Estudos Bíblicos: Adoração

Estudos Bíblicos: Adoração – Lição 07 – Adoração nos Salmos

Comentários à Lição de Jovens – Escola no Ar

por: Pr. Glauber S. Araújo


Texto Central: “Como é agradável o lugar da tua habitação, Senhor dos Exércitos. A minha alma anela, e até desfalece pelos átrios do Senhor, o meu coração e o meu corpo cantam de alegria ao Deus vivo”. (Salmos 84:1 e 2 – NVI)


Sábado
Adoração nos Salmos

Salmos é um livro de canções. Estas canções se encontram em formato de poesias, poesias que eram cantadas. A poesia no livro de Salmos é bastante distinta da poesia que estamos acostumados a ler hoje em dia. A poesia hoje tende a ter rima, ou seja, ela é composta por palavras que terminam com sons parecidos. A poesia de Salmos, por outro lado, procurava combinar ou ecoar um pensamento com o outro. Um exemplo disto é o verso áureo desta semana: “A minha alma está anelante….a minha carne clama”. Um pensamento é ecoado no outro. A isto, chamamos de paralelismo.

Salmos é repleto de poesias relacionadas a praticamente cada aspecto da vida do ser humano. Desde o nascimento até a morte da pessoa, os salmos tratam das diferentes facetas da existência humana, passando por momentos alegres, tristes, de desespero, ansiedade e alívio. Muitas pessoas gostam de ler Salmos pois sempre encontramos algum salmo que está falando daquilo que sentimos naquele exato momento, ou talvez aquilo que precisamos ouvir naquele exato momento.

Enquanto que Salmos não foi “ditado” por Deus, como outras partes da Bíblia, eles não deixam de ser a palavra de Deus para nós hoje. Salmos é um exemplo interessante de como o Espírito Santo inspira pessoas a transcender seu a situação na qual se encontram para escrever palavras que tocarão o coração de milhares de pessoas, levando-as para mais perto de Deus.

Pense: “Momentos felizes, louve a Deus
Momentos difíceis, busque a Deus
Momentos silenciosos, adore a Deus
Momentos dolorosos, confie em Deus
A cada momento, agradeça a Deus”

Desafio: Já que Salmos são poesias escritas por pessoas destinadas a Deus, porque você não escreve SUA poesia hoje, transmitindo o que está no seu coração e louvando a Deus? Compartilhe conosco!


Domingo
Linguagem da Alma

Existe hoje em dia, uma tendência grande de achar que o universo e a vida surgiram do nada, sem motivo algum e sem causa alguma, e de que a vida está evoluindo sem qualquer direção específica. Estimasse que quase 60% dos americanos adotaram esta linha de pensamento. Conhecer COMO a natureza e suas leis funcionam tem sido um dos principais objetivos da ciência moderna. Perguntas como “como que as leis da física, da química, biologia funcionam?”, “quais são seis efeitos?”, “como poder utilizá-las para o benefício da humanidade?”, tem inspirado cientistas nas maiores descobertas do século.

No entanto, uma pergunta que a ciência moderna falha em responder é: “Por quê existem Leis na natureza?” Esta é uma pergunta interessante para começar! Quem disse que DEVERIA haver leis em um universo que surge sem causalidade?

As leis morais e universais (da natureza) são um dos principais motivos que me levam a crer a existência de um Criador! Pois, para cada lei, deve ter alguém que formulou esta lei! Seja ela moral ou natural! Além de estas leis apontarem para seu Criador, elas também estabelecem ordem no universo criado! Imagine um planeta sem leis morais, onde cada um pode fazer o que bem desejar; um universo sem leis naturais, onde os átomos não seguem um padrão específico, onde você não sabe se cai ou sobe. Que caos não seria?!

Louvado seja a Deus por que ele é Criador! Este é um dos principais propósitos de nossa existência: louvar ao Criador! Quanta coisa linda e maravilhosa foi criada.

Pense: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite” Salmo 19:1-2

Desafio: Como podemos obter sabedoria no estudo da criação de Deus? O que fazer para não incorrer no erro de se esquecer do Criador?


Segunda-feira
Adoração viva – exemplos oportunidades e responsabilidades

Muitas vezes me deparei com a mesma situação que Asafe descreve no salmo 73. Eu procuro fazer tudo certinho conforme Deus o pede, e nada acontece! Enquanto meus colegas de escola ou faculdade fazem tudo de errado e conseguem tudo aquilo que eu desejava ter. Eles crescem, se tornam “prósperos”, conseguem dinheiro, fama, poder, e como diz Asafe no v. 7, fazem tudo conforme as “imaginações do seu coração”! Mas que vida é essa???? Porque que quem é justo fica na mesma mesmice, e quem é injusto prospera?

Esta é a pergunta fundamental do salmo! “Por que Senhor????”

O interessante, é que o próprio salmo oferece a resposta! Quem disse que essa vida que eles levam realmente é “prosperidade”? Conforme Asafe mostra, é tudo uma questão de perspectiva! Nossa vida pequena nesta terra não é suficiente para mostrar o que realmente é “prosperidade” e “sucesso”. Aos nossos olhos, nós podemos estar “perdendo” alguma coisa!

O que nos ajuda a mudar de perspectiva? A resposta de Asafe é: o santuário de Deus. Poucos de nós compreendemos a profundidade desta resposta, pois poucos ESTUDAM a doutrina do santuário! O santuário celestial põe todas as coisas na perspectiva correta. É lá que tudo que fazemos é julgado e analisado sem a influência do pecado.

Nosso verdadeiro objetivo nesta vida não deveria ser aprovado pelo mundo, mas pelo santuário! Todo o sofrimento, perda e privação que passamos nesta vida, se tornam minúsculas comparado com as recompensas que o juízo no santuário celestial está pronto a nos oferecer.

Pense: Ellen White comenta sobre esta mudança de perspectiva ao relatar sua primeira visão. Nesta visão, ela teve a oportunidade de se ver com outros colegas do outro lado da eternidade – lá no céu. Ela descreve o pensamento seu e de seus colegas: “Tentamos lembrar nossas maiores provações, mas pareciam tão pequenas em comparação com o peso eterno de glória mui excelente que nos rodeava, que nada pudemos dizer-lhes, e todos exclamamos – ‘Aleluia é muito fácil alcançar o céu!'” (PE, p. 17)

Desafio: Que recentes dúvidas têm permitido que você avaliasse a vida pela perspectiva errada?


Terça-feira
O Deus que foi sequestrado

Pela lição de ontem, fica claro que a nossa perspectiva está completamente equivocada! Aqui que vale a eternidade, colocamos de lado; aquilo que não vale nada, gastamos nossa vida e forças para obtê-lo! Quantas pessoas se matam de trabalhar para comprar bens materiais. Um estudo mostra que americanos tendem a fazer comprar 5 vezes por semana – praticamente cada dia útil! Eles passam o dia trabalhando para poder comprar coisas depois! Que vida é esta?

O pior de tudo, é que muitos de nós nos enriquecemos, compramos, consumimos – mas é todinho só para nós! O salmo de hoje descreve a situação em que muitos se encontram. Muitos vivem na pobreza extrema, em lixões, favelas, periferias, enquanto um punhado se engorda aos custos do resto. Aqueles que estão no topo abuso dos mais pobres, e os mais pobre lutam para chegar no topo e se aproveitar das regalias! Se tão somente tivéssemos a perspectiva correta!

O salmo de hoje mostra que o verdadeiro alvo a ser alcançado (salvação) não pode ser comprado. Se nós tão somente buscássemos a salvação em primeiro lugar, teríamos mais sabedoria para lidar com as injustiças sociais! Não é a riqueza que é o nosso problema! Há suficientemente para todos! Nosso problema é falta doverdadeiro entendimento! O salmo termina: “O homem que possui riquezas sem entendimento é semelhante aos animais que perecem”.

Pense: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir” Mt. 6:24-25

Desafio: O seu desejo por coisas materiais interfere no bem estar do seu próximo? O que fazer?


Quarta-feira
Um antídoto para o autoengano

O serviço do santuário é central na compreensão do plano da redenção. O serviço de culto estabelecido por Deus servia para mostrar a santidade de Deus e destacar o caráter repulsivo do pecado. Através do contínuo sacrifício de animais, era ensinado que não há absolutamente NADA que pode ser feito pelo ser humano para se redimir. A salvação é oferecida na aceitação pela fé do plano de Deus.

No entanto, algumas pessoas têm utilizado o santuário para defender exatamente o oposto. Deus é visto como um ser repulsivo por estabelecer um sistema de sacrifício de animais e o pecado é exaltado como símbolo da liberdade humana. Tenho ouvido da boca de pessoas que um Deus “amoroso” jamais pediria o sacrifício de animais inocentes e deixaria que o ser humano agisse conforme sua própria racionalidade o permitir.

Conforme deixamos de estudar a doutrina do santuário, deixamos de entender o pecado na sua malignidade. Ao invés de buscarmos perdão e justificação nos cultos à Deus, vamos à igreja para mostrar nossa excentricidade, vaidade e orgulho. Na linguagem do profeta Isaias, erguemos nossas mãos manchadas de sangue (pecado) a Deus em busca de bênçãos. O pecado deixou de ser repugnante e passou a ser atraente. Nosso culto deveria se focar mais em Cristo e seu sacrifício, e menos em nós e nossas “proezas”.

Pense: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” Êxodo 25:8. Quando você vai a igreja, realmente vai para buscar a presença de Deus em sua habitação?

Desafio: Quantas vezes você tem ido à igreja para buscar perdão e justificação?


Quinta-feira
Adoração: uma expressão de amor

Vivemos em uma época chamada de “pós-moderna”. Uma das características das pessoas que vivem nesta época é a tendência de se desligar com o passado. Tendemos a não nos preocupar com o passado, com a história. Poucos de nós conhecemos a história de nossa família, de nossa igreja (local ou denominacional), ou de nosso país! Graças a Internet, existe um mundo de informação à nossa disposição, mas nos interessamos apenas àquilo que é ATUAL! Palavras como NOVO, ATUAL, MODERNO, e INÉDITO chamam nossa atenção. Nos desprendemos de nossas raízes, de nossa história e rejeitamos aquilo que é passado. Antigamente, nossos avós estudavam coisas que existiram a séculos atrás. Hoje, apenas aquilo que acontece e é discutido na última década é realmente relevante e digno de nossa atenção.

Existe sabedoria nas palavras da Bíblia quando ela nos motiva a re-lembrar os acontecimentos do passado. Ao estudarmos o passado, não apenas aprendemos sobre nossas origens, mas também aprendemos os acertos e erros daqueles que nos antecederam.

Salmos nos ensina que devemos re-lembrar a história cantando-a em nosso louvor a Deus. Ao cantarmos e louvarmos a Deus, cantamos de seus feitos, suas maravilhas, suas obras. Relembramos que somos criaturas suas, resgatados no cruz e destinados para santificação.

Pense: O filósofo mexicano George Santana cunhou uma frase que se tornou bastante célebre: “Aqueles que esquecem a história estão fadados a repeti-la”.

Desafio: Você se lembra das vezes que Deus respondeu suas orações? Da última vez que realizou um milagre em sua vida? Já agradeceu e louvou a Deus por isso?


Sexta-feira
Adorando no escuro

Começamos o estudo desta semana com o verso áureo: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo” Salmos 84:1-2.

Salmos nos mostrou que conhecer a doutrina do santuário é fundamental para se ter uma perspectiva correta em relação à vida. É muito fácil a correria dos nossos dias modernos nos desviar o olhar daquilo que é eterno e duradouro para aquilo que brilha, atrai, e suga nossos recursos. O santuário nos ensina que não compensa correr atrás do “sucesso” humano à custa do “sucesso” eterno.

Salmos também nos mostrou que buscamos aquilo que custa o nosso tempo, força e energia; enquanto que deveríamos buscar aquilo que é gratuito – a graça de Deus. Esta deve ser nossa busca ao irmos à igreja. Devemos buscá-lo em sua santidade para louvá-Lo como nosso Criador e Redentor.

Pense: Ir à igreja não deve ser algo automático, não-pensado. Muitas vezes vamos à igreja por simples hábito. Funciona quase como um ritual. Sentamos no banco da igreja, tem momentos que cantamos, tem momentos que oramos e outros em que ficamos quietos. Quando tudo termina, nos sentimos satisfeitos. Igreja é só isso?

Desafio: Amanhã é Sábado. O que lhe motiva a ir para sua igreja?


O Pr. Glauber S. Araújo é Professor de Ensino Religioso no UNASP-EC, formou-se em Teologia em 2006 e trabalhou durante 2 anos no IASP.


Fonte: https://www.escolanoar.org.br


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