por: Redação do Diário da Saúde
Música para os ouvidos
Músicos idosos sofrem menos problemas relacionados à audição do que as pessoas que não são músicas.
O declínio auditivo é uma condição comum entre idosos, eventualmente piorando com o passar dos anos – por volta dos 80 anos, mais da metade da população apresenta declínio auditivo.
Mas os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Rotman, no Canadá, descobriram que a incidência desse declínio auditivo é menor entre os músicos.
Ganho de 20 anos
O estudo incluiu 74 músicos e 89 não-músicos – um músico foi definido como alguém que começou a aprender música até os 16 anos de idade e que continuava tocando até a data do estudo.
Os cientistas descobriram que ser músico não traz qualquer vantagem no teste monotonal, que avalia a capacidade de ouvir um som que vai ficando cada vez mais baixo.
Entretanto, em três outros testes, os músicos apresentaram uma clara vantagem em relação aos não-músicos.
Na idade de 70 anos, em média, um músico apresenta a audição similar à de um não-músico com 50 anos – um ganho de 20 anos na conservação da habilidade.
Ganho cerebral
Mais importante, os três testes nos quais os músicos apresentaram vantagens se fundamentam no processamento auditivo no cérebro, enquanto o teste monotonal não.
Isto sugere que tocar instrumentos por toda a vida compensa as alterações relacionadas ao envelhecimento no cérebro dos músicos, o que provavelmente ocorre porque os músicos usam seu sistema auditivo em um nível mais elevado em uma base regular.
Em outras palavras, use-o ou perca-o.
Fonte: Diário da Saúde