por: Jael Enéas
A música sensibiliza as emoções melhora a reverência no culto e cria uma boa disposição por parte dos adoradores
Todos nós sofremos e exercemos influência. Por isso os grupos sociais se envolvem em fases e “modas” que vão e vem. Alguns anos atrás, o que predominava na música sacra eram os quartetos. Houve também, um tempo de ouro para os corais. Atualmente, estamos passando pela fase dos conjuntos. Infelizmente, junto com esta “nova fase”, há um conceito de que o coral é a coisa do passado, superada. Quem está sofrendo de forma muito especial com tudo isso, é a liturgia do culto.
Deus é um Deus de variedade. O que seria da natureza se todas as flores fossem amarelas? Como seria o mundo se todos os frutos fossem vermelhos? Não queremos dizer que a única música da igreja seja aquela realizada por um coral. Há lugar para solos, duetos, quartetos, etc. Deus inspirou nos homens diferentes maneiras e métodos para entender as mais diversas situações que a causa enfrenta na tarefa de levar o Evangelho do Reino a Todo o mundo. Entretanto, um coral tem um importante papel a desempenhar na liturgia do culto. Na verdade, a atividade do coro deve ser um Ministério. O Ministério da Música no culto, é tão importante quanto o Ministério da Palavra.
Um coro é uma representação da congregação que veio diante da presença de Jeová para adorá-lo em espírito e verdade. Através da música, ele apresenta a Deus e reverência, louvor e ação de graças daquele grupo de fiéis. O coral deve ser importante meio de integração dos diversos membros da igreja. Nele estão representadas algumas famílias que constituem aquela comunidade religiosa.
Além de tudo isso, um coral ajuda muito a criar um clima de majestade e poder na hora de Cântico Congregação. Ele “puxa” o canto, pois lá estão os melhores cantores da igreja. A reverência no culto melhora muito quando o coral participa. A música sensibiliza as emoções e cria nos adoradores uma boa disposição mental para ouvir a palavra de Deus.
Na congregação do templo que Salomão havia acabado de construir, o sagrado coro uniu suas vozes com toda espécie de instrumentos musicais, ressoavam através do templo. E, desta forma, o templo de Jerusalém ficou possuído da nuvem da glória de Deus, outrora havia enchido o tabernáculo.
Havendo um coro, hinos escolhidos da autoria de compositores qualificados, do passado e do presente, entoados por cantores e músicos dedicados e bem preparados, haverá muito realce ao culto, ajudando a elevar a qualidade da adoração.
A música escolhida deve:
- Dirigir o ouvinte a Cristo, como caminho a verdade e a vida.
- Preparar o caminho para a apresentação da mensagem da palavra de Deus, mantendo seu apelo, suscitando uma reação dos ouvintes.
- Ser executada e cantada por pessoas cuja vida seja coerente com uma mensagem que apresentam.
- Ser um veículo da profunda impressão da verdade bíblica que inspirará uma positiva transformação na vida.
- Ser apresentada de maneira cuidadosamente planejada e ordenada.
- Ser simples e melódica, apresentada sem o realce de exibição pessoal.
- Dar primazia à pregação da palavra, tanto no vigor da apresentação quanto na distribuição do tempo destinado ao cântico.
- Manter um apelo equilibrado à natureza emocional e intelectual, e não apenas encantar os sentidos.
- Ser compreensível e sugestiva, no conteúdo e no estilo, para maior parte do grupo típico do auditório.
O coral não é modismo, é uma instituição criada por Deus que deverá permanecer eternamente com o mesmo objetivo pelo qual foi criada: aproximar criatura de Criador.
Fonte: Publicado originalmente em www.cadadia.net