Comentários do Pr. Albino Marks
Texto Central: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de Mim.” (Êxodo 20:2-3)
Sábado
Introdução
Como adoramos nós a nosso Deus? Como você O adora? Compreendemos realmente o que significa apresentar-se na presença de Deus? Conhecemos Àquele a quem adoramos e é Ele real para nós?
Por que você vem à Igreja? Para adorar ou porque já se tornou habitual a sua visita a este lugar? Ou porque não tem outra opção melhor para esta hora? Ou apenas para rever amigos? Rever amigos faz parte da adoração, mas podemos correr o risco de limitar nossa vinda até este lugar apenas a este encontro.
Nos dias de Jesus, uma mulher samaritana procurou entender o ato de adoração, e colocou a questão perante o Mestre:“Nossos antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde devemos adorá-lo”.– Jo 4:20 – Bíblia na Linguagem de Hoje.
O que é importante no ato de adoração: o lugar, a maneira ou Aquele a quem adoramos? A sua maneira de adorar, depende do lugar e das motivações deste lugar? No monte, com suas árvores frondosas, rochas, visão ampla? Ou em belo templo? Jesus declarou:O Pai quer adoradores que o adorem em espírito e em verdade.
O lugar não é o centro do ato de adoração; o centro do ato de adoração é Aquele a quem adoramos. O lugar não é o apelo para o ato de adoração, mas a presença dAquele a quem adoramos. Uma noite, em lugar solitário, Jacó estava dormindo sob o teto de uma árvore, e tendo uma pedra com alguns panos como travesseiro, quando despertou sob o impacto de uma visão gloriosa:“De fato o Deus Eterno está neste lugar, e eu não sabia disso”.– Gn 28:16 – BLH.
Será possível, você estar na augusta presença do Soberano do Universo e não saber disso?
Pense: “Mulher, creia em mim – disse Jesus – Chegará o tempo em que ninguém vai adorar a Deus nem neste monte nem em Jerusalém. Vocês, samaritanos, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus. Mas virá o tempo, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem. Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade”.– Jo 4:21-24. Bíblia na Linguagem de Hoje.
Desafio: “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”.– Jo 4:24 – Nova Versão Internacional.
Domingo
Terra Santa (Êxodo 3:1-15)
Moisés, no deserto de Midiã, estava apascentando seu rebanho como de costume, quando observa um arbusto em fogo, mas não se consumindo. Ao intentar ver de perto o estranho fenômeno ouve uma voz:“Moisés, Moisés,… pare aí e tire as sandálias, pois o lugar onde você está é um lugar sagrado”.– Êx. 3:4 e 5 – Bíblia na Linguagem de Hoje.
Lugar santo? Como assim? Ainda ontem passei com minhas ovelhas por ali!
Você consegue ver a sarça ardente da santidade da presença de Deus no lugar onde adora? Como você entra neste recinto? De maneira indiferente ou com respeitosa reverência? Tire as sandálias,“cuida de teus passos quando vais à Casa de Deus”.– Ec 4:17 – Bíblia de Jerusalém. (5:1) O lugar é santo; o Deus vivo e santo está presente.
Como você se conduz neste local? Como em qualquer lugar comum, ou consegue sentir a presença do Invisível?“O Deus Eterno está no seu santo Templo; que todos se calem na sua presença”.– Hc 2:20 – Bíblia na Linguagem de Hoje. A sua adoração centraliza-se na presença do Invisível ou naquilo que acontece durante o serviço litúrgico.
Importante também é a maneira como adoramos. A verdadeira adoração é racional, inteligente e fundamentada em princípios orientadores.
Os sentimentos não são um guia seguro para o ato de adoração, porque mudam como as nuvens. A adoração genuína precisa assentar-se sobre alicerce mais firme. O adorador vem para adorar, independente de tudo o que possa acontecer. O adorador apresenta-se perante seu Criador e Mantenedor reconhecendo sua permanente dependência. Esta postura é fundamental para adorar de maneira genuína.
Pense: “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” “Adorai ao Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele todas as terras”.– Sl 95:6 e 96:9 – Almeida Revista e Atualizada.
Desafio: “Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em você está é terra santa”.– Êx 3:5 – Nova Versão Internacional.
Segunda-feira
A Morte dos Primogênitos: Páscoa e adoração (Êxodo 12:1-36)
A libertação de Israel da escravidão do Egito, tipifica a libertação do povo de Deus da escravidão do pecado sob o domínio de Satanás. Naquela noite da passagem do anjo destruidor, mas que também era o anjo libertador, os israelitas imolaram o cordeiro, colocaram o sangue nos umbrais das portas e passaram as horas de espera em reverente adoração e participando do cordeiro pascal.
Da mesma maneira, quando a escura noite do pecado estiver chegando ao seu fim, o povo de Deus estará sob o abrigo do sangue de Jesus, e verão com alegria o raiar da manhã da redenção.
No entanto, aqueles que rejeitaram e que rejeitam a adoração ao Deus eterno e ao Senhor Jesus “o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda”.– 2Ts 2:8 – Nova Versão Internacional.
Em Israel, o primogênito de seus filhos foi poupado porque o sangue típico do Primogênito Filho de Deus, que viria para verter Seu sangue, foi a garantia de vida para os filhos dos israelitas fiéis.
Assim também, na consumação da história do pecado, todos aqueles que depositaram a sua fé e esperança no sangue do Cordeiro morto antes da fundação do mundo, (1Pe 1:20), receberão a recompensa de vida eterna por Sua morte substituta.
E através de toda a eternidade exaltarão o Seu glorioso Nome em permanente adoração por tão grande livramento.
Pense: “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”.– Ap 22:14 – Almeida Revista e Atualizada.
Desafio: “Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos”.– Ap 15:4 – Nova Versão |Internacional.
Terça-feira
Não Terás Outros Deuses (Êxodo 20:1-6)
Adorar em espírito e em verdade é render a vontade ao controle da vontade do Deus Eterno para que este opere o seu querer.
Se o adorador traz consigo qualquer outro motivo – ouvir um belo discurso para agradar a seus ouvidos; não, você não vem para ouvir o pregador, você vem para adorar. Quando você vem para adorar, não questionará o pregador, porque quem quer que seja, será o porta-voz do Deus vivo que você adora. Apresentar-se e desfilar como em passarela, para ser visto pelos presentes, é um motivo muito mal colocado para vir à casa de adoração; fazer críticas ao programa de adoração – estes e outros motivos semelhantes, – certamente corrompem o significado do ato de adoração. São outros deuses que ocupam o lugar que unicamente pertence ao Deus Criador e Salvador.
Para desenvolver uma adoração genuína, o preparo começa em casa: Quando o adorador entende que irá à presença do Deus vivo – a razão de sua vida e esperanças gloriosas – o preparo para este ato começa em casa. O preparo manifesta-se em uma necessidade do ser humano que não satisfeita transforma-se em anseio angustiante – sede. Sede intensa e o desejo de satisfazê-la. É a busca da bênção.
Já tivestes alguma vez sede bem aguda? Oh, o salmista tinha sede de Deus, do Deus vivo, para adorá-lo com todo o amor e com todas as forças de sua alma. A adoração genuína induz ao preparo para ir à presença de Deus.
A adoração passa a ser um encontro de dois anseios – de Deus e do homem. Nesta adoração não há lugar para outros deuses.
Pense: “Como a corça bramindo por águas correntes, assim minha alma está bramindo por ti, ó meu Deus! Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando voltarei a ver a face de Deus?”– Sl 42:1 e 2 – Bíblia de Jerusalém.
Desafio: “Alegrei-me com os que me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor'”.Sl 122:1 – Nova Versão Internacional.
Quarta-feira
“Estes São Teus Deuses” (Êxodo 32:1-6)
Quando estudamos as experiências do passado, surpreendemo-nos com a facilidade com que o povo se afastava de Deus. Quarenta dias foram suficientes para esquecer Moisés e a Deus que de modo maravilhoso os guiara até ali.
O apelo ao sentimentalismo – tragam os seus brincos de ouro – mudou totalmente o rumo da adoração e degenerou em depravação.
Quando interferências estranhas se interpõem no ato de adoração, complicam todo o processo. Os sentimentos podem até conduzir-nos a um estado de êxtase, o que não significa que isto é fruto do Espírito Santo.
“Se trabalharmos para criar excitação do sentimento, teremos tudo quanto queremos, e mais do que possivelmente podemos saber como manejar. Calma e claramente ‘prega a palavra’. Importa não considerar nossa obra criar excitação.
“Unicamente o Espírito de Deus pode criar um entusiasmo sadio. Deixai que Deus opere, e ande o instrumento humano silenciosamente diante dÊle, vigiando, orando, olhando a Jesus a todo momento, conduzido e controlado pelo precioso Espírito que é luz e vida”. – Mensagens Escolhidas, vol. 2 págs. 16 e 17.
Deus apela à razão e coloca perante o adorador conceitos que devem conduzir a decisões. Paulo argumenta: Ofereçam a Deus um culto racional. (Rm 12:1).
O diabo tentou Jesus, apelando aos sentimentos:“Se tu és o Filho de Deus… Tudo isso te darei, se prostrado me adorares”.– Mt 4:3, 6 e 9. – Colocando em dúvida a divindade e a eternidade de Jesus, o diabo procurou abalar os Seus sentimentos. Jesus colocou a questão no terreno racional: Nem só de pão viverá o homem. Fez o mesmo, em relação ao ato de adorar: Somente um, o Senhor Deus, merece adoração.
Pense: “O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar a farra”. – Êx 321:6 – Nova Versão Internacional.
Desafio: “Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador”. – Sl 95:6 – Nova Versão Internacional.
Quinta-feira
“Mostra-me a Tua Glória” (Êxodo 33:12-23)
Qual o propósito divino na criação do homem? Ele mesmo responde:“A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória, e que formei e fiz”.– Is 43:7 – Almeida Revista e Atualizada. Ele criou o homem para a Sua glória. Mas o que é a glória de Deus? Moisés, em meio ao tremendo fardo de sua tarefa, pede a Deus:“Rogo-te que me mostres a tua glória”.– Êx 33:18. O Senhor mostrou a Sua glória, e Moisés teve uma impressiva revelação do caráter de Deus: compassivo, clemente, longânimo, misericordioso, fiel, pleno de graça, amor, perdão e justiça justificadora. ( Êx 34:6 e 7).
Nos atributos assim revelados, teve Moisés a visão de um ser glorioso, uma Pessoa. Não um igual a ele, mas alguém: “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. – Is 9:6. Tudo o que ele necessitava para a sua árdua tarefa, encontra-se em superabundância naquela Pessoa. A revelação atuou como um raio fulminante sobre Moisés, dobrando-o humilde e contrito ante a Majestade eterna:“E imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou”.– Êx 34:8.
A gloriosa revelação era a de Alguém maior do que ele. A contemplação da glória do caráter de Deus, mostrou-lhe em cores vivas, a pecaminosidade e dependência do homem e a graça e a justiça perdoadora e justificadora de Deus. Tocado por esta visão gloriosa, suplica em profunda adoração e contrição: “Perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado, toma-nos por tua herança”. – Êx 34:9. – Almeida Revista e Atualizada.
Pense: “Em Sua vida e ensinos, Cristo deu um perfeito exemplo do abnegado ministério que tem sua origem em Deus. Deus não vive para Si. Criando o mundo, mantendo todas as coisas, Ele está constantemente ministrando em benefício de outros”. – Desejado de Todas as Nações. pág. 625, ed. 1979.
Desafio: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória”. – Is 6:3 – Nova Versão Internacional.
Sexta-feira
Estudo Adicional
“A cada reunião religiosa devemos levar a viva consciência espiritual de que Deus e os anjos estão presentes, a fim de cooperar com todos os verdadeiros crentes. Ao transpor as portas da casa de Deus, pedi ao Senhor que vos afaste do coração tudo o que é mau. Introduzi em sua casa somente o que Ele possa abençoar. Ajoelhai-vos diante de Deus, em Seu templo, e consagrai-lhe aquilo que Lhe pertence e que Ele adquiriu com o sangue de Cristo. Orai a favor da pessoa que dirigirá a reunião. Orai para que grande bênção advenha à congregação, por meio daquele que deve ministrar a palavra da vida. Esforçai-vos fervorosamente para alcançar vós mesmos uma bênção. Deus abençoará todos quantos dessa maneira se preparam para o Seu culto, e eles compreenderão o que significa ter o penhor do Espírito”. – Testemunhos Seletos, Vol. III – págs. 28 e 29.
Quando a adoração é um encontro ansiado, ele traz outro elemento importante: “Fiquei muito alegre quando me convidaram, dizendo: vamos até a casa do Senhor!” – Sl 122:1 – Bíblia Viva.
Vamos para o lugar de adoração com muita alegria, felizes por que nosso fardo de pecados será totalmente aliviado; nossa sede pela comunhão com o maior e melhor Amigo será plenamente satisfeita.
Como você adora? Você sabe o que adora? A alegria da salvação transborda de seu ser em hinos de exaltação ao seu Criador?
Alegria quando se dirige para o local de adoração; alegria no desfrutar da comunhão do Deus vivo, doador generoso de todos os benefícios; alegria ao volver para casa depois de um feliz período na presença do Deus Eterno.
Pense: “Quando todas as outras vozes silenciam e em sossego esperamos perante Ele, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus. Somente assim se pode encontrar o verdadeiro descanso. E é essa a preparação eficaz para todo trabalho que se faz para Deus”. – Desejado de Todas as Nações, pág. 363.
Desafio: “Melhor é um dia nos teus átrios do que mil noutro lugar; prefiro ficar à porta da casa do meu Deu a habitar na tenda dos ímpios”. – Sl 84:10 – Nova Versão Internacional.
Fonte: Publicado originalmente em https://www.escolanoar.org.br
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