O Adorador

Cantando o Evangelho

por: Levi de Paula Tavares

Texto completo

Louvai ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidas as suas obras entre os povos.
Cantai-lhe, salmodiai-lhe, atentamente falai de todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam ao Senhor.
Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.
Lembrai-vos das maravilhas que fez, de seus prodígios, e dos juízos da sua boca;
Vós, semente de Israel, seus servos, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.

(I Crônicas 16:8-13; Salmos 105:1-6)

Esse texto é um trecho de um poema de Davi, escrito por ocasião da chegada da arca a Jerusalém, depois de ter sido capturada pelos filisteus e recuperada. Após a primeira tentativa frustrada para transportá-la, na qual morreu Uzá, o rei Davi finalmente, ao agir de acordo com o ordenado por Deus, consegue trazer a arca para Jerusalém e colocá-la em uma tenda, até que fosse construído o Templo que iria abrigá-la.

Em I Crônicas 15 e 16, Davi institui o ministério musical levítico. Ao contrário do que muitos hoje pensam, os levitas não eram exclusivamente músicos; eles tinham outras funções, como pode ser verificado nestes capítulos. Mas, para esta ocasião especial, Davi “pôs alguns dos levitas por ministros perante a arca do Senhor; isto para recordarem, e louvarem, e celebrarem ao Senhor Deus de Israel” (I Crônicas 16:4). E o primeiro cântico, composto para a primeira função ministerial deste corpo recém-formado de músicos consagrados, inicia-se com as palavras destacadas acima.

Este texto nos leva a compreendermos duas razões principais pelas quais temos música em nossos cultos: 1 – Proclamar as obras e as maravilhas de Deus “entre os povos”. 2 – Alegrar “o coração dos que buscam ao Senhor”.

A primeira razão aponta para nossa missão evangelística. É exaltando os feitos criadores, redentores e vindicadores de Deus em favor da humanidade e especialmente dos que O amam, que pregamos o verdadeiro Evangelho. O Evangelho (literalmente do grego, “boas notícias”) não se constitui de doutrinas, mas de fatos e ações de amor em favor do homem caído. É esta a verdadeira pregação, que permite ao Espírito Santo atuar nos corações e mentes dos ouvintes, convencendo-os “do pecado, e da justiça e do juízo” (João 16:8).

A segunda razão nos lembra que servirmos a esse Deus é motivo de imensa alegria. Por que? De onde provém essa alegria? Ela provém de que, quando rememoramos o que Deus tem feito por nós, ao falarmos ou cantarmos sobre isso para outras pessoas, fortalece-se em nós a certeza de que esse Deus nos ama, está no controle dos acontecimentos deste mundo e que, no tempo por Ele determinado, virá nos buscar para estarmos com Ele, em Sua presença, em um mundo completamente restaurado da mancha do pecado.

Nesse tempo, ao chegarmos àquele lar que está sendo preparado para cada um daqueles que O amam, nos ajuntaremos sobre um mar descrito, na falta de palavras, como sendo “de vidro” (Apocalipse 4:4; 15:2), para cantar, como um grandioso coral, que fará reboar a abóboda celeste, um cântico que nunca foi cantado antes: O Cântico de Moisés de do Cordeiro (Apocalipse 15:3-4). Este é o cântico da nossa experiência de salvação; por isso os anjos e os seres dos mundos não caídos nunca poderão cantá-lo (Apocalipse 14:3).

Porém, lá não haverá ensaio. Não teremos tempo para treinar, não haverá partituras para indicar a melodia, não haverá correções a serem feitas. O ensaio para este grande evento é agora. Ensaiar para aquele momento é fazermos, em nossa vida diária, através da nossa conduta (e não apenas aos sábados ou em programações especiais) aquilo o que o texto acima nos ensina: Proclamar louvando e tendo regozijo através do louvor.

É interessante notar como o cântico que aquela multidão irá cantar é semelhante ao poema de Davi, que vimos acima: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos.” (Apocalipse 15:3)

E então, em seguida, nos reuniremos, num coral ainda maior, com todos os seres criados, provenientes de todo o Universo sem fim, cantando ainda com maior voz as maravilhas desse Deus, conforme diz a Escritura: “E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Apocalipse 19:6-7).

Estejamos prontos, ensaiando desde já, para que possamos cantar com todo júbilo, diante do Trono do Universo, naquele grande dia!


Texto resumido

Louvai ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidas as suas obras entre os povos.
Cantai-lhe, salmodiai-lhe, atentamente falai de todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam ao Senhor.

(I Crônicas 16:8-10; Salmos 105:1-3)

Esse texto é um trecho de um poema de Davi, escrito por ocasião da chegada da arca a Jerusalém. Após a primeira tentativa frustrada para transportá-la, o rei Davi finalmente consegue trazer a arca. Aqui Davi institui o ministério musical levítico. E o primeiro cântico, composto para a primeira função ministerial deste corpo recém-formado de músicos consagrados, inicia-se com as palavras destacadas acima.

Este texto nos leva a compreendermos duas razões principais pelas quais temos música em nossos cultos.

A primeira razão aponta para nossa missão evangelística. É exaltando os feitos de Deus em nosso favor, que pregamos o verdadeiro Evangelho, que não se constitui de doutrinas, mas de fatos e ações de amor em favor do homem caído. É esta a verdadeira pregação.

A segunda razão nos lembra que servirmos a esse Deus é motivo de imensa alegria. De onde provém essa alegria? Ela provém de que, quando rememoramos o que Deus tem feito por nós, fortalece-se em nós a certeza de que esse Deus nos ama e que, no tempo por Ele determinado, virá nos buscar para estarmos com Ele.

Ao chegarmos ali nos ajuntaremos para cantar, como um grandioso coral, um cântico que nunca foi cantado antes: O Cântico de Moisés de do Cordeiro (Apocalipse 15:3-4). Este é o cântico da nossa experiência de salvação; por isso os anjos e os seres dos mundos não caídos nunca poderão cantá-lo (Apocalipse 14:3).

Porém, lá não haverá ensaio. Ensaiar para aquele momento é fazermos, em nossa vida diária, através da nossa conduta (e não apenas aos sábados ou em programações especiais) aquilo o que o texto acima nos ensina: Proclamar louvando e tendo regozijo através do louvor.

Estejamos prontos, ensaiando desde já, para que possamos cantar com todo júbilo, diante do Trono do Universo, naquele grande dia!


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