por: Pr. Douglas Reis
A turma do Fuller, ou aquele pessoal que endossa as ideias do descolado seminário teológico lançador de tendências, não gosta quando falo que o paradigma evangelístico que temos não é bíblico. Não gosta porque eles defendem ideias progressistas. Acham que, para alcançar as pessoas, temos de renovar a liturgia. Renovação, nesse caso, implica em secularização. A verdade é que muitos dos mais revolucionários métodos evangelísticos das últimas décadas funcionam – secularizam a igreja com extraordinária eficiência!
Em nome de uma abordagem relevante, o Fuller team apoia a contextualização. Acreditam que temos de mudar o evangelho, porque o contexto mudou. E não são poucas mudanças, não! A patota deles pensa em housechurches, alugar prédios caros, contratar músicos profissionais para o louvor, sermões mais lights e todo o tipo de coisa nessa linha. Não à toa, um respeitado músico adventista gravou um samba (entre outras músicas comerciais) no seu CD; aliás, um samba cuja letra (de gosto duvidoso) exalta o sábado! A ideia é: para evangelizar, vale tudo. Ponto do Fuller team!
O que acontecerá nos lugares nos quais essas ideias forem implantadas: a igreja perderá sua identidade, tornando-se uma comunidade genérica que fica a bater palmas enquanto deveria estudar a Bíblia. A comunidade sairá do culto entretida, emocionada, após ouvir sermões sem qualquer profundidade teológica. Pense bem: não é o que já tem acontecido em alguns espaços que a igreja mantém, como uma alternativa às congregações tradicionais adventistas?
Observe o que diz o testemunho do Espírito Santo sobre isso:
Unicamente o método de Cristo trará verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” (A Ciência do Bom Viver, 143)
O método de Jesus para alcançar as pessoas deveria servir para o século XXI. A igreja não é chamada para mudar a fim de atrair pessoas; ele deve atrair pessoas para que elas mudem. Abaixo o paradigma que reza que a igreja deve evangelizar atraindo as pessoas para suas reuniões utilizando elementos da cultura contemporânea – músicas, teatro, dança, etc. A igreja deve ir até as pessoas por meio da associação pessoal e, após trabalhar com elas, convidá-las à sua comunhão. Não era assim que Jesus fazia? (ver também: O Desejado de Todas as Nações, 97; Obreiros Evangélicos, 394).
Ou os métodos seculares ou os de Cristo servirão de paradigma evangelístico. Até quando ainda ficaremos teimando diante dessa encruzilhada?
Fonte: Questão de Confiança