Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 09 – “Não Confie em Palavras Enganosas”: Os Profetas e a Adoração

Auxiliar do Professor

Texto-chave: “Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.” Miquéias 6:7, 8

O aluno deverá…

Saber: A essência do que Deus requer de nós, para poder aceitar nossos atos de adoração.

Sentir: Compartilhar do senso de indignidade de Isaías, seu desejo de purificação e sua vontade de servir, em resultado de estar diante do Deus todo-poderoso, santo e glorioso.

Fazer: Agir com justiça, amor e misericórdia, e andar humildemente com Deus.

Esboço

I. Saber: Deus percebe a hipocrisia

A. Embora Deus tenha estabelecido muitos rituais de adoração, incluindo o sacrifício, o que, no comportamento e estilo de vida de Israel, frequentemente tornava sem sentido esses rituais planejados por Deus?

B. Quando nos aproximamos de Deus em adoração, o que, em nossas ações, demonstra que somos verdadeiramente arrependidos e obedientes? Em que sentido ajudar os pobres e oprimidos é um aspecto vital da adoração?

II. Sentir: Ai de mim!

A. O que sentimos na presença de Deus, ao reconhecer verdadeiramente Sua glória, poder criativo e amor redentor?

B. Qual deve ser nossa atitude, em resposta à presença de Deus e ao chamado para servir?

III. Fazer: Justiça, misericórdia e serviço humilde

A. O que precisamos fazer, diariamente, pelos necessitados ao nosso redor?

B. Como podemos apoiar a igreja em seu serviço à comunidade local e mundial?

Resumo: Quando realmente sentirmos a presença de Deus, pediremos, como Isaías, pureza de coração. Então poderemos aceitar Seu chamado para andar humildemente com Ele, servindo a todos que Ele colocar em nosso caminho, com a devida justiça e compassiva misericórdia.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A transformação espiritual não está completa até que a vida diária tenha a marca do caráter de Jesus. Quando a religião da cabeça se torna também a religião das mãos e pés; quando a profissão encontra expressão na ação, é sinal de que possuímos o caráter do Salvador.

Só para o professor: Coloque os conceitos a seguir em suas próprias palavras. Seus alunos provavelmente se identificarão com a verdade de que a prática pode, muitas vezes, mudar a maneira pela qual a pessoa percebe alguma coisa.

Há um segredo para uma vida dinâmica que muitos palestrantes motivacionais procuram transmitir aos seus ouvintes. Com certeza, há muita coisa na indústria motivacional que tem um quilômetro de largura e um centímetro de profundidade, mas essa verdade é um fato. Qual? O ato físico de fazer alguma coisa pode mudar a atitude da pessoa com relação a essa coisa.

A internalização desse segredo separa os grandes atletas do restante, e artistas espetaculares daqueles meramente talentosos. Todos os que conquistam grandeza em qualquer empreendimento sabem que a grandeza se rende apenas ao trabalho duro e esforço constante. Para trabalhar constante e arduamente em algo, é preciso ignorar os sentimentos e emoções regularmente, para atingir os objetivos. É aqui que entra a “lei da ação”. De vez em quando, podemos não sentir vontade de praticar nossas habilidades. Mas se avançamos e começamos a praticá-la, as atitudes negativas geralmente desaparecem. A “prática” ajuda a mudar o estado mental.

Comente com a classe: Pergunte aos alunos se eles acreditam que “a lei da ação” realmente funciona. Essa lei também funciona no aspecto espiritual? Qual foi o papel da “prática” na vida de Jesus (João 8:29)? Como a repetição da prática do que é certo ajuda a mudar o que somos interiormente?

Compreensão

Só para o professor: Como a lição desta semana deixa claro, os profetas do Antigo Testamento enfrentaram a difícil tarefa de expor os pecados ocultos, e não tão ocultos, do povo que muitas vezes afirmou estar adorando o Deus verdadeiro.

Comentário Bíblico

I. A visão do Céu (Isaías 6:1-8; I Samuel 16:7; II Crônicas 16:9.)

A lição de segunda-feira destaca um dos trechos mais belos das Escrituras: o “encontro” de Isaías com Deus (Isaías 6:1-8). Nessa passagem, há uma clara percepção de que Deus tem mais conhecimento de Isaías e do povo de Judá do que eles próprios. Quando Deus revelou quem Ele realmente era, Isaías viu que os remendos de sua vida começaram a se romper.

O penetrante olhar de Deus viu a verdadeira condição de Adão e Eva após a queda, mesmo quando eles mal podiam compreender isso (Gênesis 3:11). Quando Samuel escolheu Eliabe, o forte filho mais velho de Jessé, para ser rei, Deus o fez lembrar-se de que Ele olha além da aparência e vê o coração (I Samuel 16:7). Quando Asa, rei de Israel, fez uma aliança com Ben-Hadade, da Assíria, Deus enviou estas incisivas palavras de repreensão: “Os olhos do Senhor estão atentos sobre toda a Terra, para fortalecer aqueles que Lhe dedicam totalmente o coração” (II Crônicas 16:9, NVI).

O rei Davi fez uma pergunta inocente: “Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face?” (II Samuel 12). Como professos seguidores de Deus, devemos compreender que nenhuma quantidade de autoengano pode mudar a realidade de quem realmente somos. Deus nos vê como somos: pecadores incapazes de corrigir a nós mesmos. Esconder-se é inútil.

Pense nisto: Por que tendemos a ter medo do olho de Deus, que tudo vê? Como podemos “experimentar” a presença de Deus em todos os momentos, para que ela transforme nossa maneira de viver?

II. Arrependimento, reavivamento e reforma (Miquéias 6:8; Romanos 2:4 e João 6:44.)

Os rabinos antigos examinaram a lei de Deus e descobriram 613 preceitos. Esses 613 preceitos são, no salmo 15, reduzidos para onze princípios e, em Isaías 33:15, são resumidos ainda mais, para seis mandamentos. Em Miquéias 6:8, Deus resume os 613 preceitos em três breves requisitos, que podem ser traduzidos da seguinte forma: seja justo em tudo que fizer; seja amável, compassivo e fiel; viva com humildade e submissão a Deus.

Para viver a verdade de Miquéias 6:8, é preciso uma reorganização radical da vida e das prioridades. Essa mudança só pode ocorrer quando a pessoa aceita o chamado de Deus ao arrependimento, reavivamento e reforma. O verdadeiro arrependimento é tristeza inspirada por Deus, por causa do pecado, e afastamento do erro (Romanos 2:4, Ezequiel 18:30-32). O verdadeiro reavivamento é demonstrado por uma renovação da vida espiritual (Salmos 85:6; Isaías 57:15; Romanos 6:11). Reforma é o reordenamento das prioridades, a mudança de ideias, hábitos e práticas (Filipenses 1:9, 10).

Essa transformação é obra de Deus. Romanos 3:11 deixa claro que nenhum de nós busca a Deus. É Ele que nos procura. Quando vamos a Ele, é em resposta a essa busca divina. Em João 6:44 Jesus declara que ninguém vai a Ele se o Pai não o levar. Até que Deus nos transforme, haverá uma separação entre nossa profissão e nossas ações.

Pense nisto: Deus está procurando adoradores que O adorem em espírito e em verdade (João 4:21-23). Como o arrependimento, reavivamento e reforma nos ajudam a adorar a Deus em verdade? Como eles nos ajudam a viver a verdade?

II. Fazer o que é necessário (Isaías 58:1-10; Lucas 9:23; Lucas 22:31, 32.)

Os terríveis pronunciamentos dos profetas de Deus no Antigo Testamento eram assunto sério. Eles eram literalmente uma questão de vida ou morte. No entanto, Israel e Judá tinham uma escolha nesse assunto. Eles podiam optar entre continuar pecando, ou poderiam se arrepender. Arrependimento e obediência aos mandamentos de Deus exigem abnegação (Lucas 9:23), como a lição de segunda-feira menciona.

Às vezes, quando Deus nos mostra nossos pecados, é difícil para nós aceitar nossa condição e nossa necessidade dEle. Isso nunca foi mais evidente do que na vida de Pedro, o discípulo de Jesus que falava demais. Observe em Lucas 22:31, 32 que, quando Jesus falou a Pedro do desejo de Satanás de peneirá-lo, a resposta de Pedro foi orgulhosa: “Estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão como para a morte” (v. 33). Ele não conhecia a própria fraqueza, mas Jesus conhecia. Não somente Jesus já estava orando por ele, mas também predisse que Pedro um dia seria realmente convertido, e dedicaria a vida totalmente a Deus (v. 32).

Pense nisto: A presciência de Deus significa que Ele sabe tudo sobre nós (Salmos 139). Como é animador saber que Deus não apenas nos conhece, mas também fez provisão para que vivamos em obediência a Ele! Como Deus, em Cristo, supriu todas as nossas necessidades, mesmo as que não sabíamos que tínhamos?

Aplicação

Só para o professor: Incentive seus alunos a internalizar as perguntas abaixo. O objetivo é que cada pessoa examine cuidadosamente a si mesmo.

Perguntas para consideração

1. Como você reage quando Deus lhe pede que mude a conduta em alguma área da vida? Por quê?

2. Se você pudesse reverter uma decisão tomada contra a clara orientação de Deus, qual seria? Por quê?

Pergunta de aplicação

“A obra de cada ser humano passa em revista perante Deus, e é registrada pela sua fidelidade ou infidelidade. Ao lado de cada nome, nos livros do Céu, estão escritos, com terrível exatidão, toda palavra inconveniente, todo ato egoísta, todo dever não cumprido e todo pecado secreto e toda hipocrisia dissimulada. Advertências ou admoestações enviadas pelo Céu, e que foram negligenciadas, momentos desperdiçados, oportunidades não aproveitadas, influência exercida para o bem ou para o mal, e seus resultados de vasto alcance, tudo é historiado pelo anjo relator” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 482). É assustador o conhecimento de que cada momento, bom ou mau, é registrado, especialmente quando parece que os momentos desperdiçados e as oportunidades não aproveitadas sobrepujam as ocasiões boas. Esse solene pensamento é suficiente para tentar até mesmo o cristão mais firme em sua fidelidade, a desistir de toda a esperança do Céu. Mas podemos ser muito gratos porque o Céu veio à Terra, para que pudéssemos ter a esperança do Céu; essa esperança tomou a forma humana e morreu por todos os pecados registrados contra nós. Além do perdão de Cristo para nossos erros e pecados do passado, e de Sua graça, que nos capacita a viver segundo Sua vontade no presente, não há nada de bom em nós. Que inspiração para conduzir nossa vida recebemos da pergunta: “O que desejo que esteja no registro da minha vida?”

Se lhe pedissem que concluísse a declaração a seguir, o que você diria? “A principal coisa que impede a minha comunhão com Deus é …”.

Perguntas para testemunhar:

1. A maioria dos cristãos provavelmente diria que falar às pessoas sobre as boas novas da salvação através de Jesus Cristo é o coração da mensagem a ser compartilhada com o mundo. Qual é o momento adequado para compartilhar com um infiel os mandamentos e requisitos divinos? Como saber se ainda não é o tempo? Comente.

2. Mateus 7:1, 2 nos alerta para não julgar os outros, “Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês” (Mateus 18:15-17)?

Criatividade

Só para o professor: Compartilhe com a classe os dilemas éticos a seguir, e solicite suas respostas. O objetivo deste exercício é analisar os desafios de viver nossa fé neste mundo que muitas vezes se opõe a essa fé.

1. Você está fazendo compras e percebe uma mulher colocando na bolsa um par de meias. Você também nota que, com base em suas roupas, ela provavelmente esteja enfrentando dificuldades financeiras. Você a denunciaria? Comente.

2. Você administra um orfanato e tem dificuldades para cobrir as despesas. Uma concessionária de carros oferece uma caminhonete nova no valor de 30.000 reais gratuitamente, se você falsamente informar ao governo que a concessionária doou o veículo no valor de 60.000 reais. Você realmente precisa de uma caminhonete, e isso lhe dará a oportunidade de fazer as crianças felizes. Você concordaria em levar o veículo? Comente.

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