência nos cultos mostra o grau de importância que atribuímos à adoração a Deus a quem tudo devemos. O reconhecimento nos leva ao louvor, ao testemunho e a ficarmos acordados durante a ministração da Palavra. Infelizmente alguns dormem, por pura preguiça e desonram a Deus durante o culto. Olha o que aconteceu no passado…

Ilustração: Nos dias coloniais da América do Norte, era costume nas igrejas dos puritanos, impedir que os crentes dormissem nos cultos, em geral bastante longos. Um diácono da Igreja tinha nas mãos uma vara com uma pena numa das extremidades e uma bola de madeira na outra. Quando uma senhora ou moça cochilava, o diácono passava-lhe a pena por baixo do queixo; quando era um homem ou rapaz, batia-se-lhe com a bola na cabeça. Desse jeito ninguém dormia na igreja…

“Deus deve ser grandemente reverenciado; todos os que em verdade se compenetram de Sua presença, prostrar-se-ão com humildade perante Ele, e, como Jacó, ao contemplar a visão de Deus, exclamarão: Quão temível é este lugar! Este não é outro lugar senão a casa de Deus; esta é a porta dos Céus” (Patriarcas e Profetas, pág. 252).

Prestemos sempre um culto diferente ao nosso grandioso Deus. Pensemos em Sua glória que virá até nós, enquanto O adoramos durante o culto ou mesmo em outras programações da Igreja, que não são menos sagradas. Peçamos ao Senhor em oração que nos aceite como adoradores e nos ensine a exercermos verdadeira reverência. Louvado seja o Seu nome e a Sua bondade. Amém!


“O Senhor, porém, está no Seu santo templo; cale-se diante dEle toda a Terra?” (Habacuque 2:20).


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