por: Ivair Augusto Costa
“Já que vocês são o povo de Deus, não esta certo que a imoralidade, a indecência… sejam, nem mesmo, assuntos de conversa entre vocês. Estejam certos disto: nenhuma pessoa imoral, indecente … jamais receberá a sua parte no reino de Deus” Efésios 5:3-5
O princípio bíblico nos orienta a não conversarmos sobre assuntos imorais, muitos menos nos envolvermos em danças e ouvir músicas erotizadas.
Torna-se mais grave a tendência de trazermos certos ritmos para o louvor dentro da igreja. Como já dissemos certos estilos musicais são consagrados como mundanos; não que foram assim rotulados, mas que a origem de tais músicas saíram da mente perversa do inimigo de nossas almas.
Como haveremos de apresentar diante da Santidade Divina, louvores que foram extraídos de uma fonte musical não santificada?
Muitos justificam que esse é um meio de mantermos nossos jovens dentro da igreja; mas os jovens Nadabe e Abiu, filhos de Arão não foram poupados por entrarem na presença Santa de Deus com um´fogo estranho´.
Não pensemos que Deus não se importa, ou age de maneira diferenciada em nossos dias, pois o destino daqueles que se permitem trazer elementos estranhos ao culto a Deus será o mesmo de Nadabe e Abiú. Não temos poder em nossas congregações e manifestações como nos dias apostólicos, porque a reverência e o senso de sagrado foram trocados, pelo profano e secular.
“Lembre disto: Nos últimos dias haverá tempos difíceis. Pois muitos serão… desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião. Amarão mais os prazeres do que a Deus; parecerão ser seguidores da nossa religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela”. II Timóteo 3:1-3 e 5.
Paulo fala aqui de pessoas que pretende ser cristãos (parecerão ser seguidores), mas que negam o poder da religião. Seus atos não permitem que o poder de Deus seja manifesto nas suas vidas, ou na congregação que ministram o louvor. “Amarão mais os prazeres do que a Deus…” e a musica mundana é um prazer aos ouvidos daqueles que se acostumaram com seu som estimulante.
Não adianta consagrarmos tal estilo musical com letras do evangelho ou dos salmos, pois Nadabe e Abiu usaram os incensários de ouro do templo, e nem por isso foram aceitos.
A música tem o seu valor se ministrada com reverência e vinda de um coração que almeja louvar ao Deus Eterno. Mas quando nossos impuros desejos movem a ministração do louvor, e a vaidade é revelada, pecamos diante de um Deus Santo.
Temos tantos talentos musicais no circulo cristão! Tantas vozes magníficas que se assemelham às angelicais, e seria maravilhoso ouvi-las acompanhados de ritmos santos (separados) das influências mundanas.
Aqui encontramos outra dificuldade que é a inspiração para a composição das músicas. Como saber se um ritmo ou acompanhamento é agradável a Deus?
Os gêneros musicais têm funções diferentes (folclore, cultura, louvor etc) os estilos musicais tem diferentes inspirações (romance, erotismo, dança, liturgia etc). O gênero para louvor a Deus é definido pela história da música e seus grandes compositores; o gênero sacro e litúrgico segue padrões de musicalização e ritmo que caracterizam as composições como louvor. Os demais gêneros irão caracterizar as composições como musicas românticas, folclóricas, etc.
É porque nos demoramos demais ouvindo e contemplando os ritmos estimulantes do mundo, que ao se compor uma música para louvor, nossas impressões são ali deixadas. Precisamos nos demorar menos nas coisas do mundo, e mais na Palavra de Deus.
Torna-se um erro concluir que as composições são naturais e que refletem a realidade do homem contemporâneo. Muitos imaginam que não existe uma outra forma de expressarmos nossas ideias ou louvor, a não ser pelo uso corrente do que já se apresenta em nosso meio. Mas raciocinando assim veremos que a carne e seus frutos irão se sobressair em todas as coisas que fizermos na igreja. Nos é natural o pecado, e só a Graça divina pode nos transformar das coisas mundanas para as celestiais.
Ivair Augusto Costa é Farmacêutico, pós-graduado em Bioquímica Humana e Análise Clínicas; cursa Teologia no UNASP-EC; é Ancião e Diretor Jovem da IASD Extensão Universitária de E. Coelho