Sabia que você pode fazer uma pessoa comprar um vinho mais caro só tocando música clássica? Experimentos provam que a música faz as pessoas sintam como se estivessem em um comercial ou em um filme protagonizando ricos finos e esnobes, e daí pedem aquela garrafa cara para acompanhar. Faz sentido, não?
Mas não para por aí. Em outro estudo, desta vez cego, diferentes tipos de música tocando no fundo fizeram os bebedores mudarem a forma como tinha descrito as bebidas que tomaram. Música calma levou as pessoas a avaliá-las como “suaves”, e música animada resultou em mais pessoas descrevendo as bebidas como “refrescantes”.
Em ainda outro estudo, pesquisadores colocaram vinhos alemães e franceses em supermercados com pequenas bandeiras ao lado de cada garrafa e tocaram música internacional de fundo. Quando música alemã tocou, o percentual de vendas de vinhos alemãs aumentou, e vice-versa. Pior: isso não aconteceu porque os consumidores fizeram uma associação entre a música de fundo e o país de origem do vinho, já que questionários mostraram que os clientes não se lembravam que tipo de música estava tocando no mercado, e pensavam que haviam escolhido um tipo de vinho em particular porque se sentiram desta maneira.
Como funciona?
Bares e casas noturnas tocam música rápida para aumentar o lucro à base de álcool. Mas outros estabelecimentos, principalmente restaurantes de luxo, preferem músicas lentas e relaxantes porque elas também podem fazer você beber mais. O ritmo da música está ligado ao nível de excitação de seu corpo, ou a “velocidade” com que o seu sistema nervoso funciona. Música rápida aumenta a excitação, e os clientes fazem tudo mais rapidamente, incluindo comer e beber.
Por outro lado, a música mais lenta significa que você come em um ritmo mais vagaroso. Talvez você fique mais tempo no local conversando com sua companhia, e todo esse tempo significa que você vai provavelmente comprar mais bebidas. Para um restaurante que cobra altos preços por uma garrafa de vinho, isso é ótimo.
Alguns restaurantes chegam ao ponto de adquirir uma seleção personalizada de músicas, planejada especificamente por empresas de "design sonoro", as quais escolhem as músicas com base no ritmo ou atmosfera que o restaurante está planejando alcançar.
Fonte: Cracked
Tradução: Levi de Paula Tavares, Junho de 2014